Começarei a postar alguns tópicos com grandes acontecimentos importantes pra historia do mundo,para que possamos discutir se realmente merecem este tipo de visão, começarei pelas grandes batalhas, desembarquemos nas historias de guerras, tanto antigos quanto mais atuais, que, se tivessem um resultado diferente teriamos uma vida completamente diferente da de hj. Nossos costumes, realidade e visão não seria as mesmas caso o "outro lado" ganhasse estas batalhas.
Acontecimentos que mudaram o mundo. Que mal são mencionados na maioria das vezes.Irei fazer 2 topicos sobre as batalhas, ai se discordarem de algumas ou quererem argumentar ou postar outras fiquem a vontade lol.
A batalha mais importante da História
Talvez não exista outra batalha da qual se possa dizer: se o resultado tivesse sido outro, toda a história do mundo seria diferente, bem diferente...
Trata-se da Batalha de Maratona, travada no ano de 490 A.C. entre os Gregos e os Persas. Mais abaixo vou contar um pouco sobre a Batalha, e sobre o mito do corredor Phidippides, cuja história é parte verdadeira, parte inventada. Mas antes vamos falar do mais importante – porque Maratona é a batalha mais importante da história?
Nela, os Gregos, (Atenienses) venceram. Se os Persas tivessem vencido, o mundo de hoje seria completamente diferente. Veja por que.
Os Persas naquela época eram um Império, governado por Dario I. Os Gregos não tinham um governo central, e cada cidade era uma República, eventualmente algumas eram governadas por reis.
A cultura persa era, e ainda é, ligada à tradição oriental, da Mesopotâmia, Assíria, Egito, etc. Governos centrais fortes, respeito total e obediência ao governante. As discussões e divergências eram desencorajadas, a palavra final era sempre do rei, a especulação filosófica e científica restritas ao que interessasse ao rei. Astrologia sempre foi um dos fortes nos Impérios Orientais, porém Filosofia, Ciências, eram postas em segundo plano.
Já os gregos eram o oposto. Para começar, nunca conseguiram se entender, cada cidade tinha seu governo, sua cultura, sua assembléia, seu exército. Esta diversidade e esta liberdade individual incentivaram o desenvolvimento da Filosofia, das Ciências, da Medicina, dos esportes, artes, arquitetura, tudo que marca e define hoje a Civilização Ocidental.
Você já está começando a perceber porque Maratona foi tão importante.
Os Gregos venceram. E por isso, a Grécia sentiu que os Persas podiam ser derrotados, sentiu-se forte, e prosseguiram em seu rumo desenvolvendo as bases de nossa cultura ocidental. Durante os 200 anos seguintes a Grécia se desenvolveu e criou uma das mais importantes culturas da história, e lançou os fundamentos da Civilização Ocidental.
Da Grécia, a Civilização Ocidental passou para Roma, de Roma passou para a Europa, que herdou a indisciplina dos Gregos (até hoje ninguém conseguiu ser Governante Supremo da Europa, apesar das tentativas de Carlos Magno, de Napoleão, de Hitler).
Esta diversidade de países, culturas, línguas, e governos na Europa foi transmitida às colônias na América, e chegamos ao Império Americano.
Que certamente não existiria se os Persas tivessem vencido. Nem o Império Britânico.
Talvez você estivesse lendo este artigo em Persa. Ou em Hindu, já que a Índia não teria sido dominada pelos Ingleses.
Sua cultura seria diferente, os conflitos intelectuais que caracterizam a Civilização Ocidental não existiriam, e com isso, quem sabe, nem a Internet haveria.
Talvez todos nós fossemos muçulmanos, ou mais provável ainda, Zoroastrianos.
Acho que a esta altura já ficou claro o título do artigo.
Então, todos nós temos de agradecer aos Atenienses o esforço e o sacrifício de Maratona, porque nosso mundo é o que é graças a eles.
No mapa abaixo você vê o Império Persa em 490 A.C. e a Grécia, bem menor em território e em população.
O contexto da batalha é o seguinte: Dario I governava a Pérsia e queria conquistar a Grécia e incorporá-la ao Império Persa. A história da guerra é contada em detalhes por Heródoto em sua História. Em 492 um exército persa comandado por Mardonio foi enviado para pacificar a Trácia, que estava sob domínio persa já há 25 anos, e conquistar a Macedônia. O objetivo dessa manobra era dominar os acessos da Pérsia para a Grécia e facilitar a movimentação do exército persa em uma segunda fase. Mardonio conseguiu sem muito esforço a submissão de quase todas as cidades gregas, com exceção de Esparta e Atenas.
Em 491 Dario enviou embaixadores por toda a Grécia, exigindo de cada uma um punhado de terra e de água, como símbolo de submissão à Pérsia. Quase todas as cidades se submeteram. Em Atenas os embaixadores foram julgados e executados. Em Esparta simplesmente foram jogados em um poço (típico dos Espartanos).
Então, em 490 A.C. o rei Dario I enviou os generais Datis e Artafernes comandando uma frota com um exército embarcado a fim de conquistar Atenas. O exército persa desembarcou da frota na planície da Ática, próximo à cidade de Maratona, a cerca de 40 km. de Atenas.
Sob o comando de Miltiades, o general mais experiente que tinham, os Atenienses marcharam então em seu encontro, com um pequeno destacamento fornecido pela cidade de Platéia. Ao mesmo tempo os atenienses enviaram seu melhor corredor, Pheidippides (ou Philippides) para pedir ajuda a Esparta. Pheidippides chegou a Esparta durante as festas de Carneia, um período sagrado de Paz para os espartanos, e foi informado de que estes não poderiam se deslocar em auxílio dos atenienses até a próxima lua cheia. Isso significava que Atenas não podia esperar ajuda antes de dez dias.
O exército grego contava com cerca de 10.000 hoplitas. O poeta Simonides, contemporâneo de Heródoto, afirma que os persas tinham 200.000 homens. O escritor romano Cornelius Nepos também afirma que o exército persa era de 200.000 homens, dos quais “apenas” 100.000 lutaram em Maratona.
Os gregos conseguiram bloquear as duas saídas que os persas poderiam usar para escapar da planície.
Do ponto de vista estratégico e tático os atenienses estavam em situação difícil, pois se os persas conseguissem se colocar entre os gregos e a cidade de Atenas, esta ficariam completamente indefesa. Além do exército que estava em Maratona, os gregos não tinham mais nenhuma força para se defender – estavam jogando tudo nesta batalha.
Seguiu-se um impasse que durou cinco dias, com os dois exércitos frente a frente, reduzindo cada vez mais a distância entre eles. Até que parte do exército persa, incluindo a cavalaria, foi enviado por mar a fim de atacar Atenas diretamente, aproveitando que grande parte do exército ateniense estava em Maratona (situação difícil para os gregos...).
No entanto, isso fez com que a ameaça da cavalaria persa aos hoplitas (infantaria) atenienses desaparecesse.
Os gregos comandados por Miltiades sentiram que tinham de agir rapidamente para defender sua pátria, e atacaram os persas ao nascer do sol no sexto dia.
Nesta altura, a distância entre os exércitos era de “8 stadia”, ou seja, 1.500 metros.
Segundo a lenda, ao sinal de atacar, os gregos se lançaram sobre os persas com seu grito de "Ελελευ! Ελελευ!" ("Eleleu! Eleleu!").
Os persas não esperavam esta “loucura” dos gregos. Apesar da vantagem numérica dos persas, os hoplitas mostraram ter uma capacidade de combate devastadora, derrotando a ala direita e a esquerda dos persas, e com isso conseguindo fazer um movimento de pinça, envolvendo o centro do exército persa. Esses se viram cercados e cada vez mais espremidos e sem espaço de manobra, algo semelhante ao que Aníbal usou na batalha de Canas, contra os romanos.
Os persas entraram em pânico, e se retiraram em confusão. Heródoto conta que os corpos de 6.400 persas foram encontrados no campo de batalha. Não se sabe quantos pereceram nos pântanos próximos.
Os atenienses perderam 192 homens.
Logo após a vitória, os atenienses marcharam em passo acelerado para sua cidade, (40 km.) sabendo que a frota persa iria tentar atacá-la.
Chegaram a tempo de evitar que Artafemes conseguisse desembarcar suas tropas. O general persa, vendo que não conseguiria tomar Atenas, fez meia volta e voltou para casa.
No dia seguinte o exército Espartano chegou a Maratona, tendo feito o percurso de 220 km. em apenas três dias (70 km. por dia... compare com a corrida da maratona moderna, ικήκαμεν (Vencemos!).
Conta a lenda que o corredor Pheiddipides depois de ir e voltar até Esparta, correu até Atenas, para avisar da vitória, pronunciou a palavra "Nenikēkamen!" - Νενικήκαμεν (Vencemos!), e caiu morto.
Na verdade, Heródoto não menciona esta parte da história, que não deve ser verdadeira, pois só veio a ser contada cerca de 500 anos após a batalha. O que Heródoto conta, é que Pheiddipides correu de Maratona até Esparta, e no caminho apareceu-lhe o deus Pan. O deus perguntou-lhe porque os atenienses não o veneravam, e o corredor prometeu-lhe que a partir daquele dia eles o venerariam. A importância desta história é que o deus Pan em seguida retribuiu o favor lutando ao lado dos Atenienses em Maratona contra os persas. Pan, além de outros poderes, tinha a capacidade de provocar um medo terrível e incontrolável, irracional, que paralisava a mente e suspendia toda a capacidade de julgamento – o PANICO.
Heródoto escreveu cerca de 30 a 40 anos após a batalha, então é provável que Pheidippides seja uma figura histórica. A corrida de 246 km. por trilhas difíceis é realmente um feito digno de registro. Mas a corrida de Maratona até Atenas não parece ser real, já que Heródoto não fala nada a respeito. O primeiro registro de uma corrida entre Maratona e Atenas aparece nos trabalhos de Plutarco (46-120 A.D.), no ensaio “Sobre a Glória de Atenas”.
Plutarco atribui a corrida a um mensageiro chamado Térsipo ou Eukle. Luciano, um século após, atribui o feito a certo “Philippides”. Parece que durante os 500 anos entre a batalha e a época de Plutarco, a história de Pheidippides foi misturada com a marcha dos atenienses do campo de batalha ate sua cidade a fim de evitar que os persas a invadissem. Ao longo do tempo os historiadores, que na antiguidade misturavam fatos com lendas e mitos, devem ter misturado as histórias.
Obs: Aqui um video como foi a batalha.
Fonte: http://virgiliofreire.blogspot.com.br/2008/12/batalha-mais-importante-da-histria.html
Vale ressaltar que esta foi a primeira das guerras medicas, que pra mim foram a de mais importantes para a nossa vida no mundo ocidental. A Segunda foi depois de Lêonidas e os 300 onde este mesmo sendo derrotado foi de papel importantíssimo para o final da batalha que ocorreu após a sua tentativa de barrar os Persas no desfiladeiro de Termopilas. Só com sua força, e pouco mais de 9 a 10 mil homens junto aos lendarios trezentos, o espartano segurou os persas por três dias, tempo suficiente para os exercitos gregos juntos conseguissem se organizar e para que a cidade de Atenas, saqueada depois da vitoria persa em termopilas, fosse evacuada.
Com isso os gregos lutaram na batalha de Salamina, comandados por Temístocles.
(Daqui pra baixo, fonte Wikipedia)
A Batalha de Salamina foi o combate entre a frota persa, liderada por Xerxes e a grega, comandada por Temístocles. O acontecimento deu-se no estreito que separa Salamina da Ática, possivelmente no dia 29 de setembro de 480 a.C.[1] e terminou com a vitória grega.
Após as vitórias persas na Tessália e em Termpóilas, a devastação da Beócia e da Ática, o rei persa Xerxes entrou em Atenas, destruindo inclusive os monumentos da Acrópole, desenvolvendo aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica.
Enquanto os coríntios e os espartanos defendiam uma aglomeração militar no istmo, Temístocles concentrou a frota de 200 embarcações (trirremes) na baía de Salamina, enfrentando a frota persa, que, apesar do seu maior número, tinha dificuldades evidentes de maneabilidade no espaço exíguo do estreito, pelo que foi completamente derrotada pelos gregos. Xerxes foi obrigado a regressar à Ásia, deixando o comando das tropas restantes ao seu lugar-tenente Mardónio, que seria derrotado em 479 a.C. na Batalha de Plateias e Micala, nas costas da Ásia Menor.
Esta, ou estas batalhas marcaram nossa humanidade como ela é no seculo, claro que houveram outras tão importantes tão estas, mas sendo a Grecia o berço da civilização ocidental, estas,sim foram as batalhas cruciais para o mundo como ele é.
Ficou meio grandinho o tópico,mas vale a pena le-lo por inteiro, no próximo serão as 10 batalhas mais importantes de todos os tempos.
Última edição por Lobo solitario em Sáb 30 Jun 2012, 16:33, editado 5 vez(es)
Acontecimentos que mudaram o mundo. Que mal são mencionados na maioria das vezes.Irei fazer 2 topicos sobre as batalhas, ai se discordarem de algumas ou quererem argumentar ou postar outras fiquem a vontade lol.
A batalha mais importante da História
Talvez não exista outra batalha da qual se possa dizer: se o resultado tivesse sido outro, toda a história do mundo seria diferente, bem diferente...
Trata-se da Batalha de Maratona, travada no ano de 490 A.C. entre os Gregos e os Persas. Mais abaixo vou contar um pouco sobre a Batalha, e sobre o mito do corredor Phidippides, cuja história é parte verdadeira, parte inventada. Mas antes vamos falar do mais importante – porque Maratona é a batalha mais importante da história?
Nela, os Gregos, (Atenienses) venceram. Se os Persas tivessem vencido, o mundo de hoje seria completamente diferente. Veja por que.
Os Persas naquela época eram um Império, governado por Dario I. Os Gregos não tinham um governo central, e cada cidade era uma República, eventualmente algumas eram governadas por reis.
A cultura persa era, e ainda é, ligada à tradição oriental, da Mesopotâmia, Assíria, Egito, etc. Governos centrais fortes, respeito total e obediência ao governante. As discussões e divergências eram desencorajadas, a palavra final era sempre do rei, a especulação filosófica e científica restritas ao que interessasse ao rei. Astrologia sempre foi um dos fortes nos Impérios Orientais, porém Filosofia, Ciências, eram postas em segundo plano.
Já os gregos eram o oposto. Para começar, nunca conseguiram se entender, cada cidade tinha seu governo, sua cultura, sua assembléia, seu exército. Esta diversidade e esta liberdade individual incentivaram o desenvolvimento da Filosofia, das Ciências, da Medicina, dos esportes, artes, arquitetura, tudo que marca e define hoje a Civilização Ocidental.
Você já está começando a perceber porque Maratona foi tão importante.
Os Gregos venceram. E por isso, a Grécia sentiu que os Persas podiam ser derrotados, sentiu-se forte, e prosseguiram em seu rumo desenvolvendo as bases de nossa cultura ocidental. Durante os 200 anos seguintes a Grécia se desenvolveu e criou uma das mais importantes culturas da história, e lançou os fundamentos da Civilização Ocidental.
Da Grécia, a Civilização Ocidental passou para Roma, de Roma passou para a Europa, que herdou a indisciplina dos Gregos (até hoje ninguém conseguiu ser Governante Supremo da Europa, apesar das tentativas de Carlos Magno, de Napoleão, de Hitler).
Esta diversidade de países, culturas, línguas, e governos na Europa foi transmitida às colônias na América, e chegamos ao Império Americano.
Que certamente não existiria se os Persas tivessem vencido. Nem o Império Britânico.
Talvez você estivesse lendo este artigo em Persa. Ou em Hindu, já que a Índia não teria sido dominada pelos Ingleses.
Sua cultura seria diferente, os conflitos intelectuais que caracterizam a Civilização Ocidental não existiriam, e com isso, quem sabe, nem a Internet haveria.
Talvez todos nós fossemos muçulmanos, ou mais provável ainda, Zoroastrianos.
Acho que a esta altura já ficou claro o título do artigo.
Então, todos nós temos de agradecer aos Atenienses o esforço e o sacrifício de Maratona, porque nosso mundo é o que é graças a eles.
No mapa abaixo você vê o Império Persa em 490 A.C. e a Grécia, bem menor em território e em população.
O contexto da batalha é o seguinte: Dario I governava a Pérsia e queria conquistar a Grécia e incorporá-la ao Império Persa. A história da guerra é contada em detalhes por Heródoto em sua História. Em 492 um exército persa comandado por Mardonio foi enviado para pacificar a Trácia, que estava sob domínio persa já há 25 anos, e conquistar a Macedônia. O objetivo dessa manobra era dominar os acessos da Pérsia para a Grécia e facilitar a movimentação do exército persa em uma segunda fase. Mardonio conseguiu sem muito esforço a submissão de quase todas as cidades gregas, com exceção de Esparta e Atenas.
Em 491 Dario enviou embaixadores por toda a Grécia, exigindo de cada uma um punhado de terra e de água, como símbolo de submissão à Pérsia. Quase todas as cidades se submeteram. Em Atenas os embaixadores foram julgados e executados. Em Esparta simplesmente foram jogados em um poço (típico dos Espartanos).
Então, em 490 A.C. o rei Dario I enviou os generais Datis e Artafernes comandando uma frota com um exército embarcado a fim de conquistar Atenas. O exército persa desembarcou da frota na planície da Ática, próximo à cidade de Maratona, a cerca de 40 km. de Atenas.
Sob o comando de Miltiades, o general mais experiente que tinham, os Atenienses marcharam então em seu encontro, com um pequeno destacamento fornecido pela cidade de Platéia. Ao mesmo tempo os atenienses enviaram seu melhor corredor, Pheidippides (ou Philippides) para pedir ajuda a Esparta. Pheidippides chegou a Esparta durante as festas de Carneia, um período sagrado de Paz para os espartanos, e foi informado de que estes não poderiam se deslocar em auxílio dos atenienses até a próxima lua cheia. Isso significava que Atenas não podia esperar ajuda antes de dez dias.
O exército grego contava com cerca de 10.000 hoplitas. O poeta Simonides, contemporâneo de Heródoto, afirma que os persas tinham 200.000 homens. O escritor romano Cornelius Nepos também afirma que o exército persa era de 200.000 homens, dos quais “apenas” 100.000 lutaram em Maratona.
Os gregos conseguiram bloquear as duas saídas que os persas poderiam usar para escapar da planície.
Do ponto de vista estratégico e tático os atenienses estavam em situação difícil, pois se os persas conseguissem se colocar entre os gregos e a cidade de Atenas, esta ficariam completamente indefesa. Além do exército que estava em Maratona, os gregos não tinham mais nenhuma força para se defender – estavam jogando tudo nesta batalha.
Seguiu-se um impasse que durou cinco dias, com os dois exércitos frente a frente, reduzindo cada vez mais a distância entre eles. Até que parte do exército persa, incluindo a cavalaria, foi enviado por mar a fim de atacar Atenas diretamente, aproveitando que grande parte do exército ateniense estava em Maratona (situação difícil para os gregos...).
No entanto, isso fez com que a ameaça da cavalaria persa aos hoplitas (infantaria) atenienses desaparecesse.
Os gregos comandados por Miltiades sentiram que tinham de agir rapidamente para defender sua pátria, e atacaram os persas ao nascer do sol no sexto dia.
Nesta altura, a distância entre os exércitos era de “8 stadia”, ou seja, 1.500 metros.
Segundo a lenda, ao sinal de atacar, os gregos se lançaram sobre os persas com seu grito de "Ελελευ! Ελελευ!" ("Eleleu! Eleleu!").
Os persas não esperavam esta “loucura” dos gregos. Apesar da vantagem numérica dos persas, os hoplitas mostraram ter uma capacidade de combate devastadora, derrotando a ala direita e a esquerda dos persas, e com isso conseguindo fazer um movimento de pinça, envolvendo o centro do exército persa. Esses se viram cercados e cada vez mais espremidos e sem espaço de manobra, algo semelhante ao que Aníbal usou na batalha de Canas, contra os romanos.
Os persas entraram em pânico, e se retiraram em confusão. Heródoto conta que os corpos de 6.400 persas foram encontrados no campo de batalha. Não se sabe quantos pereceram nos pântanos próximos.
Os atenienses perderam 192 homens.
Logo após a vitória, os atenienses marcharam em passo acelerado para sua cidade, (40 km.) sabendo que a frota persa iria tentar atacá-la.
Chegaram a tempo de evitar que Artafemes conseguisse desembarcar suas tropas. O general persa, vendo que não conseguiria tomar Atenas, fez meia volta e voltou para casa.
No dia seguinte o exército Espartano chegou a Maratona, tendo feito o percurso de 220 km. em apenas três dias (70 km. por dia... compare com a corrida da maratona moderna, ικήκαμεν (Vencemos!).
Conta a lenda que o corredor Pheiddipides depois de ir e voltar até Esparta, correu até Atenas, para avisar da vitória, pronunciou a palavra "Nenikēkamen!" - Νενικήκαμεν (Vencemos!), e caiu morto.
Na verdade, Heródoto não menciona esta parte da história, que não deve ser verdadeira, pois só veio a ser contada cerca de 500 anos após a batalha. O que Heródoto conta, é que Pheiddipides correu de Maratona até Esparta, e no caminho apareceu-lhe o deus Pan. O deus perguntou-lhe porque os atenienses não o veneravam, e o corredor prometeu-lhe que a partir daquele dia eles o venerariam. A importância desta história é que o deus Pan em seguida retribuiu o favor lutando ao lado dos Atenienses em Maratona contra os persas. Pan, além de outros poderes, tinha a capacidade de provocar um medo terrível e incontrolável, irracional, que paralisava a mente e suspendia toda a capacidade de julgamento – o PANICO.
Heródoto escreveu cerca de 30 a 40 anos após a batalha, então é provável que Pheidippides seja uma figura histórica. A corrida de 246 km. por trilhas difíceis é realmente um feito digno de registro. Mas a corrida de Maratona até Atenas não parece ser real, já que Heródoto não fala nada a respeito. O primeiro registro de uma corrida entre Maratona e Atenas aparece nos trabalhos de Plutarco (46-120 A.D.), no ensaio “Sobre a Glória de Atenas”.
Plutarco atribui a corrida a um mensageiro chamado Térsipo ou Eukle. Luciano, um século após, atribui o feito a certo “Philippides”. Parece que durante os 500 anos entre a batalha e a época de Plutarco, a história de Pheidippides foi misturada com a marcha dos atenienses do campo de batalha ate sua cidade a fim de evitar que os persas a invadissem. Ao longo do tempo os historiadores, que na antiguidade misturavam fatos com lendas e mitos, devem ter misturado as histórias.
Obs: Aqui um video como foi a batalha.
Fonte: http://virgiliofreire.blogspot.com.br/2008/12/batalha-mais-importante-da-histria.html
Vale ressaltar que esta foi a primeira das guerras medicas, que pra mim foram a de mais importantes para a nossa vida no mundo ocidental. A Segunda foi depois de Lêonidas e os 300 onde este mesmo sendo derrotado foi de papel importantíssimo para o final da batalha que ocorreu após a sua tentativa de barrar os Persas no desfiladeiro de Termopilas. Só com sua força, e pouco mais de 9 a 10 mil homens junto aos lendarios trezentos, o espartano segurou os persas por três dias, tempo suficiente para os exercitos gregos juntos conseguissem se organizar e para que a cidade de Atenas, saqueada depois da vitoria persa em termopilas, fosse evacuada.
Com isso os gregos lutaram na batalha de Salamina, comandados por Temístocles.
(Daqui pra baixo, fonte Wikipedia)
A Batalha de Salamina foi o combate entre a frota persa, liderada por Xerxes e a grega, comandada por Temístocles. O acontecimento deu-se no estreito que separa Salamina da Ática, possivelmente no dia 29 de setembro de 480 a.C.[1] e terminou com a vitória grega.
Após as vitórias persas na Tessália e em Termpóilas, a devastação da Beócia e da Ática, o rei persa Xerxes entrou em Atenas, destruindo inclusive os monumentos da Acrópole, desenvolvendo aquela que ficou conhecida pela Segunda Guerra Médica.
Enquanto os coríntios e os espartanos defendiam uma aglomeração militar no istmo, Temístocles concentrou a frota de 200 embarcações (trirremes) na baía de Salamina, enfrentando a frota persa, que, apesar do seu maior número, tinha dificuldades evidentes de maneabilidade no espaço exíguo do estreito, pelo que foi completamente derrotada pelos gregos. Xerxes foi obrigado a regressar à Ásia, deixando o comando das tropas restantes ao seu lugar-tenente Mardónio, que seria derrotado em 479 a.C. na Batalha de Plateias e Micala, nas costas da Ásia Menor.
Esta, ou estas batalhas marcaram nossa humanidade como ela é no seculo, claro que houveram outras tão importantes tão estas, mas sendo a Grecia o berço da civilização ocidental, estas,sim foram as batalhas cruciais para o mundo como ele é.
Ficou meio grandinho o tópico,mas vale a pena le-lo por inteiro, no próximo serão as 10 batalhas mais importantes de todos os tempos.
Última edição por Lobo solitario em Sáb 30 Jun 2012, 16:33, editado 5 vez(es)