Felizmente, nós já conseguimos sobreviver a vários hipotéticos fins do mundo, inclusive a teoria do fim do mundo prevista pelo calendário maia (bom, melhor não falar isso tão cedo, afinal 2012 ainda não acabou. Pra ajudar, Nostradamus, famoso profeta francês popular por suas previsões certeiras, também disse que não passaríamos de 2012).
Mas não adianta ter a falsa ideia de imortalidade, porque, como um dos grandes físicos e cosmólogos de todos os tempos já disse, o universo teve um começo (Big Bang), então também terá um fim. Só pra constar, esse cara é Stephen Hawking.
E não só ele, mas muitos outros cientistas, apesar de não poderem dizer exatamente como o Universo vai terminar, acreditam que um Universo infinito é impossível, porque as leis da física não o permitem.
Como será seu fim, então? Tirando da jogada teorias religiosas, filosóficas e outras (poderíamos, por exemplo,
destruir toda a Terra com uma guerra nuclear), o que a ciência tem a dizer?
Como será seu fim, então? Tirando da jogada teorias religiosas, filosóficas e outras (poderíamos, por exemplo, destruir toda a Terra com uma guerra nuclear), o que a ciência tem a dizer?
De uns anos para cá, descobrimos que o Universo está se expandindo (e essa expansão está acelerada). Porém, não só esse, mas vários outros fenômenos do Universo fogem da nossa compreensão, porque cada vez mais nós percebemos que não conhecemos nem o que conhecemos. Por exemplo, as misteriosas energia escura e matéria escura parecem formar a maioria do Universo, entre 90 e 95% dele, enquanto a matéria, que é o que conhecemos, é só o “resto”.
Pode ser que, daqui a trilhões de anos, o universo esteja tão expandido que a matéria e a energia vão estar tão rarefeitas que vão deixar de existir.
Mas não parece que sequer vamos chegar a tanto. Outra teoria, proposta por um grupo do Instituto de Física Teórica da
Academia Chinesa de Ciências, diz que a energia escura pode acabar com o Universo da mesma forma que o Big Bang e a inflação o iniciou. Usando cálculos que nem me atrevo a mencionar aqui, os cientistas chegaram, com um nível de confiança de 95,4%, a conclusão de que o Big Fim acontecerá em 16,7 bilhões de anos. Espera! “16,7 bilhões, ou milhões?”, pensa você. Bilhões, confirmo eu. “Ufa!”, o leitor respira aliviado.
Bom, na verdade esse tempo tem tudo pra ser menor ainda. Isso porque temos um problema chamado Sol. Ele também é finito. E nenhum cientista sugere que ele vai durar tanto quanto 16,7 bilhões de anos. Algumas estimativas apontam que a vida do Sol vai acabar em seis bilhões de anos.
Mas, apesar de já termos observado outras mortes estrelares (“supernovas”), não podemos ter certeza absoluta de quanto tempo nossa estrela tem.
Pior notícia do que essa, só a de que um outro modelo do Universo mostra que há uma chance de 50% de que o tempo acabe nos próximos 3,7 bilhões de anos – sim, o tempo mesmo, as horas, minutos e segundos.
Para finalizar o mais pessimista possível, é bem provável que nós tenhamos ainda menos tempo que isso, pelo jeito que cuidamos da nossa casa, a mãe Terra. Se as pessoas não se importam nem o suficiente para não jogar um papel no chão ou andar um quarteirão a pé e não de carro, quem dirá os governos dos países em preservar o meio-ambiente, e, numa dessa, o aquecimento global, defendido por inúmeras teses e com resultados que podem ser comprovados, pode assolar o planeta com vários males; com o aumento da temperatura, a qualidade do ar é prejudicada, os alimentos se tornam escassos e as terras podem se tornar desertas.
Sem comida e suscetíveis a diversas doenças, essa morte lenta e dolorosa parece a pior de todos os cenários possíveis.