Você sabia que o teletransporte já existe? Pois é. Pena que não é para as pessoas, ainda, mas sim para átomos e fotóns (pequenas partículas que formam a luz). Até então, experimentos conseguiam teletransportar esses átomos a poucos metros. No entanto, a Universidade de Ciência e Tecnologia da China conseguiu realizar este feito há 16 quilômetros de distância.
Vale lembrar que, falando cientificamente, o “teleporte” não é simplesmente desaparecer e reaparecer em outro lugar. Seria mais apropriado dizer que se trata de uma cópia das partículas em outro lugar. Significa que os “dados” de uma micropartícula se deslocam no meio físico copiando as propriedades de outra.
Claro que esse experimento ainda não pode se aplicar de forma alguma a seres humanos. No entanto, pode servir, para em um futuro próximo, criarmos computadores muito mais rápidos que as atuais – já que é possível utilizar átomos e fótons para transmitir dados.
São vários os laboratórios que pesquisam a chamada computação quântica. Até o desenvolvimento deste sistema, que está previsto para algo sair daqui a alguns 15 anos, a gente fica sonhando em finalmente poder teletransportar para qualquer lugar, no bom estilo Star Trek.
Fonte: http://www.techguru.com.br/o-teletransporte-ja-existe-mas-so-no-mundo-dos-atomos/
Importante marco no teletransporte é alcançado
Cientistas se aproximaram um pouco mais da façanha do teletransporte, presente, até hoje, apenas na série “Jornada nas Estrelas”. Informações foram transportadas entre um átomo e outro distantes em um metro.
O próprio Einstein chamou estes estranhos eventos – que podem ser 10 mil vezes mais rápidos que a luz – de “assustadores”, pois não admitia que nada pudesse viajar mais rápido que a luz.
Foi uma importante conquista num ramo chamado Processamento de Informações Quânticas, afirmou Christopher Monroe do Joint Quantum Institute, da Universidade de Maryland, que liderou os esforços.
O teletransporte é um método que transporta certas quantidades de informação, como o “spin” de uma partícula ou a polarização de um fóton, de um lugar para o outro sem utilizar nenhum meio físico para tal. Isso já foi conseguido antes entre fótons (quantidade de radiação eletromagnética, como a luz) por distâncias muito longas, e entre dois átomos próximos por meio de uma ação intermediária de um terceiro átomo.
Ao lado uma ilustração do aparato usado para o teletrsnsporte.
Nenhuma dessas conquistas, no entanto, proporcionou meios possíveis de se teletransportar informações por longas distâncias.
Dessa vez, a equipe da JQI, junto com colegas da Universidade de Michigan, conseguiu efetuar o teletransporte de um estado quântico chamado “emaranhamento quântico” diretamente de um átomo para outro a um metro de distância.
“Nossos estudos podem ajudar a criar um computador quântico, extremamente necessário para esse ramo da física”, disse Monroe.
Um computador quântico pode executar certas tarefas, como codificar cálculos e pesquisas de bases de dados gigantes de uma maneira infinitamente mais rápida do que as máquinas normais. O esforço para inventar um modelo de computador como esse é de alto interesse no mundo todo.
Fonte: http://hypescience.com/teletransporte-computador-quantico/
E isso ae, quem sabe um dia podemos ser teletransportados?
O buraco é mais embaixo...
Ônibus lotados, engarrafamentos monstruosos, risco de atropelamento ou assalto. Não seria uma beleza se pudéssemos simplesmente nos teleportar para a faculdade ou escritório? Infelizmente, mesmo com todo o conhecimento acumulado pela ciência até agora, o teletransporte de objetos ou pessoas permanece uma ideia absurda.
Na escala atômica, a história é outra: há alguns anos, cientistas conseguiram “teleportar” uma partícula a uma distância de 16 quilômetros. Colocamos entre aspas porque, na verdade, eles não teleportaram exatamente a partícula, mas suas informações quânticas – o que não deixa de ser um feito surpreendente.
Para isso, eles usaram um fenômeno chamado de “emaranhamento”, no qual duas partículas estão ligadas e sofrem influência mútua independentemente da distância. Mesmo Einstein, com suas teorias revolucionárias, ficou chocado quando observou o fenômeno pela primeira vez.
Para teleportar um objeto, então, seria preciso “emaranhar” suas partículas com outras no local de destino. Ainda assim, as informações do objeto inicial teriam de ser transportadas através de ondas de rádio, por exemplo. Portanto, nada de viagens interestelares feitas em segundos, como acontece na série Jornada nas Estrelas.
Mil barreiras
Outro problema é que seria necessário ter partículas prontas para receber as informações. “Você precisaria de dois equipamentos – um gerador de emaranhamento no ponto A e um receptor de emaranhamento no ponto B”, explica o físico Sidney Perkowitz, da Universidade Emory, em Atlanta (EUA).
Quem prestou atenção até aqui terá percebido que, com esse modelo, um objeto não seria transportado realmente, mas clonado. Para piorar, só o fato de analisar as informações quânticas já poderia destruir o objeto original – é o famoso Princípio da Incerteza de Heisenberg, segundo o qual a simples observação de uma partícula já altera seu comportamento.
Se já é complicado teleportar partículas, imagine objetos mais complexos, como células ou corpos inteiros. “O único teletransporte já observado foi o de informações quânticas, como o spin de um elétron”, lembra o físico. São informações relativamente simples. Para teleportar coisas maiores (e, portanto, informações infinitamente mais complexas), seria preciso um tempo monstruoso.
O buraco é mais embaixo
Enquanto o emaranhamento não ajuda, há quem aposte em uma teoria diferente (mas tão exótica quanto): a dos Buracos de Minhoca, túneis hipotéticos ligando pontos diferentes no tempo e no espaço.
Para gerá-los, dizem os cientistas, seria preciso lidar com forças exóticas, as quais sequer sonhamos em dominar. Em suma, “teletransporte é impossível para o nosso conhecimento atual”, diz Perkowitz.
Parece que não vamos abandonar os ônibus lotados tão cedo.
Fonte: http://hypescience.com/teletransporte-ainda-muito-alem-de-nosso-alcance/
Mas é bom sonhar né!