O assunto pode ser meio polêmico, mas eu ESPERO que tenhamos membros civilizados o bastante para discutirmos sobre a mais forte corrente ateísta, o paradoxo de Epicuro. Ai embaixo tem o paradoxo, uma introdução de um site em spoiler, e o próprio site.
Se Deus existe, então ele é onisciente, onipotente e todo-bondoso.
Se Deus é onisciente, então sabe desde a eternidade que o mal viria a existir.
Se Deus é onipotente, então ele pode acabar com o mal ou poderia tê-lo evitado.
Se Deus é todo-bondoso, então ele iria querer acabar ou evitar o mal.
Se Deus é onisciente, onipotente e todo-bondoso, então o mal e o sofrimento não deveriam existir.
O mal e o sofrimento existem.
Logo, Deus não é onisciente, onipotente e todo-bondoso
Logo, Deus não existe
Ai embaixo tem a introdução desse site ai que é ótimo! > http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3556224
Se Deus existe, então ele é onisciente, onipotente e todo-bondoso.
Se Deus é onisciente, então sabe desde a eternidade que o mal viria a existir.
Se Deus é onipotente, então ele pode acabar com o mal ou poderia tê-lo evitado.
Se Deus é todo-bondoso, então ele iria querer acabar ou evitar o mal.
Se Deus é onisciente, onipotente e todo-bondoso, então o mal e o sofrimento não deveriam existir.
O mal e o sofrimento existem.
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Paradoxo de Epicuro :
O Paradoxo de Epicuro, também conhecido como Problema do Mal, é, talvez, o mais forte argumento ateísta já desenvolvido. Embora muitos sequer ouviram falar dele, ele é um problema que talvez tenha sido levantado por toda e qualquer pessoa. De uma forma bem simples, o problema do mal é aquela velha questão: se Deus existe, por que existe o mal e o sofrimento? Por que existem guerras? Por que pessoas inocentes sofrem? Por que crianças pobres morrem de fome? Por que existem doenças mortais? Em outras palavras: se Deus existe, por que ele simplesmente não acaba com tudo isso?
Esses questionamos, que talvez já tenha sido feito por quase todos, seja ateu ou não, estão na base do Paradoxo de Epicuro, embora este seja mais bem elaborado filosoficamente. Muitas repostas foram dadas a essas questões, umas um tanto satisfatórias, outras nem tanto. A mais comum, mas também a mais fraca, é aquela que diz que que o mal existe por culpa da desobediência de Adão e Eva. Por terem eles comido do fruto proibido, e com isso desobedecendo as ordens de Deus, todos os males entraram neste mundo. A primeira pergunta que vem à mente é por que temos que pagar pelo erro dos nossos antepassados? Isto é, se foram eles que desobedeceram as ordens de Deus, por que nós temos que sofrer também? Os defensores desta resposta alegam que Deus teria um paraíso reservado para aqueles que acreditassem nele e o seguissem, onde não existiria nenhum mal e onde todo sofrimento desta vida seria compensado. Mas por que temos que sofrer para chegar a um estado em que não exista mais sofrimentos? Não poderíamos simplesmente ter sido criados em um mundo assim? E quanto àqueles que não conseguirão a salvação, qualquer que seja o motivo? O teísta certamente dirá que esses não conseguiram a salvação porque não seguiram a Deus, portanto, são culpados dos seus sofrimentos. Mas acontece que o sofrimento já exista antes de eles nascerem, portanto, não podem ser responsabilizados pelo sofrimento que já sofreram antes de serem condenados, ou seja, o problema é anterior a isso, o que nos leva de volta ao pecado de Adão e Eva.
É aqui que começa o Paradoxo de Epicuro propriamente dito: Deus é onisciente, onipotente e todo-bondoso. Se Deus não sabia que Adão e Eva iam desobedecê-lo, trazendo assim todo o mal e todo sofrimento para o mundo, então não era onisciente; se sabia, mas não pode evitar, não era onipotente; se sabia, podia e evitar, e mesmo assim não o fez, então ele permitiu que o mal e o sofrimento viessem a existir, ele assim o quis, o que contradiz sua toda-bondade. O que diz o Paradoxo de Epicuro é que a existência de um Deus onisciente, onipotente e todo-bondoso é incompatível com a existência do mal. Se Deus existe, então não deveria existir o mal e o sofrimento. Mas o mal e o sofrimento existem, portanto, Deus não existe. E esse argumento é bastante intuitivo, tanto que talvez todos nós já nos fizemos perguntas parecidas com o problema do mal. Parece haver uma incompatibilidade entre a existência de Deus e a existência do mal e do sofrimento. O problema é que geralmente nos contentamos com respostas simplórias, mas o Paradoxo de Epicuro vai até a raiz do problema e mostra que a justificação da desobediência dos nossos ancestrais simplesmente não se sustenta, dadas as propriedades de Deus. E o mesmo argumento serve para qualquer noção de Deus do teísmo tradicional, quer se acredite ou não na existência de Adão e Eva.
Esses questionamos, que talvez já tenha sido feito por quase todos, seja ateu ou não, estão na base do Paradoxo de Epicuro, embora este seja mais bem elaborado filosoficamente. Muitas repostas foram dadas a essas questões, umas um tanto satisfatórias, outras nem tanto. A mais comum, mas também a mais fraca, é aquela que diz que que o mal existe por culpa da desobediência de Adão e Eva. Por terem eles comido do fruto proibido, e com isso desobedecendo as ordens de Deus, todos os males entraram neste mundo. A primeira pergunta que vem à mente é por que temos que pagar pelo erro dos nossos antepassados? Isto é, se foram eles que desobedeceram as ordens de Deus, por que nós temos que sofrer também? Os defensores desta resposta alegam que Deus teria um paraíso reservado para aqueles que acreditassem nele e o seguissem, onde não existiria nenhum mal e onde todo sofrimento desta vida seria compensado. Mas por que temos que sofrer para chegar a um estado em que não exista mais sofrimentos? Não poderíamos simplesmente ter sido criados em um mundo assim? E quanto àqueles que não conseguirão a salvação, qualquer que seja o motivo? O teísta certamente dirá que esses não conseguiram a salvação porque não seguiram a Deus, portanto, são culpados dos seus sofrimentos. Mas acontece que o sofrimento já exista antes de eles nascerem, portanto, não podem ser responsabilizados pelo sofrimento que já sofreram antes de serem condenados, ou seja, o problema é anterior a isso, o que nos leva de volta ao pecado de Adão e Eva.
É aqui que começa o Paradoxo de Epicuro propriamente dito: Deus é onisciente, onipotente e todo-bondoso. Se Deus não sabia que Adão e Eva iam desobedecê-lo, trazendo assim todo o mal e todo sofrimento para o mundo, então não era onisciente; se sabia, mas não pode evitar, não era onipotente; se sabia, podia e evitar, e mesmo assim não o fez, então ele permitiu que o mal e o sofrimento viessem a existir, ele assim o quis, o que contradiz sua toda-bondade. O que diz o Paradoxo de Epicuro é que a existência de um Deus onisciente, onipotente e todo-bondoso é incompatível com a existência do mal. Se Deus existe, então não deveria existir o mal e o sofrimento. Mas o mal e o sofrimento existem, portanto, Deus não existe. E esse argumento é bastante intuitivo, tanto que talvez todos nós já nos fizemos perguntas parecidas com o problema do mal. Parece haver uma incompatibilidade entre a existência de Deus e a existência do mal e do sofrimento. O problema é que geralmente nos contentamos com respostas simplórias, mas o Paradoxo de Epicuro vai até a raiz do problema e mostra que a justificação da desobediência dos nossos ancestrais simplesmente não se sustenta, dadas as propriedades de Deus. E o mesmo argumento serve para qualquer noção de Deus do teísmo tradicional, quer se acredite ou não na existência de Adão e Eva.