Nome: A Violonista
Gênero: Drama, ficção
Finalizasda: Sim
Palavras: 912
Era um típico inverno de Londres, novembro de 1740. Não podia ser considerada uma mansão. Mas era um casarão enorme e muito reconfortante. Cortinas alegres que combinara com toda a decoração. Piano de cauda vermelho no canto. Tudo bem limpo e arrumado. Senão fosse pelo som melancólico que ecoava naquele lugar vazio. Um violino. O som era pesado. Alternava entre lentidão e rapidez.
A bela moça estava apenas afinando seu instrumento. Sentada no jardim dos fundos com área coberta para se proteger da neve. Ela tocava. Seus olhos castanhos escuros estavam perdidos olhando todo aquele branco sem fim. Parou. Respirou fundo e pousou o violino no colo. Sentiu uma brisa leve balançar seus cabelos e passa pela sua nuca a arrepiando. Passou um filme diante dos seus olhos. Como chegara ali. Fechou os olhos, não queria se lembrar da sua atordoada jornada até aquele novo inverno.
Pegou seu violino e entrou para a casa sendo recebida pela governanta. Uma senhora já de idade, com cabelos grisalhos. Ela acompanhou o nascimento da moça até seus 25 anos. Única que sobrou naquele casarão. Palavras entre as mesmas não eram necessárias. Uma entendia a outra com simples gestos ou olhares.
Fora para o quarto, tirou todas aquelas roupas e artifícios que a seu ver nem eram necessários, mas tinha que usar. Soltou seus cabelos, antes presos em coques, que chegavam à cintura, brilhavam, eram cinzentos, lembrava fumaça. Fumaça… Já estava na hora de cortar os cabelos, pensou consigo mesmo, mas deixara para outro dia.
Deitou-se naquela enorme cama, olhava para a janela, noite estava tão calma, igual àquela noite.
25 anos atrás…
- Força! – Gritara à parteira. A moça já estava exausta e sem forças, parto estava sendo muito difícil. Logo se houve um choro. Rapaz, o marido, estava afoito e curioso.
De repente o silêncio predomina. Ela morrera, exausta, deixando uma filha e um viúvo.
Ela sempre cresceu cercada de riqueza, para que não sentisse a falta da mãe. Mas não era isso que ela queria. Cresceu quieta, fria e de gênio difícil. Era diferente de todas as crianças da localidade e não tinha muitos amigos.
Na mesma noite que ela completará 7 anos de idade ocorre uma tragédia. Ao irem dormi um dos empregados deixaram algumas velas acesas. Através de uma janela aberta o vento entra derrubando algumas velas que caiem nas cortinas pegando fogo em seguida. Todos corriam de um lado para o outro enquanto o fogo consumia toda a casa.
A governanta segurava a mão da menina que olhava para a casa pegando fogo, a menina olhou piedosamente para a moça que segurava sua mão como se implorasse uma resposta. Onde estará seu pai?
Passaram longas horas esperando. Depois o resultado. Ele não conseguira sair do fogo a tempo. Ela apenas abraçou a garotinha, ela não conseguia expressar, mas, estava assustada e machucada por dentro e aquela mulher sabia, ela conhecia a garota como ninguém.
E fora assim passando a sua adolescência. E então como seu pai havia deixado pronto ela iria se casar com um nobre. Eventualmente se casaram e ela ficara grávida de um herdeiro. No começo ela não gostara dele. Mas logo passou a confiar nele, sabia que ele era igual a ela.
Como de costume eles foram passear, mas na hora errada… Era uma perseguição entre ladrões e policiais. Não tiveram tempo e só se viu um clarão e gritos e relinchar dos cavalos. Acordou no hospital. E só noticias tristes… Perderá o marido e o filho e não poderia mais ter nenhum filho, já que sai vida dependia da retirada de alguns órgãos internos. Novamente, olhos perdidos e piedosos.
Decidiria então dedicar-se à música aprendera piano e violino, sendo que se entregou mais para o segundo instrumento. Parecia que as notas contavam histórias e conversava com quem as ouvi. Mas sempre melancólicos e notas pesadas e rítmicas.
5 anos depois.
Dia chega e então pegando uma tesoura resolvera diminuir os cabelos deixando bem curtos. Não seria uma má ideia receber alguém na sua casa. Um amigo que longa data. Nunca tocará para ninguém alem da governanta do casarão. Logo ele chegara. Seu coração acelerou.
Encontraram-se no mesmo lugar que passara ensaiando. Estava frio e vento gélido. Começou com notas lentas com o violino “rangendo” e logo acelerou e as notas ficavam rápidas e sua rapidez surpreendia o rapaz. O som ecoava por vários lugares e pessoas se aproximaram da grade ao ouvir aquele som maravilhoso. Essas notas tocavam uma história a sua história. Seu coração sentia, batia acelerado, descompassado, o vento congelava suas juntas, mas não a impedia de continuar tal ato. Um último “ranger” e chega o fim. Ouvem-se aplausos.
- Foi Louvável… – Ele elogiara enquanto aplaudia de pé.
- Obrigada… – A voz era doce e sofrida, percebia-se que tinha muito sentimento preso, mas ninguém era corajoso o suficiente para libertar este tal.
- Realmente sua melodia é apaixonante…
- Pena que minha melodia e nem eu se apaixonem… – Foi sarcástica, ou irônica? Nem ela sabia.
- Não adianta se esconder ou fugir… – Disse ele ao virar-se de costa indo para a saída – Os sentimentos sempre vão te encontrar… Akasha…
Gelou da maneira com que ele dissera seu nome. Respirou fundo, ele estava errado, voltou a tocar, com mais fervor, tocou para si, a mais bela melodia, a mais temerosa e enlouquecida, por um momento pensou que seu violino iria quebrar a fúria era demais. Ele estava certo, mas ela era orgulhosa demais para admitir.
Gênero: Drama, ficção
Finalizasda: Sim
Palavras: 912
Era um típico inverno de Londres, novembro de 1740. Não podia ser considerada uma mansão. Mas era um casarão enorme e muito reconfortante. Cortinas alegres que combinara com toda a decoração. Piano de cauda vermelho no canto. Tudo bem limpo e arrumado. Senão fosse pelo som melancólico que ecoava naquele lugar vazio. Um violino. O som era pesado. Alternava entre lentidão e rapidez.
A bela moça estava apenas afinando seu instrumento. Sentada no jardim dos fundos com área coberta para se proteger da neve. Ela tocava. Seus olhos castanhos escuros estavam perdidos olhando todo aquele branco sem fim. Parou. Respirou fundo e pousou o violino no colo. Sentiu uma brisa leve balançar seus cabelos e passa pela sua nuca a arrepiando. Passou um filme diante dos seus olhos. Como chegara ali. Fechou os olhos, não queria se lembrar da sua atordoada jornada até aquele novo inverno.
Pegou seu violino e entrou para a casa sendo recebida pela governanta. Uma senhora já de idade, com cabelos grisalhos. Ela acompanhou o nascimento da moça até seus 25 anos. Única que sobrou naquele casarão. Palavras entre as mesmas não eram necessárias. Uma entendia a outra com simples gestos ou olhares.
Fora para o quarto, tirou todas aquelas roupas e artifícios que a seu ver nem eram necessários, mas tinha que usar. Soltou seus cabelos, antes presos em coques, que chegavam à cintura, brilhavam, eram cinzentos, lembrava fumaça. Fumaça… Já estava na hora de cortar os cabelos, pensou consigo mesmo, mas deixara para outro dia.
Deitou-se naquela enorme cama, olhava para a janela, noite estava tão calma, igual àquela noite.
25 anos atrás…
- Força! – Gritara à parteira. A moça já estava exausta e sem forças, parto estava sendo muito difícil. Logo se houve um choro. Rapaz, o marido, estava afoito e curioso.
De repente o silêncio predomina. Ela morrera, exausta, deixando uma filha e um viúvo.
Ela sempre cresceu cercada de riqueza, para que não sentisse a falta da mãe. Mas não era isso que ela queria. Cresceu quieta, fria e de gênio difícil. Era diferente de todas as crianças da localidade e não tinha muitos amigos.
Na mesma noite que ela completará 7 anos de idade ocorre uma tragédia. Ao irem dormi um dos empregados deixaram algumas velas acesas. Através de uma janela aberta o vento entra derrubando algumas velas que caiem nas cortinas pegando fogo em seguida. Todos corriam de um lado para o outro enquanto o fogo consumia toda a casa.
A governanta segurava a mão da menina que olhava para a casa pegando fogo, a menina olhou piedosamente para a moça que segurava sua mão como se implorasse uma resposta. Onde estará seu pai?
Passaram longas horas esperando. Depois o resultado. Ele não conseguira sair do fogo a tempo. Ela apenas abraçou a garotinha, ela não conseguia expressar, mas, estava assustada e machucada por dentro e aquela mulher sabia, ela conhecia a garota como ninguém.
E fora assim passando a sua adolescência. E então como seu pai havia deixado pronto ela iria se casar com um nobre. Eventualmente se casaram e ela ficara grávida de um herdeiro. No começo ela não gostara dele. Mas logo passou a confiar nele, sabia que ele era igual a ela.
Como de costume eles foram passear, mas na hora errada… Era uma perseguição entre ladrões e policiais. Não tiveram tempo e só se viu um clarão e gritos e relinchar dos cavalos. Acordou no hospital. E só noticias tristes… Perderá o marido e o filho e não poderia mais ter nenhum filho, já que sai vida dependia da retirada de alguns órgãos internos. Novamente, olhos perdidos e piedosos.
Decidiria então dedicar-se à música aprendera piano e violino, sendo que se entregou mais para o segundo instrumento. Parecia que as notas contavam histórias e conversava com quem as ouvi. Mas sempre melancólicos e notas pesadas e rítmicas.
5 anos depois.
Dia chega e então pegando uma tesoura resolvera diminuir os cabelos deixando bem curtos. Não seria uma má ideia receber alguém na sua casa. Um amigo que longa data. Nunca tocará para ninguém alem da governanta do casarão. Logo ele chegara. Seu coração acelerou.
Encontraram-se no mesmo lugar que passara ensaiando. Estava frio e vento gélido. Começou com notas lentas com o violino “rangendo” e logo acelerou e as notas ficavam rápidas e sua rapidez surpreendia o rapaz. O som ecoava por vários lugares e pessoas se aproximaram da grade ao ouvir aquele som maravilhoso. Essas notas tocavam uma história a sua história. Seu coração sentia, batia acelerado, descompassado, o vento congelava suas juntas, mas não a impedia de continuar tal ato. Um último “ranger” e chega o fim. Ouvem-se aplausos.
- Foi Louvável… – Ele elogiara enquanto aplaudia de pé.
- Obrigada… – A voz era doce e sofrida, percebia-se que tinha muito sentimento preso, mas ninguém era corajoso o suficiente para libertar este tal.
- Realmente sua melodia é apaixonante…
- Pena que minha melodia e nem eu se apaixonem… – Foi sarcástica, ou irônica? Nem ela sabia.
- Não adianta se esconder ou fugir… – Disse ele ao virar-se de costa indo para a saída – Os sentimentos sempre vão te encontrar… Akasha…
Gelou da maneira com que ele dissera seu nome. Respirou fundo, ele estava errado, voltou a tocar, com mais fervor, tocou para si, a mais bela melodia, a mais temerosa e enlouquecida, por um momento pensou que seu violino iria quebrar a fúria era demais. Ele estava certo, mas ela era orgulhosa demais para admitir.