Irei dividi este tópico em umas três partes, mas vale a pena verem todas elas...

A família Rothschild

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A Família Rothschild (conhecida como A Casa de Rothschild, ou mais simplesmente os Rothschild) é uma família Europeia de Judeus Alemães (mais especificamente Judeus Ashkenazi,ou Ashkenazim) que estabeleceram casas de finanças e banca Europeias nos finais do século 18. Cinco linhas do ramo Austríaco da família foram elevadas a nobreza Austríaca sendo lhes atribuídos títulos hereditários de Barões do Império de Hadsburg, pelo Emperador Francis II em 1816. O Ramo Britânico da família foi elevado a nobreza Britânica a pedido da Rainha Victoria. É referido que durante século 19 a família possuiu a maior fortuna privada no mundo e também de longe a maior fortuna na história do mundo moderno.

Em 1743, Ancho Moses Bauer abriu uma loja de cunhagem em Frankfurt. Por cima da porta, colocou um letreiro, que incluía uma águia romana e um escudo vermelho. A loja ficou conhecida como “a loja do escudo vermelho”, ou em alemão, Rothschild. Quando o seu filho, Ancho Mayer Bauer, herdou o negócio, decidiu mudar o seu nome para Rothschild.

Ancho acabou por aperceber-se de que emprestar dinheiro a governos e reis dava mais lucro do que emprestá-lo a particulares. Não só os empréstimos eram maiores, mas eram seguros, assegurados pelos impostos do país.

Entretanto, em 1800, o Banque de France é criado nos mesmos moldes que o Bank of England, mas Napoleão nunca confiou nele: “A mão que dá está acima da mão que recebe. O dinheiro não tem pátria. Os financeiros não têm patriotismo nem decência. O seu único objectivo é o lucro”.”

Rothschild teve 5 filhos. Treinou-os a todos nos truques da criação de dinheiro, e enviou cada um para um lugar estratégico diferente, para abrirem filiais do negócio bancário de família.

O seu primogénito, Ancho Mayer, ficou em Frankfurt, para suceder ao pai. O segundo filho, Solomon, foi enviado para Viena. O seu terceiro filho, Nathan, era claramente o mais esperto, foi enviado para Londres, em 1728, 100 anos após a fundação do Bank of England. O seu quarto filho, Carl, foi para Nápoles, e o seu quinto filho Jacob, foi para Paris.

Em 1725, Mayer Rothschild mudou toda a família para uma nova casa, que partilhava com a família Shiff, e que se tornou conhecida como a casa Greenshield. Estas duas famílias iriam ter um papel preponderante na história financeira da Europa e dos Estados Unidos.

Os Rothschild começaram por encetar um relacionamento com o Príncipe Guilherme de Áustria, o nobre mais rico da europa. Mas quando Napoleão o forçou ao exílio, ele enviou 550.000 libras, uma soma exorbitante nesse tempo, para Nathan Rothschild em Londres com instruções para que comprasse títulos do tesouro ingleses, mas Nathan usou o dinheiro em seu próprio proveito.

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Com Napoleão à solta pela Europa, as oportunidades de negócios em tempo de guerra eram enormes. Guilherme voltou pouco antes da batalha de Waterloo, em 1815. Convocou Rothschild e exigiu o seu dinheiro de volta. Os Rothschild devolveram o dinheiro, acrescido dos juros que teriam rendido se empregues em títulos do tesouro. Mas ficaram com o lucro que tinham tirado do uso do dinheiro de Guilherme. Um lucro exorbitante.

Por exemplo: na Inglaterra, Nathan Rothschild viu a oportunidade de montar um golpe que lhe permitiria apoderar-se do mercado de capitais ou mesmo do Bank of England, nas vésperas de batalha de Waterloo.

Rothschild enviou um espião para Waterloo. Mal a batalha acabou, o seu espião partiu rapidamente de volta a Inglaterra. Entregou a notícia a Rothschild 24 horas antes do próprio correio de Wellington. Rothschild correu para a bolsa com um ar triste e abatido. Todos o seguiam com o olhar.

Subitamente, Nathan começa a vender. Os outros investidores viram que ele tinha começado a vender. A resposta só poderia ser uma: Napoleão tinha ganho em Waterloo e Rothschild sabia. Em poucos minutos, todos vendiam. Os preços cairam em flecha. Entretanto, agentes de Rothschild começaram a comprar secretamente os títulos por uma fração do seu valor real. Numa questão de horas, Nathan Rothschild passou a dominar a bolsa de Londres, assim como, segundo se supõe, o Bank of England.

Nathan mais tarde gabou-se de, nos 17 anos que passou em Inglaterra, ter multiplicado as 20.000 libras que recebera do pai para se estabelecer em 2500 vezes. Graças à cooperação familiar, os Rothschild tornaram-se incrivelmente ricos. Em meados do século XIX, dominavam o sistema bancário europeu e eram sem dúvida a família mais rica do mundo.

Por volta de 1850, James Rothschild, o herdeiro do ramo francês da família, tinha um ativo de 600 milhões de francos franceses, 150 milhões mais que todos os outros banqueiros franceses somados. Os Rothschild eram portanto, a família mais rica do mundo. O resto do século XIX foi denominado da “era dos Rothschild”.

Financiaram Cecil Rodes, permitindo-lhe adquirir o monopólio dos diamantes e ouro na África do Sul. Na América, financiaram os Harriman dos caminhos de ferro, os Vanderbild, nos caminhos de ferro e imprensa, Carnegie, no aço, entre muitos outros.

Durante a primeira guerra mundial, J.P. Morgan era suposto ser o homem mais rico da América. De fato, quando morreu, comprovou-se que era apenas um agente dos Rothschild. J.P. Morgan possuía apenas 19% das suas empresas.

No fim do Século XIX, a família Rothschild controlava metade da riqueza do mundo.

No entanto, os seus projetos hegemónicos sofreram um revés: A Revolução Americana.

Por volta de 1750, o império britânico afirmou-se como o mais forte do mundo. Mas teve de sustentar 4 guerras na Europa desde a criação do Bank of England, e para isso endividou-se grandemente perante o banco. Em 1750, a dívida do governo perante o Bank of England ascendia a 140 milhões de libras. O governo viu-se obrigado a aumentar as receitas das suas colônias para poder pagar os juros da sua dívida com o banco.

Na América, a história era diferente. A América não tinha um banco emissor central privado. A colônia era relativamente pobre. Tinha poucos recursos em ouro ou prata.

Assim, o governo decidiu-se pela emissão do seu próprio papel-moeda. A experiência funcionou. Benjamin Franklin era um dos apoiantes da emissão de papel-moeda para a colônia. Em 1757, Franklin foi enviado a Londres, e acabaria por ficar pelos próximos 17 anos. Durante esse período, os americanos começaram a emitir o seu próprio papel-moeda. Chamadas de “coloniais”, estas notas tiveram um grande sucesso.

Os coloniais eram apenas papel. Não estavam sujeitos a juros e também não tinham qualquer suporte em ouro.

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Quando os banqueiros do Bank of England perguntaram a Franklin a causa da nova prosperidade da colônia americana, a sua resposta foi: “é muito simples. Nas colônias, emitimos o nosso próprio dinheiro. Emitimo-lo nas proporções necessárias às exigências do comércio e indústria de maneira a que os produtos passem facilmente dos produtores para os consumidores. Deste modo, criando o nosso próprio papel-moeda, controlamos o seu poder de compra, e não temos de pagar juros a ninguém“.

Apesar de lógica e óbvia, esta explicação teve um enorme impacto no Bank of England. A América tinha aprendido o segredo do dinheiro, e esse segredo não podia ser espalhado.

O resultado foi o “colonial act” emitido pelo Parlamento 1764, que proibia os gestores coloniais de emitir o seu próprio dinheiro e os obrigava a pagar todos os impostos em moedas de ouro ou prata. Por outras palavras, obrigava as colônias a aderir ao padrão ouro ou prata.

O que se seguiu? Segundo Franklin, mais uma vez: “em um ano, as condições foram tão invertidas que a era de prosperidade terminou, a depressão instalou-se, ao ponto das ruas das colônias ficarem cheias de desempregados“.

Franklin mais tarde afirmou que esta foi a razão principal para a Revolução Americana: “As colônias pagariam prontamente pequenas taxas sobre o chá ou outras mercadorias, se a Inglaterra não lhes tivesse tirado a sua própria moeda, o que provocou desemprego e insatisfação generalizados. A impossibilidade das colônias conseguirem de George III e dos banqueiros internacionais o poder de emitirem a sua própria moeda foi a PRINCIPAL razão para a guerra revolucionária.”

Por altura do começo da guerra, a colônia tinha sido exaurida de todas as moedas de ouro e prata que possuía pelas taxas que tinha sido forçada a pagar aos ingleses. Assim, o governo continental não teve outro remédio senão imprimir dinheiro para financiar a guerra. Por altura da revolução, a quantidade de dinheiro existente era de 12 milhões de dólares. Pelo fim da guerra, era de quase 500 milhões. Como resultado, a moeda não tinha praticamente valor. Um par de sapatos era vendido a 5.000 dólares.

Os coloniais tinham mantido o valor porque tinham sido emitidos apenas na quantidade necessária para facilitar as trocas comerciais. Como George Washington disse tristemente, um vagão de dinheiro mal chegava para comprar um vagão de provisões. Este episódio é apontado hoje pelos defensores do padrão ouro como um exemplo dos malefícios do papel-moeda, esquecendo que esse mesmo sistema tinha funcionado perfeitamente 20 anos antes.

O governo continental estava desesperadamente necessitado de dinheiro. Em 1781, permitiram a Robert Morris, o seu superintendente financeiro, que abrisse um banco central privado. Morris era um homem rico, que tinha ganho muito dinheiro durante a revolução com o comércio de suprimentos de guerra.

O Bank of North America seguiu o modelo do Bank of England. Foi-lhe permitido praticar banca com reserva fraccional, isto é, era-lhe permitido emprestar mais dinheiro que as reservas que tinha, e cobrar juros sobre ele. E, tal como com o Bank of England, foi-lhe garantido o monopólio sobre a emissão da moeda.


Foi requerido aos investidores privados que cobrissem a verba de 400.000 dólares para o capital inicial, mas quando Morris se viu incapaz de angariar esse dinheiro, usou a sua influência política para conseguir depósitos em ouro, que tinham sido emprestados pela França à América. Ele emprestou então esse dinheiro a si próprio e aos seus amigos para o reinvestir em acções do seu próprio banco.

O valor da moeda continuou a cair porque não havia reserva nenhuma por detrás do dinheiro que o banco emitia. Assim, 4 anos depois, a licensa para o banco funcionar não foi renovada.

O lider do movimento contra o Bank of North America, William Findley, explica a situação claramente: “esta instituição, seguindo apenas o princípio da avareza, nunca se desviará do seu objetivo …. acumular toda a riqueza e poder do estado”.


Os homens por detrás do Bank of North America, Alexander Hamilton, Robert Morris e o seu presidente, Thomas Willing, não desistiram. Apenas 6 anos depois, Hamilton fez passar pelo congresso um novo banco central privado.

Chamado de First Bank of the United States, Thomas Willing é de novo o seu presidente. Os homens chave eram os mesmos, a única diferença estava no nome do banco.

Em 1787, os líderes coloniais reuniram-se em Filadelfia para substituir as leis da
confederação. Thomas jefferson então diz: “Se o povo americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da moeda, primeiro pela inflação e em seguida pela deflação, os bancos e as corporações que surgirão irão despojá-los de toda a sua riqueza até que os seus filhos um dia acordem privados da terra do continenteque os seus pais conquistaram.”

Gouvernor Morris, um ex-colaborador do bank of North America, e que conhecia bem o sistema, afirmou: “os ricos lutarão para estabelecer o seu domínio e escravizar o resto. Sempre o fizeram, sempre o farão …. farão o mesmo aqui que fizeram nos outros lados, se, pelo poder do governo, não os circunscrevermos ao seu próprio meio.”

Hamilton e companhia não desistem. Tentam convencer os congressistas a inserir na constituição a proibição de emissão de moeda ao governo. O resultado foi a constituição ser omissa nesse assunto. Isso deixou a porta aberta aos banqueiros, tal como tinham planeado.

Em 1790, os banqueiros atacam de novo. Hamilton, então secretário do tesouro, propõe ao congresso uma lei que autoriza um novo banco central privado. Esta ação coincide com um pronunciamento de Amshel Rothschild a partir de Frankfurt: “deixem-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação, e não me importo com quem faz as leis“.

Depois de um ano de debates, o congresso acaba por aprovar a lei, concedendo uma concessão de 21 anos. O novo banco era para ser chamado de First Bank of the United States, ao qual foi dado o monopólio sobre a moeda, apesar de 80% do seu capital ser privado.

Os restantes 20% seriam pagos pelo governo. A razão disto foi para esses 20% fornecerem capital para os donos privados subscreverem as suas cotas. Mais uma vez, o banco emprestou dinheiro aos particulares para estes pagarem os restantes 80%. Tal como no Bank of England, o nome dos investidores privados foi mantido secreto. Anos mais tarde tornou-se evidente que os Rothschild eram o poder real por detrás do Bank of the United States.

Contrariamente ao que seria de exigir dum banco central, isto é, controlar a economia, nos 5 anos que se seguiram o governo faz uma dívida de 8 milhões de dólares e os preços subem 75%. Thomas Jefferson observa tristemente o resultado, e afirma: “gostaria que fosse acrescentada à Constituição um simples parágrafo proibindo o governo americano de pedir emprestado.”

Em 1800, Thomas Jefferson é eleito presidente. Em 1803, Jefferson e Napoleão fazem um acordo: os USA dão a Napoleão 3 milhões de dólares em ouro, em troca do território de Louisiana. Com esses 3 milhões de dólares, Napoleão financiou um exército e parte à conquista de Europa. Mas o Bank of England não tardou a reagir: financiou todas as nações que se opuseram a Napoleão, fazendo enormes lucros com a economia de guerra. A Prússia, a Áustria e a Rússia endividam-se fortemente numa tentativa de parar Napoleão.

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4 anos depois, estando o principal exército francês na Rússia, Nathan Rothschild, então o chefe do Bank of England, cria um plano para contrabandear um carregamento de ouro através da França para financiar um ataque do Duque de Wellington a partir de Espanha. Nathan mais tarde gabou-se que este foi o melhor negócio que jamais fez. Nem sabia das oportunidades que iria ter no futuro próximo.

Wellington virou o curso da guerra na Europa, até à abdicação de Napoleão e coroação de Luís XVIII.

Entretanto, na América, os americanos tentavam-se também libertar do banco central. Em 1811, foi colocado um projeto-lei perante o congresso para renovar a concessão do First Bank of the United States. A reação foi quase unânime contra o First Bank. Nathan Rothschild tinha avisado os Estados Unidos que o país se veria perante uma guerra desastrosa se não renovasse a concessão. A lei acabou por não passar por apenas um voto. James Madison era então o presidente.

Em 5 meses, a Inglaterra atacou os Estados Unidos e começou a guerra de 1812. Mas os ingleses estavam enfraquecidos com a guerra com Napoleão, e a guerra de 1812 acabou num empate 2 anos depois.

Os banqueiros tinham perdido uma batalha, mas não tinham perdido a guerra. Em apenas 2 anos, conseguiram reintroduzir o seu banco.

Entretanto, na Europa, em 1815 Napoleão escapa e volta a Paris. As tropas juntam-se a ele. Napoleão consegue 5 milhões de libras do banco para refazer o seu exército.

Voltando à América, em 1815 passa pelo Congresso mais uma lei permitindo a criação de mais um banco central privado. Foi chamado de “Second Bank of the United States”.

Mais uma vez, o esquema repete-se: o estado entra com 20% do capital, que é usado para financiar a compra dos outros 80% pelos investidores privados. Mais uma vez, os investidores eram desconhecidos, mas soube-se que cerca de 1/3 das ações foram vendidos para o estrangeiro. Portanto, em 1816, os Rothschild tinham o controlo do Bank of England e de uma parte do novo banco central americano.


Passados 12 anos, o povo americano não suportava mais o Second Bank. Apoiou um forte opositor do Second Bank na sua candidatura para presidente: Andrew Jackson.

Para surpresa dos banqueiros, Jackson é eleito em 1828. Jackson assume a presidência determinado em acabar com o banco logo que possa. Mas a concessão do banco durava até 1837, isto é, ao último ano do seu segundo mandato, se conseguisse manter até lá.

Jackson começou por despedir dos funcionalismo público todos os agentes do Second Bank. Despediu cerca de 2.000 funcionários. Em 1832, próximo das eleições, o banco atacou: pediram ao congresso para passar a renovação da concessão com 4 anos de antecedência. A lei passou pelo congresso, mas Jackson vetou-a. A sua mensagem de veto é um dos mais memoráveis documentos da história americana: “não são só os cidadãos deste país que irão receber os juros deste governo.

Mais de 8 milhões de ações deste banco pertencem a estrangeiros … Não existirá perigo para a nossa liberdade e independência num banco que pela sua natureza tem tão pouco que o ligue a este país? Controlando a nossa moeda, recebendo o nosso dinheiro, e mantendo milhares dos nosso cidadãos na sua dependência … seria mais formidável e perigoso que o poder militar do inimigo. Se o governo assumisse este cargo, e espalhasse as suas bençãos por todos, ricos ou pobres, seria uma grande bondade. Na lei que me foi apresentada parece existir um largo e desnecessário afastamento destes princípios de justiça.”

O congresso não conseguiu ultrapassar o veto de Jackson. Agora Jackson tinha de se reeleger. Jackson apelou diretamente ao povo. Pela primeira vez na história americana, Jackson fez a sua campanha na estrada. O seu slogan foi “Jackson e nenhum banco”.

Apesar de os banqueiros terem financiado a campanha dos republicanos com 3 milhões de dólares, Jackson foi reeleito. Depois de reeleito, Jackson ordenou ao seu secretário do tesouro que começasse a remover os depósitos do governo do Second Bank e os colocasse em bancos estaduais. O secretário recusou-se a fazê-lo. Jackson despediu-o e substituiu-o. O sucessor recusou-se também. Jackson despediu-o e substituiu-o. O novo secretário do tesouro começou a remover os depósitos em 1 de outubro de 1833.

O presidente o second Bank, Biddle, não só apresentou uma moção ao congresso para rejeitar a nomeação do novo secretário do tesouro, como, numa demonstração de arrogância, ameaçou com uma depressão se o mandato do banco não fosse renovado. Afirmou que iria tornar o dinheiro escasso e provocar uma recessão até que o congresso restaurasse a concessão do banco.

E assim fez. Começou a executar os empréstimos e a não os renovar ou conceder, o que provocou um pânico generalizado na bolsa e mergulhou o país numa depressão profunda. Depois acusou o governo de ter provocado a crise ao retirar os seus fundos do banco.

Tão grande era já o poder do banco, que Biddle acreditava formemente que submeteria o país inteiro a uma chantagem econômica até que o país cedesse.

Uma gigantesca campanha dos jornais é montada contra Jackson. O Second Bank prometia abertamente financiamentos a quem o apoiasse. Em alguns meses, o congresso reuniu-se numa sessão extraordinária. Seis meses depois de ter retirado os fundos públicos do banco, Jackson recebeu um voto de censura do congresso. Começou uma corrida contra o tempo. Se o congresso conseguisse reunir votos suficientes para anular o veto do presidente, o Second Bank receberia novo mandato por mais 21 anos. Tempo suficiente para se instalar firmemente no poder.

Tudo parecia perdido. Então, aconteceu o milagre. O governador da pensilvania dá o seu apoio publico ao presidente. Por outro lado, tornou-se pública a bravata de Biddle de que iria provocar o crash da economia americana. A maré mudou.

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Em 1834, o congresso votou contra o novo mandato do Second Bank. Foi criada uma comissão para investigar a responsabilidade do banco no crash económico. Quando esta comissão chegou ao banco com um mandato do tribunal para investigar a contabilidade do banco, Biddle recusou-se a entregá-la. Nem permitiu o acesso à sua correspondência privada com os políticos e congressistas, prometendo financiamentos tal como pagamentos feitos aos congressistas. Biddle também se recusou a testemunhar em Washington.

A 8 de Janeiro, 1835, Jackson pagou a ultima prestação da dívida pública, tendo-se tornado no único presidente que pagou a dívida pública. a 30 de janeiro, Lawrence, um assassino, tentou matar Jackson, mas por um acaso da sorte as duas pistolas não dispararam. Lawrence foi mais tarde inocentado do atentado, por insanidade mental. Depois de ser solto, gabou-se que gente poderosa na Europa o tinham contratado e prometido protecção no caso de ser apanhado.

No ano seguinte, no fim do seu mandato, o Second Bank encerrou as operações. Biddle foi mais tarde acusado de fraude e preso, mas morreu pouco depois, não chegando a ser julgado.

O Second bank estava morto e enterrado. No entanto, os bancos estaduais ainda funcionavam com o sistema de reservas fraccionais, o que criava instabilidade económica. Os banqueiros internacionais tentaram reconquistar a sua influência através os bancos estaduais, mas não o conseguiram.

Então, os banqueiros voltaram à velha fórmula: guerra, para criar endividamento e dependência. A américa poderia ser manietada se se enterrase numa guerra civil, tal como acontecera em 1812, com o First Bank.

Um mês depois de Lincoln ser eleito, a guerra civil começava. Escravatura foi uma das causas da guerra civil, mas não foi a causa principal. Lincoln sabia que a economia do Sul era dependente da escravatura, e não tinha intensão de a eliminar. Do seu discurso de tomada de posse: “não tenho qualquer intenção de interferir directa ou indirectamente na instituição da escravatura nos estados onde ela existe. Acredito que não tenho o direito de o fazer, e não estou inclinado a fazê-lo“.

Mesmo depois de a guerra civil começar, diz: “O meu objetivo primordial é salvar a União, e não é destruir ou assegurar a escravatura. Se pudesse salvar a União sem libertar qualquer escravo, fá-lo-ia.”

Os estados do norte tinham criado tarifas protectoras para impedir os estados do sul de comprar os produtos europeus, que eram mais baratos. A Europa retaliou, deixando de importar o algodão americano. Os estados do sul estavam numa situação nada invejável. Eram obrigados a pagar mais caro pelos produtos de consumo, e viram as suas fontes de receitas fecharem-se.

Os banqueiros europeus ainda estavam em choque pela sua perda do controlo dos Estados Unidos. Desde então, a economia americana tinha crescido, tornando o país rico. Um mau exemplo para o resto do mundo. Os banqueiros viam agora uma oportunidade de dividir a nova nação. Dividir e conquistar, pela guerra.

Temos uma testemunha credível: Otto Von Bismark. Ele diz: “a divisão dos Estados Unidos em dois blocos de força comparável foi decidida muito antes da guerra civil pelos poderes financeiros europeus. Estes banqueiros tinham medo que, se a nação se mantivesse unida, adquirisse independência económica e financeira, o que prejudicaria o seu domínio financeiro sobre o resto do mundo.”

Mal a guerra começou, os banqueiros internacionais financiaram Napoleão III com 210 milhões de francos, para se apoderar do México e colocar tropas ao longo da fronteira sulista americana, aproveitando-se da guerra civil para violar os tratados internacionais e transformar o México de novo numa colónia. Uma vez a guerra acabada, os Estados Unidos, enfraquecidos e endividados, seriam presa fácil para os banqueiros europeus.

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Ao mesmo tempo, 11.000 soldados ingleses foram despachados para o Canadá, onde foram dispostos ameaçadoramente ao longo da fronteira norte dos Estados Unidos.

Lincoln precisava desesperadamente de dinheiro. Então, foi a Nova Yorque com o seu secretário do tesouro, Salmon P. Chase, ter com os banqueiros internacionais. Os banqueiros, ansiosos por verem o Norte perder, ofereceram empréstimos a juros de 24 a 36%. Lincoln recusou e voltou para Washington.

Lincoln entrou em contacto com um velho amigo, Cor. Dick Taylor, de Chicago, e apresentou-lhe o problema de arranjar financiamento para a guerra. A sua resposta foi: “Mas isso é fácil. Basta que o Congresso aprove uma lei autorizando o governo a emitir títulos do tesouro. Use-os para pagar aos seus soldados e ganhe a guerra com eles“. Lincoln exprimiu as suas dúvidas quanto ao povo aceitar estes títulos como dinheiro. Taylor respondeu: “O povo ou qualquer outro não terão voto na matéria. Terão garantia total do governo e serão tão bons como dinheiro. O congresso tem poderes para o fazer garantidos expressamente pela Constituição.”

Foi o que Lincoln fez. O governo emitiu em 2 anos 450 milhões de dólares dessas notas, sem qualquer endividamento ou juros. Por terem o verso todo verde, estas notas ganharam rapidamente o nome de “Green Backs”. Mais tarde, Lincoln diz: “O governo devia criar distribuir e circular todo o dinheiro e crédito necessários para satisfazer as suas despesas e o poder de compra dos seus clientes… O poder de emitir dinheiro não é só prerrogativa do governo, mas também a sua maior oportunidade criadora. Pela adopção destes princípios, os contribuintes pouparão enormes somas em juros. O dinheiro cessará de ser o senhor para ser o servo da humanidade.”

Fonte: http://ahduvido.com.br/50-teorias-da-conspiracao-parte-2

As coisas não acabam por ai, muitos mistérios envolvem está rica família... Só na parte 2 kkk.