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Prólogo
Fim do Capítulo Um
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Prólogo
Há muitos anos atrás duas nações viviam em paz : Shitteno e Milefiore.Os descendentes de cada região tinham características diferentes e muitas vezes divergentes,apesar de terem um acordo de paz.Cada região tinha sua linhagem,que era passada entre os membros das famílias.Em Shitteno,os sábios achavam que somente os membros masculinos deviam receber a linhagem,já que lutavam de modo bruto,corpo-a-corpo.A linhagem shittena era ensinada de mestres para alunos em Academias.As esposas serviam a vida toda a seus maridos e filhos,cuidando das providências para eles lutarem.
Já em Milefiore,a linhagem se resumia em poderes espirituais e mentais.Ela não podia ser ensinada,somente aperfeiçoada,pois já estava no sangue de todos os membros,tanto masculinos como femininos.Os sábios da região acreditavam que o poder espiritual da mulher era mais acentuado e muitas vezes mais poderoso que o dos homens.Para preservar as linhagens,havia uma junção das forças de cada nação para selar uma lei suprema que dizia que não podia haver união entre dois membros de nações diferentes.
Essa lei havia sido respeitada por muitos anos,até que nasceram Kazuko e Mirya.Kazuko era um grande guerreiro shitteno,que foi mandado em uma missão em Milefiore.Em sua estadia na região,ele conheceu Mirya,uma linda e poderosa guerreira espiritual milefioriana.Eles se apaixonaram,e decidiram fugir.Viveram juntos em segredo,e tiveram uma filha.Ela tinha ambas as linhagens no sangue : a força espiritual e a força corporal.
Quando os sábios das duas nações souberam que houve a quebra da Lei Suprema e agora havia um fruto da união das linhagens,chegaram a conclusão de que essa criança era uma ameaça para o mundo,e teriam que caçá-la.Perseguiram e mataram os dois jovens que quebraram a lei,e ainda procuram saber quem é essa criança.Juntos,fizeram um ritual para que,o “espírito sangrento”(era como chamavam a criança),tivesse sua mente perturbada por chamados para chegar até eles.
Antes de morrer,Mirya e Kazuko deixaram sua filha nos braços de um grande mestre e amigo chamado Abadu-Lin,que estava incumbido de protegê-la de qualquer mal.O último desejo de Mirya a Abadu foi que este escondesse ao máximo a verdade de sua filha,e que ela fosse criada em Milefiore,como uma guerreira espiritual.Já Kazuko desejou que ele a ensinasse em segredo as artes marciais, que ela fosse para a Academia quando tivesse idade,e que a chamasse de Bahura.
Capítulo Um - Sonhos
Estava tudo escuro e frio.Além de uma misteriosa forma curvada no centro e uma densa névoa envolvendo-a , não havia nada além de vazio.A estranha forma de repente , se contorce como se de alguma maneira sentisse dor.Um sussurro disforme ao fundo era o que parecia causar a dor na misteriosa criatura.O sussurro foi aumentando gradativamente,junto dele as contorções de dor também aumentavam,até o sussurro ir ficando mais nítido.Agora já era possível ouvir o que ele dizia : “Eu posso te levar , venha até mim.” O som aumentava cada vez mais,até se tornar um grito maníaco ..
Nesse instante,Bahura acordou,gritando. Foi só um sonho, ela pensou. Mais um dos sonhos. Bahura sentou na cama, se recompondo do estranho pesadelo, olhou no relógio. Eram 4:30 da manhã.Ela não conseguia tirar as imagens de sua cabeça,nem aquela voz,que a chamava para o que quer que fosse,mas não era bom.Bahura levanta da cama para pegar um copo d’água e tentar esquecer o que viu.No caminho , ela vê pessoas agrupadas com olhos abertos chocados olhando para ela enquanto passa.Ela continua andando,sem desviar seu olhar da porta no final do corredor para ver os curiosos olhando para ela.E assim eram todas as suas noites desde que havia chegado na nova Academia.Há uma semana havia completado 13 anos,a idade requerida para entrar na Academia.
Bahura voltou para a cama e dormiu,dessa vez sem pesadelos.No dia seguinte,se vestiu e foi para a primeira aula,de Concentração.A lição era ficar de olhos fechados,numa espécie de transe.Bahura odiava essa aula,pois sabia o que veria assim que fechasse os olhos.Tinha sido assim todos os dias dessa semana.Ela foi em frente e fechou os olhos.Imediatamente ela viu a mesma cena que não cansava de se repetir em sua mente sempre que ela se distraía. Uma mulher baixa e magra,com um rosto pálido e sofrido olhava para ela e sorria,ao lado de um homem muito alto e moreno,que só a encarava. De repente , um homem velho e sereno entrou no meio dos dois,e eles viraram corpos sem vida. Bahura gritava,mas nenhum som era produzido,apenas podia-se ouvir o homem dizer : “Eu posso levá-la até eles,me encontre.”
Nessa hora,Abadu-Lin chacoalhava Bahura para que ela saísse do transe,a aula já havia acabado e ela ainda estava de olhos trancados.Ela abriu-os,assustada.
- O que aconteceu ? –perguntou Abadu,muito sério.
- S-Sensei...Eu venho vendo..coisas –ela parou de falar.
- O que exatamente você vem vendo ? –questionou Abadu.
- Eu vejo...Sempre que fecho os olhos eu vejo o mesmo casal,uma mulher pálida e baixa,e um homem moreno e alto.Aí de repente eles são inanimados por um velho homem.E..ele me chama...me chama para salvar essas pessoas...que eu nem ao menos sei quem é ! – ela disse,em choque.
- Calma , Bahura...são apenas imagens...não são reais,não são reais. –ele repetiu as últimas palavras algumas vezes.- Esse homem que te chama...como ele é ?
- Ele...tem uma cicatriz enorme em sua cabeça,é só nisso que eu reparo quando estou nesses sonhos –ela disse. Abadu sussurra algo inaudível.
-Fique calma –ele diz- isso vai passar,querida,você só precisa aumentar a resistência de sua mente,e eu vou te dar aulas para isso,vai passar.
-Tudo bem sensei –ela disse,mais confortada.
A noite era sempre a parte mais angustiante do dia para Bahura,quando ela sonhava com aquelas coisas horríveis.Apesar de ser um sonho,e não ser real,ela podia sentir a dor e o sofrimento daquelas pessoas,e de alguma forma aquela voz também a machucava.Num jardim escondido onde Bahura costumava treinar,Abadu-Lin desenhava uma espécie de símbolo redondo no chão,onde sentou-se ao centro,em posição de meditação.Sussurrava muito rapidamente palavras que pareciam ser de um idioma desconhecido.
Em seu quarto,diferente dos outros dias,Bahura dormia tranqüila,um sono pesado e sem pesadelos.Pela primeira vez desde que havia chegado na Academia,conseguiu dormir a noite inteira.No jardim onde Abadu-Lin passou a noite sem dormir,agora de manhã ele estava deitado sobre a grama,parecendo que tinha lutado a noite inteira.
Devido a boa noite de sono,Bahura acordou muito cedo e resolveu procurar seu sensei,pois ele gostava de ensiná-la algumas coisas nas horas vagas.Ela correu para o jardim onde costumava treinar escondida,ao chegar lá,viu Abadu-sensei caído num sono profundo no chão.Bahura tomou um susto ao vê-lo assim,pois sua aparência estava medonha,ele estava posicionado como se tivesse caído e não deitado,e ele sussurrava algumas coisas de vez em quando.
Bahura o chacoalhou,chamando seu nome.Nada, ele parecia que não ia acordar nunca mais.Ela continuou insistindo,até que,devagar,os olhos de Abadu começaram a se abrir.Quando Abadu viu sua aluna imediatamente se recompôs e disse,ainda arrasado :
- Bom dia,Bahura.Como dormiu ?
- Bom dia,sensei ! Pela primeira vez desde que cheguei aqui não tive pesadelo nenhum !-ela disse,animada
- Que bom,eu disse que ia passar –ele disse,forçando um sorriso
- Sim,mas mesmo assim eu ainda quero aprender a proteger minha mente,sensei !
- Tudo bem Bahura...mas tudo em sua hora.Por bastante tempo sua mente está segura,me avise quando voltar a ter os pesadelos –ele disse,bocejando.
- Como você sabe que ela está segura,sensei ? –ela perguntou,levantando as sobrancelhas
- Vamos dizer que eu te ajudei a proteger sua mente... –ele disse,sorrindo.
- Não,sensei ! Eu quero aprender a me proteger sozinha,eu não vou ter você para me proteger a vida inteira !
- Hum...Você tem razão,minha jovem...Mas eu já tratei disso por enquanto,quando você voltar a ter os pesadelos eu te ajudo a se proteger sozinha,agora vá,sua aula já deve estar quase começando.
Bahura correu em direção à Academia para a sua aula.
Já em Milefiore,a linhagem se resumia em poderes espirituais e mentais.Ela não podia ser ensinada,somente aperfeiçoada,pois já estava no sangue de todos os membros,tanto masculinos como femininos.Os sábios da região acreditavam que o poder espiritual da mulher era mais acentuado e muitas vezes mais poderoso que o dos homens.Para preservar as linhagens,havia uma junção das forças de cada nação para selar uma lei suprema que dizia que não podia haver união entre dois membros de nações diferentes.
Essa lei havia sido respeitada por muitos anos,até que nasceram Kazuko e Mirya.Kazuko era um grande guerreiro shitteno,que foi mandado em uma missão em Milefiore.Em sua estadia na região,ele conheceu Mirya,uma linda e poderosa guerreira espiritual milefioriana.Eles se apaixonaram,e decidiram fugir.Viveram juntos em segredo,e tiveram uma filha.Ela tinha ambas as linhagens no sangue : a força espiritual e a força corporal.
Quando os sábios das duas nações souberam que houve a quebra da Lei Suprema e agora havia um fruto da união das linhagens,chegaram a conclusão de que essa criança era uma ameaça para o mundo,e teriam que caçá-la.Perseguiram e mataram os dois jovens que quebraram a lei,e ainda procuram saber quem é essa criança.Juntos,fizeram um ritual para que,o “espírito sangrento”(era como chamavam a criança),tivesse sua mente perturbada por chamados para chegar até eles.
Antes de morrer,Mirya e Kazuko deixaram sua filha nos braços de um grande mestre e amigo chamado Abadu-Lin,que estava incumbido de protegê-la de qualquer mal.O último desejo de Mirya a Abadu foi que este escondesse ao máximo a verdade de sua filha,e que ela fosse criada em Milefiore,como uma guerreira espiritual.Já Kazuko desejou que ele a ensinasse em segredo as artes marciais, que ela fosse para a Academia quando tivesse idade,e que a chamasse de Bahura.
Capítulo Um - Sonhos
Estava tudo escuro e frio.Além de uma misteriosa forma curvada no centro e uma densa névoa envolvendo-a , não havia nada além de vazio.A estranha forma de repente , se contorce como se de alguma maneira sentisse dor.Um sussurro disforme ao fundo era o que parecia causar a dor na misteriosa criatura.O sussurro foi aumentando gradativamente,junto dele as contorções de dor também aumentavam,até o sussurro ir ficando mais nítido.Agora já era possível ouvir o que ele dizia : “Eu posso te levar , venha até mim.” O som aumentava cada vez mais,até se tornar um grito maníaco ..
Nesse instante,Bahura acordou,gritando. Foi só um sonho, ela pensou. Mais um dos sonhos. Bahura sentou na cama, se recompondo do estranho pesadelo, olhou no relógio. Eram 4:30 da manhã.Ela não conseguia tirar as imagens de sua cabeça,nem aquela voz,que a chamava para o que quer que fosse,mas não era bom.Bahura levanta da cama para pegar um copo d’água e tentar esquecer o que viu.No caminho , ela vê pessoas agrupadas com olhos abertos chocados olhando para ela enquanto passa.Ela continua andando,sem desviar seu olhar da porta no final do corredor para ver os curiosos olhando para ela.E assim eram todas as suas noites desde que havia chegado na nova Academia.Há uma semana havia completado 13 anos,a idade requerida para entrar na Academia.
Bahura voltou para a cama e dormiu,dessa vez sem pesadelos.No dia seguinte,se vestiu e foi para a primeira aula,de Concentração.A lição era ficar de olhos fechados,numa espécie de transe.Bahura odiava essa aula,pois sabia o que veria assim que fechasse os olhos.Tinha sido assim todos os dias dessa semana.Ela foi em frente e fechou os olhos.Imediatamente ela viu a mesma cena que não cansava de se repetir em sua mente sempre que ela se distraía. Uma mulher baixa e magra,com um rosto pálido e sofrido olhava para ela e sorria,ao lado de um homem muito alto e moreno,que só a encarava. De repente , um homem velho e sereno entrou no meio dos dois,e eles viraram corpos sem vida. Bahura gritava,mas nenhum som era produzido,apenas podia-se ouvir o homem dizer : “Eu posso levá-la até eles,me encontre.”
Nessa hora,Abadu-Lin chacoalhava Bahura para que ela saísse do transe,a aula já havia acabado e ela ainda estava de olhos trancados.Ela abriu-os,assustada.
- O que aconteceu ? –perguntou Abadu,muito sério.
- S-Sensei...Eu venho vendo..coisas –ela parou de falar.
- O que exatamente você vem vendo ? –questionou Abadu.
- Eu vejo...Sempre que fecho os olhos eu vejo o mesmo casal,uma mulher pálida e baixa,e um homem moreno e alto.Aí de repente eles são inanimados por um velho homem.E..ele me chama...me chama para salvar essas pessoas...que eu nem ao menos sei quem é ! – ela disse,em choque.
- Calma , Bahura...são apenas imagens...não são reais,não são reais. –ele repetiu as últimas palavras algumas vezes.- Esse homem que te chama...como ele é ?
- Ele...tem uma cicatriz enorme em sua cabeça,é só nisso que eu reparo quando estou nesses sonhos –ela disse. Abadu sussurra algo inaudível.
-Fique calma –ele diz- isso vai passar,querida,você só precisa aumentar a resistência de sua mente,e eu vou te dar aulas para isso,vai passar.
-Tudo bem sensei –ela disse,mais confortada.
A noite era sempre a parte mais angustiante do dia para Bahura,quando ela sonhava com aquelas coisas horríveis.Apesar de ser um sonho,e não ser real,ela podia sentir a dor e o sofrimento daquelas pessoas,e de alguma forma aquela voz também a machucava.Num jardim escondido onde Bahura costumava treinar,Abadu-Lin desenhava uma espécie de símbolo redondo no chão,onde sentou-se ao centro,em posição de meditação.Sussurrava muito rapidamente palavras que pareciam ser de um idioma desconhecido.
Em seu quarto,diferente dos outros dias,Bahura dormia tranqüila,um sono pesado e sem pesadelos.Pela primeira vez desde que havia chegado na Academia,conseguiu dormir a noite inteira.No jardim onde Abadu-Lin passou a noite sem dormir,agora de manhã ele estava deitado sobre a grama,parecendo que tinha lutado a noite inteira.
Devido a boa noite de sono,Bahura acordou muito cedo e resolveu procurar seu sensei,pois ele gostava de ensiná-la algumas coisas nas horas vagas.Ela correu para o jardim onde costumava treinar escondida,ao chegar lá,viu Abadu-sensei caído num sono profundo no chão.Bahura tomou um susto ao vê-lo assim,pois sua aparência estava medonha,ele estava posicionado como se tivesse caído e não deitado,e ele sussurrava algumas coisas de vez em quando.
Bahura o chacoalhou,chamando seu nome.Nada, ele parecia que não ia acordar nunca mais.Ela continuou insistindo,até que,devagar,os olhos de Abadu começaram a se abrir.Quando Abadu viu sua aluna imediatamente se recompôs e disse,ainda arrasado :
- Bom dia,Bahura.Como dormiu ?
- Bom dia,sensei ! Pela primeira vez desde que cheguei aqui não tive pesadelo nenhum !-ela disse,animada
- Que bom,eu disse que ia passar –ele disse,forçando um sorriso
- Sim,mas mesmo assim eu ainda quero aprender a proteger minha mente,sensei !
- Tudo bem Bahura...mas tudo em sua hora.Por bastante tempo sua mente está segura,me avise quando voltar a ter os pesadelos –ele disse,bocejando.
- Como você sabe que ela está segura,sensei ? –ela perguntou,levantando as sobrancelhas
- Vamos dizer que eu te ajudei a proteger sua mente... –ele disse,sorrindo.
- Não,sensei ! Eu quero aprender a me proteger sozinha,eu não vou ter você para me proteger a vida inteira !
- Hum...Você tem razão,minha jovem...Mas eu já tratei disso por enquanto,quando você voltar a ter os pesadelos eu te ajudo a se proteger sozinha,agora vá,sua aula já deve estar quase começando.
Bahura correu em direção à Academia para a sua aula.
Fim do Capítulo Um