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Prólogo


Um traço de sangue no papel branco






 Onze horas e trinta e seis minutos, dia 1 de dezembro de 2014. Último dia de aula em uma escola qualquer de São Paulo. O lugar estava bem vazio, a maioria dos alunos já havia deixado de ir assistir as aulas. A turma B do segundo ano era a sala com maior numero de alunos presentes, 15 para ser mais preciso. Tudo estava transcorrendo perfeitamente, tirando o fato de que o tempo estava passando vagarosamente, o que não era muito atrativo para os estudantes daquela turma.

O professor de história, careca e já bastante velho, estava sentado em sua cadeira folheando um livro sobre a Segunda Guerra Mundial enquanto seus alunos respondiam um formulário sobre a América portuguesa. Ele olhou subitamente para seu pulso, onde se encontrava um relógio digital preto.

- Bom turma, faltam apenas 9 minutos para tocar o sinal, passem os formulários para frente. - Disse o professor, forçando um riso discreto em seus lábios.

Os alunos começaram a passar as folhas uma por uma até chegarem ao professor. Quando a última folha chegou em suas mãos, ele se levantou da cadeira.

- Eu sei que vocês já ouviram isso dos outros professores, mas eu volto a dizer, descansem bastante nessas ferias, aproveitem ao máximo … - foi interrompido por um barulho na caixa de som que fica localizada 30 centímetros acima do quadro negro.

- Atenção professores, - Disse uma voz que parecia familiar a todos os alunos, porem estava falando muito rápido, o que dificultou no reconhecimento,  - não liberem os alunos ainda. Fechem as portas e não as abram até que recebam segunda ordem, repito, fechem as portas imediatamente!

- Mas o que diabos está acontecendo? - disse um dos alunos, era negro e magro, cabelo cortado ao estilo militar, não era muito alto, tinha 1 metro e 76 centímetros de altura.

- Não sei João, não entendi muito bem, - disse o professor enquanto caminhava lentamente na direção da porta - não se preocupem pessoal, vocês assistiram aulas o ano inteiro, mais alguns minutos não vão fazer diferença. - ele tentava fazer com que todos permanecessem quietos em seus assentos, sabia como os estudantes criavam confusão por pouca coisa.

  Quando ele chegou até a porta, deu uma espiada para ver o que estava acontecendo. A sala era a última do vasto corredor. Todas as portas ali estavam fechadas, como fora pedido nas caixas de som. Era possível escutar discussões vindas de dentro das outras salas, alunos indignados por não poderem ir embora. Indo mais adiante com a visão era possível ver o pátio ao fim do corredor, tinha movimento lá, duas pessoas em contato físico, a visão do velho não era muito boa, então não conseguiu decifrar o que estava de fato acontecendo. De repente as duas caíram, uma sobre a outra, e um grito ensurdecedor foi ouvido. O professor foi chegando mais perto da cena.

- Hey, vocês dois, o que está acontecendo? - disse o professor.

   Foi quando a pessoa que estava por cima da outra olhou na direção do professor, sangue espalhado por toda a sua boca, camisa e mãos. O individuo começou a soltar gemidos e a se levantar. O professor entrou em pânico, uma sensação de medo passou por todo o seu corpo deixando calafrios, aquilo não era um humano, não, não podia ser. Ele saiu do momento de transe em que não conseguia se mover e correu em direção à sala, fechando a porta atrás de sí.


...

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Capítulo 1

A Confeitaria

O quarto se encontraria em uma completa escuridão se não fosse pela tela do monitor do computador, que iluminava a face de Jason. O rapaz já se encontrava sentando naquele assento a aproximadamente 11 horas, 12 horas talvez, era sempre assim, virava a noite em frente ao computador, seja  jogando ou se masturbando, tinha virado rotina na vida daquele jovem de apenas 23 anos.

Saíra de sua cidade natal com 19 anos para cursar Engenharia Civil em São Paulo, porém já havia largado o curso a 3 anos, não tinha motivação para viver e disso surgiu o parasita no qual havia se tornado. Seus pais não sabiam que ele abandonara o curso, com isso eles continuavam mandando o dinheiro mensalmente para que o filho conseguisse se sustentar e se focar nos “estudos” sem que fosse necessário ter um emprego.

Jason estava inerte no assento, assistindo a um video pornográfico, quando sentiu seu estomago se contraindo e começando a roncar. Levou a mão à barriga e praguejou alguns palavrões. Quando se levantou da cadeira pôde sentir uma dor acentuada na coluna, nada diferente do que sentia todos os dias. Andou até o interruptor do quarto com alguns tropeços, e quando finalmente acendeu a luz, sentiu os olhos arderem, ficou tudo branco. Após alguns segundos foi capaz de recuperar a visão e só então percebeu como o quarto estava bagunçado; trevesseiro e cobertores jogados ao chão, se juntando aos demais CD’s e DVD’s de jogos e músicas, assim como a caixa de pizza de 3 dias atrás. Decidiu que faria algo a respeito da bagunça uma outra hora, seu objetivo no momento era achar comida.

Chegando na “cozinha”, que só tinha uma geladeira e nada mais, Jason começou a fazer uma pequena prece, mesmo sabendo que não adiantaria de nada, para que houvesse algum tipo de comida na geladeira. Ele estava correto, não tinha nada lá. Resmungou outra vez e abriu a porta de casa. Checou em seu iPhone o horário, marcava meio dia em ponto. Percebeu também que era dia 1 de dezembro, passava tanto tempo entretido no computador que nem sabia em qual mês estava, finalmente começou a curta caminhada até a confeitaria.

Jason passou por um vidro reflectante e só então tomou conta de sua atual aparência; pele pálida, cabelo preto oleoso caindo sobre os ombros e nos olhos cor de mel, barba mal feita, uma camiseta amarrotada da banda Arctic Monkeys e uma calça jeans com tênis preto. Não estava gordo, porém estava longe da definição na qual tinha aos 19 anos. Voltou a caminhar perdido em seus pensamentos, um total devaneio sobre jogos de violência explícita, tinha de admitir, aquilo o deixava excitado.

Seus pensamentos foram interrompidos por chatos barulhos de uma sirene policial ecoando cada vez mais alto. Avistou a viatura vindo em sua direção, mas ignorou, queria apenas suprir sua fome, e a confeitaria estava logo adiante, eles que resolvessem seus problemas, aquilo de nada o interessava. A viatura subiu na calçada e agora parecia vir diretamente para cima de Jason.

- É serio isso? - disse para si mesmo, não acreditando no que estava acontecendo.

Jason ficou paralisado em frente a confeitaria observando a viatura se aproximar. A cada segundo que se passava, e não eram muitos devido a velocidade da viatura, seu coração batia mais rápido. Ele começou a perder o controle das batidas cardíacas, tudo a sua volta estava lento, a viatura já não era tão mais rápida, porém Jason não conseguia se mover da forma que queria, parecia ter perdido o controle de seu corpo também. De repente tudo ficou preto.


Barulho. Podia ouvir um som, um chiado. Tentara abrir os olhos, tudo estava rodando ao seu redor, viu fogo. Os olhos se fecharam novamente, contra a sua vontade.


Se levantou com um pouco de esforço, podia sentir todo o seu corpo doendo, principalmente a perna esquerda. Levou a mão até a orelha direita, podia sentir um liquido, observou a mão e viu que era sangue. Ele estava no meio da rua, pouco a pouco foi se lembrando do que tinha acontecido. Haviam três carros capotados a quinze metros da confeitaria, em meio a fogo, nenhum deles era a viatura que supostamente tentara o matar. Observou o céu, já estava escuro, devia ter passado das vinte horas. Ficou desacordado por no mínimo oito horas, era muito tempo. Quando tentou achar seu celular para pedir ajuda, não conseguiu o localizar em nenhum dos bolsos de sua calça e nem ao seu redor, presumiu que tinha sido roubado.

Jason começou uma pequena caminhada, mancando e sentindo algumas dores, até a porta da confeitaria, em busca de ajuda e respostas. Afinal, o que diabos estava acontecendo com a cidade? Em um momento ele estava protegido em sua casa, no outro tudo estava um caos total. A porta da confeitaria era de madeira e se encontrava fechada. Jason não precisou ficar na ponta dos pés para que conseguisse observar a parte interna da confeitaria, com seus 1 metro e 82 centímetros era fácil olhar através do vidro retangular que ficava na parte superior da porta.

A luz estava acesa, observou as mesas todas caídas, talheres espalhados ao chão, e o mais aterrorizante, sangue. Tinha muito sangue ali. Provavelmente ocorreu uma luta naquele local, não tinha outra explicação para tanta bagunça. Não parecia ter qualquer tipo de movimento,
então Jason abriu a porta na expectativa de achar algum telefone. Fechou a porta pelo lado de dentro e foi avançando cautelosamente por entre aquelas mesas derrubadas, tentando fazer o mínimo barulho possível. Ao chegar perto do sangue, seu estomago começou a revirar, sentiu uma sensação de calor tomar conta do corpo e teve de levar as mãos à boca, antes que começasse a vomitar. Uma coisa era seu sangue escorrendo da orelha ao pescoço, outra era aquela coisa nojenta jogada ao chão como se fosse água. Após se recuperar da náusea que tivera a pouco, Jason percebeu que o sangue fazia toda uma trajetória, passava pelos balcões  e ia em direção a um corredor escuro.

“Toclof! Toclof! Toclof!”

O som de três passos soaram no ouvido de Jason, vinham do corredor sem luz, não conseguira identificar nenhuma pessoa naquela direção.

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FanFic será arquivada, pois esta sem atualização a 1 mês, caso o autor queira reativa-la me envie uma MP com o pedido.

Fanfic Bloqueada e Arquivada

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Tópico fechado por motivo de não estar concluído e ainda está em desenvolvimento e se encontra inativo por longo tempo.

Caso queria colocar novo conteúdo, deverá solicita para mover para área correta e tópico será liberado.

Atenciosamente:
SamuelCosta
Moderador; Gerente de Histórias & FanFics;.
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