Uma resposta a este tópico depende muito de pra que lado a mente se direciona. É deveras difícil analisar a história recente, mas se analisar o que já se aprende, podemos ter uma consciência de que já fazemos parte da história de modo extremamente considerável, seja para boa ou má consideração. Isto é, muita visão que você pode ter considerado em seu comentário virou antiquada; o modo como ver e enfrentar problemas é algo que mudou muito, pois hoje temos muito mais ferramentas e mais rapidez no acesso a informações, o que encurtou o processo.
No entanto, acho que entendi o questionamento de pelo menos umas três formas possíveis de interpretar HHASUIOSAUIOSAJH. Quer dizer, o avanço tecnológico nos deixou reféns de frustrações menores mas não menos complexas do que se sofria na antiguidade. A atual facilidade em encontrar soluções para nossos problemas práticos nos tira da experiência da busca, nos transformam em cegos em tiroteio quando nos vemos em situações onde não podemos contar com tais utilitários. Arriscando falar demais, acredito eu ser a razão do grande problema da nossa geração, que fica mentalmente doente muito facilmente.
Posso fazer uma analise, que inclusive me ajuda a pensar a respeito disso. Num trabalho de orientador de público, onde a pessoa necessita prestar apoio e vezes sanar as dúvidas de outro indivíduo, ela precisa aprender a desenrolar o problema, fatiá-lo de maneira que em algum ponto ele possa compilar uma solução cabível. Exemplificando, é como uma pessoa fazer uma pergunta no ponto de ônibus para você ("Qual ônibus eu pego pra chegar no Hospital?") e por alguma razão, se solidarizar e ajudá-la em seu questionamento. Muitas vezes essa pergunta pode não ser clara o suficiente ou dada a informação, você não possuir conhecimento direto. Mas se você está obstinado a conceder o seu apoio, você formulará perguntas buscando achar pontos de referência relevantes do destino que pessoa quer ir e até perguntar o bairro, pois já pode deduzir que o ônibus faz um caminho fixo e passará por determinadas áreas da cidade. Mas antes de destrinchar o problema deste modo, simplesmente utilizamos ferramentas que nos dão a localização exata.
É claro que não é aconselhável dar uma instrução sem ter certeza, mas caso realmente não tiver como ajudar, é fácil encontrar outro meio (pessoa parar um ônibus que passar e realizar a pergunta para um motorista, pode ser uma sugestão válida). E por experiencia própria com esse tipo de situação, na maioria dos casos, mesmo com as ferramentas que dão a localização exata e vezes prepara o usuário do ônibus a realizar um trajeto, ainda sim este sente-se instigado a perguntar; o que mostra que temos na verdade uma falsa dependência e ainda sim precisamos ser mais dispostos e abertos a tanto pedir como dar ajuda. Na minha opinião essa experiência vezes desafiadora (LOL) de solucionar problemas apenas o destrinchando, nos prepara mentalmente para questionar de forma mais eficiente e menos obvia.