Como melhorar sua memória para sempre  Pony_brain_by_metalfoxxx-d5xe1oa


Todos já ouvimos algum comentário pejorativo sobre cursos de memorização.

“Prefiro entender a memorizar”
“Oras, de que me adianta memorizar listas de objetos ou longas sequências de dígitos? Quero é memorizar leis e conceitos!”
“O curso era pura enganação! Não ensinaram como ler e memorizar tudo o que leio”. e por ai vai!

Os comentários se originam do desconhecimento do como a memória funciona. Vejamos a seguir como a memória funciona e os principais mitos sobre memorização.
Memória é um processo

Ao contrário do que muita gente pensa a memória não é uma parte de nosso corpo, como o coração ou os pulmões. A memória é na verdade, uma gama de processos diferentes que se completam. Por exemplo um jogador de xadrez, que certamente tem uma boa memória para as jogadas e estratégias do jogo, não necessariamente possui boa memória para outros aspectos da sua vida. Como um médico, por exemplo, que teve de memorizar tantas coisas e as utiliza no dia a dia, pode ser esquecido?
Entendamos, a chamada memória é um conjunto complexo de processos específicos.
Existe algum segredo para ter uma super-memória

Não!

Com essa acho que perdi metade dos leitores, hehehe, paciência!
Infelizmente, o grande segredo da memória não existe. O que sim existe, são técnicas, cada uma com uma aplicação específica e que exigem estudo e desenvolvimento, para serem aplicadas com exito.

Existem técnica e estratégias, diferentes umas das outras, para memorizar leis, rostos e nomes, listas… Para cada tipo de conteúdo uma técnica diferente.
Mnemônica não é mágica

Ao assistirmos a propagandas de diversos cursos e livros de memorização, temos a impressão de que essas técnicas de memória são capazes de tornar a memorização em algo extremamente fácil e espontâneo. Isso não é verdade. Geralmente, as técnicas de memória requerem ainda mais esforço que os métodos tradicionais. No entanto, ao utilizar técnicas de memória, os resultados obtidos costumam ser mais duradouros.

Algumas pessoas acreditam que uma pessoa inteligente (alguém com alto QI) é capaz de memorizar mais facilmente que uma outra pessoa menos inteligente (alguém com baixo QI). É verdade que existem certas relações entre memória e inteligência. Por exemplo, imagine que um teste de memória é aplicado a dois grupos: um compost por pessoas de alto QI e outro por pessoas de baixo QI. Caso nenhum desses dois grupos tenha participado de qualquer treinamento de memória em toda sua vida, o grupo de alto QI certamente conseguiria uma pontuação maio. Uma explicação para isso é a de que pessoas inteligentes costumam criar e utilizar técnicas de memória mais frequentemente.

Pesquisas mostram que bons alunos mostram mais iniciativa para utilizar e criar técnicas eficientes de aprendizagem se comparados com alunos com histórico de fracasso escolar. No entanto, se um grupo de indivíduos com alto QI fosse comparado com outro grupo, composto por pessoas de QI normal, mas mais baixo do que o primeiro grupo, o grupo com QI menor conseguiria melhores resultados. Além disso, uma pesquisa realizada com os oito primeiro colocados no campeonato mundial de 1993 identificou que eles perdiam sua habilidade excepcional de memorização quando solicitados a memorizar informações para as quais eles não possuíam uma estratégia específica de memória. Por exemplo, os campeões de memória não tiveram um desempenho excepcional ao tentar memorizar o formato de flocos de neve vistos em um microscópio . Assim, ao contrário do que se imagina a capacidade de lembrar-se é uma habilidade aprendida e não inata.

Desse modo, o desenvolvimento da memória é equivalente ao desenvolvimento de qualquer outra habilidade. Da mesma maneira que ninguém nasce um gênio da música ou um campeão de tênis, ninguém nasce com boas habilidades em memorizar. Obviamente, existem pessoas que nascem com um talento em potencial para determinadas atividades. No entanto, se não tiverem algum processo de aprendizagem (mesmo que auto-didata), não serão capazes de desenvolver tal talento. O mesmo vale para a memória: se você não desenvolver estratégias específicas para cada domínio de memória, você nunca terá uma boa memória.

Muitas pessoas não entendem isso e, quando descobrem que uma boa memória requer prática, simplesmente desistem. Infelizmente, diversos “professores” de memorização de técnicas de estudo utilizam o seguinte slogan: “Nosso curso não requer treinamento em casa”. Esse tipo de propaganda apenas alimenta esse imaginário popular, visto que é impossível melhorar sua memória sem o mínimo de esforço para o uso das diversas estratégias em cada contexto específico.

Se você deseja beneficiar-se dos diversos sistemas e princípios abordados nesse blog, prepare-se para dedicar-se! Como dizem nos Estados Unidos: não existe almoço grátis!
Fonte: Manemônica