Tópico excelente.
Não sou um grande entendedor de filosofia, mas vou tentar expressar as minhas opiniões da melhor forma possível.
Sei que vou soar muito relativista, mas a verdade é que sanidade e loucura, como a maioria dos conceitos que criamos, são apenas o resultado da nossa necessidade de padronizar e classificar tudo. Isso é importante? De um ponto de vista humano, é muito importante, pois só existimos no momento em que reconhecemos essa existência, e só o fazemos por sermos capazes de distinguir e separar a vida (existir) e a morte (deixar de existir) como conceitos opostos, e é partindo disso que começamos a "encaixotar" tudo em nossas mentes.
Ao identificar alguém como louco ou prejudicial, estou apenas agindo por instinto, pois muitas das coisas que divergem da normalidade (no sentido de maioria) nos espantam. Portanto, quanto mais um sujeito hipotético divergir da média da normalidade, levando em conta que nenhum ser humano é exatamente igual ao outro em níveis de razão e consciência, maior será a rejeição por parte da maioria.
Enfim, apesar de tentarmos e tentarmos separar as coisas, não existe um muro entre a chamada normalidade e a loucura por um motivo muito simples: padrões construídos não são absolutos. Eles se resumem apenas a uma tentativa de simplificar as coisas por parte de nossas mentes, que enxergam o mundo de forma limitada e binária.
Enfim, viajei na maionese aqui, mas é isso.