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descriptionOque significa razão ou etica pra você? EmptyOque significa razão ou etica pra você?

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Razão por muitas vezes é considerada como algo complexo e difícil de obter, porém, o que significa razão pra você?

Este texto trata das implicações concretas de um conjunto de questões teóricas, mais exatamente epistemológicas, partindo de um fato da vida na sociedade contemporânea: há um conjunto de intervenções, quer na vida de indivíduos, quer em coletividades, que é operado por agentes profissionais socialmente tidos como legítimos para operar essas intervenções, que se apresenta como a aplicação de um conhecimento confiável. Científico, exato, objetivo e verdadeiro, os adjetivos se multiplicam para reforçar a ideia de confiabilidade.

Porém, o que significa realmente a razão? A razão inconstante? O que realmente significa um conhecimento confiável?

Essas respostas muitas vezes podem ser grandemente complexas, por que na realidade não existe uma razão constante ou vamos se dizer em meio a sociedade que seja igual pra todos. Por que isso? O fato é que muitas coisas relacionam uma opinião que pra mim que é correta e pra você não pode ser, pensando por esse lado, realmente existe a razão como sólida e única?

Na realidade pra mim o sentido que a palavra impõe, significa o meio de convívio e não em si a palavra razão, por que? Por que é como um sentido universal, os ensinamentos nem sempre são os mesmos universalmente, por esse fato nem sempre se tem o mesmo conhecimento e conclusão que outra pessoa quando conhece mais ou desconheci algo. È como o ensinamento em meio a sociedade (Lar,Convívio) em que pode-se viver, por uma razão e uma educação, por outro lado a razão(Conhecimento,Conclusão) que pode ser ideal pra mim, por outro lado pode ser errado pra você.

O ponto crucial que eu quero chegar aqui, é que, a razão por muitas vezes a razão não é considerada universalmente(Entre todos), por esse fato eu me pergunto, o que significa a pro pia razão em si? Por que, a razão significa conhecimento, objetivo verdadeiro e confiável. Os adjetivos (Opiniões ajudam a reforçar a confiabilidade da ideia ou conclusão como algo que se torne razão, porém ela é discordada por alguém que vê algo como incompatibilidade com a razão ou conhecimento que a mesma possui), por esse fato, o que significa mesmo razão? Algo que é certo, ou algo que é certo porém questionável? Algo questionável não é certo, por que algo implica da duvida do mesmo se tornar verdadeiro ao ponto de não existir questionamento contra o mesmo, que se torna razão (Total verdade).

Dito de outra forma, parte importante do conhecimento produzido ou utilizado neste campo tão complexo está a serviço de práticas normativas, o que traz invariavelmente a necessidade de um propósito ético como ideal regulador. A utilização acrítica do conhecimento técnico em intervenções nos coletivos humanos é um tema já bastante abordado, tanto nas discussões sobre o caráter tecnocrático de uma ou outra política governamental, quanto num nível mais micro no exame das relações de poder entre especialistas e população como, por exemplo na extensa literatura sobre o processo de medicalização social. Contudo, o fato da produção sobre este tema ser extensa não quer dizer que se esteja atentando devidamente para as suas implicações.

Uma linha estratégica de investigação neste sentido é a das várias abordagens sobre o processo de produção e validação do conhecimento científico. Esta abordagem é estratégica precisamente por ser este tipo de saber o que determina o sentido e a lógica das intervenções sobre o (socius) nos moldes criticados. “Está mais do que na hora de recuperar uma característica central do iluminismo: a crítica, mesmo se, como se verá, o seu exercício devesse hoje denunciar a unilateralidade do iluminismo e da civilização forjada pela modernidade.

Essa unilateralidade se exprime sobretudo numa Razão que se exime do exercício reflexivo da crítica no sentido Kantiano do exame livre e público. Assimétrica, diria Latour; inconstante, no seu exercício parcial, escotomizado; ao colocar seus próprios fundamentos a salvo de qualquer ameaça, torna-se Poder absoluto, porque é incontestável.
Os danos causados por esta lógica que supõe uma Razão onipotente e ao mesmo tempo perscrutadora de tudo e a salvo de qualquer inquirição são bastante evidentes, por exemplo, nas consequências sociais e políticas do primado das ideias neoliberais na gestão da economia em diversos países da América Latina. Menos óbvias, mas nem por isto menos importantes, são os impactos contínuos da tradução não mediada do conhecimento produzido em condições controladas no laboratório para o cotidiano das populações.

Estas observações não têm por objetivo por em causa a utilidade do saber científico no enfrentamento (entre outros aspectos) dos desafios da saúde coletiva, mas, demonstrar que, como propôs Boaventura de Souza Santos, “(...) só aplicando a ciência contra a ciência é possível levá-la a dizer não só o que sabe de si, mas tudo aquilo que tem de ignorar a seu respeito para poder saber da sociedade o que esperamos que ela saiba” Ainda segundo este mesmo autor, “A luta pela ciência pós-moderna e pela aplicação edificante do conhecimento científico é, simultaneamente, a luta por uma sociedade que as torne possíveis e maximize a sua vigência” Em anos recentes, uma forma quase canônica de “aplicar a ciência contra a ciência” emergiu dos science studies, definidos como se segue por um de seus principais autores: “Há cerca de vinte anos. Por falta de opções, se denominamos sociólogos, historiadores, economistas, cientistas políticos, filósofos, antropólogos.

Mas, a estas disciplinas veneráveis, acrescentamos sempre o genitivo: das ciências e das técnicas. (Science studies) é a palavra inglesa; ou ainda vocábulo por demasiado pesado: ‘Ciências, técnicas, sociedades’. Qualquer que seja a etiqueta, a questão é sempre de reatar o nó górdio atravessando, tantas vezes quanto forem necessárias, o corte que separa os conhecimentos(Razões) exatos e o exercício do poder, digamos a natureza e a cultura”, Há várias narrativas disponíveis sobre a história das ciências, mesmo descartando-se as que são simplesmente ruins, variantes da “história dos vencedores”.

Quer tratem de múltiplos começos ou uma origem singular, de pequenas modificações ou drástica ruptura a partir de um movimento inaugural, ainda assim parece ser possível apontar para um acordo em torno da ideia de que o longo período que vai do fim da Idade Média ao início da Modernidade, surgiu e desenvolveu-se na Europa uma nova forma de produzir conhecimento, a Ciência Moderna, que definiu não apenas um conjunto de técnicas e métodos como também uma nova visão de mundo. Essa visão progressivamente “coloniza” a cultura geral, tornando-se hegemônica nas sociedades ocidentais. As evidências desse processo de colonização estendem-se por toda parte, inclusive nos usos correntes de determinadas palavras e expressões. Como já mencionei anteriormente, os adjetivos “científico”, “verdadeiro”, “real” e “objetivo” e seus cognatos são considerados na linguagem comum como parte de uma mesma família semântica, usados de forma intercambiável, senão mesmo como sinônimos. Não é difícil entender a razão disto: a concepção que chamarei provisoriamente de “popular” da ciência (alimentada pelos próprios cientistas, diga-se de passagem) a toma como a atividade de retratar fielmente um real que é pré-existente e externo, numa forma simplista de realismo. Sendo assim, as formas de validação de conhecimentos operadas pela produção científica definiriam o padrão de excelência para tais processos de validação.

De modo resumido, esta concepção pode ser descrita como generalista (só se ocupa de leis e descrições universais), mecanicista (o universo pode ser descrito, compreendido —e eventualmente assimilado— a um gigantesco mecanismo) e analítica (o todo é expresso pela soma das partes e, portanto, para estudá-lo deve-se isolar partes progressivamente menores para estudo) (CAMARGO JR., 2003:107). Como consequência, o processo de conhecer a conduta da pesquisa implica necessariamente numa operação de redução —a criação de um modelo esquemático dos aspectos que se deseja estudar, deixando de fora detalhes e relações que, supostamente, não estão diretamente relacionados ao mecanismo em estudo (HARRÉ, 1988; SANTOS, 1988). Contudo, com frequência desliza-se da redução para o reducionismo a projeção do modelo esquemático sobre a situação estudada, assumindo o primeiro como a verdade essencial do segundo (HARRÉ, 1988; SANTOS, 1988). Vê-se, portanto, que as operações metodológicas do conhecer têm como ponto de articulação uma representação de mundo e uma epistemologia que partilham um traço comum: o determinismo; o triunfo e a ambição desse modo de produção encontraram expressão definitiva nas palavras de Laplace (1749–1827) em 1886:
Uma inteligência que, por um dado instante, conhecesse todas as forças pelas quais a natureza é animada e a situação respectiva dos seres que a compõem e que, além disso, fosse vasta o suficiente para submeter estes dados à análise, abraçaria na mesma fórmula os movimentos dos maiores corpos do universo e aqueles do menor átomo: nada seria incerto para ela, e o futuro, como o passado, seriam presente a seus olhos (1886). O determinismo, ao menos na forma colocada por Laplace, foi considerado impossível pela própria Física em função de desenvolvimentos posteriores (termodinâmica, mecânica quântica, dinâmica não linear), mas seu apelo enquanto visão de mundo persiste. No que nos interessa em particular, podemos perceber a força das concepções deterministas examinando mais atentamente a epistemologia associada ao realismo simples anteriormente descrito. De forma sumária, poderíamos dizer que para esta epistemologia, a confiabilidade do conhecimento científico estaria dada por um lado por uma descrição exata dos objetos e relações da realidade externa, e por outro pelo exame racional rigoroso dos dados da experiência Ora, cada um destes termos está centrado em concepções deterministas; por um lado, a percepção do real é determinada por este de forma unidirecional; por outro, o critério de racionalidade está condicionado à aplicação inflexível, automática e mesmo mecânica de regras lógicas imutáveis —um algoritmo. Isto é, a concepção de “racionalidade” neste caso implica na exclusão de qualquer atributo humano — agência, vontade, valor —de sua operação. E, por fim, a própria epistemologia associada também é algorítmica, ou seja, determinista na sua operação, assumindo a possibilidade de um critério de demarcação único que separe, de modo inexorável e automático, ciência e pseudociência, ciência e metafísica ou qualquer outra oposição que se queira enfatizar. Esta visão esquemática da ciência foi sendo progressivamente criticada e mesmo erodida ao longo das últimas quatro décadas, ao menos. Mais e mais autores colocam em questão esta imagem mecânica da ciência propondo em lugar de um processo de descoberta de “coisas” desde sempre existentes, a ideia de contínua construção de objetos e conhecimentos (ainda que seja também passível de críticas), coloca em questão a perspectiva da ciência clássica (objetividade–realismo–verdade por aproximação do “real”), e por consequência a perspectiva de validação do conhecimento passa a ser um problema. Está posto, portanto, para nós, que adotamos em algum grau visões de mundo que põem em questão as visões essencialistas da ciência e da epistemologia, um problema: como recusar os absolutos e ainda assim pensar em validação de conhecimentos?
Espero sinalizar com um caminho possível para responder essa questão.

(Psicologia social, a razão inconstante da razão e ética.)

Bem, é isso. Queria saber a resposta de vocês.

descriptionOque significa razão ou etica pra você? EmptyRe: Oque significa razão ou etica pra você?

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A moral se relaciona às ações, isto é, à conduta real. A ética são os princípios ou juízos que originam essas ações. Podemos dizer que a ética e a moral são como a teoria e a prática. A ética é a teoria moral, ou filosofia moral.


O livro das religiões - Jostein Gaarder




Nós consideramos a razão como a consciência moral que observa as paixões, orienta a vontade e oferece finalidades éticas para a ação. Nós a vemos como atividade intelectual de conhecimento da realidade natural, social, psicológica, histórica. Nós a concebemos segundo o ideal da clareza, da ordenação e do rigor e precisão dos pensamentos e das palavras. Razão designa, portanto, as leis do pensamento e as leis da ação refletida.

Fala-se, portanto, em razão objetiva(a realidade é racional em si mesma) e em razão subjetiva(a razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos). A razão objetiva é a afirmação de que o objeto do conhecimento ou a realidade é racional; a razão subjetiva é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional
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Convite a filosofia - Marilena Chauí
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