Gaga foi eleita como a mulher do ano, aqui vai a entrevista.
[Retirada do RDTGAGA]
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Entrevista :
Lady Gaga está sentada em seu "santuário" - o extenso quintal dotado de oliveiras de sua casa, em Malibu - quando um silencioso homem engravatado chega com cocktails em uma bandeja. "Obrigada", ela diz, com o tipo de elegância de cinema que surpreendentemente uma “querida” não o segue. "Eu posso ter trabalhado muito duro no Lower East Side, mas tem algo de bom em um martini sujo."
Tem uma calma no ar, e enquanto ela está usando apenas uma camiseta esfarrapada do Springsteen, colocada dentro de um shorts jeans de cintura alta, Gaga tem a intenção de assistir ao pôr do sol. Esses dias, a mulher nascida Stefani Germanotta procura por momentos serenos - embora sua confissão de que ela "anseia por normalidade" seja quase uma declaração revolucionária de alguém que orgulhosamente declara que lida com "o teatro do absurdo".
Não recentemente quanto 2014, a mega estrela amontoada de Grammys e recordes doGuiness, que vendeu 10.4 milhões de álbuns nos Estados Unidos, de acordo com a Nielsen Music, considerou desistir da música completamente. Ela seguiu caminhos diferentes de seu empresário de muito tempo, Troy Carter, citando excesso de trabalho, não muito tempo depois do álbum ARTPOP, de 2013, falhar a ressoar assim como seus álbuns anteriores. Ela sentiu que sua imagem ameaçava ofuscar a sua arte.
Este ano, porém, a artista de 29 anos não só se comprometeu com a sua carreira, ela a reinventou. O conjunto improvável de clássicos do jazz que ela gravou com Tony Bennett,Cheek To Cheek, estreou número #1 na Billboard 200, no outono de 2014, em seguida dando a ela seu sexto Grammy (para o melhor álbum vocal pop tradicional) e gerou uma turnê internacional, acumulando elogios por grande parte de 2015. "O público vai a loucura com a forma como ela canta", diz Bennett, 89. "Ela tem uma das grandes vozes de todos os tempos, e é incrível o quão musicalmente inteligente ela é." Os fãs de pop em todo o mundo expressaram um sentimento similar depois da performance magistral de Gaga com o medleyde The Sound of Music no Oscar, em fevereiro, o que lhe rendeu um abraço de felicitações calorosas de Julie Andrews.
Dias depois, Gaga revelou que ela iria protagonizar o papel principal em American Horror Story: Hotel, a quinta temporada do programa de TV. Ela ganhou seu papel como a vampira matriarca, A Condessa, após uma ligação sombria para o diretor da série, Ryan Murphy. "Eu disse a ele que queria um papel onde pudesse expressar toda a minha angústia e raiva, e que eu estava animada para fazer uma assassina", ela lembra com prazer. "Nós estamos ligados um ao outro, porque somos ambos transformadores", diz Murphy. "Fazemos algo tentando expulsar as merdas da nossa vida pessoal. E então no ano seguinte, colocamos novos trajes e somos outras pessoas." AHS, a série de maior audiência na história da FX, teve sua temporada mais forte este ano, com estreia de Gaga no primeiro episódio atraindo 12,2 milhões de telespectadores.
O maior papel de Gaga este ano, no entanto, pode ter sido como ativista. Ela lançou a músicaTil It Happens to You, co-escrita com Diane Warren, que visa promover a empatia com as vítimas de violência sexual; escreveu um op-ed para a Billboard junto com o governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, sobre o fim dos estupros nas universidades; e iniciou uma parceria entre a sua Born This Way Foundation e da Fundação AIDS, de Elton John. Em outubro, depois de ver Gaga receber um prêmio do National Arts Awards, David Brooks, doThe New York Times, se sentiu inspirado a escrever uma coluna sobre a natureza da paixão e como a "vida amplificada" de Gaga incorpora isto.
Mais do que nunca, os esforços de Gaga para acabar com o bullying e ganhar apoio para gays e pessoas trans - bem como aqueles que sofreram abuso, depressão ou ansiedade como resultado do preconceito - parecem típicos do abraço da geração Y aos "excluídos", como a própria Gaga. Til It Happens to You, diz Warren, "fala para seus fãs. É por isso que tinha que ser ela".
Gaga ainda conseguiu dedicar alguma atenção à sua vida pessoal e ficar noiva do ator Taylor Kinney no Dia dos Namorados. Em março, a Mulher do Ano 2014 da Billboard, Taylor Swift, twittou: "É só eu que percebi ou Lady Gaga está meio que realmente VIVENDO agora?!?"
Diz Matt Bomer, parceiro de Gaga em American Horror Story: "Ela possui o espírito da arte. Eu sei que soa esotérico, mas é uma coisa distinta e pouquíssimas pessoas têm. Normalmente, quando as pessoas o possuem, ele vem com demônios. Ela é abençoada o suficiente para também ter um sistema de ajuda e amor em sua vida, para ser a alma bonita que ela é." Ou, como Warren diz: "Por causa dos vestidos de carne ou o que quer que seja, você esquece que embaixo existe uma pessoa super, ridiculamente talentosa. "
"Significa muito para mim saber que eu estou sendo reconhecida como Mulher do Ano em 2015", diz Gaga. "Este é o ano que eu fiz o que eu queria em vez de tentar me manter fazendo o que eu pensei que todo mundo queria de mim." A seguir, ela explica em suas próprias palavras o que seguir seu instinto significa - e como ela espera mostrar às mulheres e aos homens o quanto artistas e executivos da indústria, tanto como um "chick hard-core", podem definir sobre o desmantelamento do status quo.
"EU QUERO EXPLODIR EM MEUS 30 ANOS"
“Meu aniversário é em março, então estes são os últimos momentos de meus 20 anos. Eu já lamentei isso de alguma forma, e agora estou realmente animada para mostrar para as meninas, e até mesmo para os homens, o que pode significar ser uma mulher aos 30 anos. Por que é que estamos descartando pessoas, uma vez que elas passam dessa marca? É repentino, ‘Você é uma mulher velha’. Eu não sou velha po**a. Eu sou mais sexual, poderosa e inteligente que eu já estive. Eu já percorri um longo caminho através de um monte de mágoa e dor, mas nada disso me danificou. Isso me fez uma guerreira. Eu quero mostrar para as mulheres que elas não precisam tentar manter-se com 19 anos e 21 anos para ter sucesso. As mulheres na música, elas se sentem como se elas precisam vender pra car**lho para ser uma estrela. Isso é tão triste. Eu quero explodir quando eu chegar nos meus 30 anos.
“Uma vez que você começa a ser consciente e pensa, ‘Será que eu realmente quero isso?’, você começa a se sentir poderosa e você encontra o seu valor. Eu amo ser a menina provocante. Eu fazia teatro quando era criança. Eu participei de uma banda de jazz. Eu fui ao Renaissance Faire. Eu era aquela garota que era zombada, a menina nerd. Eu acredito naquela menina. Eu acredito na integridade, inteligência e poder de pessoas como ela, e eu quero ascender isso.”
"EU ARRISQUEI, PORQUE TODO MUNDO TINHA ME APAGADO"
“Assim que a cerimônia do Oscar acabou, Jimmy Lovine [ex-presidente da Interscope Geffen A&M] me enviou algo como, ‘Isso foi fantástico pra ca**lho, e poderia ter sido um desastre.’ Ele é italiano e do Brooklyn, então nós falamos a mesma língua cômica, mas eu sabia que ele estava certo.
A verdade é que você pode ter um desempenho como aquele ou assassinar uma das canções mais clássicas que foi cantada por muito tempo. Eu arrisquei, porque todo mundo tinha me apagado. Levei muito tempo para obter aquelas notas. Eu disse ao meu empresário, ‘Eu preciso de dois meses para trabalhar com o meu treinador vocal todos os dias e, para ser realista, isso significa que eu não posso fazer nada além disso.’ Quando eu trabalho eu preciso beber e fumar, e eu tenho dores no corpo [devido à cirurgia no quadril]. Mas eu sou como qualquer outra garota - há um ser humano ali dentro, e se você pode manter a parte humana intacta, isso é o que você vai ouvir na música.
“No final de 2014, meu estilista perguntou: ‘Você ainda quer ser uma estrela pop?’ Eu olhei para ele e disse, ’Sabe, se eu pudesse parar este trem agora, hoje, eu pararia. Eu simplesmente não posso. [Mas] eu preciso sair agora, porque eu vou morrer.’ Quando você está indo rápido demais e não se sente mais segura, você sente como se estivesse sendo golpeada por todos os lados e você não consegue pensar direito. Mas, então, eu senti mãos me levantando. Era como se todo mundo se unisse para tentar colocar uma estrela de volta no céu, e eles não iam me deixar cair.”
"EU NASCI PARA CANTAR COM O TONY"
"Não há ninguém mais durão do que Tony Bennett. Esse homem é uma parte da história da música de uma forma extremamente poderosa e ele me ensinou a permanecer fiel a quem eu sou, a não deixar ninguém me explorar. Ele é responsável, de diversas maneiras, por me fazer feliz, e eu posso dizer o mesmo para Elton [John]. Quando toda a indústria virou as costas para mim durante ARTPOP, foram eles que disseram: ‘Ei, isso é uma fase. Vai passar.’ Em turnê, eu tinha pessoas me dando medalhas de guerra e recordações apenas para agradecer-me por expor uma geração mais jovem para Tony Bennett, porque ele mudou suas vidas de maneiras tão significativas. Eu quero ser uma parte da curadoria da cultura, onde nós não damos crédito a qualquer um que é rude ou grosseiro ou que não é bom para o mundo.
“Depois de Cheek To Cheek, todo mundo estava tipo, 'Oh, você é Rod Stewart agora.’ Eu amo Rod Stewart, mas eu também argumentaria que eu não estou fazendo um álbum de jazz contemporâneo adulto mais tarde em minha carreira e eu não estou fazendo isso porque eu gosto dos clássicos. Eu sou uma garota ítalo-americana de Nova Iorque que ganhou competições estaduais de jazz na escola por minhas habilidades. Eu nasci para cantar com Tony e para ele é como, ‘Sim, você nasceu.’ E assim aconteceu com Ella [Fitzgerald] e com Judy [Garland] – nós poderíamos continuar e continuar listando as mulheres incríveis com quem ele cantou. É uma festa que estou emocionada de ser convidada."
"COLOQUEI TODA A MINHA FÚRIA NAQUELA ARTE DAS TREVAS"
"Eu não sou o tipo de garota que se encaixa na maioria dos moldes. É por isso que trabalhar em American Horror Story, com Ryan [Murphy], é um destino. Eu queria criar algo extremamente significativo por explorar a arte das trevas. A razão pela qual eu adoro assistir filmes de terror, mistérios e documentários sobre crime é que eles, de alguma forma, me anestesiam da dor que eu presencio em minha própria vida. Você está assistindo algo pior do que você acha que você está passando. O terror suspende você e você é capaz de esquecer sua própria dor por um momento. É como uma forma segura e psicológica de masoquismo.
“Ryan e eu temos presenciado o mesmo tipo de críticas sobre a intenção do nosso trabalho. Toda a minha carreira tem sido construída sobre essa percepção que eu estou tentando evocar a atenção por causa das coisas que me interessam, quando, na verdade, não é desse jeito. Se você não gosta de ser perturbado, [American Horror Story] provavelmente não é para você. Se você não gosta do absurdo, eu provavelmente não sou para você. Eu fiquei pendurada de cabeça para baixo por 45 minutos para o [artista de vídeo] Robert Wilson e isso drenou todo o sangue do meu corpo, e eu já fiquei nua em um rio congelante durante duas horas com ímãs em minha cabeça para Marina Abramovic. Eu sou uma garota durona. Eu sou assim. Eu posso colocar toda a minha raiva na arte das trevas, e depois o resto da minha vida pode ser gasto lúcida, fazendo as coisas que eu sei que é certo, como filantropia e aderindo as minhas armas musicalmente.”
"QUANDO VOCÊ SE TORNOU O ROBÔ DA MODA?"
“Você não pode simplesmente vender sua alma. É um grande erro ir atrás apenas do dinheiro para tentar se manter no topo. Acho que isso é o que todo mundo queria que eu fizesse. Mas eu sou um tipo diferente de menina, e quando ser diferente não está na moda, para mim é difícil funcionar. As pessoas pensam: ‘Você pode apenas sentar-se em um piano sempre que quiser e escrever,’ mas eu não pude escrever por duas po**as de anos. Para ARTPOP, eu estava fazendo batidas em seu lugar. Eu não queria estar perto daquele maldito [PIANO]. Era muito emocional. Eu começaria a tocar e cantar, e minha mente diria, ‘Você é muito talentosa para esta m**da. Fo**-se, sua voz soa bem. Fo**-se, isso é um belo acorde. Fo**-se, essa é uma letra incrível. Por que você está deixando essas pessoas jogarem você no chão? Quando você se tornou o robô da moda?’ Ser um artista não pode ser suficiente? O talento significa alguma coisa? Eu acho que para Adele é sim. Eu acho que para Bruno Mars é sim. Mas isso é o que eu aprendi ao trabalhar com Tony: Se o talento não significa alguma coisa, então você está fora da base.
“É por isso que cada alto e baixo da minha carreira valeu a pena - me levou a inspiração. Não podemos criar nada sem inspiração. Você poderia tê-lo e nem mesmo saber disso porque você está tão alto ou existem sete modelos chupando seu p*u ou você está tão intoxicado pelo estilo de vida. Eu sou grata pelo que eu tenho, mas isso não significa que eu não valorizo o dom da vida. Porque enquanto esta casa é linda, uma vez que atravesso a minha linha de propriedade eu não estou mais livre; é legal me perseguir por todo o mundo. A coisa que me deixa feliz é aquele piano.”
"VAMOS PURIFICAR ESSA INDÚSTRIA"
“Peço a todos os artistas para serem gentis uns aos outros e terem compaixão. Vamos purificar esta indústria novamente e apontar o dedo no rosto de cada executivo e dizer: ‘Se você está gastando dinheiro, é em alguém que realmente sabe cantar? É em cima de alguém que tem uma perspectiva?’ É tão engraçado ver a expressão no rosto de Tony, do jeito que ele balança a cabeça, quando eu digo a ele como a indústria se tornou. Essa coisa toda de remixes para o rádio, eu tenho que dizer: Quando não se sente como os dois artistas estavam na sala juntos, isso realmente me dói porque é uma injustiça com o que significa para os dois artistas se encontrarem. É inteligente. Mas será que estamos colocando muitos limites na maneira como as coisas precisam estar na rádio para que os artistas se sentirem livres o suficiente para criar verdadeiramente?
“Nós podemos culpar a era digital para sempre, mas a música é um direito natural da humanidade. Temos cantado em cavernas desde o início e aprendemos sobre ressonância por causa das nossas vozes ecoando para fora das montanhas. Essa é a coisa que mais assusta as pessoas sobre mim - de todos os meus contemporâneos, eu sou provavelmente a mais romântica. Especialmente em um mundo onde a educação musical não é mais importante. As crianças ficam deprimidas quando eles nascem com um instinto criativo, mas não são ensinados como expressá-lo. Você pode imaginar ter que vir e alguém dizer, ‘Eu sinto muito, mas você nunca poderá ejacular nesta vida’? Se você não ensinar alguém a liberar essa energia, ela fica te bloqueando, e é doloroso. As crianças precisam aprender a expressar quem elas são e buscar valor nisso.”
O que acham? Eu estou apaixonado pelas fotos, e com o todos sabem, as capas da gaga sempre se relaciona com seu álbum, parece uma deusa egípcia monamu. :uia:
Créditos:
http://www.rdtgaga.com/2015/12/capa-da-billboard-e-fotos-da-edicao-com.html