Do ponto de vista macro, isto é óbvio, se formos generalizar sem relativizar nada, concluiremos que as culturas religiosas são influências diretas na vida social e particular de cada um. No entanto, isso varia muito de país para país e das leis que se segue, sobretudo da peculiaridade individual. Eu sempre cito o meu exemplo, no qual fui apresentado na igreja e cresci indo nos cultos com minhas mãe, ainda que não compreendendo nada que ouvia lá e a contra gosto. Caso alguém me perguntasse na época se eu era partícipe de assembleia religiosa? Até diria que sim, mas não poderia afirmar que cria em tudo aquilo.
Quando entrei na fase da adolescência, deixei de ir nos cultos e minha mãe também respeitou a minha escolha não insistindo mais, pois tinha ciência de que para mim tanto cultos quanto missas significavam apenas testes de paciência. Mas chegou um certo momento, comecei a sentir um vazio no coração, sentia que precisava de alguém, mas mesmo que houvesse tantas pessoas próximas a mim, nenhuma delas me completava, nada me satisfazia. Era algo paradoxal, onde muitas questões viam a minha mente, mas em nenhuma delas eu encontrava a resposta, não sabia o que fazer e para onde eu poderia correr, certamente estava perdido. Contribuiu muito também o fato de estar numa fase decepção e sofrimento pessoal, então tudo cooperava para que eu entrasse em repetidas crises existenciais.
Certa noite onde não conseguia pegar no sono e tudo o que me vinha a mente eram reflexões da forma em que eu estava vivendo, tive uma real e inesquecível experiência com Deus! Ele me trouxe amparo e conforto de uma forma indescritível, algo que ninguém havia conseguido, e resposta para todas os meus temores. Naquele momento pela primeira vez tinha a plena convicção da Sua Existência, e de forma voluntária comecei a ir nos cultos afim de conhecê-Lo melhor.
O que eu quero dizer com tudo isso, aonde estou querendo chegar? É que mesmo sendo real as influências das religiões em cada cultura, em algum momento quem irá decidir se a tomará como ideal vida e filosofia será o indivíduo. Ele é o que tem o livre arbítrio, está em suas mãos a poder para decidir, inevitavelmente. Estou certo que muitos que estão Islã, como em outras culturas, permanecem no credo apenas por medo, pressões familiares e sociais, uma vez que lhe é tirado o direito de escolha, porque a religião é algo inerente ao Estado e uma lei nacional. Muitos se sentem pressionados e oprimidos, pois mesmo seguindo-as, não acreditam piamente nela. Creio que todos saibam a grande diferença que existe entre estes dois fatores.