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description“E se sua mãe tivesse te abortado?” Empty“E se sua mãe tivesse te abortado?”

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Sobre os casos de aborto, e me deparei com esse argumento:

Em novembro, juntamente com outras feministas, escrevi um manifesto feminista para uma revista de moda de grande circulação. Logo na capa, nossos nomes anunciavam o que defendíamos para as mulheres.Houve uma grande repercussão, e com isso, comentários negativos surgiram.

Nada de novo. Como feminista, já estou habituada a isso e nem me incomoda. Infelizmente, criou-se um mito negativo entorno do feminismo e muitas pessoas o assimilam sem ter o conhecimento real do que se trata o movimento. Porém, uma pessoa revoltada pelo fato de a revista que ela assinava abordar um tema de “assassinas”, segundo ela, me mandou uma mensagem revoltada.

Na mensagem, ela me questionava sobre meus posicionamentos políticos; criticou nossa pauta pela descriminalização do aborto e fez a inveterada questão que costumam fazer às feministas: “e se sua mãe tivesse te abortado?”

Essa pergunta é tão sem noção que só me ocorreu pensar: ora, eu não existiria e não seria obrigada a ler uma mensagem como essa. Não respondi a ela – nunca respondo a esse tipo de mensagem acrítica -, mas neste texto escrevo a resposta: minha mãe tentou me abortar.

Eu sou a caçula de três irmãos e uma irmã. Quando eu tinha 16 anos, minha mãe me chamou para uma conversa. Lembro como se fosse hoje, eu estava varrendo a casa e quando cheguei ao quarto dela, ela estava sentada na cama com um olhar preocupado.

Eu segui varrendo com má vontade - não gostava -, até que ela me pediu para sentar. Começou dizendo que me amava muito e que eu era seu bebê, da alegria de ser minha mãe, até que disse: “Espero que você não me odeie depois do que vou te contar. Quando soube que estava grávida de você, eu entrei em desespero. Seus irmãos ainda eram bebês, eu tinha acabado de ter sua irmã, e não soube o que fazer. Então, procurei um homem que vendia chás. Expliquei a ele a situação e comprei uma erva. Tomei o chá e aguardei. Depois de um tempo comecei a ficar preocupada porque não fez efeito algum. Voltei a casa do homem e ele disse que além do chá precisava fazer uma simpatia. Fiz e nada. Não adiantou, você quis nascer e não teve jeito, e hoje é meu bebê.”

Eu fiquei sem reação na hora. Ela seguiu dizendo do medo que sentiu de eu nascer com algum problema em decorrência do chá, da culpa que sentiu. Eu olhei em seus olhos e disse: mãe, fica tranquila. Eu te amo e você me ama. Ela me abraçou e chorou muito.

Minha mãe nasceu em 1950 numa família rígida. Começou a trabalhar ainda criança no interior de São Paulo e saiu de casa aos 18 para morar e trabalhar na capital paulista em casa de família. Passou por situações de assédio de patrões, de violências, até conhecer e se casar com meu pai. Minha mãe soube desde cedo o que era violência institucional.

À época que ela me contou, eu tinha só 16 anos e não soube elaborar muito bem o que dizer a ela, mas minha mãe se libertou depois daquela conversa e passamos a ser mais amigas depois daquilo até sua morte, quando eu tinha 21.

Mas hoje, eu também sendo mãe, se pudesse diria mais coisas. Que eu entendia o medo dela de ter mais uma filha com diferença de um ano para a última; que apesar de amar meu pai e ele ter sido ótimo pra mim, eu entendia hoje o quanto ele foi machista com ela. Diria que vivemos em um país onde o Estado controla os corpos das mulheres e justamente por isso elas precisam passar por situações de descaso e desespero. E, que apesar da criminalização do aborto, mulheres realizam o procedimento e mulheres como ela, negras, são as que mais morrem em decorrência disso.

Falaria que mulheres negras são as maiores vítimas de mortalidade materna; que o racismo institucional na área de saúde mata mulheres como ela diariamente. A abraçaria de novo para tentar extirpar todo o medo e a angústia que ela sentiu durante minha gestação, a culpa que ela carregou por 16 anos sozinha.

Talvez este texto também pudesse se chamar: "Carta póstuma à minha mãe". Acima de tudo, eu a olharia com ternura nos olhos e diria: "Mãe, não há o que perdoar. O Estado sabe muito bem o que faz."

por Djamila Ribeiro

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/201ce-se-sua-mae-tivesse-te-abortado-201d

É agravante o número de casos que acontecem no país,concorda com a opinião da autora?

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Eu não concordo.

Na minha opinião a pessoa deve ser livre pra tomar suas decisões, por piores e mais revoltantes que elas sejam, mas na questão do aborto eu só sou a favor em certos caos como...

- Estupro.
- Criança ter alguma doença grave e correr risco de morte no nascimento.

Fora nessas duas Situações, eu sou totalmente contra o Aborto, eu até entendo essa situação de não ter condições de criar, mas também a aquelas que querem abortar apenas pra se livrar de problemas, como jovens que ficam de putaria em festas, e quando engravidam acham que a solução e matar uma criança que não tem culpa da burrice dela.

Eu nem tomo parte nessas discussões, como quase tudo relacionado ao feminismo o aborto é uma questão muito relativa, principalmente sendo que o maior argumento a favor disso é "o corpo é meu e eu faço o que eu quiser", quem usa esse argumento claramente não tem um motivo verdadeiro pra querer o aborto, e enxerga o aborto como uma solução pra problemas.

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É muito difícil debater a questão do aborto. As pessoas tem princípios diferentes e por isso pensam diferente sobre diversos assuntos. Concordo que as pessoas tem liberdade sobre o que fazer com seus corpos, mas faço das palavras do @Boss as minhas. Para mim, o aborto só se faz necessário quando a criança vai nascer praticamente morta, quando a mãe sofreu de estupro ou quando a gravidez é de risco. No caso do estupro, a mulher não escolheu ter relações sexuais com aquele determinado homem. Mas, a partir do momento que a mulher quer abortar só pra se livrar dos problemas que ela e seu parceiro cometeram ao não usar anticoncepcionais (em uma relação sexual que o casal concordou em ter), já acho totalmente errado e sem sentido. Também tem a questão dos anticoncepcionais não funcionarem (eles não são 100% seguros) - daí não tem jeito - acho que o aborto pode ser encaixado nessa questão em particular. Não tem condição de cuidar de um filho? É só não ter. Ótimo tópico, Paulo.

Diria que vivemos em um país onde o Estado controla os corpos das mulheres e justamente por isso elas precisam passar por situações de descaso e desespero.

:doge2:

Edit: Inclusive, já existe um tópico sobre aborto: http://www.forumnarutoshippuuden.com/t50654-aborto-qual-a-sua-opiniao-sobre-o-tema?highlight=aborto

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Tenho a minha opinião pessoal sobre o assunto.

Sobre o texto, ele estava até legal, antes de partir para uma dramatização étnica.

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Olha, pra mim o aborto é uma questão de saúde pública. Enquanto mulheres de alta renda tem acesso a clinicas clandestinas de qualidade, podendo realizar o aborto tranquilamente caso desejem, aquelas mais pobres não tem tais benefícios, muitas vezes sendo obrigadas a usar métodos como enfiar o cabide ali. Ao meu ver, isso é completamente injusto.

A quantidade de abortos não ira aumentar com uma descriminalização. Isso pq nenhuma mulher quer abortar! É um processo traumatizante. O fato dele ser legal só o tornaria mais seguro, impedindo a morte de ainda mais pessoas. A prática do aborto na sociedade sempre foi e continuará sendo uma realidade, querendo ou não...

Evidentemente que deve-se investir na distribuição de outros métodos concepcionais (o que diminui o número de abortos) de maneira igualitária, até pq muitas mulheres não tem acesso à isso, o que fundamental. A educação sexual nas escolas tbm é importante nesse sentido. De qualquer maneira, não acho que cabe a nós julgar o motivo de alguém abortar, isso sinceramente não importa. O corpo é da mulher e pronto, ela que fará a gestação, acredito que ela tenha o poder de decisão.

Enfim, acredito que seja totalmente possível ser contra o aborto e a favor da descriminalização dele! Eu, se fosse mulher, nunca iria querer abortar um filho. Mas, acredito que, uma vez que a descriminalização de tal prática só traria o efeito de diminuição de mortes ou danos às mulheres, eu sinceramente não vejo o porque de não ocorrer sua implantação.

Ainda acho que, com a legalização do aborto, o seu número possivelmente iria diminuir. Isso pq o Estado até poderia ter um diálogo mais aberto com a população. Não sei se o efeito seria esse, mas poderia ocorrer.

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Fora nessas duas Situações, eu sou totalmente contra o Aborto, eu até entendo essa situação de não ter condições de criar, mas também a aquelas que querem abortar apenas pra se livrar de problemas, como jovens que ficam de putaria em festas, e quando engravidam acham que a solução e matar uma criança que não tem culpa da burrice dela.


Big-boss-kun, só queria expressar um pequeno ponto sobre esta sua colocação - que foi muito pertinente.

Usarei suas palavras para falar sobre esta questão. E fique tranquilo, pois farei referência à população "geral", e não à sua opinião pessoal, que eu respeito muito.

É verdade que existam estas pessoas que não tem recursos para ter um filho, e é mais verdade ainda que existem aquelas pessoas que não tem maturidade para para terem um filho.

Sabendo disso, eu lhe pergunto: Não é justo "matar a criança" que não possui nada disso, mas é justíssimo condená-la à uma vida de desamor e ódio por ter nascido, por parte dos pais e familiares.

Eu já acompanhei situações assim, onde mãe, pai, avós e a própria criança são "obrigatoriamente" submetidas à terapia para conseguirem lidar com estas questões.

Sobre o Ato do aborto em si, eu não tenho uma opinião relevante para a discussão, pois eu acredito numa vertente mais científica e menos criacionista das coisas.
Desde que momento um feto pode ser considerado criança?

O que eu quero dizer com esta colocação, é a seguinte: Existem pessoas que DE FATO, não estão maduras ainda para cuidar de si mesmas, quem dirá cuidar de uma vidinha que não tem capacidade alguma de se virar sozinha.

Nosso sistema nervoso só atinge a maturação após os 24 anos. O Ser Humano é o animal com maior tempo de maturação de todos, e mesmo atingir tal idade não significa estar completamente pronto para se ter uma criança.

Então eu pergunto: Será mesmo que é bem por aí que a gente tem de observar a situação?

Tipo, se um casal que tem em média uma idade de 19 anos "escorrega" em algum momento da prevenção e descobrem que há uma criança sendo gerada, a saída é de fato sentenciar ao casal uma criança como forma de punição por serem inconsequentes com seus próprios atos?

Veja a incoerência. A pessoa é "pró vida", e por isso é contra o aborto. Mas aí, quando um ente próximo passa por uma situação destas e os familiares descobrem, este ente próximo é obrigado a ter o filho para "aprender a ser menos inconsequente"...

A vinda da criança num contexto destes - para mim - é tão ou até mesmo PIOR do que "privá-la" de vir à este mundo.

Quase ninguém pensa a longo prazo quando estas questões entram em pauta. Quase ninguém pensa de forma lógica e racional quando estes assuntos entram em pauta.
Digo isto porque o único "argumento" é que a criança tem direito de vir à este mundo, mas não param para analisar bem quando é que o termo "criança" entra em cena de fato. Ou então, quando confrontados, algumas pessoas dizem ser pecado ou algo do tipo.

Poxa! Quando eu vejo pessoas acusando outras de "irresponsáveis" e as demonizando porque fizeram sexo sem o devido cuidado e acabaram tendo uma gravidez em questão, eu me pergunto: Quando é que vamos nos dar em conta que, o SEXO deixou de ser uma ferramenta de disseminação da espécie, possuindo agora um valor ESTRITO de manutenção do prazer humano?

E se alguém possui alguma objeção quanto a isto, eu pergunto: Você, que se diz contrário à este pensamento, já possui quantos filhos? Quero dizer, já que o sexo é para procriação, por que você o pratica o ato sem ter a disseminação da espécie como ponto principal?

Se dois jovens à flor da idade transam e por algum motivo engravidam (seja qual o motivo que for, desde irresponsabilidade até falha no método de preservação), eles devem ser sentenciados à ter a criança exatamente por quê?

E POR QUE A CRIANÇA TEM A OBRIGAÇÃO (mascarado aqui como "Direito") de nascer e servir de "lição" para aqueles que não foram cuidadosos o suficiente?

Passar uma infância inteira numa situação onde das duas uma: a família não possui recursos para cuidar decentemente desta criança ou a família não tem maturidade suficiente para cuidar desta criança de forma digna, gerando ainda mais problemas futuros em decorrência da omissão de amor e carinho.

Este é um exemplo claro de inversão de valores. Ou pelo menos, confusão de valores. Estendem um banner pró-vida, mas não são capazes de pensar a longo prazo para entenderem o que DE FATO irá resultar desta "escolha obrigatória".

E só fazendo um adendo ao que o Brother Soldier disse acima:

Ainda acho que, com a legalização do aborto, o seu número possivelmente iria diminuir. Isso pq o Estado até poderia ter um diálogo mais aberto com a população. Não sei se o efeito seria esse, mas poderia ocorrer.


Este é o ponto. Assim como o sexo, como o relacionamento, esta questão de gravidez é um Tabu que poucos tem a capacidade de discutir de forma lógica, não passional.

E pra finalizar, se me perguntassem "E se por acaso tua mãe tivesse te abortado?" em uma discussão, eu diria: Bom, aí eu teria me livrado de VÁRIOS problemas.

A vida não é bela. A vida não é um mar de rosas. Não é um lugar que todos possam viver felizes, sempre. É justamente o contrário: é um lugar problemático onde absolutamente TUDO tem potencial para virar problema. É um lugar onde podemos ter picos de felicidade, mas que não há lugar para a constância dela.

E sabe o porquê deste pensamento ser extremamente ridículo? Numa perspectiva mais linear, onde LEMBRAMOS que todos vamos morrer algum dia, há realmente sentido em bater no peito e dizer: "Eu NASCI E VIVI, ao contrário destes outros tantos que nem chegaram a habitar este mundo", sendo que todos vamos pro mesmo lugar no final das contas?

A minha perspectiva é que: Já que não pedimos pra nascer, e estamos aqui, por que não aproveitar enquanto podemos?

Como diria um certo leitor de Spinoza: "Viver num mundo destes é o mesmo que não viver, com a diferença que você vive nele, para depois partir."

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Não concordo com esse texto, a mulher tem direito de fazer o que quiser com o corpo e a vida dela, mas não com uma nova vida que está gerando. Se não queria engravidar por não se preveniu?
Eu acho que o aborto só deve ser feito em casos de estupro onde a mulher não teve escolha, ou em caso de doença onde o bebe não tem chance de sobre viver.
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