Provocações Filosóficas - Qual é a força que te move?

Boa noite, meus caros, minhas caras.

Eu irei apresentar conteúdo de estudos de filosofia na área de estudos por esses dias, mas antes de ter de dar aquele chatos assuntos lá, gostaria de disponibilizar-lhes um pouquinho de Filosofia que valha a pena. Eu espero que entenda que o objetivo do tópico é provocar sua mente, te fazer refletir, independentemente de você respondê-lo ou não. 

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Para Nietzsche (pronuncia-se "ní-tche") nós somos movidos basicamente por duas forças: as forças ativas e as força reativas.

O sujeito que é movido pela força ativa é o que expressa seu desejo de ser, é o que fala com veemência, é o que age com convicção, é o que bate de frente; é a força expansiva, a força que tende a criar.
Já o sujeito movido pela força reativa é o que age indiretamente. Nietzsche mostra repúdio a esta força, porque ele a descreve como a força que precisa de outros para se manifestar (reativa, relaciona-se com reação), é o que precisa que o outro aja para que ele se manifeste puxando o tapete do colega, que precisa de que alguém vença o jogo que é para ele criar regras que impeça o outro de vencer novamente, aquele que age na mediocridade, que não bate de frente, que não aponta soluções e sim espera o outro errar para poder apontar e etc. É a força que retrai, é a força que está sempre na defensiva.

Percebam que Nietzsche tem o mesmo pensamento que narram as histórias de guerreiros antigos, coragem, honra e etc. Se pegarmos Sun Tzu, de "a arte da guerra", ele age totalmente em contraposição ao que Nietzsche chama de força ativa. Para Sun Tzu, não importa a forma de agir e sim a vitória, como na seguinte frase dele: "Evite a força, ataque a fraqueza", frase que é justamente a citada força reativa, força que Nietzsche despreza. Essa era inclusive a maneira de Sócrates de agir, já que Sócrates evitava os debates diretos e contornava através de estratégia. 

A essa altura eu espero que você tenha percebido que apesar de Sun Tzu ser considerado um estrategista nato, para ele, a frase que o representa é: "os fins justificam os meios", frase que move muita gente. Apesar de Nietzsche ser um tanto quanto radical, já que dependemos de regras e normas para sermos civilizados, isso não muda o fato de que existem pessoas que agem exatamente como as forças reativas de Nietzsche descrevem, e justamente por serem medíocres. Portanto, a provocação é: Qual força anda te movendo? Você anda tomando iniciativas, você é o cara que quer fazer acontecer, ou é o fraco, o medíocre, que, por sempre perder, fica pensando em formas de limitar o(s) outro(s)?

Eu vou te ajudar: quando você perde, pensa em melhorar, ou pensa em formas de limitar o adversário? Quando você vê alguém de boa aparência flertando com a pessoa com quem você tem interesse, você pensa em melhorar a sua e chegar junto, ou em tentar rebaixar seu "concorrente" da forma que puder? Agora, essa é para muitos aqui: quando você debate, pensa em contradizer os argumentos alheios ou opta quase sempre por tentar atacar o post alheio (vezes atacando a própria pessoa)? 

Acho importante salientar que, para mim, o que realmente importa é você refletir sobre isso. Normalmente, as pessoas que agem através das forças reativas são as que mais possuem dificuldade em admitir isso. Não digo admitir para outras pessoas, digo admitirem para si mesmas e passarem a tomar a dianteira.

Também gostaria de fazer um adendo: se você, meu querido, minha querida, pretende ser grande, inteligente, reconhecido, enfim, crescer, saiba que a vida se organizará contra você! As forças reativas estarão sempre lá para tentar te trucidar, você terá "amigos" tentando queimar o seu filme, arruinar sua atuação e etc. Não se preocupe em tentar pará-las, você provavelmente será nocauteado, entretanto, o que definirá se você será um vencedor ou se irá se conformar com a mediocridade e passará para o lado das forças reativas, será o tanto de vezes que levantará. 

Enfim, esta é uma pequenina provocação, se você achar legal dar uma resposta sobre seu modo de agir, fique à vontade.

Obs: forças reativas criam sim estratégias, agora, você ser integralmente movido por estratégias para evitar o confronto direto é que te coloca nas forças reativas.

Última edição por Kakau em 18/6/2016, 01:13, editado 2 vez(es)

Opa, amigão, que tópico gostoso de se ler! =)

Kakau escreveu:

Qual força anda te movendo?

A minha vontade é incoerente, e eu não me movo mais do jeito que eu costumava me mover, como posso ser classificado? Não, melhor ainda: por que eu deveria ser classificado, em primeiro lugar? Para o nosso querido tio Ní-tche, eu seria aquele que age indiretamente — e apenas quando é necessário. Talvez eu seja uma força indiferente?

Para mim, o simples fato de “fazer acontecer” é tão banal quanto ser o cara que apenas espera que o muro caía e ele possa se aproveitar disto. Ser medíocre ou convicto; forte ou fraco; burro ou inteligente... Tudo isso nos torna humanos e, não importa o quanto você acredite em si mesmo, ou desacredite em si mesmo, você morrerá da mesma forma que todos os outros. Porque a morte é assim, ela não enxerga o homem por classificações, ela ignora a sua filosofia decorada, sua falta de diplomas e apenas “faz acontecer”.

Mas, como eu disse, “fazer acontecer” é tão banal quanto todo o resto, o que significa que a morte, com sua foice imponente, é totalmente comum também. E isso é tão belo. Triste? Também, mas é necessário para que possamos entender nossa insignificância. Kakau... Viver é banal, morrer é banal, e eu não vejo problema nisso.

Penso que ser inteligente é se adaptar às mais diversas situações. Há vezes em que é preciso enfrentar uma situação de frente, ter a iniciativa, atacar, e há vezes onde é preciso enfrentá-la somente reagindo, não importando como ou o quê você fará, importando apenas o resultado.

Se um cara desse em cima da garota em que tenho interesse, eu agiria dependendo de como ela estaria se sentindo, de como o cara estivesse o fazendo e de quem ele é, ou seja, reagiria à situação. Se fosse um cara de má índole, obviamente ele seria o meu alvo, tentaria o desmascarar na frente da garota. Caso fosse um cara de boa índole que estivesse a conquistando, eu tentaria trazer a atenção dela para mim, fazê-la se sentir melhor comigo do que com ele etc. Já se ela estivesse se sentindo mal, incomodada, e o cara insistindo, eu poderia até agredir o indivíduo.

Também posso pegar outras situações hipotéticas como exemplo:

Se alguém trapaceasse para me vencer, seja em uma luta, corrida, partida de xadrez etc, eu faria o necessário para vencê-lo. Se alguém é mais forte do que eu, joga mais xadrez ou corre mais do que eu, mas não trapaceia, obviamente eu tentaria superar esse alguém de forma limpa, não limitando-o para vencê-lo. Além de que, em assuntos do meu interesse, busco sempre me aprimorar mesmo que não passe por uma derrota ou não leve uma rasteira da vida.

Se eu tivesse uma empresa de, por exemplo, tecnologia, não esperaria as iniciativas dos meus concorrentes para agir. Buscaria sempre inovar, buscar soluções para os problemas, melhorar os produtos, criar outros etc, não esperaria alguém me ultrapassar para voltar a crescer ou puxá-lo para trás de mim.

Se, em uma briga de rua, eu tivesse que lidar com três ou quatro caras mais fortes e mais rápidos do que eu, não hesitaria em limitá-los, não hesitaria em fazê-los fracos ao invés de tentar ser mais forte do que eles. Poderia, por exemplo, cegá-los em uma situação oportuna. Melhor do que apanhar, não?

Então eu ajo conforme a banda toca, depende da situação.

Última edição por Sasuke em 18/6/2016, 03:26, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Correção ortográfica)

Kakau das bíblias ataca novamente. :nyoron:

Kakau escreveu:

Qual força anda te movendo?

Li o tópico e pelo que eu entendi da descrição das forças, acredito que não sou movido por nenhuma das duas.
Sim, sou diferentona. -qq

Meu estado está mais perto de ser encarado como inércia do que qualquer outra coisa. Tanto é que se eu olhar para o passado verei que pouco mudou, ou pelo menos não evoluiu como eu gostaria. Então eu suponho que esteja estagnado de tal forma que eu não configuro aquele que é o pró-ativo e que dá a cara a tapa e faz as coisas (nunca fui desse tipo também, preciso de diretrizes bem estabelecidas para agir), como também não acho que eu venha ser aquele que tenta puxar o tapete do coleguinha só porque sou fracassado. rs

Bom não sei né? O filósofo aqui não sou eu. AHSUHAUSH

@UchihaPower

Como eu te disse, esse pensamento na verdade é parecidíssimo com a forma do Nietzsche de pensar. Ele cita em seu livro que o que diz é fruto de seus devaneios, e que não faz a mínima questão de que leiam, ele se expressa porque quer, e pronto.

Dado esse interessante ponto de vista, farei-te uma outra provocação. Você diz que a morte é igual para todos, e que tal é imutável. Eu concordo, acontece que isso levanta uma outra questão: se a morte é igual para todos, não deveria te importar o que fazemos entre morrer e viver? Ora pois, todos nascemos e todos morremos, então o que importa não seria o que fazemos na travessia deste caminho? Afinal, do pó ao pó, Einstein é lembrado, Mendel também, Newton e etc, ou seja, se a morte é igual para todos, isso deveria fazer as pessoas valorizarem a travessia, e não o contrário. Ou seja, o que deixarás ao morrer?

O que pensa disso?

@Sasuke

Se você não procuraria contornar uma situação caso não vesse injustiça, mesmo impossibilitado de obter sucesso pelo meio comum, você é movido pelas forças ativas, diria Nietzsche. Já, você ser afetado pelas circunstâncias da vida, é algo comum. Seria reativo se você por exemplo recorresse a outros meios para superar alguém que te venceu justamente.

As concepções dessas forças vem daquelas que retraem ou que expandem, e você é o exemplo de pessoa que age por si mesmo, não podendo ser reativo. Embora, é claro, existam pessoas que "mudem de lado" no decorrer da vida, que passem a agir reativamente quase que integralmente, isso não se encaixa a você, eu diria.

@Senju Felipe

Entendo, Lipe. Sabe, é algo que eu ainda não havia pensado, você pode não ter espaço para agir como queres, mas também não age reativamente a tudo. Acho que eu poderia citar um outro filósofo aqui, segundo Aristóteles, você é uma muda que ainda está em seu estado primário. Quando passar disso, quando vingar, poderá então se dar conta de qual força te move.

Embora, cá entre nós, sabemos bem. Um pássaro engaiolado não deixa de ser um pássaro, ele só tem de esperar seu momento, eu diria.

@Kakau

Kakau, vou te contar viu, de alguma, e é uma forma bem estranha que eu não poderia te explicar, eu já esperava que você tocasse no ponto do “caminho.”. Bem, vou ser sincero, eu não estava exatamente “dialogando” com você — pelo menos não diretamente —, quando fiz o meu primeiro post. Eu deixei a "minha resposta" no meu perfil. Não se esqueça disso enquanto estiver lendo o que eu digitei abaixo.

É verdade, meu camarada, cada um deixa sua marca enquanto caminha em direção ao pó. Alguns deixam uma marca mais visível, estes a gente não pode esquecer, por isto falaremos deles, leia com atenção: nós vamos esquecer de todos eles. Com a morte sendo igual para todos, você cai no ponto Memento — que eu chamo de esquecimento. Imagine-se como um revolucionário, um teorista, alguém de marca visível; você é aquele que mudou a forma que nós enxergávamos o mundo. E, como todo o resto, você acabou nos braços da morte. Mesmo assim, com o teu feito, tudo começa a fazer mais sentido, outras teorias surgem, teorias velhas são descartadas. Agora é um novo mundo, e você foi aquele que nos deu de presente essa nova perspectiva.

Novos caminhos são formados, uma nova era reina, e outras formigas seguem o teu caminho. Essas formigas têm vida longa, inexplicavelmente, e aprendem, memorizam e algumas até mesmo aprimoram o que você deixou para trás. E, como todo o resto, essas formigas morrem.

O que eu deixarei quando me for? Essa é a parte mais importante e triste: memórias, sentimentos, lágrimas... Tudo de mim. E, como todo o resto, esses sentimentos serão esquecidos. Sim, meu amigo, esses sentimentos vão ao pó, assim como as formiguinhas que chorarão por mim.

@UchihaPower

Devo dizer, um ponto de vista bem melancólico!

Bem, meu amigo, a era da informação chegou. Por mais que se passem os anos, nomes como Einstein, Galileu, Aristóteles, Mendel, Darwin, Da Vinci e etc, jamais serão esquecidos. Também podemos notar que, apesar de provavelmente terem causado lágrimas ao partirem, suas heranças são muito maiores que lamentações e lágrimas. Significa que naquilo que fizeram, são eternos! Novos caminhos são formados, e as bases deles continuam servindo como sustento, como um edifício que começa a ganhar andares, jamais tendo seu alicerce comprometido.

Portanto, todos morrem, mas não quer dizer que todos são iguais, que todos tem o mesmo peso, e que todos serão esquecidos. Sabemos que se você batalhar, poderá ter seu nome eternizado, e suas ações extremamente valorizadas. Então, isso não seria motivação suficiente? Afinal, cedo ou tarde, todos acabam querendo fazer a diferença.

@Kakau

Ah, sim, com certeza, você pode considerar o meu ponto de vista como melancólico, isto vem de mim, pois, eu sou uma pessoa extremamente sensível. Alguns dizem que pessoas assim são imprevisíveis, e eu concordo. Vale lembrar que separar o meu ponto de vista, minha forma de enxergar o mundo, com a minha própria pessoa é fundamental. É claro que é um conjunto que não pode ser arrancado um do outro — um pouco parecido com o animus e anima. Mas não é como se eu enxergasse minha família e amigos como formigas que serão esquecidas. Mesmo sabendo que é assim que vai ser — no meu ponto de vista.

Então, cada um tem seu próprio peso em direção ao fim, mas, chegado lá, no momento da morte, todos morrem da mesma forma. Mesmo que o nome de alguém seja “eternizado” por causa de seus feitos, o peso da morte do indivíduo será o mesmo. Pois, sim, Einstein, Galileu, Aristóteles, Mendel, Darwin, Da Vinci... Todos esses monstros que nós admiramos (ou não, vai saber) serão esquecidos. Qual é a diferença existente na morte de um menino africano e da grande escritora que foi Clarice Lispector? Ambos morreram da mesma forma; a dor foi gerada e passada àqueles que amavam (o menino) e admiravam (a Clarice), e esses que guardam a vontade de ambos vão morrer com ela: pois o ser humano não é eterno.

A era da informação já chegou faz algum tempo, e ela não pode mudar o destino da humanidade. Todos serão esquecidos, fazendo diferença ou não.

Bem, então permita-me renovar sua fé no destino da humanidade, meu caro:


Todos esses nomes (e são só alguns) são estudados até o dia de hoje, vamos para 3 mil anos desde o nascimento de pitágoras, e não preciso dizer-lhe que ele ainda é lembrado, certo? Isso porque a era da informação na verdade não chegou há tanto tempo assim, 50% da população mundial ainda não tem acesso à internet verdadeiramente, em pleno 2016. A tendência é de aumentar milhões por ano.

Portanto, meu amigo, se você for bom o suficiente, fará a diferença. O garoto africano pode ter morrido de maneira a causar trauma em quem viu, o garoto africano infelizmente nada conseguiu contribuir ao mundo, e a verdade nua e crua, é que ninguém sentirá sua falta. É diferente do que contribuiu, é diferente daquele que jamais será esquecido, segundo o que acabo de mostrar-te, é diferente daquele que causou inúmeras alegrias, e simplesmente deixou saudades. Então sim, vale a pena ser diferente. Não hei de negar que há aqueles que nasceram para serem "mais um". Mas sabemos que há aqueles que eram lembrados milênios antes de nós, e serão lembrados outros milênios. Há uma diferença mais que substancial, eu diria.

Entrando no âmbito familiar, a maioria será de fato esquecida. Mas não podemos esquecer que certas coisas mudam tudo, e que de fato há aqueles que serão eternizados. Sabendo disso, há a escolha entre tentar ser o melhor possível e dar um norte à sua vida (vida de cada um), ou de fato acomodar-se como a grande maioria. Então não ganharás uma estátua, teu nome não ficará escrito em livros, tampouco em edifícios e ruas, não serão inaugurados museus com seu sobrenome, e sequer te usarão como exemplo. Mas, que haja a ciência de que tudo isso é questão de escolha.

@Kakau

Pitágoras deve de estar muito feliz enquanto observa o nosso mundinho atual, não acha? Eu tenho certeza de que ele está muito feliz e empolgado; dando boas gargalhas, ao passo que observa o seu busto tão bem feito e honrado. Nosso Pita jamais será esquecido! Mas para não ser esquecido, ele teve de morrer.

Já o menino africano, o menino sem nome, oh, eis um pobre coitado, ele teve sua vida levada na mais tenra idade... Um fato que não devemos nos importar, afinal, ele nasceu, fez sua mãe feliz, mesmo no meio de tanto sofrimento, e acabou morrendo — como o nosso grande Pitágoras.

Mas, de fato, a diferença de feitos é realmente incontestável, quem se senta esperando a vida passar jamais terá o direito de estar em uma lista tão charmosa. Quem aqui não gostaria de estar nela? Hein?

É uma pena que o estudo de todos esses nomes incríveis são feitos por pessoas que carregam o mesmo destino do objeto de estudo: a morte. Como isso vai acabar? Eu não faço ideia. Mas tenho um palpite — que eu coloquei no meu segundo post. xD

Haha'. Sempre gostei dos pontos de vista melancólicos.

Se voltássemos à provocação inicial, você agiria integralmente movido pelas forças reativas, alguém que espera acontecer o que julga ser inevitável. O mais interessante é que muitos com esse ponto de vista acabam tendo a chance de tomar as rédeas, ou seja, tentar entrar na lista, enquanto muitos que querem tomar as rédeas, não tem a chance nem de tentar. No fim, é uma questão de potencial perspectiva.

Eu tento ao máximo aproveitar os momentos do dia. Sigo muito a filosofia budista nesse sentido. Percebo que, muitas vezes, as pessoas acabam criando grandes expectativas em sua vida e, consequentemente, se frustrando. Por exemplo, muitos procuram, ao longo dos anos, adquirir mais dinheiro e bens materiais em geral. Porém, quando uma pessoa chega num certo nível de luxo, ela se acostuma à ele após um tempo, sempre querendo mais e mais e nunca ficando satisfeita. O mesmo ocorre quando alguém leva algum objetivo de vida, como algum reconhecimento, acima de tudo: não se consegue ser feliz em geral, sem aproveitar o que realmente importa. Eu já me senti muito insignificante em relação ao mundo e às suas inúmeras injustiças que me incomodam, e ainda sou assim, mas ficar nesse pensamento nos leva, infelizmente, à um círculo sem fim. Por isso, acho que temos que viver cada dia.

Diante disso, sempre procuro valorizar os momentos do dia, como quando você se relaciona com seu colega e dá alguma risada, por exemplo. Coloco isso muito acima de desejos materiais, pois, dessa forma, consigo valorizar o presente e ficar satisfeito com minha vida, sem ter o desejo, que gera a ansiedade e nunca nos deixa feliz com o hoje, que é o que importa, afinal, nunca se sabe o que irá ocorrer no futuro. Temos que valorizar nossas relações, afinal, é isso que nos torna humanos.

Só pra deixar claro, eu não sou budista, mas acho a forma de pensar dessa religião muito interessante, por achar que ela tem uma aplicação prática em nossa vida interessantíssima, nos ajudando a esvaziar a cabeça completamente e transformar prazer em felicidade (se é que esse termo, perigosíssimo, deve ser usado né).

Kakau escreveu:

Haha'. Sempre gostei dos pontos de vista melancólicos.

Se voltássemos à provocação inicial, você agiria integralmente movido pelas forças reativas, alguém que espera acontecer o que julga ser inevitável. O mais interessante é que muitos com esse ponto de vista acabam tendo a chance de tomar as rédeas, ou seja, tentar entrar na lista, enquanto muitos que querem tomar as rédeas, não tem a chance nem de tentar. No fim, é uma questão de potencial perspectiva.

UchihaPower escreveu:

@Kakau

Pitágoras deve de estar muito feliz enquanto observa o nosso mundinho atual, não acha? Eu tenho certeza de que ele está muito feliz e empolgado; dando boas gargalhas, ao passo que observa o seu busto tão bem feito e honrado. Nosso Pita jamais será esquecido! Mas para não ser esquecido, ele teve de morrer.

Já o menino africano, o menino sem nome, oh, eis um pobre coitado, ele teve sua vida levada na mais tenra idade... Um fato que não devemos nos importar, afinal, ele nasceu, fez sua mãe feliz, mesmo no meio de tanto sofrimento, e acabou morrendo — como o nosso grande Pitágoras.

Mas, de fato, a diferença de feitos é realmente incontestável, quem se senta esperando a vida passar jamais terá o direito de estar em uma lista tão charmosa. Quem aqui não gostaria de estar nela? Hein?

É uma pena que o estudo de todos esses nomes incríveis são feitos por pessoas que carregam o mesmo destino do objeto de estudo: a morte. Como isso vai acabar? Eu não faço ideia. Mas tenho um palpite — que eu coloquei no meu segundo post. xD

Bom, ao contrário de vocês, o que me move é um dia poder mostrar o verdadeiro significado da força.

Sempre acreditei a força reside em saber controlar o resultado da luta, sem que hajam feridos. Se eu algum dia chegar a essa perfeição, me sentirei realizado.

Para isso, preciso começar pela imortalidade. Tenho fé de que em algum tempo no vida eu consiga desvendar a imortalidade.

Eu sou um cara que nao acredito que vá conseguir realizar todos os meus desejos nessa geração. Vou aguardar a próxima reencarnação.

Espero nascer no lugar certo, e ser treinado pela pessoa certa.

Mas nunca perdi esperanças de desvendar a formula da imortalidade e alcançar a força suprema do qual eu poderia controlar todos os resultados de uma luta, sem que houvessem feridos. Isso é o que me move. Poderia começar a tentar aprender a usar o olho da mente, lutar sem usar os olhos pouparia muita energia, nao achas?

Imagina uma pessoa que decide terminar uma luta rapida? Ela no minimo tem medo e sabe que nao pode controlar o resultado da batalha.

Mas ao conseguir controlar o resultado de uma luta, acho que voce chega ao apice do que é verdadeiramente ser forte.

Eu sou sensivel também, espero um dia conseguir liberar minha energia vital e morrer com grande honra.

Sempre acreditei que tal força pode ser retirada de um sacrificio humano.

Acredito que o sacrifício é a unica chance de você tirar o proveito de 100% de suas capacidades.

O que me move, como disse, é algum tempo na vida, eu poder estudar a fundo esses sentimentos.

Sensui teve que criar 7 personalidades e uma delas conseguiu um poder absurdo.

Simples: ele tirou todo o medo que existia das outras personalidades e colocou uma dose de confiança.

Ja li que para atingir um poder maximo, voce nao pode duvidar de si mesmo.

Nos dizeres de Da Lai Lama, um golpe só surte efeito quando você sente ele ao desferir.

Sempre almejei uma força, mas por complicações da vida, nao conseguirei, a este altura, treinar, tampouco aperfeiçoar aquilo que acredito.

Espero que um dia consiga.

No dia que eu puder controlar o resultado de uma luta, seja quantos forem, poderei dizer que eu realmente seria forte. Mas por enquanto, não me dou ao luxo disso.

Acho que sou movido pela força ativa, só com limitação, devido a criação.

Na velhice, a primeira tarefa é descobrir a imortalidade e depois treinar para atingir o real significado da força.

falei besteiras, né. Foi um desabafo.

Eu me movo, ou ao menos tento caminhar no sentido da honestidade comigo mesmo. Eu do ano passado para cá me agarrei muito em uma frase que ouvi, e essa curta frase "Quem é você" mudou em muito minha perspectiva sobre a vida, e atualmente utilizo muito dela para determinar minha conduta.

Não me importo se terei meu nome eternizado na terra, ou se serei apenas mais um no meio de vários, oque vale é eu não perder a si próprio, pelo menos não mais: "A vida é um desperdício de tempo, se você é algo além de quem você é"

@Unknown Soldier e @Rodrigo Gouveia

Interessantíssima as colocações de ambos. A colocação do Soldier entra muito na felicidade descrita por Spinoza, que ele chama de potência de agir. Ou seja, o Soldier está sempre buscando eternizar os pequenos momentos, e segundo a maioria dos filósofos, é a forma de se viver feliz. Nós temos contratempos, parece ruim, mas não é. Um indivíduo como o Soldier, ao ter um contratempo e se entristecer, se chatear, está elevando a primeira condição para ser feliz: sentir a ausência de felicidade, e, portanto, logo mais conseguirá senti-la em coisas simples como um sorriso, um drink, uma partida de futebol, um abraço e etc. Importante dizer que é uma filosofia rara, a maioria das pessoas precisa estar em leito de morte para entender isso, Soldier, e é por isso que quem tem a sua filosofia, quase sempre, a tem por ter passado por maus momentos no passado.

Já a do Rodrigo, se encaixa na descrição de ética em seu segundo significado, que é o julgamento da conduta pelo comportamento. Ora pois, alguém que age moralmente para estar bem consigo mesmo, é alguém ético, e normalmente é, se tiver tido uma boa base educativa, o melhor tipo de pessoa que anda por aí. Explicando, moral é aquilo que você não faria mesmo que ninguém estivesse te vendo para te julgar, quando alguém age independentemente do julgamento alheio, dizemos que esta pessoa tem princípios, que sempre (ou quase sempre) guiarão tua conduta.

Enfim, deveras interessante.