Introdução:
Algumas pessoas afirmam que não sonham. Outras que jamais ou raramente se lembram de seus sonhos. E há, ainda, os que sonham, lembram-se do sonho ao acordar, mas o esquecem ao longo do dia. Vale lembrar que quando o sonho não recebe a devida atenção, ele se esvai na memória.
Todo mundo sonha?:
Obviamente que em casos de severos traumatismos ou comas profundos ainda é impossível afirmar que tais pacientes sonhem. Porém, o mais comum é que a pessoa simplesmente não se interesse por estabelecer nenhum tipo de contato com seus sonhos, por julgar banalidade, algo sem importância e que nada diz sobre ela e seu mundo mais interior. Nesse caso, o sonhador encara essa situação como uma realidade distante, porém isso não a torna irrelevante ou inexistente.
A verdade é que esta atitude do homem moderno para com seu próprio inconsciente, especialmente em relação aos sonhos, é a causa principal da sintomatologia neurótica - que se caracteriza por um conflito entre o que a pessoa é e o que aprendeu a ser socialmente. A incompatibilidade entre as expectativas familiares, sociais, culturais e profissionais, além das exigências da alma, gera esse tipo de sintoma. A falta de conexão com o mundo interior priva o homem moderno de se guiar adequadamente no mundo exterior.
Frequentemente observamos pessoas que não vivem a vida que gostariam de viver, não estão no casamento em que gostariam de estar, não trabalham no que gostariam de trabalhar, não se divertem da forma que desejam, não passam tempo com seus filhos tanto quanto gostariam, enfim, fazem exatamente tudo o que suas almas não querem. Provavelmente sonham com tais situações, mas o fato de não saberem interpretá-las, não buscarem um analista para ajudá-las a entender, ou realmente não se interessarem em absoluto pelo que suas almas lhes comunicam, acabam padecendo de fortes sintomas neuróticos - que são, em geral, padrões repetitivos e quase sempre geram resultados negativos na vida da pessoa.
Nesses casos, há uma dissonância entre o mundo interior e o mundo exterior. Por essa razão, é trabalho do terapeuta ajudar o paciente a equalizar essa relação. Por exemplo: uma mulher cuja mãe sempre a criticou e que possui - de maneira repetitiva em diversos setores de sua vida - forte autocrítica e nunca se julga boa o suficiente. Isso acaba por boicotar suas possibilidades de sucesso e, por conta do "padrão neurótico", fica impedida de realizar todo seu potencial.
Agora, um novo estudo sugere uma razão para isso. Conduzido por pesquisadores do Centro de Pesquisas Neurocientíficas de Lyon, na França, e publicado no periódico Neuropsychopharmacology, ele analisou o sono de 41 participantes que passaram por tomografias para avaliar sua atividade cerebral.
Desse total de participantes, 21 foram classificados como "lembradores recorrentes de sonhos", porque conseguiam memorizar o teor do que sonhavam em, em média, 5,2 noites por semana.
Os 20 participantes restantes foram agrupados como "lembradores esporádicos de sonhos", sendo capazes de relatar seus sonhos apenas duas vezes a cada mês.
Um monitoramento da atividade cerebral dos participantes permitiu aos cientistas notar que entre os que se lembravam frequentemente de seus sonhos havia um alto e espontâneo funcionamento nas regiões cerebrais do córtex medial prefrontal e da junção temporal parietal.
Esse funcionamento cerebral mais preponderante nos "lembradores recorrentes" é o que permite a suas mentes fixar o conteúdo dos sonhos na memória.
Uma característica observada pelos pesquisadores nesse grupo de participantes é a de que eles tendem a ter sono mais leve do que os demais, o que inclui acordar por diversas vezes durante a noite, de forma espontânea. Esse acordar mais frequente durante o sono é o que permitiria ao cérebro fixar o que estava sendo sonhado, acreditam os cientistas.
Em comparação ao grupo que raramente lembra do que sonhou, esses lembradores frequentes têm o dobro de sensibilidade a estímulos auditivos durante o sono, afirma o estudo.
Lembra mais, sonha mais:
Os pesquisadores acreditam também que quem lembra mais do que sonhou talvez consiga fazer isso porque também sonha mais do que quem não costuma memorizar sonhos.
"Nosso estudo sugere que lembradores recorrentes e esporádicos de sonhos diferem em sua memorização, mas não exclui a possibilidade de que talvez também tenham níveis de produção de sonhos diferentes", diz o texto da pesquisa.
"Exatamente por isso, é possível que os lembradores recorrentes de sonhos produzam um montante maior deles durante o sono do que o fazem os lembradores esporádicos", finaliza.
Bem, se eu sonho não me lembro. E prefiro acreditar que minha mente não está rodando nenhum filme com script improvisado enquanto durmo... Acho que é até bom para o meu dia-dia o fato de não sonhar. - Assim espero. -
Mas, e você?
3 da manhã e me bate uma curiosidade sobre sonhos.
Spoiler :
Algumas pessoas sonham intensamente - muitas vezes por noite - e, em geral, só conseguem lembrar dos sonhos que ocorreram mais próximos da hora do despertar, pela manhã. Outras vezes um sonho é tão vívido, tão impressionante, que fica com a pessoa o dia todo. Em diversos momentos ela se vê relembrando cenas e sensações do sonho que a invadem como uma criança, lhe cutucando a pedir algo. Alguns sonhos até persistem por um longo tempo. Eu mesma lembro da cena completa de um único sonho que tive aos cinco anos de idade e que até hoje é vívido em minha memória. Mas e quem não consegue lembrar-se dos próprios sonhos?Algumas pessoas afirmam que não sonham. Outras que jamais ou raramente se lembram de seus sonhos. E há, ainda, os que sonham, lembram-se do sonho ao acordar, mas o esquecem ao longo do dia. Vale lembrar que quando o sonho não recebe a devida atenção, ele se esvai na memória.
Todo mundo sonha?:
Spoiler :
Primeiramente, é praticamente impossível um ser humano saudável não sonhar. É possível, sim, que haja certa constipação de sonhos, ou seja, pessoas que sonham realmente pouco. Em geral, isso estará atrelado a algumas situações específicas, como idade muito avançada, algum tipo de transtorno mental ou trauma que tenha afetado as regiões do cérebro envolvidas organicamente na produção onírica.Obviamente que em casos de severos traumatismos ou comas profundos ainda é impossível afirmar que tais pacientes sonhem. Porém, o mais comum é que a pessoa simplesmente não se interesse por estabelecer nenhum tipo de contato com seus sonhos, por julgar banalidade, algo sem importância e que nada diz sobre ela e seu mundo mais interior. Nesse caso, o sonhador encara essa situação como uma realidade distante, porém isso não a torna irrelevante ou inexistente.
A verdade é que esta atitude do homem moderno para com seu próprio inconsciente, especialmente em relação aos sonhos, é a causa principal da sintomatologia neurótica - que se caracteriza por um conflito entre o que a pessoa é e o que aprendeu a ser socialmente. A incompatibilidade entre as expectativas familiares, sociais, culturais e profissionais, além das exigências da alma, gera esse tipo de sintoma. A falta de conexão com o mundo interior priva o homem moderno de se guiar adequadamente no mundo exterior.
Frequentemente observamos pessoas que não vivem a vida que gostariam de viver, não estão no casamento em que gostariam de estar, não trabalham no que gostariam de trabalhar, não se divertem da forma que desejam, não passam tempo com seus filhos tanto quanto gostariam, enfim, fazem exatamente tudo o que suas almas não querem. Provavelmente sonham com tais situações, mas o fato de não saberem interpretá-las, não buscarem um analista para ajudá-las a entender, ou realmente não se interessarem em absoluto pelo que suas almas lhes comunicam, acabam padecendo de fortes sintomas neuróticos - que são, em geral, padrões repetitivos e quase sempre geram resultados negativos na vida da pessoa.
Nesses casos, há uma dissonância entre o mundo interior e o mundo exterior. Por essa razão, é trabalho do terapeuta ajudar o paciente a equalizar essa relação. Por exemplo: uma mulher cuja mãe sempre a criticou e que possui - de maneira repetitiva em diversos setores de sua vida - forte autocrítica e nunca se julga boa o suficiente. Isso acaba por boicotar suas possibilidades de sucesso e, por conta do "padrão neurótico", fica impedida de realizar todo seu potencial.
O texto acima não é de minha autoria, até porquê eu sou muito preguiçoso para digitar algo tão grande. Mas creio que possa agregar ao que o tópico propõe e o acrescentei no post.
Aqui a fonte: http://www.personare.com.br/nao-consegue-lembrar-o-que-sonhou-m3235
O que um estudo têm a dizer sobre isso?:
Spoiler :
Quando o assunto é sonhar, cientistas acreditam que nós, humanos, nos dividimos em dois grupos: os que se lembram do que sonharam ao acordar, e os que raramente se lembram do que sonharam enquanto dormiam.Agora, um novo estudo sugere uma razão para isso. Conduzido por pesquisadores do Centro de Pesquisas Neurocientíficas de Lyon, na França, e publicado no periódico Neuropsychopharmacology, ele analisou o sono de 41 participantes que passaram por tomografias para avaliar sua atividade cerebral.
Desse total de participantes, 21 foram classificados como "lembradores recorrentes de sonhos", porque conseguiam memorizar o teor do que sonhavam em, em média, 5,2 noites por semana.
Os 20 participantes restantes foram agrupados como "lembradores esporádicos de sonhos", sendo capazes de relatar seus sonhos apenas duas vezes a cada mês.
Um monitoramento da atividade cerebral dos participantes permitiu aos cientistas notar que entre os que se lembravam frequentemente de seus sonhos havia um alto e espontâneo funcionamento nas regiões cerebrais do córtex medial prefrontal e da junção temporal parietal.
Esse funcionamento cerebral mais preponderante nos "lembradores recorrentes" é o que permite a suas mentes fixar o conteúdo dos sonhos na memória.
Uma característica observada pelos pesquisadores nesse grupo de participantes é a de que eles tendem a ter sono mais leve do que os demais, o que inclui acordar por diversas vezes durante a noite, de forma espontânea. Esse acordar mais frequente durante o sono é o que permitiria ao cérebro fixar o que estava sendo sonhado, acreditam os cientistas.
Em comparação ao grupo que raramente lembra do que sonhou, esses lembradores frequentes têm o dobro de sensibilidade a estímulos auditivos durante o sono, afirma o estudo.
Lembra mais, sonha mais:
Os pesquisadores acreditam também que quem lembra mais do que sonhou talvez consiga fazer isso porque também sonha mais do que quem não costuma memorizar sonhos.
"Nosso estudo sugere que lembradores recorrentes e esporádicos de sonhos diferem em sua memorização, mas não exclui a possibilidade de que talvez também tenham níveis de produção de sonhos diferentes", diz o texto da pesquisa.
"Exatamente por isso, é possível que os lembradores recorrentes de sonhos produzam um montante maior deles durante o sono do que o fazem os lembradores esporádicos", finaliza.
Novamente, o texto não é de minha autoria e aqui está a fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/03/14/estudo-explica-por-que-ha-quem-nao-se-lembre-do-que-sonha.htm
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Bem, se eu sonho não me lembro. E prefiro acreditar que minha mente não está rodando nenhum filme com script improvisado enquanto durmo... Acho que é até bom para o meu dia-dia o fato de não sonhar. - Assim espero. -
Mas, e você?
- Se lembra de sonhar com algo?
- São constantes?
- Já sonhou com algo/alguém do fórum?
- Deseja compartilhar algo sobre o assunto conosco?
3 da manhã e me bate uma curiosidade sobre sonhos.