David Waltter, uma história de Lucas Lima Gonzalez.
Nesta história fictícia, eu conto não só sobre David Waltter más também um pouco sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre minha vida, ou o que eu queria para mim más claro que não aconteceu (talvez aconteça, é só querer). Nosso mundo real não permite ficções, temos apenas nossas imaginações que viajam para muito distante do consciente.
Eu produzi esta história para mostrar o que penso, e lógico, sempre estar informalmente dizendo sobre mim, ou seja, estarei dentro da história sem que percebam. Talvez eu crie uma personagem para me enturmar melhor, más continuando... ah! Acompanhem os capítulos!
Capítulo um: Medo
Nesta história fictícia, eu conto não só sobre David Waltter más também um pouco sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre minha vida, ou o que eu queria para mim más claro que não aconteceu (talvez aconteça, é só querer). Nosso mundo real não permite ficções, temos apenas nossas imaginações que viajam para muito distante do consciente.
Eu produzi esta história para mostrar o que penso, e lógico, sempre estar informalmente dizendo sobre mim, ou seja, estarei dentro da história sem que percebam. Talvez eu crie uma personagem para me enturmar melhor, más continuando... ah! Acompanhem os capítulos!
Capítulo um: Medo
Spoiler :
Aquele final de tarde mais calorento do verão inteiro deixou todas as crianças do parque “Lago verde” soadas e cansadas de tanto brincar de bola, pião, esconde-esconde, pega-pega, roda-roda, dentre outras. A vontade de ir curtir com as outras crianças o pôr-do-sol era tanta, más o ‘garoto da janela branca’ não tinha essa permissão. Seus pais, Leonardo Waltter e Tammara Waltter, tinham medo de deixar o único filho da família ir brincar na praça principal com estranhos. O motivo? Os senhores Waltters foram criados isolados do mundo numa pequena cidade no outro lado do país. Portugal teve uma enorme mudança depois que os Waltters Bitencourt, foram presos. Eles raptavam crianças com idades próximas a cinco à doze anos para escravizá-las. Principalmente com crianças da família. Tammara Waltter era filha do “chefe” da família, Fred Waltter. Más graças a Deus, hoje ele está pagando seus pegados. Tammara conheceu seu par na época, más antes do primeiro beijo, teve muitas brigas, discussões dentre outras que não vêm ao caso. Então, é por isso que tinham tanto medo, medo de alguém raptar David, e levá-lo embora para fazer o mesmo que os acontecera na infância.
Para os Waltters isso era comum, pois nunca fizeram diferente. Então, David não conhecia o tão conhecido ‘espaço’.
A lua cheia iluminava o céu estrelado, David acabara de fechar a janela de seu quarto e ligar o ventilador para poder ir dormir. A luz do banheiro como todas às vezes acesa, é apagada pela Sra.Waltter, que passara mal e sentiu-se incomodada com aquela claridade da luz fluorescente do banheiro. As horas passam, e David ainda não havia adormecido. O calor era insuportável, ainda mais no seu quarto debaixo do salão de festas, que tinha uma lareira, e uma fogueira acesas todos os finais de semana. David decide aumentar a potência de seu ventilador azul escuro, e com muito cuidado para não fazer barulho. A escuridão já não dava mais medo em David, apesar de ter dez anos apenas, havia perdido o medo do escuro aos seis, quando seus pais foram para a Igreja numa outra cidade à noite, e como estava trovejando muito, a energia acabara em instantes depois da saída dos senhores Waltters. Aquele frio na barriga, o suor, tudo o que trazia o medo, a insegurança atingia David atentamente e apavoradamente, e em poucos minutos se ouve um soado na porta de seu quarto. Todas as janelas e portas estavam fechadas, então, só podia vir do quarto mesmo. David chega na porta e pergunta:
-Tem alguém aí?
David ouve novamente o soado, e resolve correr para fora de casa, más a porta estava trancada, como sempre. O soado é ouvido umas três vezes mais, então como o telefone estava cortado, David não podia ligar para a polícia, se bem que, nem ao menos conhecia o número. Ele então decide pegar a lanterna de acampamento nos fundos e abrir a porta para ver quem estava lá, ou o que se passava. Más o medo era enorme, e David mesmo com uma vassoura de cabo de ferro nas mãos, quase caindo por conta do peso, não conseguia abrir a porta. Novamente o soado, só que desta vez, uma pouco mais grave e tenso. O que fez David correr para cima, e se esconder no canto perto da janela principal do salão de festas. Um instante de silêncio, um medo, e mais um soado. David já não agüentava mais, então, decide acabar com tudo isso e com seus objetos de defesa e ataque abre a porta. Um instante de silêncio, um medo, um novo soado. Mesmo com a luz da lanterna bem acesa, David ainda não enxergava nada, então decide acender a luz do quarto para ficar melhor e tudo mais visível. A luz é acesa, um instante de silêncio, um medo, um soado. David dessa vez é mais esperto, observa tudo em volta e nada. Um instante de silêncio, um medo, um soado. Novamente David observa, e nada. Logo ele percebe, a janela estava aberta, era uma corrente de ar forte, um erro de sua mãe, o qual nunca havia ocorrido. Um silêncio profundo, e dessa vez, David fecha a janela e o soado não voltou a incomodar mais. /
Tudo apagado, os Srs. Waltters dormindo, e David aumentando a potência do ventilador. Uma surpresa, a luz fluorescente do banheiro é acesa. “Será que mamãe está acordada? Acho melhor ir ver, ela pode estar precisando de mim” - pensa David querendo o melhor de sua mamãe.
Passo a passo pequenos e curtos, são dados por David até a porta de seu quarto. Como ela já estava aberta não foi difícil chegar até a porta do banheiro sem fazer barulhos, ou rugidos. Com muito cuidado ele tenta observar, ver quem estava lá se era realmente sua mãe. Quando era visto o alto de seu crânio surgir diante da escuridão do corredor querendo ver o banheiro, um descuido de David com o pé esquerdo: ele o bate na parede sem querer, provocando um barulho profundo no silêncio do corredor. David volta sua cabeça para traz com uma cara de medo. Lá do quarto de seus pais se ouve um barulho: “Creeck”, era o barulho comum da cama casal dos Srs. Waltters, que estava um pouco ‘velha’. David decide correr para seu quarto com mais medo, más é surpreendido por sua mãe com a mão em seus ombros trêmulos.
-Mamãe?! –pergunta David com uma cara apavorada.
Sua mãe responde já iniciando uma pergunta:
-David, o que faz acordado a essa hora da madrugada?
-Mamãe, eu vi a senhora no banheiro, e achei que estivesse precisando de ajuda, já que está passando mal.
-Más eu já melhorei com aquele remédio caseiro que seu pai me preparou, como ele sempre faz. –A Sra. Waltter olha torto assustada e continua com uma afirmação surpreendente.
-Eu não acendi a luz do banheiro, estava dormindo e vim ver o que estava fazendo com essa luz forte ‘batendo’ no meu quarto.
David suga bastante ar de medo e continua:
-Mamãe, para mim, a senhora que estava no banheiro.
A Sra. Waltter se vira dizendo, “-Apague essa luz e vá dormir”. Em instantes ela entra em seu quarto e novamente se ouve aquele barulho irritante da cama “Creeck”.
David com muito medo de quem poderia ter acendido aquela luz vai devagar para a porta do banheiro novamente. Desde seus seis anos, David não sentia esse medo apavorante. Más quem poderia ser? Seus pais estavam dormindo, e não havia mais ninguém em casa, ao menos que a porta, ou uma das muitas janelas estivesse aberta para a possível entrada de um ladrão. “Um ladrão?” - pensa David com muito mais medo.
Uma sombra no banheiro! David sai correndo para seu quarto fazendo muito barulho. Seus pais acordam preocupados e quando eles saem do quarto a sombra já havia sumido. Eles batem na porta, más para David aquelas batidas eram da sombra querendo devorá-lo.
-Saia daqui, eu sou só uma criança! –grita David quase chorando no canto de seu quarto.
-Acalme-se amor, é a mamãe e o papai. –diz a Sra. Waltter tentando acalmar David.
O Sr. Waltter também tenta fazer o mesmo:
-Filho, abre a porta, não tem mais ninguém além de nós.
Com um lenço branco enxugando as lágrimas, David abre a porta devagar.
-Que barulho foi aquele, e por que está chorando? –pergunta a Sra.Waltter parecendo estar muito preocupada.
O Sr. Waltter repete o que sua esposa disse só que com mais calma:
-Filho, responde ‘pro’ seu pai o motivo daquele barulho, e logo me responda, por que está chorando?
David explica tudo o que havia acontecido com seus pais, e os Srs. Waltters, como sempre faziam, olhavam um para a cara do outro querendo dizer: “coisas de criança”.
-David, não há ninguém por aqui, pode ir dormir agora com mais calma. –diz Tammara.
-A senhora promete? –pergunta David ainda com dúvidas.
-Prometemos! –respondem os dois.
Hora vai, hora vem ora de um lado, ora de outro. Isso repetidamente durante toda a noite em claro. David se levanta ao ver o sol raiar, e com orelhas. David não havia conseguido dormir com medo daquela sombra no banheiro. Lá debaixo se ouve um grito:
-David! Venha tomar seu café-da-manhã, vai esfriar. –era a Sra. Waltter já acordada, e chamando David para o café-da-manhã delicioso como sempre.
David desce as escadas com aqueles olhos caídos e roxos.
-David, meu querido, você não dormiu? –pergunta Tammara com muito carinho pelo seu filho.
-Não mãe, é que eu bati meus olhos. –responde David querendo desviar o assunto. –O que tem para o café-da-manhã?
-Hoje tem Hambúrguer com picles e muita batata frita com molho de tomate em cima da salada de alface.
-Hummm! –David parece estar se deliciando.
Logo depois do café-da-manhã, ele se troca, escova seus dentes, arruma seu material escolar e parte para a escola depois de seu ‘beijinho’ de sempre da mamãe.
-Tchau David! –grita a Sra. Waltter da sacada acenando para ele que já estava entrando dentro do ônibus escolar.
David parecia muito mais calmo. Depois de uma longa noite, talvez esteja melhor após um bom café-da-manhã.
Para os Waltters isso era comum, pois nunca fizeram diferente. Então, David não conhecia o tão conhecido ‘espaço’.
A lua cheia iluminava o céu estrelado, David acabara de fechar a janela de seu quarto e ligar o ventilador para poder ir dormir. A luz do banheiro como todas às vezes acesa, é apagada pela Sra.Waltter, que passara mal e sentiu-se incomodada com aquela claridade da luz fluorescente do banheiro. As horas passam, e David ainda não havia adormecido. O calor era insuportável, ainda mais no seu quarto debaixo do salão de festas, que tinha uma lareira, e uma fogueira acesas todos os finais de semana. David decide aumentar a potência de seu ventilador azul escuro, e com muito cuidado para não fazer barulho. A escuridão já não dava mais medo em David, apesar de ter dez anos apenas, havia perdido o medo do escuro aos seis, quando seus pais foram para a Igreja numa outra cidade à noite, e como estava trovejando muito, a energia acabara em instantes depois da saída dos senhores Waltters. Aquele frio na barriga, o suor, tudo o que trazia o medo, a insegurança atingia David atentamente e apavoradamente, e em poucos minutos se ouve um soado na porta de seu quarto. Todas as janelas e portas estavam fechadas, então, só podia vir do quarto mesmo. David chega na porta e pergunta:
-Tem alguém aí?
David ouve novamente o soado, e resolve correr para fora de casa, más a porta estava trancada, como sempre. O soado é ouvido umas três vezes mais, então como o telefone estava cortado, David não podia ligar para a polícia, se bem que, nem ao menos conhecia o número. Ele então decide pegar a lanterna de acampamento nos fundos e abrir a porta para ver quem estava lá, ou o que se passava. Más o medo era enorme, e David mesmo com uma vassoura de cabo de ferro nas mãos, quase caindo por conta do peso, não conseguia abrir a porta. Novamente o soado, só que desta vez, uma pouco mais grave e tenso. O que fez David correr para cima, e se esconder no canto perto da janela principal do salão de festas. Um instante de silêncio, um medo, e mais um soado. David já não agüentava mais, então, decide acabar com tudo isso e com seus objetos de defesa e ataque abre a porta. Um instante de silêncio, um medo, um novo soado. Mesmo com a luz da lanterna bem acesa, David ainda não enxergava nada, então decide acender a luz do quarto para ficar melhor e tudo mais visível. A luz é acesa, um instante de silêncio, um medo, um soado. David dessa vez é mais esperto, observa tudo em volta e nada. Um instante de silêncio, um medo, um soado. Novamente David observa, e nada. Logo ele percebe, a janela estava aberta, era uma corrente de ar forte, um erro de sua mãe, o qual nunca havia ocorrido. Um silêncio profundo, e dessa vez, David fecha a janela e o soado não voltou a incomodar mais. /
Tudo apagado, os Srs. Waltters dormindo, e David aumentando a potência do ventilador. Uma surpresa, a luz fluorescente do banheiro é acesa. “Será que mamãe está acordada? Acho melhor ir ver, ela pode estar precisando de mim” - pensa David querendo o melhor de sua mamãe.
Passo a passo pequenos e curtos, são dados por David até a porta de seu quarto. Como ela já estava aberta não foi difícil chegar até a porta do banheiro sem fazer barulhos, ou rugidos. Com muito cuidado ele tenta observar, ver quem estava lá se era realmente sua mãe. Quando era visto o alto de seu crânio surgir diante da escuridão do corredor querendo ver o banheiro, um descuido de David com o pé esquerdo: ele o bate na parede sem querer, provocando um barulho profundo no silêncio do corredor. David volta sua cabeça para traz com uma cara de medo. Lá do quarto de seus pais se ouve um barulho: “Creeck”, era o barulho comum da cama casal dos Srs. Waltters, que estava um pouco ‘velha’. David decide correr para seu quarto com mais medo, más é surpreendido por sua mãe com a mão em seus ombros trêmulos.
-Mamãe?! –pergunta David com uma cara apavorada.
Sua mãe responde já iniciando uma pergunta:
-David, o que faz acordado a essa hora da madrugada?
-Mamãe, eu vi a senhora no banheiro, e achei que estivesse precisando de ajuda, já que está passando mal.
-Más eu já melhorei com aquele remédio caseiro que seu pai me preparou, como ele sempre faz. –A Sra. Waltter olha torto assustada e continua com uma afirmação surpreendente.
-Eu não acendi a luz do banheiro, estava dormindo e vim ver o que estava fazendo com essa luz forte ‘batendo’ no meu quarto.
David suga bastante ar de medo e continua:
-Mamãe, para mim, a senhora que estava no banheiro.
A Sra. Waltter se vira dizendo, “-Apague essa luz e vá dormir”. Em instantes ela entra em seu quarto e novamente se ouve aquele barulho irritante da cama “Creeck”.
David com muito medo de quem poderia ter acendido aquela luz vai devagar para a porta do banheiro novamente. Desde seus seis anos, David não sentia esse medo apavorante. Más quem poderia ser? Seus pais estavam dormindo, e não havia mais ninguém em casa, ao menos que a porta, ou uma das muitas janelas estivesse aberta para a possível entrada de um ladrão. “Um ladrão?” - pensa David com muito mais medo.
Uma sombra no banheiro! David sai correndo para seu quarto fazendo muito barulho. Seus pais acordam preocupados e quando eles saem do quarto a sombra já havia sumido. Eles batem na porta, más para David aquelas batidas eram da sombra querendo devorá-lo.
-Saia daqui, eu sou só uma criança! –grita David quase chorando no canto de seu quarto.
-Acalme-se amor, é a mamãe e o papai. –diz a Sra. Waltter tentando acalmar David.
O Sr. Waltter também tenta fazer o mesmo:
-Filho, abre a porta, não tem mais ninguém além de nós.
Com um lenço branco enxugando as lágrimas, David abre a porta devagar.
-Que barulho foi aquele, e por que está chorando? –pergunta a Sra.Waltter parecendo estar muito preocupada.
O Sr. Waltter repete o que sua esposa disse só que com mais calma:
-Filho, responde ‘pro’ seu pai o motivo daquele barulho, e logo me responda, por que está chorando?
David explica tudo o que havia acontecido com seus pais, e os Srs. Waltters, como sempre faziam, olhavam um para a cara do outro querendo dizer: “coisas de criança”.
-David, não há ninguém por aqui, pode ir dormir agora com mais calma. –diz Tammara.
-A senhora promete? –pergunta David ainda com dúvidas.
-Prometemos! –respondem os dois.
Hora vai, hora vem ora de um lado, ora de outro. Isso repetidamente durante toda a noite em claro. David se levanta ao ver o sol raiar, e com orelhas. David não havia conseguido dormir com medo daquela sombra no banheiro. Lá debaixo se ouve um grito:
-David! Venha tomar seu café-da-manhã, vai esfriar. –era a Sra. Waltter já acordada, e chamando David para o café-da-manhã delicioso como sempre.
David desce as escadas com aqueles olhos caídos e roxos.
-David, meu querido, você não dormiu? –pergunta Tammara com muito carinho pelo seu filho.
-Não mãe, é que eu bati meus olhos. –responde David querendo desviar o assunto. –O que tem para o café-da-manhã?
-Hoje tem Hambúrguer com picles e muita batata frita com molho de tomate em cima da salada de alface.
-Hummm! –David parece estar se deliciando.
Logo depois do café-da-manhã, ele se troca, escova seus dentes, arruma seu material escolar e parte para a escola depois de seu ‘beijinho’ de sempre da mamãe.
-Tchau David! –grita a Sra. Waltter da sacada acenando para ele que já estava entrando dentro do ônibus escolar.
David parecia muito mais calmo. Depois de uma longa noite, talvez esteja melhor após um bom café-da-manhã.