O Meu Pé de Laranja Lima
Meu Pé de Laranja Lima ou O Meu Pé de Laranja Lima é um romance juvenil, escrito por José Mauro de Vasconcelos e publicado em 1968. Foi traduzido para 52 línguas e publicado em 19 países, sendo adotado em escolas e, posteriormente, adaptado para o cinema, televisão e teatro.
Autor(es): José Mauro de Vasconcelos.
Idioma: Língua Portuguesa.
País: Brasil.
Género: Romance Juvenil.
Ilustrador: Jayme Cortez.
Arte de capa: João Guilherme.
Editora: Dinapress.
Lançamento: 1968.
Páginas: 193.
Sinopse
O menino Zezé, filho de uma família muito pobre, cria um mundo de fantasia para se refugiar de uma realidade exterior áspera. Assim é que um pé de laranja-lima se torna o seu confidente, a quem conta suas travessuras e dissabores. No hostil mundo adulto ele encontra amparo e afeto em algumas pessoas, sobretudo em Manuel Valadares, o Portuga, uma figura substituta do pai. A vida, porém, lhe ensina tudo cedo demais.Adaptações
Este livro foi adaptado pela primeira vez em 1970, quando um filme dirigido por Aurélio Teixeira foi lançado; três telenovelas baseadas na obra foram criadas: em 1970, exibida pela TV Tupi; em 1980, exibida pela Rede Bandeirantes; e em 1998, de novo exibida pela Rede Bandeirantes. Em 2003, Meu Pé de Laranja Lima foi publicado na Coreia do Sul, em forma de quadrinhos, numa edição com 224 páginas ilustradas. Em 2012, uma nova versão cinematográfica dirigida por Marcos Bernstein foi produzida e exibida durante o Festival do Rio; a estreia foi em 19 de abril de 2013.Índice :
PRIMEIRA PARTE
1º O descobridor das coisas .......................................................... 5
2º Um certo pé de laranja lima ...................................................... 13
3º Os dedos magros da pobreza .................................................... 21
4º O passarinho, a escola e a flor .................................................. 37
5º “Numa cadeia eu hei de verte-te morrer” ................................. 49
SEGUNDA PARTE
1º O morcego................................................................................ 60
2º A conquista .............................................................................. 67
3º Conversa para lá e para cá ....................................................... 75
4º Duas surras memoráveis........................................................... 83
5º Suave e estranho pedido........................................................... 91
6º De pedaço em pedaço é que se faz ternura .............................. 103
7º O Mangaratiba ......................................................................... 108
8º Tantas são as velhas árvores .................................................... 119
9º A confissão final ...................................................................... 121
1º O descobridor das coisas .......................................................... 5
2º Um certo pé de laranja lima ...................................................... 13
3º Os dedos magros da pobreza .................................................... 21
4º O passarinho, a escola e a flor .................................................. 37
5º “Numa cadeia eu hei de verte-te morrer” ................................. 49
SEGUNDA PARTE
1º O morcego................................................................................ 60
2º A conquista .............................................................................. 67
3º Conversa para lá e para cá ....................................................... 75
4º Duas surras memoráveis........................................................... 83
5º Suave e estranho pedido........................................................... 91
6º De pedaço em pedaço é que se faz ternura .............................. 103
7º O Mangaratiba ......................................................................... 108
8º Tantas são as velhas árvores .................................................... 119
9º A confissão final ...................................................................... 121
Nota sobre o Autor :
Com o gaúcho Érico Veríssimo e o baiano Jorge Amado, o carioca José
Mauro de Vasconcelos forma, hoje, o trio exclusivo de escritores brasileiros que
podem viver somente com os direitos autorais de seus livros. Como surgiu e o que
representa esse fenômeno da moderna literatura brasileira?
José Mauro de Vasconcelos nasceu em Bangu, bairro do Rio de Janeiro, a 26
de fevereiro de 1920. Filho de família muito pobre, a ponto de - ainda menino - ter
de viver com uns tios no Rio Grande do Norte, cresceu em Natal. Aos nove anos,
aprendeu a nadar e, com grande prazer, lembra dos seus treinos de natação nas
águas do Potengi, dos seus sonhos de ser campeão. Ainda em Natal, fez dois anos
do curso de Medicina.
Novos sonhos e uma maleta de papelão eram a bagagem do jovem que
voltou ao Rio, num velho cargueiro. O primeiro emprego foi de treinador de pesopena,
quando 100 cruzeiros por luta eram o limite entre uma vida difícil e a fome.
Virou estátua em 1941, no monumento à juventude do jardim do Ministério da
Educação, no Rio. José Mauro era modelo e acabou esculpido por Bruno Giorgi.
De carregador de bananas numa fazenda do litoral do Estado do Rio a
garçom de boate em São Paulo, José Mauro percorreu distâncias e empregos em
quantidade, no aprendizado de vida que parece essencial a certo tipo de escritores.
Outra experiência foi uma bolsa de estudos na Espanha, limitada há uma semana
pelo estudante, que não agüentou a vida acadêmica e preferiu correr a Europa. A
atividade mais importante foi a que exerceu junto aos irmãos Villas-Boas, varando
rios em plena região do Araguaia, conhecendo o ambiente hostil e lutando pelos
índios.
Estava amadurecido o homem José Mauro. O resultado disso foi seu livro de
estréia, “Banana Brava”, de 1942. Nele, reflete o mundo dos homens sem piedade
dos garimpos onde viceja e jamais frutifica a Banana Brava; o livro simplesmente
não aconteceu na época, apesar de algumas críticas favoráveis.
Depois veio “Barro Blanco”, em 1945.
Essa estória das salinas de Macau, no Rio Grande do Norte, conseguiu para
José Mauro um grande sucesso de crítica. O livro seguinte foi “.. Longe da Terra”
(1949), marcando a volta do escritor ao sertão (“Difícil encontrarmos um livro que
nos ofereça de maneira tão natural à embriaguez da terra”, disse o crítico Herculano
Pires). Depois de “Vazante” (1951), vieram “Arara Vermelha” (1953) e “Arraia de
Fogo” (1955). Para escrever o livro de 1953, percorreu cerca de 250 léguas no
sertão bruto. “Rosinha, Minha Canoa”, de 1962, marcou o primeiro sucesso da
123
literatura de José Mauro. Hoje está em 21.a edição e recebeu elogios como o de
Abdias Lima:
A narrativa, com sua trama que corre como um rio, sem truques e artifícios
literários, as personagens, com sua dialogação típica, fazem de "Rosinha, Minha
Canoa”, uma grande estória nacional.
A imprensa já procurava o escritor em ascensão e perguntava sobre suas
preferências literárias (Graciliano, Zé Lins do Rego), sobre seu modo de escrever
Escrevo meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando
idéias.
Escrevo tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e depois é que releio o que
escrevi. Escrevo a qualquer hora, de dia ou de noite. Quando estou escrevendo
entro em transe. Só paro de bater nas teclas da máquina quando os dedos doem. Só
aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz de varar dias escrevendo até a
exaustão. “Doidão” (1963) conta a adolescência do escritor em Natal, claro que de
forma romanceada, “0 Garanhão das Praias” (1964), com sua ação altamente
dramática, é bem diferente de “Coração de Vidro” (1964), um livro de fábulas em
que os animais ganham dimensão humana e lírica. De 1966 é “As Confissões de
Frei Abóbora”, obra que antecedeu o grande sucesso do escritor, “O Meu Pé de
Laranja Lima”. “O Meu Pé de Laranja Lima” saiu em doze dias.
“Porém estava dentro de mim há anos, há vinte anos”, diz José Mauro. E o
livro, publicado em 1968, conquistou os leitores brasileiros, do Amazonas ao Rio
Grande do Sul, quebrando todos os recordes de vendagem. Hoje, está na 221ª
edição, com cerca de meio milhão de exemplares vendidos.
A crítica também se entusiasmou com a obra e não faltaram elogios:
“Qualquer pessoa de sensibilidade que leia esse livro de José Mauro se projeta na
figurinha de Zezé. . . -”.
Ivone Borges Botelho; “Recomendo a todos a leitura de “O Meu Pé de
Laranja Lima” e dos outros romances de José Mauro de Vasconcelos, cuja obra
está exigindo estudos mais longos, pois é um dos bons narradores que o Brasil já
teve em qualquer tempo” Antônio Olinto; “O Meu Pé de Laranja Lima” é um
documentário social e um estudo psicológico - que soa como uma canção, onde há
intensa realidade e, por isso mesmo, ternura e amor “ Euclides Marques Andrade”.
Dizia o escritor, na época: “Tenho um público que vai dos 6 aos 93 anos.
Não só aqui no Rio ou em São Paulo, mas em todo o Brasil. Meu livro “Rosinha,
Minha Canoa” é utilizado em curso de Português na Sorbonne, em Paris.
As traduções no estrangeiro se multiplicaram. “O Meu Pé de Laranja Lima”
saiu na Áustria, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Itália, Holanda e
França, “Barro Blanco” tem edições húngara e alemã.”Arara Vermelha” foi
publicado na Áustria e na Alemanha e o será brevemente na Holanda. Em preparo,
a edição de “Arraia de Fogo” na Hungria.
Mauro de Vasconcelos forma, hoje, o trio exclusivo de escritores brasileiros que
podem viver somente com os direitos autorais de seus livros. Como surgiu e o que
representa esse fenômeno da moderna literatura brasileira?
José Mauro de Vasconcelos nasceu em Bangu, bairro do Rio de Janeiro, a 26
de fevereiro de 1920. Filho de família muito pobre, a ponto de - ainda menino - ter
de viver com uns tios no Rio Grande do Norte, cresceu em Natal. Aos nove anos,
aprendeu a nadar e, com grande prazer, lembra dos seus treinos de natação nas
águas do Potengi, dos seus sonhos de ser campeão. Ainda em Natal, fez dois anos
do curso de Medicina.
Novos sonhos e uma maleta de papelão eram a bagagem do jovem que
voltou ao Rio, num velho cargueiro. O primeiro emprego foi de treinador de pesopena,
quando 100 cruzeiros por luta eram o limite entre uma vida difícil e a fome.
Virou estátua em 1941, no monumento à juventude do jardim do Ministério da
Educação, no Rio. José Mauro era modelo e acabou esculpido por Bruno Giorgi.
De carregador de bananas numa fazenda do litoral do Estado do Rio a
garçom de boate em São Paulo, José Mauro percorreu distâncias e empregos em
quantidade, no aprendizado de vida que parece essencial a certo tipo de escritores.
Outra experiência foi uma bolsa de estudos na Espanha, limitada há uma semana
pelo estudante, que não agüentou a vida acadêmica e preferiu correr a Europa. A
atividade mais importante foi a que exerceu junto aos irmãos Villas-Boas, varando
rios em plena região do Araguaia, conhecendo o ambiente hostil e lutando pelos
índios.
Estava amadurecido o homem José Mauro. O resultado disso foi seu livro de
estréia, “Banana Brava”, de 1942. Nele, reflete o mundo dos homens sem piedade
dos garimpos onde viceja e jamais frutifica a Banana Brava; o livro simplesmente
não aconteceu na época, apesar de algumas críticas favoráveis.
Depois veio “Barro Blanco”, em 1945.
Essa estória das salinas de Macau, no Rio Grande do Norte, conseguiu para
José Mauro um grande sucesso de crítica. O livro seguinte foi “.. Longe da Terra”
(1949), marcando a volta do escritor ao sertão (“Difícil encontrarmos um livro que
nos ofereça de maneira tão natural à embriaguez da terra”, disse o crítico Herculano
Pires). Depois de “Vazante” (1951), vieram “Arara Vermelha” (1953) e “Arraia de
Fogo” (1955). Para escrever o livro de 1953, percorreu cerca de 250 léguas no
sertão bruto. “Rosinha, Minha Canoa”, de 1962, marcou o primeiro sucesso da
123
literatura de José Mauro. Hoje está em 21.a edição e recebeu elogios como o de
Abdias Lima:
A narrativa, com sua trama que corre como um rio, sem truques e artifícios
literários, as personagens, com sua dialogação típica, fazem de "Rosinha, Minha
Canoa”, uma grande estória nacional.
A imprensa já procurava o escritor em ascensão e perguntava sobre suas
preferências literárias (Graciliano, Zé Lins do Rego), sobre seu modo de escrever
Escrevo meus livros em poucos dias. Mas em compensação passo anos ruminando
idéias.
Escrevo tudo a máquina. Faço um capítulo inteiro e depois é que releio o que
escrevi. Escrevo a qualquer hora, de dia ou de noite. Quando estou escrevendo
entro em transe. Só paro de bater nas teclas da máquina quando os dedos doem. Só
aí percebo quanto trabalhei. Sou um cara capaz de varar dias escrevendo até a
exaustão. “Doidão” (1963) conta a adolescência do escritor em Natal, claro que de
forma romanceada, “0 Garanhão das Praias” (1964), com sua ação altamente
dramática, é bem diferente de “Coração de Vidro” (1964), um livro de fábulas em
que os animais ganham dimensão humana e lírica. De 1966 é “As Confissões de
Frei Abóbora”, obra que antecedeu o grande sucesso do escritor, “O Meu Pé de
Laranja Lima”. “O Meu Pé de Laranja Lima” saiu em doze dias.
“Porém estava dentro de mim há anos, há vinte anos”, diz José Mauro. E o
livro, publicado em 1968, conquistou os leitores brasileiros, do Amazonas ao Rio
Grande do Sul, quebrando todos os recordes de vendagem. Hoje, está na 221ª
edição, com cerca de meio milhão de exemplares vendidos.
A crítica também se entusiasmou com a obra e não faltaram elogios:
“Qualquer pessoa de sensibilidade que leia esse livro de José Mauro se projeta na
figurinha de Zezé. . . -”.
Ivone Borges Botelho; “Recomendo a todos a leitura de “O Meu Pé de
Laranja Lima” e dos outros romances de José Mauro de Vasconcelos, cuja obra
está exigindo estudos mais longos, pois é um dos bons narradores que o Brasil já
teve em qualquer tempo” Antônio Olinto; “O Meu Pé de Laranja Lima” é um
documentário social e um estudo psicológico - que soa como uma canção, onde há
intensa realidade e, por isso mesmo, ternura e amor “ Euclides Marques Andrade”.
Dizia o escritor, na época: “Tenho um público que vai dos 6 aos 93 anos.
Não só aqui no Rio ou em São Paulo, mas em todo o Brasil. Meu livro “Rosinha,
Minha Canoa” é utilizado em curso de Português na Sorbonne, em Paris.
As traduções no estrangeiro se multiplicaram. “O Meu Pé de Laranja Lima”
saiu na Áustria, Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra, Argentina, Itália, Holanda e
França, “Barro Blanco” tem edições húngara e alemã.”Arara Vermelha” foi
publicado na Áustria e na Alemanha e o será brevemente na Holanda. Em preparo,
a edição de “Arraia de Fogo” na Hungria.
Comentário
Simplesmente o melhor livro que já li (li ele 3 vezes). O livro conta uma história triste, divertida e realista, tudo o que precisa para uma fazer um bom livro. O Meu pé de laranja lima, conta a história de um menino de 6 anos com uma infância não muito agradável, esse menino (Zezé) é um garoto muito teimoso e travesso, ele ainda era criança, no entanto a sua família o tratava como adulto, e poucas pessoas gostavam dele, o menino certo dia encontrou um homem que se tornou o seu amigo (Portuga), Portuga era um homem rico e bom que fez o papel de pai para Zezé, agora quer saber o que aconteceu depois? Leia o livro! Uma história emocionante! Gostaria de lembrar também que Zezé apanhava muito, apanhava sem saber porque estava apanhando, e também o menino tinha um irmão mais novo chamado Luís que ele amava e cuidava tanto. Vou contar um acontecimento no livro que me marcou muito, certo dia, o pai de Zezé avisou-o para não aprender a música que um certo homem cantava, só que Zezé era teimoso, aprendeu e se viciou nela, Zezé já esquecido do aviso de seu pai, foi cantar para ele, e o pai na ironia, cante de novo, aí Zezé inocentemente cantava e apanhava, e repetiu-se isso muitas vezes, o pai mandava Zezé cantar, Zezé cantava e o pai picava o pau em Zezé, isso só parou quando um familiar (acho que a mãe), fez o pai parar de bater e depois caiu o peso na consciência dele (do pai), na minha opinião uma das partes mais marcantes do livro, não vou contar a mais pois é a parte principal do livro que dificilmente as pessoas não choram (Eu chorei? Caiu uma lágriminhas apenas...
Site para lê, baixar ou imprimir livro completo: http://www.jfpb.jus.br/arquivos/biblioteca/e-books/meu_pe_de_laranja_lima.pdf
Última edição por Rinko em 3/12/2016, 17:06, editado 2 vez(es)