"Aqui vai algo que aprendi sobre as pessoas: nós pensamos que conhecemos alguém, mas a verdade é que só conhecemos a versão que elas decidem nos mostrar. Nós conhecemos nosso amigo de uma maneira, mas não o conhecemos do jeito que seu amor o conhece. Da mesma forma que o amor dele nunca vai conhecê-lo do mesmo jeito que você o conhece como amigo. Sua mãe o conhece de uma maneira diferente de seu colega de quarto, que o conhece de uma forma diferente de seu colega de trabalho. Seu admirador secreto o olha e vê um pôr do sol elaborado de brilhantes cores, dimensão e espírito impagável. Apesar disso, um estranho vai passar por você e ver um membro sem rosto na multidão, nada além. Nós vamos ouvir rumores sobre uma pessoa e acreditar que essas coisas são a verdade. Nós vamos encontrar essa pessoa algum dia e nos sentirmos insensatos por acreditar em fofoca sem fundamento.
O ponto é que, apesar de nossa necessidade de simplificar e generalizar absolutamente tudo e todos nessa vida, humanos são intrinsecamente impossíveis de simplificar. Nunca somos apenas bons ou maus. Somos um mosaico de nossas piores e melhores versões, nossos segredos mais profundos e nossas histórias favoritas para contar em um jantar, existindo alguém entre nossa foto de perfil iluminada e nossa foto da carteira de motorista. Todos somos uma mistura de egoísmo e generosidade, lealdade e autopreservação, pragmastismo e impulsividade..."