Não existe problema na criação de projetos sociais, existe problema no gerenciamentos deles.
É um custo governamental que precisa ser pago com dinheiro público. Então se o estado não tem ''reservas'' para gastar, ele imprime mais moeda, segura o câmbio, gasta bastante e depois joga a conta para o outro presidente. Ou melhor, ''presidenta''.
Todo político visa sua permanência no poder e para isso precisa de apoio de diferentes segmentos sociais. Não acho que o termo ''voto de cabresto'' no seu sentido mais amplo possa ser devidamente usado, mas no geral, são práticas assistencialistas que visam sim um ''fetiche popular''.
Em tempos de crise eu concordo que a geração de mais empregos movimentaria mais a economia e diminuiria os riscos de um desemprego em massa.
Alias, eu partilho da ideia de que o dinheiro público arrecadado por meios de tributos básicos como água, energia , entre outros, deva ser investido diretamente em setores primários como saúde, educação e geração de empregos.
Com o dinheiro da privatização de estatais deficitárias ou improdutivas ( e os impostos arrecadados dessas), poderia ser convertido em outros projetos sociais, como auxílio aos setores primários que não foram devidamente atendidos.
O programa ''Minha Casa, minha vida'' por exemplo seria um complemento do projeto de geração de empregos, no intuito de auxiliar aqueles que ainda não conseguiram se beneficiar desses empregos.
Afinal, é bonito pensar em todos trabalhando, mas ao se analisar o custo benefício de um salário mínimo, fica evidente que emprego não é a única solução necessária.
Assim, os projetos sociais continuariam a ser aplicados proveniente de outras verbas, enquanto os recursos básicos seriam aplicados sem serem prejudicados. E com riscos muito menores de uma grave crise econômica, como está ocorrendo agora.