Considere isto: todo o nosso conhecimento acaba sendo parte de uma parcialidade. Pois se tivéssemos uma compreensão completa a respeito de algum assunto, entenderíamos todos os seus "relacionamentos" — teríamos alcançado a filosofia e a ciência perfeitas. Quando estudamos sobre algo, só podemos chegar a entender totalmente essa compreensão parcial e, posteriormente, fazer novos estudos adicionais para criar novas informações sobre determinada questão. Isso mitiga a nossa ignorância, mas nunca a resolve.
À medida que estudamos, podemos escolher entre se especializar ou estudar amplamente. Se nos especializamos sacrificamos a compreensão de um bocado de coisas para ter uma boa compreensão de uma compreensão parcial. Se estudamos amplamente nunca alcançamos uma boa compreensão, mas uma compreensão parcial de muitos entendimentos parciais. E então nós morremos.
À medida que estudamos, encontramos barreiras. Se uma barreira pode ou não ser cruzada é desconhecida — às vezes elas podem e às vezes elas parecem barreiras absolutas. Essas "barreiras observacionais" (como o princípio da incerteza de Heisenberg) podem ou não ser absolutas, mas há uma possibilidade muito real de que existam barreiras observacionais absolutas.
But... O desconhecido é desconhecido; a totalidade do desconhecido é incognoscível porque só pode ser analisada com métodos conhecidos. Podemos destruir sua armadura, mas nunca poderemos saber que removemos toda a armadura. Claro que poderíamos no futuro chegar a um conhecimento completo por meio de algum avanço fantástico. Talvez o desenvolvimento de AGI avançado possa amplificar nossa inteligência milhões de vezes e, de repente, todas as coisas cognoscíveis são conhecidas. Mas essa remota possibilidade está em um futuro desconhecido; é um argumento nulo para postular que todas as coisas podem ser conhecidas. Assim, é evidente a partir de todo o passado e presente que nunca temos nem sabemos tudo. Só sabemos que podemos saber mais, e depois menos. Depois, que podemos saber menos, e depois mais. .-.
Portanto, a ignorância é parte do absoluto.
Pergunta: há virtudes éticas a serem derivadas dessa verdade? Por exemplo: a fúria contra manifestações de ignorância justificadas quando todo mundo é profundamente ignorante? Se ignoramos a fonte da ignorância, nossa reação de desdém à ignorância não é um ato ignorante? Se não conhecemos todos os mecanismos para ensinar adequadamente uma ideia, e uma pessoa com quem dialogamos então não consegue entender nossa ideia (tipo você que está boiando enquanto lê esse post), não é nossa ignorância parcialmente culpada?
Última edição por UchihaPower em Sáb 11 Mar 2017, 03:54, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : TOC)
À medida que estudamos, podemos escolher entre se especializar ou estudar amplamente. Se nos especializamos sacrificamos a compreensão de um bocado de coisas para ter uma boa compreensão de uma compreensão parcial. Se estudamos amplamente nunca alcançamos uma boa compreensão, mas uma compreensão parcial de muitos entendimentos parciais. E então nós morremos.
À medida que estudamos, encontramos barreiras. Se uma barreira pode ou não ser cruzada é desconhecida — às vezes elas podem e às vezes elas parecem barreiras absolutas. Essas "barreiras observacionais" (como o princípio da incerteza de Heisenberg) podem ou não ser absolutas, mas há uma possibilidade muito real de que existam barreiras observacionais absolutas.
But... O desconhecido é desconhecido; a totalidade do desconhecido é incognoscível porque só pode ser analisada com métodos conhecidos. Podemos destruir sua armadura, mas nunca poderemos saber que removemos toda a armadura. Claro que poderíamos no futuro chegar a um conhecimento completo por meio de algum avanço fantástico. Talvez o desenvolvimento de AGI avançado possa amplificar nossa inteligência milhões de vezes e, de repente, todas as coisas cognoscíveis são conhecidas. Mas essa remota possibilidade está em um futuro desconhecido; é um argumento nulo para postular que todas as coisas podem ser conhecidas. Assim, é evidente a partir de todo o passado e presente que nunca temos nem sabemos tudo. Só sabemos que podemos saber mais, e depois menos. Depois, que podemos saber menos, e depois mais. .-.
Portanto, a ignorância é parte do absoluto.
Pergunta: há virtudes éticas a serem derivadas dessa verdade? Por exemplo: a fúria contra manifestações de ignorância justificadas quando todo mundo é profundamente ignorante? Se ignoramos a fonte da ignorância, nossa reação de desdém à ignorância não é um ato ignorante? Se não conhecemos todos os mecanismos para ensinar adequadamente uma ideia, e uma pessoa com quem dialogamos então não consegue entender nossa ideia (tipo você que está boiando enquanto lê esse post), não é nossa ignorância parcialmente culpada?
Última edição por UchihaPower em Sáb 11 Mar 2017, 03:54, editado 1 vez(es) (Motivo da edição : TOC)