Bom começo. Foi empolgante ver o anime disposto a consertar os erros do início desta nova era, Boruto The Movie e Mangá Boruto, dado que não se pode iniciar uma nova fase, em que quem deve protagonizar são os novos personagens, colocando fanservice dos adultos, isto só evidência o quanto os autores e roteiristas ainda estavam apegados a antiga geração, negligenciando aqueles que careciam de desenvolvimento, agora todos terão o seu espaço em uma série original e desta vez com alta influência do Kishimoto! Apenas neste episódio pudemos ver que, apesar de vir de uma família rica e estruturada, Boruto não é um playboy, ele passa seu maior tempo nas ruas se metendo em confusões e criando laços, como o caso do Denki e os meninos que eles haviam lutado. Gostei também de sua amizade com Shikadai, tudo indica que ele será aquele amigo que zela por ele, como um irmão, não tendo medo de lhe aconselhar dizendo a verdade quando o lorinho estiver errado, diferente de um fanboy como o Mitsuki ou uma pseudo-rival como a Sarada.
Eu cada vez fico mais orgulhoso do crescimento da minha personagem, embora esta não seja sua fase, Hinata é de longe a mais madura das ninjas da antiga geração, exibindo sabedoria ao dar ensinamentos valiosos para seu filho sobre o que é ser ninja e que os deveres de um Kage vão além das lutas, tendo outras formas de proteger a vila, ela conseguiu brilhar em poucos segundos. Soube repreender o Boruto quando ele estava errado, ao mesmo tempo em que foi compreensiva do quanto ele estar magoado com o pai. Eu adorei essa cena, ainda que seja muito novo para entender, Boruto ouviu a Hinata, tanto que foi dormir refletindo sobre a conversa deles. Este episódio foi um tapa na cara daqueles que o chamavam de malcriado, com o Boruto deixando claro que, apesar de não obedecer seu pai, com sua mãe é diferente. Suas queixas são plausíveis, ele apenas cresceu vendo sua família unida a qual passou por uma mudança abrupta, por uma razão complexa que vai além do seu nível de entendimento, Boruto apenas ama ver sua família junta e quer isto de volta, tanto que ele possui mais raiva do posto de Hokage do que do próprio Naruto.
Quanto a menção da mãe assustadora, é incrível como brota gente que ama problematizar tudo! Isto não é nada jogado, sabe, já é a terceira vez que Hinata é descrita desta forma, duas no The Last ("mais quem na vila mexeria com Hinata? Ela é tão forte; "Sua mãe fica incrivelmente assustadora quando está zangada") e no capítulo de ontem. Shikamaru no clássico também dizia que sua mãe era do mesmo jeito, e alguém acreditaria que ela em casa usava de gritos, violência ou quebra coisas sendo de um clã altamente intelectual? Quando a obra ressalta este tipo de característica das mães, está remetendo a capacidade delas se imporem perante os filhos, sendo elas reconhecidas com a maior uma figura de autoridade do lar, bater ou gritar não são sinônimos de educar, pelo contrário, o pai ou mãe que se portam desta forma nunca obterão respeito, só provocarão um enfrentamento dos filhos, como Sarada enfrentou sua mãe no Gaiden. Sakura não é uma mãe assustadora, é uma mãe desequilibrada e infantil mesmo, a ponto de não saber como aliviar as inquietações de uma criança, ela só pirou as coisas deixando Sarada ainda mais nervosa quebrando a casa, no que quase culminou na deserção de sua filha.
Episódio 1: nota 10