@Loki, tudo bem, você quer "refutar", certo? Refute isso então, já que aparentemente você está insinuando saber tudo sobre mecânica:
Do que é feito um cabo de tração para elevadores? É aço, basicamente, ferro com carbono. O que acontece quando eu o fabrico com desproporção de ferro para carbono? Eu aumento a sua elasticidade, a sua tenacidade, a sua ductilidade e diminuo a sua deformação plástica.
O que significa isso, senhor @Loki? O senhor sabe o que significa tenacidade? Sabe o que significa ductilidade? Sabe o que significa zona de deformação plástica? Provável que não, mas eu te explicarei: dentro do material, se pegarmos lá a nível molecular, os carbonos enrijecem o movimento inter-atômico. Significa que a tendência é do material se deformar com mais facilidade, e portando servindo mais para envergar do que para segurar peso. Mas e se a desproporção for para mais carbono e menos ferro? Significa que dessa vez ele será rígido demais lá dentro, nas interações moleculares.
O que isso significa, senhor @Loki? Significa que diminuirei tanto a sua tenacidade, a sua ductilidade, e chego tão perto da zona plástica, que ele não terá como absorver pequenos desvios de energia, como o simples balançar os cabos, afinal não há como haver movimento atômico para dispersar esses pequenos e comuns picos de energia. Então cedo ou tarde ele irá romper!
Qual a importância de se saber disso, senhor @Loki? A importância de se saber disso entra em um outro assunto, que é a produção de materiais na indústria. Nas indústrias metalúrgicas, material é dinheiro. Ferro é dinheiro. Adição de carbono é dinheiro. Então tenta-se economizar o máximo de material e ainda manter a proporção. A maioria das metalúrgicas contam com o fator de segurança para abusarem da proporção e mandarem ferro com
menos carbono!
O que é fator de segurança, senhor @Loki? O fator de segurança é uma porcentagem a mais que eu coloco de massa para segurar o meu construto ou objeto. Um fator de segurança de 20% significa que aquele sistema de cabos (ou cabo único) aguentará 20% a mais do peso total, para segurança (daí o nome). Mas então por que ainda assim dá problema? Dentre diversos motivos, e por hora nem citarei a questão dos comandos elétricos que atuam sob a mecânica, a construtora inverte. Ela pode, e muitas fazem isso, colocar um fator de segurança extremamente baixo, ou nem colocar, porque acredita que aqueles cabos novos são perfeitamente capazes. Mas se eles vieram com desproporção de carbono, seja proposital ou por falha na produção, isso culmina, cedo ou tarde, em seu rompimento.
Por que é importante saber disso tudo, senhor
@Loki? Para você entender que os cabos feito para elevadores vem no limite específico para aquele peso, por isso só aguentam aquilo, é uma questão de civilidade, design, etc, coisas que já tangem a um outro tipo de processos! Segundo a sua lógica que não faz o menor sentido, senhor
@Loki, bastaria que pegássemos então cabos de guindastes que levantam navios de
meio milhão de toneladas e os colocássemos para segurar elevadores! Mas as coisas não funcionam como você pensa, senhor
@Loki, os cálculos costumam existir para poupar esforços e materiais. É assim que o capitalismo gira (redundância).
No caso da notícia que você trouxe, os elevadores tiveram um problema após uma paralisação deles. Ou seja, muito provavelmente a falha foi
elétrica e não mecânica, porque o elevador não entrou em queda livre! Queda livre de elevadores são muito raras, e a maioria dos mortos em elevadores são os próprios técnicos quando vão fazer manutenção! Isso porque o rompimento de um dos cabos, mecanicamente falando, jamais seria o suficiente para fazer o elevador entrar em queda livre, aliás, nem mesmo dois deles! Sobre isso, senhor
@Loki, o senhor poderia se informar em pouco tempo no Google mesmo.
Mas o que o senhor deveria aprender com isso, senhor @Loki? Que materiais possuem propriedades. Para julgar o que ocorreu com um material, você deve pegar outro e comparar as propriedades, tirando o diferencial. Mas você sequer sabe qual material era usado antigamente, sabe, senhor
@Loki? Porque você acaba de afirmar que os materiais atuais são mais resistentes sem sequer fazer uma comparação simples, significa que você sequer ciência dos materiais lá usados tem. Física, mecânica e engenharia não se trabalha por adivinhação e achismos, senhor
@Loki. Você achar algo e postar não é um argumento, não se irrite quando te disserem isso, pois é verdade.
Você questionou que seu exemplo do Bungee Jump tem uma relação direta com o teor do tópico,
novamente baseado em achismo, certo senhor @Loki? Só que o Bungee Jump não utiliza-se de polias... Utiliza-se um elástico. A energia de um elástico, ou mola, dá-se como abaixo:
Energia potencial elástica =
K, que é a constante elástica, vezes
x, que é sua deformação, só que elevado ao quadrado, e divido tudo por 2. Em suma, fica
Epe = k.x²/2. Só que isso só serve para calcular quando já estiver em equilíbrio, porque para saber a deformação eu terei de saber o valor da força peso, massa (de quem pula) multiplicada pela gravidade, assim eu consigo calcular a deformação.
Já o sistema de polias simples, em um mesmo sentido, só contará com a divisão do peso por dois, contando com um material com elasticidade desprezível.
É comparável, senhor @Loki? Não, não é comparável! Seu exemplo de bungee jump é ruim sim, porque nada tem a ver com o teor do tópico e a minha resposta onde há a indicação do trabalho com contra-pesos.
Agora vamos ao seu último argumento, senhor
@Loki: nenhuma corda arrebenta por falha humana... Será mesmo? Mas quem faz as cordas, senhor
@Loki? Não são humanos? Quem as usa mal, senhor
@Loki? Não são humanos? Quem as danifica? Quem não faz a devida manutenção? Quem calcula errado? Sim, meu caro,
são falhas humanas sim!
Agora que resolvemos esta questão, eu voltarei a te pedir uma comparação. Traga-me os materiais prováveis de terem sido usados antigamente e faça uma análise do porquê de ser impossível. Afinal, ou você traz dados, ou volta à estaca zero, afirmando simplesmente que os engenheiros estão errados porque sim, o que não te dá credibilidade alguma. Estarei no aguardo de
dados da próxima vez.