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Conhecimento = Inteligencia ? - Não exatamente.

+4
Schiffer
Boss
vacobs10
Daniel
8 participantes

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A massiva maioria das pessoas associa "conhecimento" a inteligencia e\ou alta capacidade de compreensão. Tem-se, então, a ilusão de que nós podemos ficar inteligentes automaticamente apenas por acumular muito conhecimento - Mas, até que ponto isso é verdade?

Por meio deste tópico, através de exemplos, vamos ver que não é bem assim. Ex¹ O Savantismo  ou síndrome do sábio, síndrome do idiota-prodígio é considerado um distúrbio psíquico, com o qual a pessoa possui uma grande habilidade intelectual aliada a um déficit de inteligência. Tais habilidades são sempre ligadas a uma memória extraordinária, porém com pouca compreensão do que está sendo descrito.

Encontrada em mais ou menos uma em cada 10 pessoas com autismo e em, aproximadamente, uma em cada 2 mil com danos cerebrais ou retardamento mental, a síndrome do sábio é citada na literatura científica desde 1789, quando Benjamim Rush, o pai da psiquiatria americana, descreveu a incrível habilidade de calcular de Thomas Fuller, que de matemática sabia pouco mais do que contar. Em 1887, no entanto, John Langdon Down, mais conhecido por ter identificado a síndrome de Down, descreveu 10 pessoas com a síndrome do sábio, com as quais manteve contato ao longo de 30 anos – como superintendente do Earlswood Asylum (Londres). Langdon usou o termo idiot savant (idiota-prodígio), para identificar a síndrome, aceito na época em que um idiota era alguém com QI inferior a 25.

Atualmente, graças aos cerca de cem casos descritos na literatura científica, sabe-se muito mais sobre esse conjunto de habilidades - condição rara caracterizada pela existência de grande talento ou habilidade, contrastando fortemente com limitações que, geralmente, ocorrem em pessoas com QIs entre 40 e 70 – embora possa ser encontrado em outras com QIs de até 114.




Ex² Daniel Tammet é um savantista britânico (autista-prodígio - altamente-funcional) que possui uma grande facilidade com matemática e aprendizado de línguas. É o primeiro filho de uma família com 9 crianças, cujos pais são operários em Londres. Em sua memória, Born on a Blue Day, ele fala sobre como o fato de ter epilepsia, sinestesia e savantismo afetou profundamente sua infância.

A síndrome do sábio confere a Daniel Tammet capacidades especiais na memorização de números e grande facilidade na aprendizagem de línguas. Ele foi capaz de dizer 22.514 dígitos de Pi e de aprender a falar islandês em uma semana. Atualmente fala onze línguas diferentes, além de ter criado seu próprio idioma, o Mänti.

Daniel Tammet ganhou a mídia ao quebrar o recorde europeu de memorização e recitação de pi, nas comemorações do dia do pi do Museu de História da Ciência de Oxford, em 14 de março de 2004. Daniel recitou os 22.514 dígitos corretamente em cinco horas, nove minutos e 24 segundos. Os fundos arrecadados neste dia foram doados a instituições que tratam de pessoas com epilepsia, mal que acometeu Tammet na infância.

O que torna Tammet único entre os portadores de savantismo é que ele consegue explicar para os cientistas o que se passa em sua mente. Ele diz que em sua mente cada número inteiro até 10.000 possui uma forma, textura e cor únicas, e utiliza essa capacidade para realizar cálculos matemáticos. Daniel desenhou como ele vê os primeiros vinte dígitos de pi para o programa 60 minutes. Uma prévia pode ser encontrada na seção de artes de seu site oficial.




Fonte: Wikipédia.




Para fins de comparação, eu que tenho QI relativamente alto130~140 (comprovado por testes reais), consegui decorar apenas 15 dígitos do Pi, sendo praticamente impossível ir muito além disso.  Ainda não dominei completamente a língua inglesa, mesmo tendo feito um curso de 3 anos. Até o meu português que é meu idioma nativo não é grande coisa (por desleixo).

Essa síndrome me fez refletir bastante... sobre o que nós denominamos inteligencia, e mais, a quem consideramos como pessoas inteligentes, grandes intelectuais - Por exemplo, se alguém como Albert Einstein, ainda aos 10 anos, fosse jogado numa ilha deserta sem conteúdo escrito algum, ainda assim o consideraríamos um grande gênio? Ele continuaria tendo grandes capacidades, mas o ambiente pobre de informações o limitaria, e dessa forma o gênio seria taxado de idiota ou coisa pior.




Enfim, deixe sua opinião sobre o assunto. inteligência - Conhecimento = Inteligencia ? - Não exatamente. VeIuxGi

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Só podia se chamar Daniel, hein.

Bem, há uma diferença entre conhecimento, inteligência e sabedoria.

Conhecimento é oq a maioria dos ateus possui. Ag9ra sabedoria....

Há pessoas sem diploma ou ensino fundamental, q são mt inteligentes, como um homem no interior do rio grande do sul que montou energia cinética em sua casa sozinho, utilizando um rio.

Tem uma frase q eu coloquei no banner do meu blog q diz:

Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida.
Sandra Carey

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Ok, agora ateus são não inteligentes e não possuem sabedoria, apenas possuem conhecimento, só crentinhos que dão dizimo para pastores/pregadores desonestos são inteligentes e sábios. :genious:

Eu tenho facilidade em aprender várias coisas, e possuo uma memória digamos que acima da média, mas eu só guardo na cabeça coisas que me interessam de verdade, tirando coisas de meu interesse, eu praticamente sou uma negação no resto.

Não me considero nem um pouco inteligente, muito menos sábio, e meu conhecimento é bem limitado.

Mas considerando o exemplo da Ilha, bom, creio eu que alguns ditos gênios, simplesmente não conseguiriam sobreviver a isso, por mais inteligentes que fossem, eles não se adaptariam e acabariam morrendo rápido, enquanto uma pessoa que pode ser considerada burra, sobreviveria mais e se adaptaria melhor.

Darwin já dizia => "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças"

E pra mim, a Inteligência consiste na adaptação, adaptar o conhecimento que você tem a situações diferentes da vida, e aceitar e compreender mudanças de pensamento ou físicas.

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Como alguém que paga dízimo achando que o dinheiro é pra Deus e tem uma fé cega se limitando a algo é sábio? :horak: :horak: :horak: :horak:

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A inteligência e o conhecimento, dentre todas as coisas que a Psicologia estuda, certamente é uma das mais fascinantes. Deis de sempre me senti intrigado em estudar o assunto, assim como inúmeros autores na área. Embora seja leigo nesse assunto (aliás, a humanidade ainda é leiga no que se diz à respeito de seu próprio entendimento) existe alguns conceitos interessantes que vale a pena se levar em conta.

QI (Quociente de Inteligência) é um teste psicométrico que visa avaliar de forma limitada uma área da compreensão humana. Podemos pegar uma pessoa que é genial em certa área, mas ao se deparar com testes lógicos matemáticos fica sem saber o que fazer. Um autor chamado Gadner propôs que a inteligência não é fruto de um conjunto próprio, mas sim de diversas áreas de conhecimento, mais especificamente 8 áreas. As mais conhecidas são lógico matemática e corporal sinestésica. Ainda sim uma pessoa pode ter aptidão com relações naturais, interpessoais, musical, intrapessoais, linguística e espacial. Talvez seja por isso que uma pessoa que possui um controle exímio dos números seja considerada genial, mas uma pessoa que entenda o fruto das relações interpessoais, sabendo quando falar, negociar, entender, não. Ou aquela pessoa que consiga entender a si próprio de tal forma que esclareça para outras pessoas quem o são, também não (Jesus, Sidarta Gautama, Gandhi entre outros). O ponto que quero chegar que talvez pelo pré-conceito, ou pelo senso comum o conceito de gênio anda bem ultrapassado.

Desta último parágrafo, um rapaz com um nome excêntrico chamado Charles Spearman concluiu através de estudos com pessoas que possuem alto scores em certa área, mas em outros não, que a inteligência não é paralela mas sim bi-fatorial, subjacentes a todas as funções intelectuais. O fator G (sim, o nome do cara é Spearman e ele estudou o fator g :horak:) é a habilidade do sujeito com as inteligências, um individuo pode ter aptidão a diversas áreas, desenvolvendo-se em cada uma um pouco explicando a crítica ao Gadner. E para explicar os indivíduos que possuem mais aptidão em uma área, nasceu o fator S, individualizado em uma área especifica.

Existe diversos assuntos relacionados a esses testes (área denominada na Psicologia, de Psicometria). Porém pelo menos para minha pessoa o conceito que mais explica a inteligência e o conhecimento, é a teoria do desenvolvimento de Piaget. Inteligência é uma capacidade inata e hereditária, nascemos com ela, porém ela só floresce em um ambiente que a estimule. Existem inúmeros casos de gêmeos idênticos que foram separados na infância/maternidade e anos após o acontecido, ao se reencontrarem pareciam literalmente pessoas diferentes, com hábitos, costumes e desenvolvimento totalmente distintos entre si. O ambiente e o estímulo que determina o grau de conhecimento, a inteligência é basicamente o instrumento que facilita as duas coisas. Um gênio como Einstein pode ser que em certo lugar do Mundo, não tivesse florescido na física, mas quem garante que ele não seria um gênio em algum outro aspecto? Vai saber talvez ele tivesse criado o manual de sobrevivência mais fudido do Mundo.

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O que mais se tem neste mundo são pessoas inteligentes mas sem conhecimento, e através disso são vistas como burras, é realmente uma pena.

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Não, realmente não são a mesma coisa segundo que sei...

Conhecimento é basicamente a capacidade de reter fatos colhidos por experiência pessoal, observação ou estudo. Muitos aqui usam o GOOGLE para tal capacidade. (Está aí um problema muito grande, na minha humilde opinião. Muitos jovens estão sendo "apresentados" a muitas informações logo cedo na voda, mas ainda não tem a capacidade intelectual, ou mesmo moral suficiente para absorver da maneira correta, ou mesmo, para saber distinguir "tanto o certo como o errado". daí, vemos em fóruns jovens "revoltados" por este ou por aquele assunto, mas na verdade, são apenas mentes ávidas de conhecimento que não sabem "a diferença da sua direita para a sua esquerda"...)

No caso da sabedoria, eu aprendi que esta é a habilidade, ou capacidade, de colocar o conhecimento em prática, ou seja, de usá-lo, sendo esta a aplicação inteligente do que se aprendeu. O Fulano talvez tenha muito conhecimento, mas pode não saber usá-lo, por faltar a ele sabedoria.

Aproveitando, a bíblia diz :pda: em Mateus 11:19 que "A sabedoria é provada justa pelas suas obras".

Sobre o exemplo do Einstein, também acho que se ele nascesse numa ilha deserta, ele não seria "o Einstein que conhecemos", mas pela capacidade demonstrada por ele naquela época, não me admiraria se ele se destacasse que seus "conterrâneos" por descobertas e ou invenções práticas...

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Errado. Conhecimento é inteligência! Não há absolutamente nenhuma forma de provar o contrário. É o que o @Schiffer de maneira extremamente técnica disse, embora talvez ele mesmo não tenha tanta certeza disso. Mas sim, meu caro Daniel, conhecimento é inteligência!

Eu começarei citando três livros que recomendo principalmente a quem vai prestar o ENEM e vestibulares, do professor Pierluigi Piazzi, "Aprendendo a inteligência", "Ensinando a inteligência" e "Estimulando a inteligência". Ele explica de maneira sucinta o que é que chamamos de inteligência, porque ela é, na realidade, uma forma de quantificarmos o que é que sabemos. Então não pense nela como uma grandeza, e sim como uma representação!

Começamos sabendo que temos vários tipos de inteligência, podendo nós as resumi-las em 7 ou aprofundá-las em 9. Quando você estimula a inteligência que tens ou as inteligências que tens da correta maneira, poderá então ser taxado como um gênio. Mas então como explicar a diferença entre uma pessoa que nasce aparentemente sendo mais inteligente que a outra? Nós temos vários fatores aí, até mesmo o fator genético, sim, informações hereditárias já comprovadamente influenciando (há estudos atuais que estão considerando até memórias passadas hereditariamente) a capacidade e características do indivíduo, entraria aí. Coisa como formação do feto, nutrição, pressão do ambiente (o simples fato de crescer ou não perto de determinadas coisas, as brincadeiras que lhes ensinavam quando criança, tudo isso é taxado como o adquirir de conhecimento) e demais coisas do gênero, todas elas influenciam. Sabendo nós então desses fatores que podem gerar as discrepâncias no resultado final, passemos para o que interessa na macro visão: o estudo propriamente dito.

Por que muitas das teorias antigas de psicanalistas que falavam sobre a inteligência acabaram por cair? Porque começaram a notar o crescimento do conhecimento de forma massiva na população! O que eu quero dizer? Quero dizer que uma pessoa considerada genial na época de Freud, o pai da psicanálise, seria considerada com retardo mental hoje em dia, seguindo o mesmo padrão de teste de Q.I, mesmo com os devidos ajustes. Mas Daniel, isso é algo que você mesmo pode perceber! Se você foi mal em um teste de Q.I da internet e resolver treinar nele durante um mês inteiro, em pouco tempo estará quase acertando 100% das questões. Isso significa que você teria subido 100 pontos de seu Q.I em um mês? Não, significa que teria estimulado a(a) inteligência(s) que aquele teste de Q.I pedia, e como se estimula os tipos de inteligência, Daniel? Com conhecimento!

O que chamam de inteligência voltada aos esportes, como uma pessoa que parece ter nascido para jogar futebol ou lutar, é nada mais do que a memória muscular (em conjunto com outros fatores). É por isso que você já deve ter visto jogadores que apesar de não terem nascido com o talento de um Neymar, são elogiados pelo esforço que tiveram para melhorar. Isso porque estimularam muito uma área em que nem eram assim tão bons, talvez fossem melhores em literatura mas resolveram jogar futebol. Tudo isso, Daniel, culmina nas falsas percepções e até quantificações sobre o que seria "inteligência", "talento" e "conhecimento"! 

Para terminar, uma forma melhor de você definir inteligência caso não queira ligá-la diretamente ao conhecimento, seria pensar que é a forma como o cérebro de cada um consegue ser estimulado pelo conhecimento. Como o @Schiffer novamente falou, às vezes as áreas onde se nasce com isso não são tão usadas, e aí, novamente, a falsa percepção de que a pessoa é "menos inteligente" se dá. 

Enfim, vou te deixar um vídeo do professor de Ética da USP, Clóvis de Barros Filho falando um pouquinho sobre o talento, que é a inteligência que o cara nasceu com e estimulou, e do outro que não nasceu com aquela inteligência tão capaz de ser estimulada, mas a estimulou até onde deu. Como fã do Zyzz você entenderá aí a ideia de esforço onde é que ela se encaixa:

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Olha, lendo o post do @Kakau, notei que acabei falando de coisas diferentes. Eu contrastei o conhecimento com a sabedoria, mas aqui o tópico fala de conhecimento vs inteligência.

No dicionário está assim:
in·te·li·gên·ci·a
(latim intelligentia, -ae, plural neutro de intelligens, -entis, particípio presente de intelligo, -ere, perceber, compreender)
substantivo feminino
1. Conjunto de todas as faculdades intelectuais (memória, imaginação, juízo, raciocínio, .abstração e .concepção)
FONTE: Dicionário Priberam

Então, sim. Pode-se entender que o conhecimento "faz parte" da inteligência do indivídio. Daí, como o exposto, quanto mais conhecimento, "maior" será a inteligência do "elemento"...:heheh:

Eu acabei por trocar por sabedoria... foi mals! :ninja:

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CARAMAN EM BEM INTERESSANTE AE ISSO Q VC FALO

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Eh pq se vose n tiver cooincimento vose n tera inteligencia

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@Kakau

O teste de QI visa mensurar eficiência de raciocínio logico. Logo, se você precisa repetir uma questão várias vezes para chegar a solução, está sendo ineficiente, não concorda? :

Pode ser que eu esteja errado, mas a minha definição de inteligencia tange apenas: "eficiência de raciocínio" e "compreensão" do conhecimento que se obtêm. Concordo com suas colocações, sobre o esforço ajudar no processo de aprendizado e em outros cenários, sim, é totalmente verdade - mas, o que eu disse acima não deixa de ser verdade. :kakau:

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Daniel escreveu:
@Kakau

O teste de QI visa mensurar eficiência de raciocínio logico. Logo, se você precisa repetir uma questão várias vezes para chegar a solução, está sendo ineficiente, não concorda? :

Pode ser que eu esteja errado, mas a minha definição de inteligencia tange apenas: "eficiência de raciocínio" e "compreensão" do conhecimento que se obtêm. Concordo com suas colocações, sobre o esforço ajudar no processo de aprendizado e em outros cenários, sim, é totalmente verdade - mas, o que eu disse acima não deixa de ser verdade. :kakau:


Não. Pode parecer idiota, mas porque uma criança de 7 anos não vai tirar o mesmo resultado no teste de Q.I que você, Daniel? É só porque você, ainda que não tenha estudado diretamente os raciocínios lógicos que tangem ao teste (existem vários tipos de raciocínio lógico), ao longo da vida vivenciou coisas que o seu cérebro gravou como padrões, padrões que ele aplica nos testes de Q.I.

Você sabia que, biologicamente falando, é impossível um cérebro comum calcular os números que um matemático calcula, e que na verdade a rapidez com a qual ele faz os cálculos é uma questão de memória e não de raciocínio? Você sabia ainda que isso se estende para todos os outros tipos de cálculo? Isso, Daniel, porque o cérebro trabalha com padrões, e reconhecimento de padrões necessariamente precisa do modelo inicial. Você só saberá se aquela fileira segue um padrão lógico se tiver observado o seu começo. Mas você poderia vir e argumentar, "Kakau, mas há pessoas que mesmo memorizando e estudando matemática, ainda calculam menos rápido do que outras", sim, porque aí sim entra um diferencial: a rapidez com que o cérebro acessa as memórias, sejam as conscientes ou as do sub consciente. Isso é um fator biológico? Não, normalmente é muito mais fisiológico, causado por alimentação, estresse, ocupação mental, trauma, ansiedade, foco, etc.

Entende?

Agora, se você puder me dar algum exemplo, qualquer um, de alguém que é bom em algo sem nunca ter treinado para aquilo, se falando de raciocínio lógico, eu retiro tudo o que eu disse, Daniel. Porque o padrão se repete: todas as vezes que uma pessoa é boa em algo, ou o ambiente dela a condicionou a estimular aquela inteligência, ou ela já treinou muito aquilo. E eu nunca vi sequer exceções a esta regra. 

Os livros que eu indiquei inclusive falam das ligações neurais e explicando como você adquire inteligência, que na verdade é sinônimo de conhecimento.

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Kakau escreveu:
Não. Pode parecer idiota, mas porque uma criança de 7 anos não vai tirar o mesmo resultado no teste de Q.I que você, Daniel?* É só porque você, ainda que não tenha estudado diretamente os raciocínios lógicos que tangem ao teste (existem vários tipos de raciocínio lógico), ao longo da vida vivenciou coisas que o seu cérebro gravou como padrões, padrões que ele aplica nos testes de Q.I.


* A lógica trabalha ligando e associando "blocos de conhecimento". E é por isso, que o teste de QI requer idade mínima de 16 anos (corrija-me se eu estiver enganado). Porém, isso não muda o fato que mesmo pessoas com os mesmos conhecimentos, vão interligar informações de formas diferentes - gerando disparidade entre os resultados. Vemos isto claramente ao estudarmos programação; há várias formas de se chegar ao mesmo resultado, algumas mais eficientes e outras menos, só depende do programador encontrar o "caminho mais curto" e mais "eficiente".

Agora, se você puder me dar algum exemplo, qualquer um, de alguém que é bom em algo sem nunca ter treinado para aquilo, se falando de raciocínio lógico, eu retiro tudo o que eu disse, Daniel. Porque o padrão se repete: todas as vezes que uma pessoa é boa em algo, ou o ambiente dela a condicionou a estimular aquela inteligência, ou ela já treinou muito aquilo. E eu nunca vi sequer exceções a esta regra.

Os livros que eu indiquei inclusive falam das ligações neurais e explicando como você adquire inteligência, que na verdade é sinônimo de conhecimento.


Não se consegue nada sem esforço, Kakau. Facilidade em compreender e absorver conteúdo, na pratica, não significa muito... Eu poderia citar exemplos sim, mas de como QI representa uma influencia de apenas 15~20% na probabilidade de sucesso profissional, o maior influenciador é o QE (Quociente de esforço) - mais de um estudo comprova isso. Como sabiamente já dizia Einstein: " 1% do sucesso é inspiração, 99% é transpiração"

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inteligência e conhecimento embora inerentes, são coisas distintas. Conhecimento é acumulo de experiência, inteligência é facilidade de se adaptar e lidar com qualquer situação. Uma pessoa que possui anos de experiência em uma função teria conhecimento o suficiente para exerce-la com maestria, porém como qualquer pessoa comum essa maestria se da unicamente por ter a repetido exaustivamente. Uma pessoa dotada de capacidade especifica pode reproduzir esse mesmo conhecimento em poucos meses de experiência nessa vivência, ou até menos, justamente por ter nascido privilégiada intelectualmente.

Os testes de QI são pobres no que dizem a respeito de tentar medir a "inteligência". Eles quase sempre dão resultados rasos, não é a toa que ele é usado como complemento, e não como uma medida segura. Raciocínio lógico não tem absolutamente nada a ver com experiencia ou com vivência, não importa quantos testes fez. O objetivo dele é medir como chega no resultado, se gravou a resposta ou aprendeu os "macetes" com o conhecimento que adquiriu fazendo ele, não seria uma medida de inteligência.

Vou apenas dar um exemplo do porquê do teste de QI ser ineficaz em grande parte das vezes. Ia fazer um gráfico psicométrico, mas estou com preguiça.

Vamos supor que um Psicologo é chamado por uma empresa para avaliar 100 concorrentes, e escolher os 10 melhores. O QI médio da população seria 50, abaixo disso a pessoa teria algum deficit e acima disso seria privilegiada. O psicologo procura somente pessoas que no score feito, consigam tirar mais de 70. É simples de compreender que muito mais da metade dos participantes, inclusive os mais privilegiados intelectualmente ficariam para trás no teste, sobrando o mínimo de concorrência. Aonde ele se torna ineficaz?

- O teste não avalia nível sócio econômico.
- O teste não avalia inteligência emocional.
- O teste ignora as aptidões especificas inerentes ao trabalho
- Talvez o teste consiga selecionar pessoas capazes para alguns setores, mas sendo setores distintos grande parte das pessoas que não foram bem na etapa lógica, poderia se aplicada algum outro teste, ter passado com facilidade.

Nesse teste uma pessoa que cansou de faze-lo em outras entrevistas conseguiria passar, não por privilégio, mas por esforço. Logo o esforço do profissional de nada valeu, ele não conseguiu selecionar a pessoa correta passando por um erro de profissão. Essa pessoa que tem vivência com testes, ao ser aplicada na empresa conseguiria se adaptar? Obviamente não. Ela acumula conhecimento em provas, mas na pratica ela reprovaria, pois o teste buscou justamente pessoas com facilidade de adaptação e inteligência bi-fatorial.




A inteligência de qualquer pessoa floresce em meio aos desafios. Independente de seu dote, se ela não se esforçar para estimula-lo continuará inato. Mas é um erro confundir bagagem intelectual com bagagem de conteúdo.



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