Daniel escreveu: * A lógica trabalha ligando e associando "blocos de conhecimento". E é por isso, que o teste de QI requer idade mínima de 16 anos (corrija-me se eu estiver enganado). Porém, isso não muda o fato que mesmo pessoas com os mesmos conhecimentos, vão interligar informações de formas diferentes - gerando disparidade entre os resultados. Vemos isto claramente ao estudarmos programação; há várias formas de se chegar ao mesmo resultado, algumas mais eficientes e outras menos, só depende do programador encontrar o "caminho mais curto" e mais "eficiente".
Mas esta é a chave, Daniel: "vão interligar as mesmas informações de formas diferentes", sim, isso mesmo, mas por quê? Justamente porque possuem áreas de
inteligência distintas, que não só variam por si só como culminam num resultado final totalmente diferente! É por isso que eu te digo que a
inteligência aí nada mais é do que conhecimento, só que em "formas" diferentes! Se você joga a mesma massa de modelar em forminhas diferentes, o resultado será diferente, ainda que o volume e massa das massinhas de modelar sejam os mesmos, e ainda que a utilidade dessas formas diferentes sejam equivalentes! Ou seja,
é conhecimento, só que aplicado em cérebros que JAMAIS serão iguais, por todos os fatores que citei!
Daniel escreveu: Não se consegue nada sem esforço, Kakau. Facilidade em compreender e absorver conteúdo, na pratica, não significa muito... Eu poderia citar exemplos sim, mas de como QI representa uma influencia de apenas 15~20% na probabilidade de sucesso profissional, o maior influenciador é o QE (Quociente de esforço) - mais de um estudo comprova isso. Como sabiamente já dizia Einstein: " 1% do sucesso é inspiração, 99% é transpiração"
Pois tente citar esses exemplos e eu te mostrarei o quão incompletos eles provavelmente estão, isso porque testes já antigos (também citados nos livros que eu recomendei) mostram que, tirando exceções, as pessoas que melhores se davam em testes "de
inteligência" e testes que procuravam filtrar "apenas o conhecimento" eram as mesmas. Isso sem falar que a lógica dos testes de Q.I tendem a diferentes áreas, como matemática estar bem mais próxima daquilo do que biologia ou química e diversas outras coisas.
Isso que eu citei acima é a ponta da ponta do iceberg, mas só para tu teres uma ideia. É claro que o "nerd" com uma
inteligência super desenvolvida em algo da sala poderá ter uma
inteligência interpessoal deficiente, não só por que esta sua área é mais difícil de ser estimulada com conhecimento como por ele de fato não a ter estimulada. Então é por isso que os testes de Q.I passam esse mundo de impressões falsas.
Quanto ao que o
@Schiffer falou, na minha opinião ele continua vendo a mesma coisa mas interpretando diferentemente. Veja bem o que tu disseste, Leandro:
Schiffer escreveu: Uma pessoa dotada de capacidade especifica pode reproduzir esse mesmo conhecimento em poucos meses de experiência nessa vivência, ou até menos, justamente por ter nascido privilégiada intelectualmente.
Você vê como você diz a mesma coisa que eu, mas não completa o raciocínio? Ora pois, aí essa tal pessoa experiente que você cita sendo "menos intelectualmente privilegiada" que a outra que pegou a sua função mais facilmente, é convidada por esta para aprender a jogar tênis. Em um mês ela está jogando com a facilidade que a tal "intelectualmente privilegiada" só obteve em anos, e então percebe que o seu forte é a
inteligência motora! Nesse caso, se ambos são privilegiados, e seu eu vou encontrar em TODO MUNDO uma área onde estes são privilegiados, eu posso continuar chamando de PRIVILÉGIO? Não, Leandro, eu chamo de DISTINÇÃO! Vês o meu ponto de vista agora?
Ora pois, biofisicamente falando, as ligações entre os neurônios vão se criando conforme a acumulação de experiência, e há áreas onde é maior as ligações dos dendritos e há áreas onde é menor, justamente caracterizando que o chamamos de
inteligência ali nada mais é do que conhecimento! Leandro, quando começamos a estimular a
inteligência espacial? Quando estamos aprendendo a andar, juntamente com a
inteligência motora! Sim, porque, uma vez mais, o que chamamos de
inteligência É o acúmulo de experiência que biofisicamente falando é o maior número de ligações entre os neurônios, que chamamos de dendritos. Isso faz todo o sentido!
"Bagagem intelectual" e "bagagem de conhecimento", o "erro" por você descrito, seria como o banal exemplo que dei ao Daniel ali em cima, é a diferença entre o estímulo da
inteligência que você mais tem facilidade em desenvolver, e outras "secundárias". Eu te GARANTO que Van Gogh não seria conhecido hoje se ao invés de pintar ele tivesse resolvido praticar esportes.