Apenas uma pequena complementação ao tópico: Weber acreditava que, nas sociedades pré industriais, as pessoas tinham um conjunto completo de valores diferentes. Com o passar dos tempos e com a industrialização, Kakau, você sabe como é: as pessoas seguiram as suas crenças e os seus costumes. Elas começaram a pensar cuidadosamente sobre as consequências que suas ações gerariam no futuro.
A sociedade é formada pela forma como as pessoas interagem. A religião é, naturalmente, um elemento chave dessa interação.
Sua maior "contribuição" foi, sem dúvidas, a sua visão de que a religião é central para que uma sociedade possa agir. Como ele chegou nesse ponto? Percorrendo por diferentes partes do mundo — e concluindo que religiões como o Hinduísmo, o Islamismo e o Catolicismo não eram corretas para o desenvolvimento do capitalismo, ao contrário do protestantismo. Ele não quis dizer que o capitalismo fazia parte do protestantismo; ele quis dizer que — na sociedade capitalista — o protestantismo era mais adequado. Em seu livro —
A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo (R$25,90 na Amazon), Weber descreve como o calvinismo não ensinou o processo de adquirir uma aceitação —
um papel na vida, ao contrário do sistema de castas, por exemplo.
Weber acreditava que não era coincidência que os países da Europa Ocidental — que eram Protestantes — liderassem o caminho do desenvolvimento do capitalismo industrial. João Calvino (John Calvin é mais estiloso, mas...) pregou sobre salvação, investimento — e que o trabalho duro era um dever para com Deus.
— Vivência levará à salvação.