Sasuke o Poderoso escreveu: @FeitaN Posso te compreender.. Por muito tempo não fui eu mesmo, apenas satisfiz em partes a vontade alheia por dois motivos; o medo da rejeição e para "equilibrar o universo"; como uma forma de reparar os erros que já cometi/ disfarçar minha mesquinhez. E claro, os conflitos entre "eu mesmo" e "meus princípios" foram constantes.
Tive a oportunidade de melhorar como pessoa na minha crise existencial, além de encontrar não uma definição cabal para o sentido da vida, mas reencontrei a vontade de viver. Me apaixonar foi o que desencadeou essa "vontade de viver", e como uma pessoa racional, agora sou dito como sensato.
O que me assola são esses bloqueios mentais, sou dito como sensato, mas também apontado semelhante a um robô na forma de agir.. e sei que na de sentir e pensar também. Talvez esses bloqueios eu tivesse uma depressão, mas eles tem seus "efeitos colaterais".
Entendo o que quer dizer. Ao passar da minha adolescência entendi uma coisa muito importante, que não importa quem de fato você seja, o que sente, quais são seus problemas internos ou externos, o que importa é o que você demonstra, o que você acrescenta aos outros, é tudo uma questão de interesse, então se sai bem aquele nivela e escolhe bem o que quer transparecer. Não se pode esperar empatia de ninguém, ninguém liga pros seus problemas, devemos entender que somos sozinhos, que de fato a maioria das pessoas são singulares, então enquanto você acrescentar o mínimo pra se manter de pé (pra manter um nível social estável) tudo ocorrerá bem. Enraizei fortemente essa linha de pensamento ao ponto de me trazer maturidade e independência, mas claro que tem seus malefícios, mas pesando na balança "ainda" não me fez mudar de rumo.
Em relação ao seu modo "robótico" de lidar com as coisas, você pode estar certo em uma possível depressão, mas o fato de você questionar atitudes "frias", lhe coloca numa posição emocional, pois nenhum robô questionaria a atitude de outro robô. Isso gera um conflito, e logo após vem o questionamento, talvez você naturalmente seja assim, desde que você não se sinta ferido ou que os malefícios não superem os benefícios, prossiga assim. Ou talvez ainda seja cedo pra encontrar uma solução.
Gabriel García Márquez escreveu:
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio.
Esse trecho de fato diz muito sobre mim, até me assustei. Dependendo do ponto de vista de algumas pessoas pode se encarar como falsidade de minha parte, mas não sou mal caráter (pelo menos não me julgo ser) não me aproveitaria de indefesos ou pessoas que julgo inferiores a mim (todo mundo se sente assim diante de alguém), seja financeiramente, socialmente, moralmente e etc...
Consigo manter um ciclo de amizade e me envolvo com algumas meninas de uma forma até agradável pra mim, apesar de meus amigos reclamarem aos montes do porque não faço questão deles...
Um ponto que me incomoda é o nível da qual as coisas se tornam entediantes pra mim, é raro algo me manter entretido, e quando me mantenho, logo após já me canso e tudo que senti passa como se eu nunca tivesse de fato vivido aquilo, esse é um ponto no qual venho procurando respostas do porque ser assim, talvez possa ser algum caso de saúde mental e etc...