Na minha concepção, tudo é questão de atenção as notas do autor e bom senso. Nem todo material pós mangá pode ser considerado cânon, visto que grande parte são de autoria de outros mangakás e sem nenhuma influência Kishimoto, a exemplo das novels, mas nem tudo aquilo que não está no mangá é filler.
Definição de Filler: Filler (literalmente "enchimento"), embora o uso em inglês não se limite a tal, é um termo usado pela comunidade de fãs de anime lusófonos para denominar episódios ou arcos inteiros de uma série de anime cujo enredo não se baseia no mangá do qual a série foi adaptada. Fillers não ocorrem em séries originais de anime, apenas naquelas de um mangá, light novel, ou outra fonte de conteúdo.[1] Geralmente são produzidos para impedir que a série de TV alcance as publicações atuais de sua fonte de conteúdo, que é geralmente mais lenta, evitando assim paralisações. Isso permite que a franquia possa continuar sendo explorada comercialmente, mantendo sua popularidade mesmo sob críticas pelo uso de fillers.
Fonte: Google
Em suma, Filler são literalmente episódios pra encher linguiça, com enredo aleatório, sem nenhum propósito além de distanciar o anime da obra original, seja esta mangá ou LN, e da autoria de terceiros. Por que os Filme The Last e Boruto The Movie não se encaixam no que foi quotado acima? Por quê são materiais oficiais cujos conteúdos estão muito interligados com o mangá, cheios de menções ao mangá e referências, pertencentes a cronologia, e sobretudo dirigidos e selados pelo autor da série como
cânons. A única diferença deles para a obra original foi serem exibido em uma mídia diferente.
Atlas Titan escreveu: Eventualmente Kishimoto pode canonizar alguma coisa das mídias acima (colocando ela no mangá, como já chegou a fazer inclusive) até lá aquilo não vale nada na minha opinião. Sem falar que em filmes e anime se tratando de lutas o negócio geralmente sai exagerado e\ou distorcido, não dá pra usar de parâmetro.
Mas Kishimoto já canonizou os filmes, rapaz. Se quiser, eu posto aqui suas notas em entrevistas. E mangá também comente exageros, isso não é exclusividade das outras mídias, tipo: Obito voltando do além para upar o Kakashi, Sasuke se salvando da morte contra Deidara e Sakura quebrando o chifre de KAGUYA. As incoerências eventualmente irão surgir, mas por si só possuem poder para invalidar toda uma história? Acho que não, heim. Sem contar que a obra ñ se resume às lutas.
O The Last pra mim por exemplo não passa de uma Fanfic da Pierrot, mas vamos supor que Kishimoto resolva continuar o mangá e coloque o tal do Toneri no mangá, então a partir dali (e somente a partir dali) o Toneri é canon, mas não quer dizer que o resto do que estava no filme automaticamente também vire canon.
Eu entendo que você não tenha gostado do filme por ele ser sobre romance, mas mesmo que você duvide, até isso foi planejado pelo Kishimoto! O roteiro do filme começou a ser produzido em 2013, enquanto o cara organizava o final do mangá, sendo que já era um dos planos do autor abordar o amor na vida de seu prota, daí veio o estúdio com a ideia do filme, foi uma parceria. Ele mesmo já afirmou em outra entrevista que a última situação em que queria desenhar o seu protagonista era numa cena de beijo, dando indícios do seu desejo de abordar esse tema no mangá, mas além de não levar jeito para a coisa era limitado pelo gênero shōnen – por isso dá necessidade de produzir a história em outra mídia.
