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A Teoria dos Muitos Mundos (ou a Interpretação de muitos mundos)

Dada a imprecisão e o "realismo naïve" de todos os fundamentos filosóficos subjacentes da ciência, muitas interpretações provavelmente terão alguns elementos problemáticos... Esta teoria não é uma exceção.

Essa interpretação é compatível com os fatos básicos da mecânica quântica, mas há problemas com essa interpretação, estes sendo plenamentamente perceptíveis, devido a sua suposição subjacente de que um mundo ou um universo é um fenômeno objetivo — e não uma experiência subjetiva. O desafio ao "realismo naïve" (de muitas formas) coloca em questão essa suposição.

No contexto de uma metafísica baseada na simulação computacional — de uma realidade virtual —, o simulador opera em dados probabilísticos, onde todo o estado possível do Ser jaz representado dentro do espaço informacional — juntamente com uma probabilidade associada (esta é a função de onda total ou multiverso). Neste sentido, todo estado existencial existe, de fato, mas em um sentido estritamente probabilístico: e pode-se dizer que todo universo possível existe de modo simultâneo.
No entanto, para que esses estados probabilísticos abstratos do Ser sejam considerados um "universo", eles devem ser percebidos e experimentados por algum sistema com suficiente complexidade de consciência — de forma a ter desenvolvido uma "narrativa global" — como um esquema conceitual dentro de sua memória. Nesse sentido, o único universo que você pode experimentar é aquele que foi construído para você, isto é, por intermédio da mente subconsciente. Assim, não existe um universo objetivo, e muito menos múltiplos universos objetivos. Existe sim um contexto objetivo, mas é algo mais computacional do que fenomenal ou físico.

No geral, eu diria que o conceito do mundo ou do universo não se aplica ao nível do multiverso, que não é uma coleção de universos, é mais como uma estrutura de dados que os processos computacionais do simulador usam para animar uma organela sistêmica — no contexto em que surgem inúmeros sistemas e tais experimentam suas próprias perspectivas. Entre esses sistemas, existem alguns sistemas muito complexos, como nós, que sucumbem a um "realismo naïve" e, assim, interpretam seu fluxo de experiências como "eu" e "o meu mundo". Isso evoluiu por conta dos discursos culturais e dos acordos consensuais sobre "o mundo" — que se acredita ser objetivo e físico. Assim, os aspectos dos processos computacionais mais profundos são descobertos através da mecânica quântica. As pessoas tentam interpretá-los em termos de conceitos emprestados; de uma narrativa do "universo físico".

Colocando todas as interpretações realistas e "naïves" de lado, podemos dizer que existe, em algum sentido, um processo de informação quântica, que produz inúmeros fluxos de consciência, cada um dos quais experimenta um fluxo de eventos, que eles interpretam de acordo com suas capacidades e, portanto, operam dentro de um mundo autocriado. Achou complicado?

"Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo."Buda

Todos os fenômenos observáveis e as ideias derivadas da observação dos fenômenos são conteúdos da consciência; e têm apenas uma relação descritiva indireta e distorcida com o processo contínuo daquilo que é real. No entanto, existem aspectos não-fenomenais (computacionais) do processo contínuo daquilo que é real (como as funções de onda) que podem ser descritos com precisão.

Assim, qualquer interpretação que tente empregar conceitos como "mundo", "universo", "matéria" ou "onda" — e assim por diante, irá encontrar problemas, porque estes são conceitos que só têm significado dentro do espaço virtual, e não dentro dos processos computacionais subjacentes.

Uma interpretação precisa dos termos do multiverso, trataria unicamente das estruturas de dados e dos processos computacionais ao nível quântico, ao mesmo tempo que explicaria a aparência dos fenômenos, como o mundo, os objetos e os eventos dentro dele, como produtos da percepção.

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Schrodinger's Cat in Silent Hill

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Leon Lancaster escreveu:
Schrodinger's Cat in Silent Hill

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O experimento de pensamento de Schrödinger deixa claro o que nós chamamos de problema de medição: vemos o mundo em um estado determinado e, no caso de um gato, nós o veríamos vivo ou morto. Mas o gato de Schrödinger está no que chamamos de superposição de estados, assim, não está determinadamente vivo nem morto.

Então, quando Harry deixa o gato sair, ou quando você apenas ouve um barulho: eis a vida do gato; eis a morte do gato.

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