Robert escreveu: Se deus é o todo poderoso, por que ele nunca tentou resolver o problema da terra? Seria melhor do que fugir e ficar se escondendo...
Por que ele criou inúmeros outros planetas e galáxias sendo que a vida se concentra somente na terra?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Demiurgo
No pensamento cosmogônico de Platão, o termo designa o artesão divino - causa da alma do mundo - que, sem criar de fato o universo, dá forma a uma matéria desorganizada imitando as essências eternas, tendo os deuses inferiores, criados por ele, como tarefa a produção dos seres mortais.[4] No pensamento gnóstico, o demiurgo, criador do mundo é distinto do Deus supremo e em geral considerado mau.[4
Os gnósticos acreditavam que o Criador ou demiurgo era uma entidade do mal,[28] o que contrasta com o conceito platônico[29] Segundo o gnosticismo existe incompatibilidade entre a esfera divina, que é luz, e o universo de nossa experiência, que é terreno e desprovido de sentido, esse dualismo, inspirado por uma visão pessimista do mundo e de sua história, não é eterno como para os maniqueus, pois o mal só apareceu com a criação, atribuída à hìbrys de um demiurgo, e há de desaparecer um dia.[30]
Em textos gnósticos como no Apócrifo de João e Da origem do Mundo, demiurgo, o filho de Sophia recebe nomes que definem a sua natureza: Yaldabaoth ("filho dos caos"[31]), Sakla (do aramaico, "tolo"),[5] Samael ("deus cego")[32] ou ainda Nebruel (ou Nebro).[33]É ainda no Apócrifo de João que descrevem o demiurgo Yaldabaoth com um ser que tem o rosto que se assemelha a um leão.[33]
No apócrifo Hipóstase dos Arcontes, Yaldabaoth e Sabaoth são entidades diferentes, esta última seria o filho do primeiro mas mesmo nessa versão Sabaoth tem função semelhantes, seu trono é uma imensa carruagem de querubins rodeada por anjos ministeriais. O nome Yaldabaoth exercitou a ingenuidade dos estudiosos por um bom tempo, este arconte foi igualado a Yahweh (Javé) do Antigo Testamento,[34][35][36] mas não há indícios no hebraico para tal significado.[37]
No Sistema de Ptolomeu de Valentim, o demiurgo é descrito como um anjo, semelhante a deus, que elevou-se até o sétimo céu que circunda a terra, acima deste está o oitavo céu e acima dele o Deus Supremo, que fica completamente distante do mundo. Anjo guardião da esfera inferior, o demiurgo foi designado como o criador do mundo, o chefe dos arcontes pelos quais Achamoth, a mãe, deu à luz (Ogdoad). Por trás do demiurgo, há uma reunião de forças subordinadas, os arcontes, que são seus colaboradores.[38] A teoria Valentiniana elabora que da Achamoth (he káta sophía ou sabedoria menor), originaram-se três tipos de substâncias, o espiritual (pneumatikoi), o animal (psychikoi) e o material (hylikoi). O Demiurgo pertence ao segundo tipo, por ele ser fruto da união da Achamothcom a matéria[39]
A descrição do demiurgo, pelos setianistas é ainda mais negativa do que no sistema valentiano e seu status é inferior ao do Deus Supremo, como citado no Evangelho de Filipe, mas ele alcançou o status de criador dos arcontes e do mundo natural,[38] tornando-se arrogante disse "Eu sou o Pai, e acima de mim não há nenhum outro",[40] (como em Isaías 45:5 e Isaías 46:9), de acordo com o Apócrifo de João, uma voz divina, ultrajada com a reivindicação arrogante de Yaldabaoth, dá a resposta e o refuta, a voz ressoa: "A humanidade existe, assim como o filho da humanidade".[41]
Marcião contrapunha o deus do Antigo Testamento ao deus de Jesus Cristo, para ele a criação era obra de um deus maligno, o Demiurgo, apresentado na Bíblia judaica. Segundo Marcião, o Pai de Jesus não tinha nada em comum com o Deus judaico do juízo e da guerra, o deus do Antigo Testamento, juiz potente, justo, colérico, cruel, mesquinho, capaz de afirmar: «Eu formo a luz, e crio as trevas; faço a paz, e crio o mal; eu sou Jeová que faço todas estas coisas.» (Isaías 45:7), esse deus não poderia ser o mesmo pai de Jesus Cristo.[42] Coerente ao seu pensamento, Marcião não só rejeitou a Bíblia judaica como Escritura Sagrada, na luta pela mensagem pura, mas também os escritos do neotestamentários em que predomina a tradição judaica.[43]