http://politicaedireito.org/br/wp-content/uploads/2017/02/Os-Eua-e-a-Nova-Ordem-Mundial-Alexandre-Dugin.pdf
Um trecho
´A escatologia cristã exerce considerável influência sobre sua visão histórica.
Apesar de sua orientação eminentemente política, trata-se de um cristão
ortodoxo, praticante, seguidor dos chamados “velhos ritualistas“. “O espírito
ortodoxo é contemplativo, apofático, hesicasta, comunitário e decididamente
anti-individualista. O alvo francamente declarado da ortodoxia é a ‘deificação’ do
homem pela via ascética, via descrita em termos puramente esotéricos e
utilizando-se de procedimentos iniciaticos”.4 Dugin diferencia duas vias
espirituais prototípicas, remetendo-se à clássica distinção hindu entre os dois
caminhos possíveis de redenção — a jnana (gnose) e bhakti (devoção). Ele o faz
com diverso sentido: para ele há a “via da mão esquerda” e a “via da mão
direita”, distinção que curiosamente poderia apresentar, em determinadas
aplicações, mais similaridade com os conceitos nietzschianos de dionisíaco e
apolíneo do que propriamente com a dicotomia clássica védica ou ainda com o
conceito tântrico que utiliza os mesmos termos. A via da mão esquerda é
simultaneamente a via do revolucionário e a via do sofrimento e também é,
segundo o filósofo russo, a verdadeira via da gnose. Essa “via do vinho” é
“destrutiva, terrível, e nada conhece além da cólera e da violência. Para aquele
que segue essa via, toda a realidade é percebida como um inferno, como um
exílio ontológico, uma tortura...”,5 ao passo que na via oposta, ou seja, a via da
mão direita, a realidade parece ser “boa” e “adequada”. Constitui aspecto
inovador desse ponto de vista o agrupar dentro dessa mesma categoria gnóstica
personalidades históricas tão díspares quanto Marx, Lenin, Stálin, Mao Tse Tung e
Che Guevara por um lado, e, por outro lado, Nietszche, Évola, Heidegger, Hitler
e Mussolini em virtude de guardarem uma raiz, filiação direta ou indireta, à via
gauche - em outras palavras, todos “lutam contra o Demiurgo mau, criador de
um mundo condenado”.6
Tenho muito respeito pelo Olavo de Carvalho mas , Alexander Dugin tem muito mais conhecimento .
Um trecho
´A escatologia cristã exerce considerável influência sobre sua visão histórica.
Apesar de sua orientação eminentemente política, trata-se de um cristão
ortodoxo, praticante, seguidor dos chamados “velhos ritualistas“. “O espírito
ortodoxo é contemplativo, apofático, hesicasta, comunitário e decididamente
anti-individualista. O alvo francamente declarado da ortodoxia é a ‘deificação’ do
homem pela via ascética, via descrita em termos puramente esotéricos e
utilizando-se de procedimentos iniciaticos”.4 Dugin diferencia duas vias
espirituais prototípicas, remetendo-se à clássica distinção hindu entre os dois
caminhos possíveis de redenção — a jnana (gnose) e bhakti (devoção). Ele o faz
com diverso sentido: para ele há a “via da mão esquerda” e a “via da mão
direita”, distinção que curiosamente poderia apresentar, em determinadas
aplicações, mais similaridade com os conceitos nietzschianos de dionisíaco e
apolíneo do que propriamente com a dicotomia clássica védica ou ainda com o
conceito tântrico que utiliza os mesmos termos. A via da mão esquerda é
simultaneamente a via do revolucionário e a via do sofrimento e também é,
segundo o filósofo russo, a verdadeira via da gnose. Essa “via do vinho” é
“destrutiva, terrível, e nada conhece além da cólera e da violência. Para aquele
que segue essa via, toda a realidade é percebida como um inferno, como um
exílio ontológico, uma tortura...”,5 ao passo que na via oposta, ou seja, a via da
mão direita, a realidade parece ser “boa” e “adequada”. Constitui aspecto
inovador desse ponto de vista o agrupar dentro dessa mesma categoria gnóstica
personalidades históricas tão díspares quanto Marx, Lenin, Stálin, Mao Tse Tung e
Che Guevara por um lado, e, por outro lado, Nietszche, Évola, Heidegger, Hitler
e Mussolini em virtude de guardarem uma raiz, filiação direta ou indireta, à via
gauche - em outras palavras, todos “lutam contra o Demiurgo mau, criador de
um mundo condenado”.6
Tenho muito respeito pelo Olavo de Carvalho mas , Alexander Dugin tem muito mais conhecimento .