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Ai está um belo tapa na cara daqueles que apoiam e defendem com entusiasmo as ações dos Estados Unidos no Oriente Médio contra o terrorismo. Os EUA usam o falso discurso do combate ao terrorismo para satisfazer seus interesses mesquinhos.

Ai está o testemunho de alguém de dentro do sistema que acompanhou de perto a coisa. Leiam:

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A ROSA


Spenser Rapone, veterano de 26 anos que participou da Guerra no Afeganistão, escreveu uma nota explicando seu protesto contra o Exército dos Estados Unidos que levou à sua renúncia nessa segunda-feira, 18/06/2018:


Tapa na cara 35796010



"Eu sou um veterano de combate com o First Ranger Battalion [Primeiro Batalhão Ranger], recente graduado em West Point [Academia Militar dos Estados Unidos] e um ex-segundo tenente que estava no Forte Drum em Nova Iorque. Desde que me identifiquei como socialista, tem havido muita controvérsia gerada por várias de minhas declarações públicas.

Começou com o meu post em rede social, no qual expressei meu apoio total e entusiástico ao ex-quarterback do San Francisco 49ers [time profissional de futebol americano], Colin Kaepernick, em sua luta contra a injustiça racial, a supremacia branca e a brutalidade policial. Depois de revelar uma foto minha de uniforme com a hashtag #VeteransForKaepernick [#VeteranosPorKaepernick], fui recebido com solidariedade de meus colegas soldados, bem como por um duro retorno de minha cadeia de comando.

Até hoje, mantenho as minhas convicções, apesar dos esforços de oficiais superiores em me pressionarem ao silêncio. Eu acredito que defender os explorados e os oprimidos é a coisa mais honrosa que podemos fazer como pessoas. Nenhum trabalho deve dificultar ou reprimir essa busca e é por isso que decidi renunciar à minha comissão como oficial do Exército dos Estados Unidos. Minha renúncia condicional foi negada pelo secretário do Exército. Em vez disso, os militares me forçaram a submeter uma renúncia incondicional ou comparecer perante uma comissão de inquérito - um julgamento antagônico no qual um júri de oficiais superiores determinaria meu destino. Em vez de me submeter às palhaçadas do que equivale, na melhor das hipóteses, a um julgamento como show, ofereci minha renúncia incondicional. Julgando-me uma última vez, os militares determinaram que o caráter do meu serviço como "other than honorable" [uma dispensa severa do exército que nega benefícios ao veterano]. Apesar do prolongamento de meu tempo em serviço, cheguei à conclusão de que deixar as forças armadas completamente, em qualquer circunstância, é o único caminho moral a seguir. Durante essa provação, aprendi que estou longe de estar sozinho em meus sentimentos de desilusão e traição dentro da hierarquia militar dos EUA.

Quando adolescente, acreditava que o exército dos Estados Unidos era uma força do bem para o mundo. Eu pensei que me inscrevi para lutar pela liberdade e pela democracia, para proteger meus entes queridos e meu país de danos. Minhas experiências me mostraram o contrário.

Depois de testemunhar a destruição sem sentido no Afeganistão durante meu posto de combate na província de Khost no verão de 2011, eu sabia que nossas guerras deveriam ser paradas. Fui designado para o meu pelotão como assistente de metralhadora. Participei de missões onde seres humanos foram mortos, capturados e aterrorizados. No entanto, o horror causado pelos militares estadunidenses no exterior não se limita apenas aos combates. Algumas noites, não fizemos nada além de caminhar por uma aldeia. Assim, quanto mais tempo eu passava lá, ficava mais aparente que a mera presença de uma força de ocupação era uma forma de violência. Minhas ações no exterior não ajudaram e não protegeram ninguém. Eu me sentia como se fosse pouco mais que um bully [valentão], cercado pelos militares mais bem armados e tecnologicamente avançados da história, em um dos países mais pobres do mundo. Eu vi muitos dos meus colegas soldados ansiosos para levar a cabo a violência em nome da violência. Não há honra em tal sede de sangue, muito pelo contrário. Vi em primeira mão como a política externa estadunidense procurou realizar a subjugação de pessoas pobres e não-brancas para roubar recursos naturais, expandir a hegemonia americana e extinguir a autodeterminação de qualquer grupo que ousasse se opor ao império. Idealista e ainda sem uma visão de mundo coerente, eu pensei que, talvez, perseguir uma comissão de oficial me permitisse mudar as coisas e ajudar a acabar com a loucura. Eu estava errado.

Logo me ocorreu quão difundido é o complexo militar-industrial. Eu estudei, examinei minhas próprias experiências e comecei a compreender mais completamente os horrores e o impacto do imperialismo estadunidense. Aprender que mais de um milhão de pessoas perderam a vida desde o 11 de setembro - a grande maioria sendo civis inocentes - começou a me assombrar. Ver que até um trilhão de dólares por ano estavam sendo desviados da educação, da saúde e da infraestrutura nos EUA para apoiar nossas 800 bases militares ao redor do mundo, começou a sentir cada vez mais enlouquecedor. Dentro do próprio exército, uma em cada três mulheres é agredida sexualmente. A morte do ex-jogador de futebol e então soldado, Pat Tillman, por fogo amigo foi encoberta para vender uma guerra. Os generais responsáveis por crimes de guerra - da destruição desenfreada de aldeias afegãs e iraquianas à construção de prisões de tortura - são recompensados com elogios e poder político. Essas verdades tristes e desonrosas tornaram-se crescentemente impossíveis de ignorar. Os militares não eram a instituição nobre e altruísta que os comerciais e os filmes de Hollywood faziam parecer - longe disso.

Em West Point, logo me vi em conflito com meu futuro papel como alguém encarregado de liderar soldados para a batalha. No entanto, deixar West Point depois do meu primeiro ano significaria retornar às fileiras de alistados ou encontrar uma maneira de conseguir um quarto de milhão de dólares para pagar a academia de volta. Então eu aguentei, esperando encontrar uma maneira de conciliar essa contradição. Novamente, eu estava errado. Ao retornar ao Forte Benning, Geórgia, para começar meu treinamento como oficial de infantaria após a formatura, eu estava tomado de pavor. Era como se eu estivesse em um lugar simultaneamente familiar e desconhecido. Haviam coisas que notei que o meu eu de 18 anos não poderia ter reconhecido antes. O mais impressionante é que observei o escopo da lavagem cerebral dentro das fileiras, de homens de infantaria carecas e corte buzz-cut, na maioria adolescentes, recém-saídos do treinamento, a universitários ansiosos por liderar aqueles soldados ingênuos na próxima guerra dos Estados Unidos. Senti-me testemunha de uma ilusão coletiva - uma de que eu já fui parte, mas que de algum modo milagroso consegui escapar. Depois de quase um ano lá, enquanto me preparava para mudar para meu novo posto no Forte Drum, uma coisa ficou clara: não posso mais fazer parte disso. Não posso matar nem morrer pelos militares americanos - ninguém deveria.

Eu sei que não estou sozinho em me sentir assim. Meus sentimentos e minhas experiências não são uma anomalia. Eu sei, porque eu tive conversas com outros que expressaram os mesmos sentimentos.

Você que está lá fora, caso venha a seguir os mesmos passos que eu, eu estou com você. Embora o prospecto seja assustador, unidos temos muito mais poder do que todos os generais e políticos juntos. Nós possuímos a capacidade de parar toda essa máquina militar. Já é hora de vivermos com a confiança e o respeito que nos foram concedidos pelo povo. Que nosso amor mútuo pela humanidade e nosso desejo de libertação e paz sejam nossos princípios orientadores.

Mais importante ainda, vamos encontrar uma causa comum com o povo do Afeganistão, Iraque, Palestina, Iêmen, Síria, Líbia e tantos outros que sofreram a mando dos Estados Unidos. Para aqueles soldados de quem ouvi retorno, e para aqueles que ainda não, espero que você também tenha a coragem de abaixar suas armas comigo e recusar suas ordens de matar e morrer pelo benefício das elites da classe dominante às grandes despesas do resto de nós. A liberdade está do outro lado. Juntos, vamos lutar para acabar com essas guerras trilionárias intermináveis e vamos nos unir aos nossos irmãos e irmãs ao redor do mundo para acabar com todas as formas de exploração, opressão e violência sem sentido".

Traduzido do inglês:
https://www.truthdig.com/articles/the-west-point-soldier-who-called-it-as-he-saw-it/

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É a realidade do mundo, A guerra

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Interessante, phisikys.

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Nem tinha que existir exército nenhum. E vem um viadinho com camisa de psicopata racista reclamar da opressão dos EUA. Tinha que ir ele e o exército americano pra puta que os pariu.

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