Edições genéticas em seres humanos, qual sua opinião?

Atualmente, já é possível fazer edições genéticas em partes específicas do DNA. Porém, a técnica ainda não pode ser usada em humanos por conta de mutações em outras partes indesejáveis do DNA (resumindo bem por cima). Porém, caso seja possível editar os genes de humanos com toda a segurança, qual sua opinião no aspecto ético sobre a edição genética em humanos? Para que tipos de casos isso seria tolerável e em que casos não?

Bom, dependendo da "edição", humanos podem simplesmente banalizar a morte em vários casos, o que é fantástico, mas...

O dilema ético que eu vejo é: comercialização.

Não sei se seria possível, mas algo como "banalizar" a morte poderia abrir brechas para um conflito de interesses de gigantes, o que gera risco de conflitos reais envolvendo grandes aglomerados com um interesse em comum. Tenho certeza que as seitas religiosas seriam as primeiras à causarem por aí, dps haveria intensificação de raids e espionagem entre os Estados, as empresas e por aí vai.

Não vou me aprofundar muito sobre DNA/Genes, mas o completo domínio da informação e sua modificação permitiria que nós fabricássemos células e consequentemente tecidos, órgãos, sistemas etc. Imagine que eu tenho câncer, basta inserir nano robôs ou qualquer outra coisa que modifique o DNA das células cancerígenas para que estas voltem ao normal. Ou mesmo, se eu tiver um braço amputado, basta que eu fabrique outro e implante no lugar, fazendo as células se comportarem da maneira que eu desejar para cicatrização, adaptação, não rejeição etc etc.

Qualquer doença e vários tipos de danos ao corpo podem ser facilmente ser corrigidos de forma 100% efetiva e sem danos colaterais.

Há um filme que insere um grande dilema moral e ético quanto à manipulação livre do DNA, se chama A Ilha, onde clones de pessoas comuns são criados em uma ilha, lá é a caverna de Platão, eles vivem numa distopia e desconhecem o resto do mundo, onde o único destino dos clones é servir de "peça de reposição" para seus donos.

Um gêmeo idêntico ou univitelino é literalmente um CLONE de seu semelhante, o zigoto em algum momento se dividiu e se separou, assim ambos se desenvolveram separadamente mas possuem EXATAMENTE o mesmo DNA, dessa forma, somente fatores ambientais (externos) geram mudanças que podem ser significativas ou não na formação dos fetos e tudo mais. Dessa forma, o filme trabalha com esse dilema, onde vc compra o passe etc, faz seu clone e o envia para a ilha, lá ele cresce, se casa e tal, vive normalmente, até o momento que vc precisar dele para algum transplante de órgão ou algo do tipo, para ser abatido e usado como simples peça de reposição.

Enfim, não leio muito sobre o assunto, mas acho interessante tudo isso e vejo com certa preocupação o advento de tal capacidade para nós, sla como seria o mundo dps disso 

Não acho que o negócio de clones seria usado... E o uso de edições genéticas para a medicina é um ponto positivo, mas a técnica pode ser usada pra outras coisas. Por exemplo, você pode criar pessoas editadas para serem melhores nos esportes, pode criar pessoas que terão mais aptidão física pra serem soldados (apesar disso ser meio inútil na era dos AIs), pode criar pessoas com mais chances de serem inteligentes pra ser uma elite intelectual do país, pode editar a cor dos olhos da criança, pode mudar características que você não goste, e por aí vai...

Não acho que o negócio de clones seria usado...

Mas já é usado de certa forma (mercado negro de órgãos), e pode ser extrapolado para coisas mais doentias ainda como produção de bonecos(as) sexuais etc.

... mas a técnica pode ser usada pra outras coisas. Por exemplo, você pode criar pessoas editadas para serem melhores nos esportes, pode criar pessoas que terão mais aptidão física pra serem soldados (apesar disso ser meio inútil na era dos AIs), pode criar pessoas com mais chances de serem inteligentes pra ser uma elite intelectual do país, pode editar a cor dos olhos da criança, pode mudar características que você não goste, e por aí vai...

Então, aí entra os grandes aglomerados com certo poder, ficará difícil diferenciar um transgênico de um "natural", o que pode gerar um caos em várias áreas como o esporte que tu citou.

De resto, acho que o dilema ético é mais voltado para o que podemos chamar de autopropriedade, um indivíduo qualquer é dono de si mesmo e somente ele pode fazer modificações NELE após certa idade, com avaliação psicológica, psicotécnica, médica etc, com consentimento e mediante contrato pacta sunt servanda, além de devido registro que diminua o risco de fraude.

Criar gente do 0 pra mim é errado e pode acarretar em problemas psicológicos sérios às vítimas da manipulação.

Partes mais técnicas como o tipo de contrato, o tipo de privacidade para determinadas operações etc, já é bem mais complicado de avaliar, mas acho que não seria lá um apocalipse, só vejo as pessoas sendo mais preconceituosas, afinal, como uma cirurgia plástica, você poderia modificar seu genótipo e consequentemente após vários procedimentos, modificar seu fenótipo, haveriam Michael Jacksons por aí, mudando de cor, de tamanho, peso, tudo. 

O que na realidade intensificaria as discussões acerca da "ditadura dos padrões de beleza", da "aceitação social"... Essas coisas ae, mas fraudes seriam um enorme problema de qualquer forma, por mim tinha que etiquetar os modificados ae 

Mas já é usado de certa forma (mercado negro de órgãos), e pode ser extrapolado para coisas mais doentias ainda como produção de bonecos(as) sexuais etc.

Não tenho informação se algo assim é usado no mercado negro de órgãos, porque não sei se faria sentido colocar um órgão que ainda não cresceu igual ao de um adulto em alguém (e a pessoa teria que pedir com muito tempo de antecedência). E sobre bonecos sexuais, por que fariam algo assim? o.O Iriam só ter mais custos, com riscos exatamente iguais... Talvez possa ter ocorrido alguma vez, mas é algo tão difícil que eu nunca ouvi falar...

Então, aí entra os grandes aglomerados com certo poder, ficará difícil diferenciar um transgênico de um "natural", o que pode gerar um caos em várias áreas como o esporte que tu citou.

Vai ser impossível descobrir quem é editado. Diferente de transgênicos, que possuem uma cópia nova de um gene de interesse, na edição genética, você simplesmente vai lá e edita 1 único nucleotídeo pra outro que você quer no lugar, mudando um alelo menos favorável para um outro mais favorável. Porém, sem dúvidas isso seria um dos usos, mesmo...

De resto, acho que o dilema ético é mais voltado para o que podemos chamar de autopropriedade, um indivíduo qualquer é dono de si mesmo e somente ele pode fazer modificações NELE após certa idade, com avaliação psicológica, psicotécnica, médica etc, com consentimento e mediante contrato pacta sunt servanda, além de devido registro que diminua o risco de fraude.

Faria sentido, mas provavelmente muitos pais vão querer ter esse poder para si (além de que muitas coisas não podem ser alteradas depois que a criança se desenvolveu, por exemplo, algumas doenças que afetam durante o próprio desenvolvimento da criança.

Criar gente do 0 pra mim é errado e pode acarretar em problemas psicológicos sérios às vítimas da manipulação.

Não seria bem criar do zero, seria editar alguns alelos pra outros que já existem naturalmente em outras pessoas.

Partes mais técnicas como o tipo de contrato, o tipo de privacidade para determinadas operações etc, já é bem mais complicado de avaliar, mas acho que não seria lá um apocalipse, só vejo as pessoas sendo mais preconceituosas, afinal, como uma cirurgia plástica, você poderia modificar seu genótipo e consequentemente após vários procedimentos, modificar seu fenótipo, haveriam Michael Jacksons por aí, mudando de cor, de tamanho, peso, tudo.

Concordo.

O que na realidade intensificaria as discussões acerca da "ditadura dos padrões de beleza", da "aceitação social"... Essas coisas ae, mas fraudes seriam um enorme problema de qualquer forma, por mim tinha que etiquetar os modificados ae

Faz sentido a primeira parte... Mas etiquetar os editados seria inviável E prejudicial aos mesmos (poderia causar preconceitos e divisão da sociedade entre os dois tipos de indivíduos)...

Mas já é usado de certa forma (mercado negro de órgãos), e pode ser extrapolado para coisas mais doentias ainda como produção de bonecos(as) sexuais etc.

Não tenho informação se algo assim é usado no mercado negro de órgãos, porque não sei se faria sentido colocar um órgão que ainda não cresceu igual ao de um adulto em alguém (e a pessoa teria que pedir com muito tempo de antecedência). E sobre bonecos sexuais, por que fariam algo assim? o.O Iriam só ter mais custos, com riscos exatamente iguais... Talvez possa ter ocorrido alguma vez, mas é algo tão difícil que eu nunca ouvi falar...

Eu quis dizer no sentido de que Clones poderiam ser usados por fãs de Naruto para esses fins específicos, já que há homicídios encomendados de pessoas X para obtenção de órgãos, e também, o desvio desses nos hospitais etc, clones podem ser feitos em países sem banco de DNA (Brasil por exemplo), rastreando ele e garantindo sua saúde para satisfazer as prioridades do seu fim.

Sobre os(as) bonecos(as), sei lá kkkk, tem maluco pra tudo, vai ver o tráfico de pessoas "exóticas" pode ser intensificado, tipo negróides com olhos azuis, albinos etc.

Então, aí entra os grandes aglomerados com certo poder, ficará difícil diferenciar um transgênico de um "natural", o que pode gerar um caos em várias áreas como o esporte que tu citou.

Vai ser impossível descobrir quem é editado. Diferente de transgênicos, que possuem uma cópia nova de um gene de interesse, na edição genética, você simplesmente vai lá e edita 1 único nucleotídeo pra outro que você quer no lugar, mudando um alelo menos favorável para um outro mais favorável. Porém, sem dúvidas isso seria um dos usos, mesmo...

Pois é, super-humanos surgiriam do nada por ae.

Bom, não exatamente 1 nucleotídeo, depende do que há de ser modificado, aí vai ter que ver a ordem dos códons, para qual finalidade tmb e tal.

De resto, acho que o dilema ético é mais voltado para o que podemos chamar de autopropriedade, um indivíduo qualquer é dono de si mesmo e somente ele pode fazer modificações NELE após certa idade, com avaliação psicológica, psicotécnica, médica etc, com consentimento e mediante contrato pacta sunt servanda, além de devido registro que diminua o risco de fraude.

Faria sentido, mas provavelmente muitos pais vão querer ter esse poder para si (além de que muitas coisas não podem ser alteradas depois que a criança se desenvolveu, por exemplo, algumas doenças que afetam durante o próprio desenvolvimento da criança.

Sob restrito uso para fins medicinais tudo bem, o problema é mesmo na escolha de determinadas características físicas que afetem puramente a estética, tô até vendo que iam ter modelos base pra tu construir tua criança com base no seu DNA e de sua esposa , tipo The Sims saca? 

Criar gente do 0 pra mim é errado e pode acarretar em problemas psicológicos sérios às vítimas da manipulação.

Não seria bem criar do zero, seria editar alguns alelos pra outros que já existem naturalmente em outras pessoas.

Mas aí é que está, podem criar corpos sem um sistema nervoso desenvolvido e operante só para testes de vacinas, acidentes, sla esse tipo de coisa, e além disso, podem tmb criar do 0 um super humano, um super soldado... Escolhendo características favoráveis para o objetivo à ser cumprido.

O que na realidade intensificaria as discussões acerca da "ditadura dos padrões de beleza", da "aceitação social"... Essas coisas ae, mas fraudes seriam um enorme problema de qualquer forma, por mim tinha que etiquetar os modificados ae  

Faz sentido a primeira parte... Mas etiquetar os editados seria inviável E prejudicial aos mesmos (poderia causar preconceitos e divisão da sociedade entre os dois tipos de indivíduos)...