@Lipert, você acusa o projeto de manipulação política eleitoral, no entanto não é justamente isso que o Sr. Arthur do Val está fazendo nesse mesmo vídeo? Esse discurso polarizado de combate ao comunismo é o mesmo que foi utilizado por Getúlio Vargas para dar início ao
Estado Novo, o mesmo utilizado pelos militares para justificar o
Regime Militar. São mais de 80 anos de combate a um inimigo invisível que almeja subverter os valores culturais brasileiros através da alienação acadêmica para assim utilizar a população como massa de manobra, mas isso já não é realidade desse país? Faculdades públicas elitizadas, escolas sucateadas, ensino básico insatisfatório, alta taxa de analfabetismo funcional... nada disso é consequência de um governo exclusivo, mas sim de uma série de gestões com o mesmo objetivo:
se manter no poder! Enquanto Márcio França está manobrando a comunidade LGBTQ para se manter no poder, Arthur do Val está manipulando os conservadoristas sociais para acender ao poder. Para acender e se manter no poder vale tudo, por isso toda essa polarização é falha, uma vez que a história da política do nosso país mostra que políticos e partidos tendem a mudar suas bandeiras e aliados conforme convém.
Agora a respeito daquilo que você define como ponto central do tópico: eu não represento toda a comunidade LGBTQ, porém não desejo e nem noto uma imposição de ideologia de gênero e sexualidade LGBTQ sob crianças, o que eu espero é viver em uma sociedade onde diferenças de gênero e sexualidade sejam respeitadas, o que nesse momento é uma realidade distante, pois já há uma imposição de ideologia de gênero e sexualidade em vigor na nossa sociedade, uma ideologia que impõe a heteronormatividade e cisnormatividade, mas que por defender os padrões "
tradicionais" não gera revolta. A nossa sociedade tolera apresentadoras de programas infantis seminuas, conteúdo heterossexual implícito na televisão, comerciais que promovem a objetificação da mulher e brinquedos que ensinam garotas a serem boas mães e donas de casa. Não é atoa que ninguém me recriminou quando aos 4 anos disse que estava namorando com
uma colega de classe, agora se tivesse dito que estava namorando
um colega de classe no mínimo teria levado uma surra. 15 anos depois o beijo gay em novelas ainda é um tabu, discussão de gênero e sexualidade mesmo no ensino médio é doutrinação e assédio sexual continua sendo um problema.
Por último gostaria de dizer que me senti pessoalmente ofendido a tentativa de me convencer através da Inês Brasil, um político LGBTQ não me representa automaticamente apenas por compartilharmos a mesma sexualidade, quem dirá uma pessoa que é apenas um "
meme" dentro da comunidade. Entenda, Não é por ser bissexual que...
...estou indeciso
...me visto de mulher
...quero ser tratado no feminino
...sou esquerdista
...sou passivo
...sou promíscuo
...sou pedófilo
...(
substitua por qualquer esteriótipo)
Minha sexualidade só defini minhas preferências sexuais.