"é provável que essa ideologia matou mais que o nazismo"
Você deve estar brincando, não?
Você deve estar brincando, não?
@Eumenes escreveu:"é provável que essa ideologia matou mais que o nazismo"
Você deve estar brincando, não?
@Fallen escreveu:Se ao usar o termo "abolido" você se refere a proibição/criminalização: pessoas que se manifestassem descontentes com a desigualdade social/econômica seriam facilmente incluída no conjunto. Caso o uso do termo "abolido" seja no sentido exato da palavra: só o pode ser feito de maneira democrática.
Se o Comunismo nunca foi posto em prática, como ele poderia ser abolido?
O comunismo não existiu ainda entre nós, pois até o momento não foi experimentado e nem tentado. Apenas chegamos a experimentar o Socialismo, a exemplo de Cuba e da URSS.
O socialismo não matou ninguém, pois é uma ideia. Quem foi responsável pela morte de milhares de pessoas na URSS foi Stalin e seus comandados.
Hitsudeg escreveu:Se houvesse nos EUA no poder governamental, maioria de governantes e politicos da KKK, a KKK não seria criminalizada, assim ocorre tambem no Brasil com o comunismo/socialismo, mas as operações da pf vão retirar todos eles, e os poucos que sobrarem nada poderão fazer.
hoje temos o nacional socialismo [ socialismo nacionalista dos alemães ] banido, logo logo teremos o internacional socialismo [ socialismo stalinista/lenista ] banido tambem, é questão de tempo.
Yagi Toshiaki escreveu:Se com socialismo você quer dizer social democracia, então tudo bem.
Caso esteja falando do Socialismo Marxista, então tá tudo errado. A síntese de desalienação das massas é um ideal tão devastador quanto o Nazismo, basta que troque Judeus por Burgueses (que dá na mesma na prática).
Comunismo é um estado pós Socialismo, não é bem um esforço conjunto, é mais uma ordem "natural" fora do ciclo da dialética materialista. Mas os fins não justificam os meios, a teoria Marxista é pior que a Nazista (Nazismo ao menos é organicista).
Uman escreveu:É exatamente disso que falo. As pautas socialistas dentro do âmbito democrático são extremamente necessárias para que haja equilíbrio entre o nosso sistema vigente que se baseia majoritariamente no consumo e no individualismo. Eu particularmente não sou fã de julgar que "x" sistema é melhor que "y", primeiro porque na teoria é tudo lindo e maravilhoso, mas na prática as coisas saem um pouquinho de órbita.
O que eu sei, porém, é que todos os sistemas mencionados possuem ao menos um aspecto positivo.
HECK, não me interpretem mal, mas mesmo o nacionalismo proposto por Hitler é um modelo a ser compreendido enquanto fenômeno histórico e adaptado às nossas realidades. Para isso serve a história: Compreender os processos históricos para não repetir os cenários catastróficos, mas reproduzir o que foi benéfico para a humanidade.
Eu não colocaria tais modelos socioeconômicos como bons ou ruins, pois para isso - como comentei antes - seria necessário uma nova era intelectual e humana, onde as pessoas estão mais cientes de sua posição dentro de uma sociedade. Para que tais modelos sejam de fato postos em prática, todos os participantes devem estar "sintonizados e sincronizados" dentro da vida e das atividades sociais.
É possível apontar erros nas "tentativas" que deram errado? Sim! Mas demonizar o sistema em si, ao menos do ponto de vista teórico (compreendendo seu contexto histórico) é equivocado, pelo menos na minha opinião.
Yagi Toshiaki escreveu:Não no sentido das tentativas, mas da teoria em si.
É o ápice do pensamento revolucionário. A revolução é a tomada do poder pelo proletariado, depois, o Socialismo é o estabelecimento do que virá a ser o pensamento hegemônico (Comunismo), as tensões e amores da sociedade devem ser reprimidos e atenuados.
Representa a saída do Estado da Natureza que Rousseau, Maquiavel, entre outros, teorizaram as diferentes organizações sociais afim de chegar numa serenidade, no entanto, nenhum deles (NENHUM) ousou negar o comportamento padrão da sociedade (buscar a ordem e suprir suas necessidades através de livres trocas e associações).
Marx representa a quebra de tudo, é o famoso destruir para construir. Para que a humanidade se liberte do ciclo Dialético Materialista, é preciso que tudo dentro deste ciclo também seja destruído.
Individualismo e capitalismo, tudo deve passar por um filtro revisionista para que se torne o Coletivismo Comunista. Toda e qualquer ideia que remeta ao penamento materialista anterior deve desaparecer, seja ela religião ou mesmo direitos naturais já bem difundidos como a Propriedade Privada.
O erro de cálculo que Marx e Engels não previram foi que o Estamento Burocrático pode vir à se tornar o Status Quo vigente na medida em que ele sobrepassa a Burguesia, aí tudo converge pra tirania e temos as inúmeras e fracassadas tentativas de Socialismo no século passado.
Minha crítica está mais voltada à teoria em si, na prática como vc bem disse, sempre dá ruim kkk. Diria que o Marxismo é ruim pq sua análise é ruim, mas não incluindo as várias outras correntes de pensamento derivadas deste (até pq não as conheço muito bem).
Gaius escreveu:Socialismo não necessariamente discrimina, é verdade.
Eles simplesmente ASSALTAM, à mão armada mesmo.
Uman escreveu:Este é um ponto interessante. Marx toca justamente nesta questão que só foi tangenciada pelos pensadores anteriores. Ele dá a visão (digamos assim: Uma resposta para esta equação) dele sobre isso de acordo com o momento histórico vivido.
É por isso que eu insisto dizendo que, apesar de eu particularmente não ser defensor de ideologia X em detrimento da Y, não acredito que se tais filósofos e pensadores vivessem no mundo de hoje, eles proporiam exatamente a mesma coisa que propunham a exatos 200 anos atrás.
E é aí que os sistemas falham; Sem levar em consideração o nosso sistema vigente e trabalhar em cima dele, não há como alterá-lo simplesmente negando-o, fingindo que ele não existe, ou pior: utilizando a força para suprimi-lo.
Aqui eu já não sei se concordo 100%. Este ponto de vista desconstrutivista de Marx deve ser encarado, hoje, como um olhar visionário sobre estas questões. Se ele tivesse vivo hoje, muito provavelmente alteraria seus escritos porque estas instituições de poder e suas relações sociais sofreram mudanças que não mais determinam como o coletivo deverá se comportar, ao menos não na totalidade.
É necessário lembrar que na época de Marx, o Estado e a Religião sempre andaram de mãos dadas, ditando as "regras" dos direitos naturais e principalmente: servindo como alicerce ideológico para coação das pessoas a agir de maneira que lhes fosse interessante.
Só que você há de convir comigo que em nenhum destes casos houve uma revolução ideológica que partiu do próprio povo, mas sim, um modo de vida novo que foi imputado àqueles que viviam naquele lugar.
Fazendo um paralelo: Dá pra empurrar o sistema capitalista para o povo Cubano, do dia pra noite, sem dar à população o tempo para transitar de um cenário para o outro, dentro do âmbito ideológico?
Dá pra empurrar o capitalismo como praticado aqui no Brasil para a China, que possui uma experiência socioeconômica única que mistura vários modelos diferentes?
Na minha opinião, o problema é este. Não adianta tentar impor uma mudança sem provocar a revolução ideológica - e a parte mais difícil é fazer isso SEM a utilização da força.
Nestas ultimas semanas o debate sobre o sistema Cubano de saúde se aprofundou nas redes sociais, e eu achei interessante.
Temos muita gente querendo equiparar a nossa realidade com a deles, sendo que são cenários totalmente diferentes. É como comparar - novamente - a realidade do Brasil, com a da China.
Na minha singela opinião, nenhum sistema utópico deste dará certo até que a ideologia da população mude *** voluntariamente ***, sem que haja qualquer efeito "cascata", ou seja: Utilização de privilégios e poder para um mero convencimento raso, que atinja a população apenas superficialmente e que não desperte um senso de comunidade real em cada indivíduo da sociedade...