Para os imbecis não ficarem repetindo igual um papagaio: VAI PRA CUBA, COMUNISTA DE IPHONE, LULA TA PRESO, dentre outras idiotices.
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A esquerda e a direita são espectros políticos muito difíceis de se distinguir quando mais você se aproxima de uma social democracia~liberalismo social. São os famosos ''centristas'', que hora apoiam medidas que se aproximam mais da esquerda, hora da direita.
O problema da esquerda e da direita no Brasil é que são grupos demasiadamente generalizados, simplificados e ridicularizados, ainda mais na política recente, com a onda de fake news.
Se você disser que é social-democrata/eleitor do Lula, muitos não vão nem sequer conseguir assimilar de forma básica o que você vai estar falando. Se você disser que é de esquerda, pronto, você é comunista vagabundo,preguiçoso e adorador de ditadores comunistas, mas é apenas um militante de telão, pois é hipócrita o bastante para viver em um regime comunista.
Se você disser que é neoliberal, adepto ao liberalismo clássico, você será no máximo taxado de intelectualzinho e ignorado pelo grande público, assim como no caso anterior da social-democracia. Mas se disser que é de direita/conservador/ eleitor do Bolsonaro, você é nazista/fascista, riquinho egoísta, racista, machista, homofóbico, misógino e por ai vai.
A ignorância política no Brasil é MUITO SÉRIA. Existe UM MUNDO INTEIRO dentro dessas 2 frentes políticas, que por sinal, tiveram sua origem conturbada na Revolução Francesa com os Girondinos e Jacobinos segundo a posição em que eles se sentavam na assembleia (nada tem haver com fascismo e comunismo
). São muitas vertentes para ser tão ridiculamente simplificados e generalizados em informações tão surreais.
Logo, para evitar toda essa confusão, é melhor nem dizer se você é de esquerda ou de direita mesmo.
Eu por exemplo, nunca fui muito de ler livros (é um defeito meu) e depois que entrei na faculdade, me afastei ainda mais da política/economia. Mas lembro que no meu ensino médio/cursinho, sempre gostava de ler aquela série de livros do Leandro Narloch (''Guia politicamente incorreto'') e concordava muito com essa visão liberal clássica, que me remota ao Adam Smith e as posições políticas de Tatcher e Reagan no Neoliberalismo. Mas nunca deixei de concordar que o estado é essencial para garantir as liberdades individuais, evitar monopólios e minimizar a desigualdade social, sendo essencial a criação de programas sociais e ''cotas'' para garantir que a maior parte possível da população usufrua desses benefícios.
Sempre tive em mente que uma gestão privada QUASE SEMPRE será superior a uma gestão pública e que por isso, setores econômicos predominantemente precisam ser privados. Mas isso nunca me fez cego e abaixar a bandeira a movimentos sociais como de igualdade étnica, direitos LGBT, feminismo e igualdade de gênero, liberdade religiosa e a constante necessidade de se defender um estado laico, que são tão importantes (ou até mais) e necessários para a evolução do Brasil, quanto tirar o país da recessão e do desemprego.
Não sei me definir como esquerda e nem direita ao certo, pois consigo olhar benefícios claros em ambos os pontos. Acredito que transito entre o liberalismo clássico (políticas neoliberais) e o liberalismo social~social democracia.