Aburame Hidan escreveu: Quem tá colocando a culpa nele nunca leu porra nenhuma do cara e não faz a menor ideia do que está falando, fato. É um dos intelectuais mais citados no mundo inteiro e tem o método aproveitado em vários lugares por institutos educacionais. Acontece que seu método não foi amplamente aplicado no Brasil, só leigo acha isso.
Eu já comecei um curso de licenciatura e, certa vez, pensei nisto, em como podemos aprender com a experiência direta e troca com os alunos, pois torna o mestre mais versátil. "Como eu posso tornar essa aula interessante e útil para o aluno?" me perguntava, e depois descobri durante as aulas de pedago que a resposta Freire já tinha, que ele já dizia isso sobre a relação entre aluno e professor. A melhor maneira de tornar a aula agradável ao aluno e evoluir enquanto mestre é dando-o voz e descobrindo como o conteúdo seria aplicável a sua realidade. Você aprende com os próprios erros e estimula o aluno ao mesmo, além de mostrar a aplicabilidade do conteúdo no mundano, usando-o para a edificação de um social melhor. Por isso o método da pedagogia crítica é amplamente usado e defendido por estudiosos da área no mundo inteiro.
Mas não é isso que acontece, os professores estão desestimulados e só jogam a matéria de forma decorativa, ou seja, não tem como dizer que Freire foi aplicado de fato. Ninguém sabe para que serve o saber, e isso não condiz com o método.;
Sobre achar que isso "estimula o desrespeito" vão me desculpar, mas é a mais pura burrice. O que estimula isso é a desvalorização da profissão e o ambiente escolar e de criação de muitos alunos. É um problema estrutural do BR, não surgiu com o método. Se o problema fosse ele o mesmo não teria alfabetizado três salas de cortadores de cana em pouco mais de um mês, isso lembrando que alfabetização na idate adulta é bem mais complexa.
E, bem, eu estudei em escola particular no EM e posso garantir que lá sim, existia Freire em algumas matérias, pois existia troca de saberes, diálogo (várias aulas inteiras só de discussão) e evidenciação da aplicabilidade do conteúdo na realidade do alunos. Até acho que um professor mais bonzinho abria brechas para aluno folgado, mas isso não existia pq a estrutura da escola NÃO PERMITIA e o DAVA AUTORIDADE, algo que não se vê em escolas mais carentes.
E o regime militar foi uma merda, sangra os olhos ver nego defendendo essa porra em pleno 2k19. Aliás, o método Freireano não foi aplicado JUSTAMENTE por conta de 64, e isso nunca chegou a mudar, salvo exceções como nas estaduais RS do Brizola e nas antigos CIEPS que não mais existem. https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_Paulo_Freire <- ler "história"
Só comparar o nível de educação de quem estudou na época do regime com os alunos atuais. Retrocedemos pra caramba em questão de educação. Os alunos não aprendem nada (e não querem aprender), os pais não dão a mínima, os professores (não todos, claro, mas alguns) se aproveitam pra produzir uma massa de manobra política, e por aí vai.
Como eu disse, o que falta é seriedade e rigor, e não conversa mole cheia de frases bonitas (muitas das quais o Chapéu de Palha está nos fazendo o favor de mostrar). Frases bonitas podem inspirar, mas a mudança só vem com esforço e seriedade de todas as partes.
Existem, sim, coisas que você precisa decorar sem saber (a princípio) a utilidade. É a vida, os alunos que se habituem a isso desde cedo, igual fazem em todos os países desenvolvidos do mundo.