Mises escreveu: Na Inglaterra do século XVIII, o território só podia dar sustento
a seis milhões de pessoas, num baixíssimo padrão de vida. Hoje,
mais de cinquenta milhões de pessoas aí desfrutam de um padrão de
vida que chega a ser superior ao que desfrutavam os ricos no século
XVIII. E o padrão de vida na Inglaterra de hoje seria provavelmen-
te mais alto ainda, não tivessem os ingleses dissipado boa parte de
sua energia no que, sob diversos pontos de vista, não foram mais
que “aventuras” políticas e militares evitáveis.
Estes são os fatos acerca do capitalismo. Assim, se um inglês –
ou, no tocante a esta questão, qualquer homem de qualquer país do mundo – afirmar hoje aos amigos ser contrário ao capitalismo, há
uma esplêndida contestação a lhe fazer: “Sabe que a população des-
te planeta é hoje dez vezes maior que nos períodos precedentes ao
capitalismo? Sabe que todos os homens usufruem hoje um padrão
de vida mais elevado que o de seus ancestrais antes do advento do
capitalismo? E como você pode ter certeza de que, se não fosse o
capitalismo, você estaria integrando a décima parte da população
sobrevivente? Sua mera existência é uma prova do êxito do capita-
lismo, seja qual for o valor que você atribua à própria vida.”
Não obstante todos os seus benefícios, o capitalismo foi furiosa-
mente atacado e criticado. É preciso compreender a origem dessa
aversão. É fato que o ódio ao capitalismo nasceu não entre o povo,
não entre os próprios trabalhadores, mas em meio à aristocracia
fundiária – a pequena nobreza da Inglaterra e da Europa continen-
tal. Culpavam o capitalismo por algo que não lhes era muito agra-
dável: no início do século XIX, os salários mais altos pagos pelas
indústrias aos seus trabalhadores forçaram a aristocracia agrária
a pagar salários igualmente altos aos seus trabalhadores agrícolas.
A aristocracia atacava a indústria criticando o padrão de vida das
massas trabalhadoras.
Obviamente, do nosso ponto de vista, o padrão de vida dos tra-
balhadores era extremamente baixo. Mas, se as condições de vida
nos primórdios do capitalismo eram absolutamente escandalosas,
não era porque as recém-criadas indústrias capitalistas estivessem
prejudicando os trabalhadores: as pessoas contratadas pelas fábricas
já subsistiam antes em condições praticamente subumanas.
A velha história, repetida centenas de vezes, de que as fábricas
empregavam mulheres e crianças que, antes de trabalharem nes-
sas fábricas, viviam em condições satisfatórias, é um dos maiores
embustes da história. As mães que trabalhavam nas fábricas não
tinham o que cozinhar: não abandonavam seus lares e suas cozi-
nhas para se dirigir às fábricas – corriam a elas porque não tinham
cozinhas e, ainda que as tivessem, não tinham comida para nelas
cozinharem. E as crianças não provinham de um ambiente con-
fortável: estavam famintas, estavam morrendo. E todo o tão falado e indescritível horror do capitalismo primitivo pode ser refutado
por uma única estatística: precisamente nesses anos de expansão do
capitalismo na Inglaterra, no chamado período da Revolução In-
dustrial inglesa, entre 1760 e 1830, a população do país dobrou, o
que significa que centenas de milhares de crianças – que em outros
tempos teriam morrido – sobreviveram e cresceram, tornando-se
homens e mulheres.
Não há dúvida de que as condições gerais de vida em épocas
anteriores eram muito insatisfatórias. Foi o comércio capitalista
que as melhorou. Foram justamente aquelas primeiras fábricas que
passaram a suprir, direta ou indiretamente, as necessidades de seus
trabalhadores, através da exportação de manufaturados e da impor-
tação de alimentos e matérias-primas de outros países. Mais uma
vez, os primeiros historiadores do capitalismo falsearam – é difícil
usar uma palavra mais branda – a história.
Sim, sim capitalismo matou mais que socialismo, é verdade minha professora de história disse.
É complicado afirma que capitalismo matou, pois não existe ditadura capitalista, e segundo que mesmo que ele mate, o capitalismo tá a muito mais tempo do que o socialismo, só pra ter uma ideia o socialismo já matou mais que a 1,2 guerra mundial, guerra da Coréia do norte e sul e guerra do Vietnã juntas, isso em muito menos tempo que o capitalismo, e nem venha com imperialismo que isso não é livre mercado.