Pessoal, algumas discussões recentes com o pessoal do fórum me relembraram de criar esse tópico, algo que eu pretendia fazer no passado. A ideia aqui é discutir de forma ampla os genjutsus da obra, desde seu mecanismo de aplicação ao seu funcionamento, incluindo detalhes sobre genjutsus especiais. Vou iniciar com a minha leitura sobre esse tema, mas a ideia do tópico é discutirmos outras interpretações para tentar entender melhor esse ramo de jutsus tão controverso na obra.
Bom, tudo começa com o entendimento de como os genjutsus são aplicados. As primeiras explicações que tivemos na obra foram dadas no databook 1 e numa conversa do Jiraiya com o Naruto:
Essa primeira explicação é bem básica e pouco comenta sobre o mecanismo que é usado de fato.
A segunda explicação, do Jiraiya, é bem mais esclarecedora:
“Genjutsu é algo onde, aplicando ele nos cinco sentidos do oponente... você controla o chakra que flui no sistema nervoso dele.”
Com uma frase, já são abordados o mecanismo de aplicação dos genjutsus e como eles funcionam. Inicialmente, vou me ater à parte de aplicação. Os genjutsu funcionam por meio dos cinco sentidos do oponente, e sabemos pela obra que de fato este é o início da grande maioria dos genjutsus. Gens visuais requerem que a vítima enxergue uma determinada imagem. Gens sonoros exigem que a vítima ouça uma certa melodia, e por aí vai. Um ponto interessante com relação a isso foi o genjutsu do dedo, que o Itachi usou contra o Naruto. Geralmente, os usuários do Sharingan aplicam seu genjutsu usando os próprios olhos como “imagem”. Por isso a regra geral era tentar não olhar no olho do Uchiha. Mas, ao utilizar outro genjutsu, o usuário pode usar outra coisa como imagem, até mesmo um dedo:
Analogamente, esse mecanismo seria como um código inserido em uma imagem/melodia. Ao ver aquela imagem “distorcida” com o código, cria-se uma porta de entrada na mente do oponente, a partir da qual o usuário aplica o genjutsu.
Existem alguns casos especiais, que vou comentar mais pra frente, mas à principio, o funcionamento é esse.
Aqui já existe uma controvérsia bem grande, porque depois que foi destacado que o genjutsu é uma aplicação de Inton, muita gente começou a interpretar que genjutsus funcionam por meio de injeção de chakra na rede do oponente. Eu vou abordar esse tema mais pro final tbm.
Depois que o usuário tem acesso ao oponente, aí o genjutsu começa a funcionar de fato. Novamente, vamos seguir com a explicação do Jiraiya.
Juntando a parte da página anterior, temos o seguinte:
“Genjutsu é algo onde, aplicando ele nos cinco sentidos do oponente... você controla o chakra que flui no sistema nervoso dele... Em um genjutsu, o chakra de sua mente é controlado pelo oponente.”
Com essa explicação, podemos tirar as seguintes conclusões:
1. Genjutsus funcionam por meio de manipulação do chakra do oponente. Não é citado entrada de outro chakra na vítima.
2. Mais especificamente, o chakra que é controlado é o que flui diretamente no sistema nervoso. Isso indica que o que ocorre nos genjutsus está diretamente relacionado ao sistema nervoso da vítima.
Existem diversos tipos de genjutsu, mas, de modo geral, eles podem sempre ser explicados por manipulações do sistema nervoso da vítima. Ao manipular o sistema nervoso, é possível explicar quase todos os genjutsus da obra:
a) Genjutsus de paralisia (Magen: Jubaku Satsu, Mateki: Mugen onsa, Magen: Gamarinsho, etc)
Ao travar a comunicação do cérebro com o resto do sistema nervoso, é possível causar paralisia no corpo. Aliás, paraplegia na vida real ocorre justamente por esse motivo. Lesões na coluna impedem o fluxo de sinais do sistema nervoso para o resto do corpo.
Pegando os exemplos, existem níveis distintos de paralisia. Jubaku Satsu e Mugen Onsa ainda permitem controle do pescoço pra cima (Kureinai mordendo o lábio, Sasuke e Itachi virando a cabeça pra usar o gen: Sharingan), além de permitirem moldagem de chakra (Shikamaru kage mane). Ou seja, isso indica que a paralisia é estritamente corporal, e o genjutsu funciona rompendo o link do pescoço para baixo. Já o Gamarinsho está em outro nível de potência. A manipulação do sistema nervoso ocorre de tal forma que toda (ou praticamente toda) a conexão cérebro corpo é rompida. Os corpos simplesmente tombam/desmaiam no campo de batalha. Nessa potência, é provável que a vítima não consiga nem moldar chakra mais.
Observação: Uma coisa não impede a outra, gens de paralisia são acompanhados por alguma ilusão (visual/auditiva) no plano mental, que geralmente representam simbolicamente o que está acontecendo com o corpo.
b) Genjutsus ilusórios (Gen: Sharingan (Sasuke), Kokuangyo, Magen: kijo no Rokaku, etc)
Nosso cérebro processa as informações obtidas pelos cinco sentidos. Ao manipular a parte do cérebro que interpreta os sinais mandados pelos cinco sentidos, é possível criar qualquer imagem, qualquer som, e por aí vai. Aliás, esse é o mecanismo de funcionamento das alucinações na vida real.
O nível de alteração pode ser simples, como o Sasuke trocando a imagem vista pelo Danzou ao olhar para o seu braço, ou criando uma imagem falsa dele próprio morrendo pra tentar enganar o Deidara. Pode ser mais complexo, alterando a central para forçar a vítima a não enxergar nada, como o Kokuangyo do Hashirama. Ou ainda mais complexo, como o Kijo no Rokaku do Gengetsu, que força a vítima a enxergar incontáveis miragens que simulam lutas e conversam, além de apagar qualquer imagem que as vítimas teriam do corpo verdadeiro. Tudo isso é alteração do centro de percepção da no cérebro da vítima.
c) Genjutsus de controle (Genjutsu Mangekyou Sharingan, Koto Amatsukami, Gen sharingan do Itachi na mulher do clássico).
Todas as nossas ações são realizadas pelo controle do cérebro. Genjutsus de alto nível são capazes de manipular o sistema nervoso da vítima de forma mais ampla, tomando controle de suas ações. O grande diferencial do Koto Amatsukami é que ele faz isso de forma tão sutil e refinada que a vítima não tem noção que está sendo controlada, o q não é verdade em outros casos.
Existem 4 mecanismos conhecidos que podem quebrar genjutsus, dois deles abordados na explicação do Jiraiya.
a) Controlar seu próprio chakra para romper o fluxo manipulado pelo oponente.
O Jiraiya explica essa mecânica e o Naruto tenta aplica-la contra o Itachi. Primeiro, é bom destacar como fica o fluxo de uma pessoa normal e uma presa em genjutsu:
No caso da Rin, o chakra está sendo manipulado, o fluxo está completamente deturbado em várias direções. Enfim, essa tentativa para sair do Genjutsu consiste basicamente em romper esse fluxo, o resetando para o “default”, por assim dizer, encerrando o controle que esse chakra manipulado tem sobre o sistema nervoso da vítima.
No entanto, como ficou claro em Naruto v Itachi, isso nem sempre é possível, e é interessante entender a razão para isso. Essa manipulação do chakra da vítima ocorre de alguma forma, continuamente, para que a pessoa fique presa no genjutsu. E aqui, na minha visão, a explicação do databook traz um detalhe interessante:
“Desvantagens: Uso prolongado desgasta o usuário e dificilmente causa algum dano para o alvo.”
Como esse desgaste do usuário se dá?
A resposta, no meu entendimento, está no chakra. Muitos fãs da obra entendem que o mecanismo de atuação do Genjutsu é por meio de emissão de chakra para a vítima. Aí, esse chakra entraria na rede do alvo e faria o controle lá. Eu discordo fortemente disso. Eu escolhi trazer a imagem da Karin justamente pq é um contra-ponto a essa interpretação. Em nenhum momento a Karin se preocupou em verificar se o o chakra do Danzou estava dentro dela ou do Sasuke. A preocupação era ver se o próprio chakra dela ou o chakra do Sasuke estavam calmos. Se o mecanismo fosse de injeção de chakra, pq ela não se atentaria para isso, sendo sensora? Notem tbm que ela descarta com convicção a possibilidade de genjutsu ao ver que está calmo, dando a entender que não tem outra forma de cair em genjutsu.
Então como esse chakra é gasto?
Meu entendimento é que o usuário molda seu chakra na forma de Inton, ampliando sua capacidade no plano mental. Quanto mais chakra for moldado, e maior qualidade tiver esse chakra (Senjutsu- Gamarinsho), maior será o poder do usuário no plano mental.
A ideia é o seguinte, quando o usuário aplica o Gen, ele entra na mente do oponente através de uma porta (um dos cinco sentidos). A partir daí, o fluxo de chakra da vítima passa a ser manipulada por duas mentes, a da vítima e a do usuário. O que determina quem vai conseguir sobrepujar o outro nessa disputa é a quantidade/qualidade do chakra Inton e o controle de chakra. Quem tiver mais, leva a disputa. Por isso, quando o Naruto tentou tomar o controle de seu fluxo, ele perdeu pro Itachi, que tem um Inton bem mais desenvolvido e, à época, tinha um controle de chakra melhor.
Essa explicação encaixa muito bem com a obra. Ela explica pq Gens gastam chakra mas ao mesmo tempo, explicam o que esse chakra faz, já que essa cena da Karin e outras trazem fortes indícios de que o chakra não entra diretamente na vítima.
b) Dor
O segundo mecanismo conhecido é a dor, como mostrado por Shikamaru e Kurenai. Debatendo sobre esse tema surgiu um questionamento – se o genjutsu funciona via chakra no plano mental, como dor física remove genjutsus?
Isso é mais um ponto que corrobora a ideia de que todos os efeitos do genjutsu são gerados por manipulações no sistema nervoso. A dor é basicamente um sinal muito forte mandado mandado pelo sistema nervoso periférico para o central. Quanto mais forte a dor, mais forte é o sinal mandado.
A ideia para dor quebrar genjutsus é a seguinte: dependendo do nível de manipulação do sistema nervoso, a dor manda um sinal tão forte que desestabiliza a cuidadosa manipulação que o usuário está fazendo. Ou seja, se a força do sinal que está sendo manipulado for menor do que o sinal enviado pela dor, o sistema nervoso acaba voltando para o “default” tbm. Comparando com o primeiro mecanismo, é como se este atacasse diretamente no sintoma, enquanto o primeiro ataca a causa da doença.
c) Injeção de chakra de terceiros
O terceiro mecanismo é o que tem maior garantia de funcionar. Como foi explicado pelo Jiraiya, a entrada de um chakra externo na sua rede quebra completamente o controle que o usuário tem sobre ele. E a ideia para isso é bem direta. Usar genjutsus requer um controle minucioso da rede da vítima, tanto que essa habilidade é sempre associada a alto controle de chakra e inteligência. Quando alguém injeta chakra de fora, não existe disputa pelo controle da rede da vítima. Todo o minucioso controle é literalmente atropelado por um chakra externo, que dá um choque forte o suficiente na rede do alvo para desestabilizar completamente o controle.
E é por isso que o nível em Inton/controle de chakra da vítima e de quem está aplicando o chakra por fora independe na hora de liberar de um genjutsu por esse mecanismo. Não existe disputa no plano mental, não existe batalha pelo controle da rede de chakra.
A título de informação, esse aqui é o mecanismo adotado por Jinchurikis perfeitos para sair de genjutsus:
d) Contra-Genjutsu (Magen: Kyō Tenchi-ten, combo Sasuke/Itachi)
A quarta forma de romper genjutsus é o mecanismo de contra-genjutsu. Ele apareceu na obra duas vezes, uma com o Itachi aplicando solo, outra com os irmãos aplicando o Gen Sharingan/Tsukuyomi para romper o controle do Mugen Onsa.
O mecanismo aqui é bem direto, ao invés de tentar sobrepujar o controle da rede de chakra de uma forma defensiva, ampliando o seu chakra Inton numa posição de desvantagem para tentar romper o Genjutsu, vc faz isso de forma ofensiva, inflando seu chakra para botar a outra pessoa em Genjutsu, e assim romper o controle original.
O Kyo Tenchi-ten faz isso de forma automática, o usuário do Sharingan copia o mesmo genjutsu que foi lançado em si, e o aplica na vítima. Como o nível do Itachi era muito superior ao da Kurenai, ele fez isso com bastante facilidade.
Já no caso dos irmãos, um contra-genjutsu contra o Kabuto não era possível, visto que ele usava as pálpebras de cobra para evitar a porta de entrada da visão.
Nesse sentido, ao invés de tentar romper o genjutsu a partir de uma disputa no plano mental pelo controle da rede de chakra, eles utilizaram a abordagem mais rápida, rompendo os gens de forma ofensiva. Não seria impossível, em tese, sair do Mugen Onsa pelo método 1, o problema é que esse processo é mais desgastante e lento. Só ver o trabalho infernal que o Sasuke teve pra sair do Tsukuyomi na luta contra o Itachi.
A principal complexidade na análise de genjutsus são suas variantes e casos especiais, que acabam criando furos aqui e ali nos mecanismos propostos na obra. No entanto, vou tentar esclarecer alguns sob a luz do mecanismo que descrevi no tópico;
a) Genjutsus de uso contínuo (Kokuangyo, Kijo no Rokaju, etc)
Genjutsus, de modo geral, funcionam ao longo tempo. Mostrei acima a Rin, que passou várias horas presa no genjutsu do ninja de Iwagakure. No entanto, na maioria dos casos, sua aplicação é momentânea. Gen sharingan ocorre em um instante ao processar a imagem do olho, Mugen Onsa e Gamarinsho ocorre ao longo de poucos segundos, ao ouvir uma melodia e por aí vai.
No entanto, alguns genjutsus quebram esse paradigma. São genjutsus que o usuário mantém a aplicação ao longo do tempo. A melhor forma de exemplificar isso é com o Gen da ostra. O Gengetsu enfrentou um batalhão inteiro, ou seja, a qualquer momento um ninja poderia injetar seu chakra no outro para liberar do Genjutsu, mas o Gengetsu, que estava ajudando a aliança, deixou claro que a única forma era destruir a ostra.
Meu entendimento é que nesse tipo de genjutsu, a aplicação ocorre de forma constante. Antes de tudo, vamos à descrição do jutsu no Databook:
O genjutsu só começa a partir do vapor da ostra, que preenche o campo com uma gotículas que o Gengetsu então refrata. A ideia aqui é que essas refrações são a porta de entrada (Sentido – visão) para o Genjutsu. Desse modo, como as refrações estão ocorrendo a todo momento, e a ostra mantém a liberação de vapor para manter as gotas de água no ar, a aplicação ocorre de forma constante e contínua.
Isso explica pq não adianta tentar quebrar esse genjutsu. Ao ver novamente as refrações, o usuário cai de novo no genjutsu, um processo praticamente instantâneo.
Essa mesma mecânica provavelmente se aplica ao Kokuangyo, já que o Hiruzen nem cogitou tentar quebrar o gen, ele partiu direto para usar seu olfato para tentar localizar o Orochimaru.
b) Genjutsus locais (Kori Shinchū, Magen: Kokoni Arazu, Genjutsu das bandeiras – Boruto filme etc)
Tratam-se de genjutsus aplicados em uma área, ou seja, todos que chegam no local, independente da atuação do usuário, caem no genjutsu. O funcionamento desses gens não é problema, já que alterações no sistema nervoso são capazes de replicar todos esses efeitos. O primeiro (Kori Shinchū), é aquele genjutsu usado no exame chunin, em que as vítimas ficavam andando em círculos sem chegar na torre. Uma ilusão ótica, alterando o posicionamento da torre dependendo da localização da vítima, explica o funcionamento. O segundo (Kokoni azaru) é aquele que transformou a plaquinha de 201 em 301 no clássico. Tbm muito simples, alteração da percepção de visão. O último foi aquele do filme, que multiplicou as bandeiras, processo bem similar ao do anterior.
O mais complicado é sua aplicação. Como todos esses gens são visuais, minha ideia é que o chakra do usuário é espalhado na superfície, convertendo as imagens vistas ali em portas de entrada para o genjutsu, e mantendo esse estado continuamente por longos períodos de tempo. Esses jutsus seguem a ideia de programação (como o Tensha Fuuin do Mangekyou Sharingan), em que o usuário não faz a manipulação da rede da vitima (e por consequência, do seu sistema nervoso) de forma ativa, em tempo real. Ao contrário, ele programa uma alteração especifica, que vai gera apenas um efeito, já escolhido antes do genjutsu. É por isso que, diferente dos gens contínuos, esses são bem fáceis de quebrar, já que ao quebrar a manipulação programada, como o usuário não está diretamente conectado com a vítima, não tem mais nada para acontecer.
c) Koto Amatsukami
O Koto é um doujutsu, mas não exige contato visual. Além disso, diferente do genjutsu do dedo do Itachi, não se destaca nenhuma imagem específica que foi usada como porta. E o problema aí é como esse gen é aplicado?
O funcionamento é simples de entender, mas a aplicação fica sem uma explicação clara.
d) Mugen Tsukuyomi
O Mugen Tsukuyomi é um dos gens mais discutidos, por ter propriedades únicas. A aplicação, à primeira vista, é simples. A porta de entrada dele pelos sentidos é a visão, por meio da luz emitida. Essa luz tem uma característica especial, que é atravessar qualquer obstáculo físico. Por isso todos na terra foram pegos, não adiantava estar dentro de casa, dormindo, numa caverna, enfim. A luz atravessa parede, rocha, pálpebra e chega no olho de qualquer forma.
No entanto, existe um problema. O Mugen tsukuyomi não é um Gen contínuo, visto que sua aplicação se dá apenas no momento que a luz está sendo emitida. Tanto é que, depois que o sasuke reflete essa luz protegendo o time 7, eles não caem no genjutsu depois. Até aí tudo bem, o problema é que, mesmo com terceiros tentando tirar a vítima do Genjutsu (Hiruzen tenta), não é possível.
E isso acaba indo de encontro com o mecanismo de aplicação. Não tem muito como explicar, mas levando em conta que se trata de um genjutsu divino (aplicado com chakra dos Otsutsuki) e que ele parece ter uma conexão direta com seres vivos (Edos não caem), fica claro que esse genjutsu tem particularidades que o distinguem dos demais.
Ficou bastante longo, mas acho importante destrinchar esse ramo da obra. Essa é minha interpretação sobre genjutsus, e a ideia aqui é discutir essa interpretação e outras. Para quem não leu tudo, deixo esse resumo do que foi dito:
- Genjutsus são aplicados por meio dos cinco sentidos, necessitando de uma imagem, melodia (e em tese, contato físico, odor e sabor) para permitir que o usuário entre na mente do oponente e tome controle de sua rede de chakra;
- Genjutsus funcionam manipulando a rede de chakra do oponente, em especial na região do sistema nervoso central. Ao manipular esse chakra, o usuário manipula o sistema nervoso do oponente, aplicando efeitos de paralisia, alucinação entre outros.
- O chakra gasto em genjutsus se destina a moldar chakra Inton, que amplia as capacidades mentais do usuário, o permitindo vencer a vítima na disputa pelo controle da rede de chakra
Enfim, é isso, agradeço a todos que leram por completo e espero saber as opiniões de vocês, outras interpretações, e perguntas sobre choques específicos na obra, como Sharingan vs Gen da ostra, por exemplo, para ampliar essa discussão.
1 – Mecanismo de aplicação dos Genjutsus
Bom, tudo começa com o entendimento de como os genjutsus são aplicados. As primeiras explicações que tivemos na obra foram dadas no databook 1 e numa conversa do Jiraiya com o Naruto:
Databook 1 escreveu:
Genjutsu
Hipnose e ilusionismo para confundir a mente...
É um tipo de técnica hipnótica que leva a mente do alvo para um mundo ilusório, podendo causar confusão ou desgaste físico/mental. A principal diferença com relação a outros jutsus é que ele não ataca diretamente o corpo do alvo. Existem diversos tipos de genjutsu que podem ser usados para atacar ou criar uma vantagem para o usuário.
Vantagens: É difícil detectar quem utilizou o jutsu. Além disso, pode ser usado contra múltiplos alvos.
Desvantagens: Uso prolongado desgasta o usuário e dificilmente causa algum dano para o alvo.
O alvo cai na armadilha sem perceber...
Essa primeira explicação é bem básica e pouco comenta sobre o mecanismo que é usado de fato.
A segunda explicação, do Jiraiya, é bem mais esclarecedora:
Com uma frase, já são abordados o mecanismo de aplicação dos genjutsus e como eles funcionam. Inicialmente, vou me ater à parte de aplicação. Os genjutsu funcionam por meio dos cinco sentidos do oponente, e sabemos pela obra que de fato este é o início da grande maioria dos genjutsus. Gens visuais requerem que a vítima enxergue uma determinada imagem. Gens sonoros exigem que a vítima ouça uma certa melodia, e por aí vai. Um ponto interessante com relação a isso foi o genjutsu do dedo, que o Itachi usou contra o Naruto. Geralmente, os usuários do Sharingan aplicam seu genjutsu usando os próprios olhos como “imagem”. Por isso a regra geral era tentar não olhar no olho do Uchiha. Mas, ao utilizar outro genjutsu, o usuário pode usar outra coisa como imagem, até mesmo um dedo:
Analogamente, esse mecanismo seria como um código inserido em uma imagem/melodia. Ao ver aquela imagem “distorcida” com o código, cria-se uma porta de entrada na mente do oponente, a partir da qual o usuário aplica o genjutsu.
Existem alguns casos especiais, que vou comentar mais pra frente, mas à principio, o funcionamento é esse.
Aqui já existe uma controvérsia bem grande, porque depois que foi destacado que o genjutsu é uma aplicação de Inton, muita gente começou a interpretar que genjutsus funcionam por meio de injeção de chakra na rede do oponente. Eu vou abordar esse tema mais pro final tbm.
2 – Mecanismo de funcionamento dos Genjutsus
Depois que o usuário tem acesso ao oponente, aí o genjutsu começa a funcionar de fato. Novamente, vamos seguir com a explicação do Jiraiya.
Juntando a parte da página anterior, temos o seguinte:
“Genjutsu é algo onde, aplicando ele nos cinco sentidos do oponente... você controla o chakra que flui no sistema nervoso dele... Em um genjutsu, o chakra de sua mente é controlado pelo oponente.”
Com essa explicação, podemos tirar as seguintes conclusões:
1. Genjutsus funcionam por meio de manipulação do chakra do oponente. Não é citado entrada de outro chakra na vítima.
2. Mais especificamente, o chakra que é controlado é o que flui diretamente no sistema nervoso. Isso indica que o que ocorre nos genjutsus está diretamente relacionado ao sistema nervoso da vítima.
Existem diversos tipos de genjutsu, mas, de modo geral, eles podem sempre ser explicados por manipulações do sistema nervoso da vítima. Ao manipular o sistema nervoso, é possível explicar quase todos os genjutsus da obra:
a) Genjutsus de paralisia (Magen: Jubaku Satsu, Mateki: Mugen onsa, Magen: Gamarinsho, etc)
Ao travar a comunicação do cérebro com o resto do sistema nervoso, é possível causar paralisia no corpo. Aliás, paraplegia na vida real ocorre justamente por esse motivo. Lesões na coluna impedem o fluxo de sinais do sistema nervoso para o resto do corpo.
Pegando os exemplos, existem níveis distintos de paralisia. Jubaku Satsu e Mugen Onsa ainda permitem controle do pescoço pra cima (Kureinai mordendo o lábio, Sasuke e Itachi virando a cabeça pra usar o gen: Sharingan), além de permitirem moldagem de chakra (Shikamaru kage mane). Ou seja, isso indica que a paralisia é estritamente corporal, e o genjutsu funciona rompendo o link do pescoço para baixo. Já o Gamarinsho está em outro nível de potência. A manipulação do sistema nervoso ocorre de tal forma que toda (ou praticamente toda) a conexão cérebro corpo é rompida. Os corpos simplesmente tombam/desmaiam no campo de batalha. Nessa potência, é provável que a vítima não consiga nem moldar chakra mais.
Observação: Uma coisa não impede a outra, gens de paralisia são acompanhados por alguma ilusão (visual/auditiva) no plano mental, que geralmente representam simbolicamente o que está acontecendo com o corpo.
b) Genjutsus ilusórios (Gen: Sharingan (Sasuke), Kokuangyo, Magen: kijo no Rokaku, etc)
Nosso cérebro processa as informações obtidas pelos cinco sentidos. Ao manipular a parte do cérebro que interpreta os sinais mandados pelos cinco sentidos, é possível criar qualquer imagem, qualquer som, e por aí vai. Aliás, esse é o mecanismo de funcionamento das alucinações na vida real.
O nível de alteração pode ser simples, como o Sasuke trocando a imagem vista pelo Danzou ao olhar para o seu braço, ou criando uma imagem falsa dele próprio morrendo pra tentar enganar o Deidara. Pode ser mais complexo, alterando a central para forçar a vítima a não enxergar nada, como o Kokuangyo do Hashirama. Ou ainda mais complexo, como o Kijo no Rokaku do Gengetsu, que força a vítima a enxergar incontáveis miragens que simulam lutas e conversam, além de apagar qualquer imagem que as vítimas teriam do corpo verdadeiro. Tudo isso é alteração do centro de percepção da no cérebro da vítima.
c) Genjutsus de controle (Genjutsu Mangekyou Sharingan, Koto Amatsukami, Gen sharingan do Itachi na mulher do clássico).
Todas as nossas ações são realizadas pelo controle do cérebro. Genjutsus de alto nível são capazes de manipular o sistema nervoso da vítima de forma mais ampla, tomando controle de suas ações. O grande diferencial do Koto Amatsukami é que ele faz isso de forma tão sutil e refinada que a vítima não tem noção que está sendo controlada, o q não é verdade em outros casos.
3 – Quebra de genjutsus
Existem 4 mecanismos conhecidos que podem quebrar genjutsus, dois deles abordados na explicação do Jiraiya.
a) Controlar seu próprio chakra para romper o fluxo manipulado pelo oponente.
O Jiraiya explica essa mecânica e o Naruto tenta aplica-la contra o Itachi. Primeiro, é bom destacar como fica o fluxo de uma pessoa normal e uma presa em genjutsu:
No entanto, como ficou claro em Naruto v Itachi, isso nem sempre é possível, e é interessante entender a razão para isso. Essa manipulação do chakra da vítima ocorre de alguma forma, continuamente, para que a pessoa fique presa no genjutsu. E aqui, na minha visão, a explicação do databook traz um detalhe interessante:
“Desvantagens: Uso prolongado desgasta o usuário e dificilmente causa algum dano para o alvo.”
Como esse desgaste do usuário se dá?
A resposta, no meu entendimento, está no chakra. Muitos fãs da obra entendem que o mecanismo de atuação do Genjutsu é por meio de emissão de chakra para a vítima. Aí, esse chakra entraria na rede do alvo e faria o controle lá. Eu discordo fortemente disso. Eu escolhi trazer a imagem da Karin justamente pq é um contra-ponto a essa interpretação. Em nenhum momento a Karin se preocupou em verificar se o o chakra do Danzou estava dentro dela ou do Sasuke. A preocupação era ver se o próprio chakra dela ou o chakra do Sasuke estavam calmos. Se o mecanismo fosse de injeção de chakra, pq ela não se atentaria para isso, sendo sensora? Notem tbm que ela descarta com convicção a possibilidade de genjutsu ao ver que está calmo, dando a entender que não tem outra forma de cair em genjutsu.
Então como esse chakra é gasto?
Meu entendimento é que o usuário molda seu chakra na forma de Inton, ampliando sua capacidade no plano mental. Quanto mais chakra for moldado, e maior qualidade tiver esse chakra (Senjutsu- Gamarinsho), maior será o poder do usuário no plano mental.
A ideia é o seguinte, quando o usuário aplica o Gen, ele entra na mente do oponente através de uma porta (um dos cinco sentidos). A partir daí, o fluxo de chakra da vítima passa a ser manipulada por duas mentes, a da vítima e a do usuário. O que determina quem vai conseguir sobrepujar o outro nessa disputa é a quantidade/qualidade do chakra Inton e o controle de chakra. Quem tiver mais, leva a disputa. Por isso, quando o Naruto tentou tomar o controle de seu fluxo, ele perdeu pro Itachi, que tem um Inton bem mais desenvolvido e, à época, tinha um controle de chakra melhor.
Essa explicação encaixa muito bem com a obra. Ela explica pq Gens gastam chakra mas ao mesmo tempo, explicam o que esse chakra faz, já que essa cena da Karin e outras trazem fortes indícios de que o chakra não entra diretamente na vítima.
b) Dor
O segundo mecanismo conhecido é a dor, como mostrado por Shikamaru e Kurenai. Debatendo sobre esse tema surgiu um questionamento – se o genjutsu funciona via chakra no plano mental, como dor física remove genjutsus?
Isso é mais um ponto que corrobora a ideia de que todos os efeitos do genjutsu são gerados por manipulações no sistema nervoso. A dor é basicamente um sinal muito forte mandado mandado pelo sistema nervoso periférico para o central. Quanto mais forte a dor, mais forte é o sinal mandado.
A ideia para dor quebrar genjutsus é a seguinte: dependendo do nível de manipulação do sistema nervoso, a dor manda um sinal tão forte que desestabiliza a cuidadosa manipulação que o usuário está fazendo. Ou seja, se a força do sinal que está sendo manipulado for menor do que o sinal enviado pela dor, o sistema nervoso acaba voltando para o “default” tbm. Comparando com o primeiro mecanismo, é como se este atacasse diretamente no sintoma, enquanto o primeiro ataca a causa da doença.
c) Injeção de chakra de terceiros
O terceiro mecanismo é o que tem maior garantia de funcionar. Como foi explicado pelo Jiraiya, a entrada de um chakra externo na sua rede quebra completamente o controle que o usuário tem sobre ele. E a ideia para isso é bem direta. Usar genjutsus requer um controle minucioso da rede da vítima, tanto que essa habilidade é sempre associada a alto controle de chakra e inteligência. Quando alguém injeta chakra de fora, não existe disputa pelo controle da rede da vítima. Todo o minucioso controle é literalmente atropelado por um chakra externo, que dá um choque forte o suficiente na rede do alvo para desestabilizar completamente o controle.
E é por isso que o nível em Inton/controle de chakra da vítima e de quem está aplicando o chakra por fora independe na hora de liberar de um genjutsu por esse mecanismo. Não existe disputa no plano mental, não existe batalha pelo controle da rede de chakra.
A título de informação, esse aqui é o mecanismo adotado por Jinchurikis perfeitos para sair de genjutsus:
d) Contra-Genjutsu (Magen: Kyō Tenchi-ten, combo Sasuke/Itachi)
A quarta forma de romper genjutsus é o mecanismo de contra-genjutsu. Ele apareceu na obra duas vezes, uma com o Itachi aplicando solo, outra com os irmãos aplicando o Gen Sharingan/Tsukuyomi para romper o controle do Mugen Onsa.
O mecanismo aqui é bem direto, ao invés de tentar sobrepujar o controle da rede de chakra de uma forma defensiva, ampliando o seu chakra Inton numa posição de desvantagem para tentar romper o Genjutsu, vc faz isso de forma ofensiva, inflando seu chakra para botar a outra pessoa em Genjutsu, e assim romper o controle original.
O Kyo Tenchi-ten faz isso de forma automática, o usuário do Sharingan copia o mesmo genjutsu que foi lançado em si, e o aplica na vítima. Como o nível do Itachi era muito superior ao da Kurenai, ele fez isso com bastante facilidade.
Já no caso dos irmãos, um contra-genjutsu contra o Kabuto não era possível, visto que ele usava as pálpebras de cobra para evitar a porta de entrada da visão.
Nesse sentido, ao invés de tentar romper o genjutsu a partir de uma disputa no plano mental pelo controle da rede de chakra, eles utilizaram a abordagem mais rápida, rompendo os gens de forma ofensiva. Não seria impossível, em tese, sair do Mugen Onsa pelo método 1, o problema é que esse processo é mais desgastante e lento. Só ver o trabalho infernal que o Sasuke teve pra sair do Tsukuyomi na luta contra o Itachi.
4 – Casos especiais
A principal complexidade na análise de genjutsus são suas variantes e casos especiais, que acabam criando furos aqui e ali nos mecanismos propostos na obra. No entanto, vou tentar esclarecer alguns sob a luz do mecanismo que descrevi no tópico;
a) Genjutsus de uso contínuo (Kokuangyo, Kijo no Rokaju, etc)
Genjutsus, de modo geral, funcionam ao longo tempo. Mostrei acima a Rin, que passou várias horas presa no genjutsu do ninja de Iwagakure. No entanto, na maioria dos casos, sua aplicação é momentânea. Gen sharingan ocorre em um instante ao processar a imagem do olho, Mugen Onsa e Gamarinsho ocorre ao longo de poucos segundos, ao ouvir uma melodia e por aí vai.
No entanto, alguns genjutsus quebram esse paradigma. São genjutsus que o usuário mantém a aplicação ao longo do tempo. A melhor forma de exemplificar isso é com o Gen da ostra. O Gengetsu enfrentou um batalhão inteiro, ou seja, a qualquer momento um ninja poderia injetar seu chakra no outro para liberar do Genjutsu, mas o Gengetsu, que estava ajudando a aliança, deixou claro que a única forma era destruir a ostra.
Meu entendimento é que nesse tipo de genjutsu, a aplicação ocorre de forma constante. Antes de tudo, vamos à descrição do jutsu no Databook:
Databook 4 escreveu:
Mugen: Kijou no Roukaku
Genjutsu – Suplementar, Curto e Médio Alcance – Rank B
Usuários: Hozuki Gengetsu
As cópias intermináveis produzidas pelo vapor confundem o a mente do inimigo!!
A gigantesca ostra invocada libera vapor encobrindo completamente as redondezas. A membrana das partículas de água geram efeitos de difração de luz, enganando os olhos inimigos para dar origem a incontáveis imagens virtuais, ao mesmo tempo que o usuário oculta sua presença dentro da miragem...
↑ Atendendo ao chamado do Nidaime Mizukage, a ostra gigantesca aparece. Depois que ele ativa o jutsu, ele se oculta dentro da ilusão.
→ Diferente de outras técnicas de clonagem, as imagens virtuais não desaparecem mesmo que sejam atacadas.
O genjutsu só começa a partir do vapor da ostra, que preenche o campo com uma gotículas que o Gengetsu então refrata. A ideia aqui é que essas refrações são a porta de entrada (Sentido – visão) para o Genjutsu. Desse modo, como as refrações estão ocorrendo a todo momento, e a ostra mantém a liberação de vapor para manter as gotas de água no ar, a aplicação ocorre de forma constante e contínua.
Isso explica pq não adianta tentar quebrar esse genjutsu. Ao ver novamente as refrações, o usuário cai de novo no genjutsu, um processo praticamente instantâneo.
Essa mesma mecânica provavelmente se aplica ao Kokuangyo, já que o Hiruzen nem cogitou tentar quebrar o gen, ele partiu direto para usar seu olfato para tentar localizar o Orochimaru.
b) Genjutsus locais (Kori Shinchū, Magen: Kokoni Arazu, Genjutsu das bandeiras – Boruto filme etc)
Tratam-se de genjutsus aplicados em uma área, ou seja, todos que chegam no local, independente da atuação do usuário, caem no genjutsu. O funcionamento desses gens não é problema, já que alterações no sistema nervoso são capazes de replicar todos esses efeitos. O primeiro (Kori Shinchū), é aquele genjutsu usado no exame chunin, em que as vítimas ficavam andando em círculos sem chegar na torre. Uma ilusão ótica, alterando o posicionamento da torre dependendo da localização da vítima, explica o funcionamento. O segundo (Kokoni azaru) é aquele que transformou a plaquinha de 201 em 301 no clássico. Tbm muito simples, alteração da percepção de visão. O último foi aquele do filme, que multiplicou as bandeiras, processo bem similar ao do anterior.
O mais complicado é sua aplicação. Como todos esses gens são visuais, minha ideia é que o chakra do usuário é espalhado na superfície, convertendo as imagens vistas ali em portas de entrada para o genjutsu, e mantendo esse estado continuamente por longos períodos de tempo. Esses jutsus seguem a ideia de programação (como o Tensha Fuuin do Mangekyou Sharingan), em que o usuário não faz a manipulação da rede da vitima (e por consequência, do seu sistema nervoso) de forma ativa, em tempo real. Ao contrário, ele programa uma alteração especifica, que vai gera apenas um efeito, já escolhido antes do genjutsu. É por isso que, diferente dos gens contínuos, esses são bem fáceis de quebrar, já que ao quebrar a manipulação programada, como o usuário não está diretamente conectado com a vítima, não tem mais nada para acontecer.
c) Koto Amatsukami
O Koto é um doujutsu, mas não exige contato visual. Além disso, diferente do genjutsu do dedo do Itachi, não se destaca nenhuma imagem específica que foi usada como porta. E o problema aí é como esse gen é aplicado?
O funcionamento é simples de entender, mas a aplicação fica sem uma explicação clara.
d) Mugen Tsukuyomi
O Mugen Tsukuyomi é um dos gens mais discutidos, por ter propriedades únicas. A aplicação, à primeira vista, é simples. A porta de entrada dele pelos sentidos é a visão, por meio da luz emitida. Essa luz tem uma característica especial, que é atravessar qualquer obstáculo físico. Por isso todos na terra foram pegos, não adiantava estar dentro de casa, dormindo, numa caverna, enfim. A luz atravessa parede, rocha, pálpebra e chega no olho de qualquer forma.
No entanto, existe um problema. O Mugen tsukuyomi não é um Gen contínuo, visto que sua aplicação se dá apenas no momento que a luz está sendo emitida. Tanto é que, depois que o sasuke reflete essa luz protegendo o time 7, eles não caem no genjutsu depois. Até aí tudo bem, o problema é que, mesmo com terceiros tentando tirar a vítima do Genjutsu (Hiruzen tenta), não é possível.
E isso acaba indo de encontro com o mecanismo de aplicação. Não tem muito como explicar, mas levando em conta que se trata de um genjutsu divino (aplicado com chakra dos Otsutsuki) e que ele parece ter uma conexão direta com seres vivos (Edos não caem), fica claro que esse genjutsu tem particularidades que o distinguem dos demais.
Resumo
Ficou bastante longo, mas acho importante destrinchar esse ramo da obra. Essa é minha interpretação sobre genjutsus, e a ideia aqui é discutir essa interpretação e outras. Para quem não leu tudo, deixo esse resumo do que foi dito:
- Genjutsus são aplicados por meio dos cinco sentidos, necessitando de uma imagem, melodia (e em tese, contato físico, odor e sabor) para permitir que o usuário entre na mente do oponente e tome controle de sua rede de chakra;
- Genjutsus funcionam manipulando a rede de chakra do oponente, em especial na região do sistema nervoso central. Ao manipular esse chakra, o usuário manipula o sistema nervoso do oponente, aplicando efeitos de paralisia, alucinação entre outros.
- O chakra gasto em genjutsus se destina a moldar chakra Inton, que amplia as capacidades mentais do usuário, o permitindo vencer a vítima na disputa pelo controle da rede de chakra
Enfim, é isso, agradeço a todos que leram por completo e espero saber as opiniões de vocês, outras interpretações, e perguntas sobre choques específicos na obra, como Sharingan vs Gen da ostra, por exemplo, para ampliar essa discussão.