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Uma vila de porte médio que se localiza a sudoeste de Sunagakure no Sato. Construída sobre um oásis e, até há pouco tempo sofria dos mesmos problemas econômicos que o resto do País do Vento sofria por conta de seu clima desértico. Entretanto, por algum motivo, em questão de pouquíssimo tempo essa situação pareceu se reverter de uma forma bastante atípica, tornando-se uma das vilas mais ricas do país. Talvez até mais do que a própria Sunagakure no Sato. Não possuem poder militar próprio, por isso constantemente contratam os serviços da vila oculta do país. Em sua maioria, é povoada por agricultores, que de alguma forma misteriosa são capazes de cultivar e produzir alimentos em um nível extremamente alto, mesmo em meio às condições hostis do deserto. A vila costuma ser muito movimentada na área do comércio, já que recentemente passou a fornecer seus produtos e alimentos para diversas vilas por todo o território do País do Vento.
Indo em direção da vila, Percemos o cenário aparentemente abandonado dela, e indago novamente o ninja de Suna:
- Shira-san, eu acabei de conferir uma porção relevante deste lugar... E aparentemente está completamente deserto... Tenho o palpite de que as pessoas simplesmente deixaram suas casas por algum motivo sem nem mesmo trancarem as portas por exemplo... Vamos explorar pra coletar mais informações?
Completaria andando vagarosamente para frente fazendo sinal com o rosto para que o Veado-chan me acompanhasse. Aumentaria também a extensão da barreira para a distância máxima possível, a fim de cobrir uma área muito maior e ter uma noção da dimensão da vila como um todo, no que tange suas estruturas, elevações, terreno, e coisas que pudessem evidenciar algo que não deveria estar na cidade mas está, ou o inverso disso.
Permaneceria atento e pronto para reagir a hostilidade de qualquer tipo, aproveitando-me do suporte da técnica sensorial para identificar, localizar, esquivar e neutralizar o foco da ameaça com minha velocidade corporal máxima unida a um Lariat para subjugar o alvo, se for o caso.
- Entendo… - responderia, ainda passeando os olhos pela vila, contraindo o cenho sem gostar muito da situação - Vamos avançar então - concluiu ele, andando com a guarda alta e procurando ficar em formação com Mabushi e o Veado.
O Veado logo assentiu com o sinal vindo do garoto Kira e também começou a andar em formação com Shira e Mabushi. Com sua katana em guarda, assim como Shira estava com seus punhos, avançou cautelosamente com seus companheiros enquanto Mabushi fazia o sensoriamento.
Expandindo a barreira para o máximo que conseguia, Mabushi seguiu sentindo apenas casas e estabelecimentos vazios por todos os lados na cidade. Os três se mantiveram andando pelas ruas, varrendo a vila por alguns minutos até que, finalmente, Mabushi pode captar algo ao longe. A nordeste dali poderia sentir claramente uma pessoa entrando no alcance da barreira. Dentro de uma das casas, o indivíduo adulto cambaleava andando dentro da sala próxima à porta da frente. Entretanto, pouco antes que pudesse atingir a porta, caiu. Mabushi ainda perceberia que, após lentamente rastejar para se recostar em uma das paredes, apesar de parado mais alguns pequenos movimentos aconteciam dentro da kekkai por parte daquela pessoa. Não podia ver ou ouvir nada, mas afiando seu sexto sentido proveniente da kekkai, poderia perceber que o indivíduo não parava de passar a mão em seu pescoço, além de também mover sua boca em um padrão específico repetidas vezes.
Rapidamente ao perceber a situação que sentia através de suas capacidades sensoriais, Mabushi diria aos aliados:
- Percebi algo pessoal, e pelo que posso dizer pode ser um ataque a um dos moradores da vila!
Isto dito, de imediato utilizaria um Raiton Kage Bunshin no Jutsu para seguir como isca, à nossa frente na direção do acontecido, enquanto ativaria também o Raiton Chakra Mode pra irmos até o local.
- Fiquem a postos, mas aguardem pelo meu sinal para avançarem... Vou mandar o clone como isca, e se ele for desativado - ou quando ele for desativado - aí sim poderemos intervir, ok? Manterei vocês informados utilizando minha barreira! A ideia era levar o Bunshin adiante para verificar o local e interagir com os possíveis alvos, enquanto o restante de nós ficaria aguardando o desfecho desta interação sem aparecer no campo de batalha, mas ainda sim permanecendo prontos para qualquer retaliação.
Conforme penetravam mais fundo naquela vila, mais os três se davam conta de que algo não estava certo. Uma aura pesada tomava o local e todos podiam sentir na pele o arrepio que, às vezes, aquele local completamente vazio trazia. Foi diante do aparecimento de um novo elemento dentro da kekkai sensorial de Mabushi que as coisas pareceram esquentar um pouco. Deduzindo ser um ataque de alguma natureza, Mabushi rapidamente criou um Raiton Bunshin e ativou seu manto de chakra, ficando à postos.
O clone rapidamente avançou pelas ruas e, ao virar em uma das esquinas adiante, sumiu da vista de todos. Mabushi, porém, ainda podia acompanhar os seus movimentos com o seu jutsu. Apesar de uma breve freada em uma das ruas para, aparentemente observar alguma coisa que havia ali, o clone não demorou muito para chegar até a casa em questão. A partir disso, Mabushi pode sentí-lo desferindo um chute contra algo que, após a reação ao impacto, pode sentir ser a porta do lugar sendo arrombada. Por isso, entrando na casa presumivelmente trancada, a cabeça do clone voltou-se para o homem que estava recostado em uma das paredes. Ele ainda continuava movendo sua boca no mesmo padrão repetitivo e esfregando suas mãos em seu pescoço. Contudo, nada de mais atípico aconteceu. A casa continuava vazia e o homem repetiu o mesmo comportamento de forma ininterrupta, até que enfim cessou todos os seus movimentos. O clone se aproximou, movendo as mãos do homem e colocando a sua sob o pescoço. Aparentemente sentia seu pulso para confirmar a suposta morte.
Poderia ainda manter a copia ali por mais alguns minutos, entretanto nada de novo aconteceria. A aura estranha do local, por sua vez parecia aumentar gradativamente. E Mabushi não seria o único a sentir arrepios de que algo estava errado ali. Ao que liberasse o clone e adquirisse seus conhecimentos, ou ordenasse que ele retornasse, saberia com mais detalhes o que tinha se passado.
Durante a corrida até o local, em uma das ruas mais ao centro da vila - tendo em vista que Mabushi e seu time haviam entrado pelo único portão ao sul - o clone teria visto uma espécie de trincheira escavada. A coisa era grande o suficiente para caberem pessoas e cortava a vila de ponta a ponta, presumivelmente se expandindo bem além das casas que eventualmente acabavam ocluindo sua visão ao longe. Entretanto, a inexistência de mais anomalias fez com que o clone continuasse seguindo as ordens de seu criador.
Chegando à casa, vendo que ela estava trancada, ele decidiu arrombar a porta para averiguar logo a situação do homem. A cena, porém, definitivamente não seria das mais normais. Encostado na parede, jogado ao chão, o homem mantinha o olhar fixo para um horizonte imaginário, enquanto arranhava o próprio pescoço em carne viva. Os movimentos repetitivos de sua boca logo revelariam ser uma frase proferida em sussurros sem parar.
“Ele é real. Ele é real. Ele é real. Ele é real. Ele é real. Ele é real” - proferia o homem, com os olhos arregalados e fixos no além.
Travava-se de um ninja de Sunagakure cuja bandana possuía três fendas no metal. Porém, os três traços paralelos estavam na transversal em relação à proteção metálica retangular do ninja. O símbolo de Sunagakure no Sato estava violado àquela altura, entretanto, não parecia ser o mesmo típico risco de um nukenin qualquer. Foi em algum momento durante as observações e coletas de informação do clone que o homem proferiu as mesmas palavras uma última vez. Dando um último suspiro, como se o restante de sua vida se esvaísse pela breve expiração pela boca, sua face ficou estática e suas pupilas se dilataram perdendo qualquer sinal de vida. A ausência de pulso no pescoço confirmava isso.
Ao presenciar aquela cena, o Clone de Mabushi indaga ferozmente:
- Quem é você??? O que você pretende agindo nesta vila desta maneira?? - diria o clone, permanecendo pronto para reagir a qualquer movimento adversário, utilizando caso seja necessário o Zanzō Bunshin para desviar dos golpes adversários e atacando-o com Issen.
Utilizando as informações indiretas que a movimentação do clone me proporciona junto a minha capacidade sensorial, continuamos seguindo o caminho feito pelo clone, enquanto passamos pelo cadáver do homem deitado e mantínhamos a guarda alta até chegar perto do local onde o clone esteja com o suspeito.
- Pessoal, mantenham-se a postos! Meu clone interceptou alguém e pelo visto está interagindo com ele neste momento... Assim que ele for destruído nós atacamos!! - Diria o Mabushi original a Shira e Anbu Veado, ao mesmo tempo que confirmaria com a minha capacidade sensorial que existem de fato um alvo tangível junto do meu clone...
Por mais que o clone tentasse arrancar alguma resposta da parte do homem, veria que seria uma empreitada em vão. Suas palavras - talvez um alerta - simplesmente mantiveram-se as mesmas. O homem já parecia estar muito alheio à realidade para que qualquer palavra que o clone de Mabushi pudesse dizer chegasse a ele. Seu destino estava selado e não havia nada mais para se fazer, exceto aprender com o fato.
A alguns metros dali, Mabushi e sua equipe avançavam por entre as casas, usando das capacidades sensoriais do garoto como guia em território inimigo. Correriam por alguns minutos até que finalmente atingiriam a primeira região por onde o clone havia passado. Mabushi, Veado e Shira poderiam ver a espécie de trincheira cavada em meio à rua. A vala cortava a rua transversalmente e seguia por entre as demais casas, dando a impressão de realmente ser algo muito grande. Inclusive, ao avançarem um pouco mais veria que até mesmo uma das casas que estava no meio do caminho fora destruída, aparentemente apenas para dar espaço para aquela estrutura suspeita.
- Acho melhor eu ir investigar aquilo - diria o Veado, olhando para a trincheira escavada - Vamos combinar um sinal. Se acontecer alguma coisa, disparo um relâmpago esverdeado duas vezes para cima. Vocês também, atirem kibaku fuudas ou coisas do tipo - disse ele, avançando em direção às trincheiras com a katana em mãos e começando a acompanhar seu trajeto.
Adentrando casa em questão, Mabushi veria seu clone em pé diante do homem já morto. Shira, por sua vez, contraiu o cenho em estranheza ao ver quem era a pessoa caída no canto da sala.
- Foi essa bandana que vi no dia do roubo… - comentaria, aproximando-se do homem para inspecioná-lo melhor - Mas, vendo assim, não parece o corte típico que nukenins fazem em suas bandanas - finalizaria o homem, agachado perto do corpo.
O clone, então, começaria a reportar tudo o que tinha visto*.
Depois de reportar tudo ao original, os 3 presentes naquele lugar começariam a inferir o que poderia ter ocorrido.
- Shira-san, você sabe alguma coisa sobre este traço das bandanas? É um padrão diferente do que vemos nas bandanas de Nukenins, mesmo os da Akatsuki... - diria levando o dedo indicador ao queixo na tentativa de lembrar de alguma informação importante.
- Vamos tentar seguir os passos deste homem refazendo sua trajetória até aqui, ou voltamos para a trincheira seguindo o Anbu Veado? - perguntaria antes de concluir - inclusive, creio que se tentarmos seguir a trincheira vamos acabar descobrindo mais informações...
Mabushi olharia para Shira e aguardaria um pronunciamento do SunaNin, antes de prosseguirmos.
- Não tenho certeza, mas parece que esse corte não foi dos mais limpos - diria o homem, olhando a bandana mais de perto - Quase como se alguma criatura tivesse o atacado com garras afiadas - finalizou ele, agachado com a mão no queixo e o cenho contraído conforme tentava formular pensamentos.
Por alguns segundos, após a segunda pergunta de Mabushi, Shira manteve-se quieto. Seus olhos estavam passeando por todo o cômodo, conforme ele parecia estar pensando cautelosamente antes de tomar decisões. Ao fim, pendeu sua cabeça para baixo, expirou com certa intensidade e finalmente se levantou.
- Essa história de roubo de suplementos definitivamente tem algo de errado - prosseguiu, voltando-se para o Kira - Um sujeito tem que estar muito insano para acreditar que aquilo que ele roubou de mim poderia ser valioso. E agora, ele me aparece morto nessas circunstâncias - prosseguiu em tom de reprovação, balançando a cabeça negativamente - Eu acho que tem alguma coisa muito suspeita com esse sujeito e acho que vale a pena investigar melhor - finalizaria sincero, em certo tom de desabafo.
E, conforme os acontecimentos se sucediam, apenas uma coisa era certa: a aura de tensão do lugar ficava cada vez mais pesada. Àquela altura, os mais atentos poderiam até mesmo sentir as mudanças fisicamente.
- Shira-san, vamos refazer o caminho deste senhor então! Além disso, o comportamento dele é equiparavel a um delírio, uma alucinação... Pode ser que estejamos expostos a um Genjutsu, tenho uma sensação quase palpável sobre isso, apesar de não poder comprovar nada neste sentido - diria Mabushi indicando que deveríamos continuar a frente.
Então, mais uma vez, digo ao clone para que vá na frente para poder servir de isca - possivelmente - e iremos logo atrás, de forma mais contida e silenciosa possível.
O clone seria um bom parâmetro para avaliar os efeitos campais do que quer que estivesse nos afetando, pois Bunshins não sofrem por genjutsus, pois não são seres vivos reais. Unindo está característica com a avaliação proporcionada pela Kekkai, eu poderia coletar melhor as informações e agir com base nisso.
Durante o caminho, perguntaria ao ninja de Suna:
- Shira-san, é provável que estejamos lidando com uma situação bem complicada aqui. Gostaria de saber quais são as áreas ninja que você têm mais aptidão, para que possamos fazer melhor uso de nossas habilidades em batalha, caso seja necessário - diria com um sorriso amigável no rosto.
- Eu, por exemplo, sou um usuário de Nintaijutsu, ninjutsu elemental Raiton, possuo alguma capacidade sensorial e de cura, apesar de não ser meu foco. Sou mais voltado para o combate direto, mesmo. E você? - concluiria esperando uma certa cooperação do ninja que agora era meu companheiro também.
- Sim, vou tentar rastrear de onde ele veio - disse o sunanin, voltando sua face para uma passagem que levava daquela sala de estar para o corredor central da casa - Concordo. Tem algo de errado com esse lugar, quase como se o ar fosse mais pesado… - prosseguiu, com seus olhos momentaneamente passeando pelo ambiente - Se for o caso, teremos problemas… - disse ele, com uma expressão de preocupação, enquanto agachava próximo do assoalho após encontrar marcas de sangue provenientes do homem.
Mabushi, que também poderia vê-las, perceberia se tratarem de marcas esperadas de quem estava rastejando pelo chão como o ninja recém-morto. Os rastros de sangue vinham do topo de uma escada que havia além da porta da sala, ao fim do corredor que dava para mais uma série de outros cômodos. O que quer que o homem estivesse fazendo ali, tinha vindo ensanguentado do andar de cima da casa. O estranho, porém, é que seus ferimentos eram desproporcionais ao tamanho das marcas deixadas pelo homem.
Tendo em vista o caminho um tanto óbvio a se seguir, o clone seguiu primeiro em direção à escadaria no fim do corredor. Eventualmente, ele dobrou o descanso, sumindo da vista de ambos os ninjas para continuar na segunda metade da escada até o andar seguinte. Como a kekkai vinha apontando desde o começo, não haviam sinais de quaisquer movimentos. o Clone seguiu o caminho até um dos quartos logo acima da sala em que se encontravam. Chegando lá, subitamente parou. Entretanto, sua postura corporal não era a de combate. Logo um sinal corporal se seguiu para que os demais viessem ver. A barra, aparentemente, estava limpa.
Porém, logo veriam que a “barra estava limpa” apenas um sentido referente a inimigos. Conforme ambos seguissem para o andar de cima, veriam que este estava muito mais marcado por sangue que o de baixo. Marcas estas que aumentavam progressivamente conforme se dirigiriam ao cômodo à direita em que o clone estava. Porém foi só ao que atingiram a porta e viraram-se para a direita que puderam se dar conta do porquê da súbita parada do clone. Se o corredor tinha sangue por quase toda a sua extensão, o cômodo em questão estava imundo. Era quase como se uma camada grossa de elementos orgânicos tivessem sido depositados ali. E não à toa, descobririam mais cinco outros corpos decapitados, claramente os donos de boa parte de todo o sangue que podiam ver.
- Meu Deus... - balbuciaria Shira, nitidamente chocado com aquela cena terrível.
Contudo, o olhar do clone não estava fixado naquela chacina. Talvez, por de fato aquela cena grotesca ser bastante chamativa, Shira e Mabushi demorariam um pouco para ver o que era de tão importante que chamava a atenção do clone. Na parede à esquerda, poderiam ver desenhado um estranho sigilo dentro de um círculo. Abaixo da marca, completando as cabeças faltantes de manequins de madeira, estavam as cabeças pertencentes aos corpos decapitados. Como se ornamentassem a marca estranha. Pouco depois de notarem isso porém, através da janela na parede à frente, veriam um relâmpago verde subindo aos ares, seguido pelo trovão, na porção sudoeste da cidade.
A situação era horrível do ponto de vista da crueldade ninja. Nem os capangas de Orochimaru, aliás, nem o próprio Orochimaru havia demonstrado ser tão grotesco assim em seus movimentos. Claro, ele é um cientista e isso pressupõe uma certa postura mais civilizada, mas ainda assim a cena era chocante até para o meu psicológico já trabalhado pelos eventos passados.
Pouco tempo tivemos para nos recuperarmos, pois subitamente notamos um clarão seguido de um som estrondoso conforme Anbu Veado havia combinado que faria.
Imediatamente, quase que por puro instinto, o Clone de Mabushi saltaria pela janela quebrando-a caso fosse necessário, para seguir na direção sudoeste de onde o relâmpago havia sido lançado.
Conforme o modus operandi do ninja de Kumo, o clone seguiria à frente para interceptar qualquer situação perigosa, enquanto que Mabushi e Shira iriam mais atrás, derivando suas movimentações dos comportamentos do clone, sentidos pela barreira.
Mabushi claramente estava angustiado pelo fato de ter deixado Anbu Veado seguir sozinho, e de forma involuntária num misto de revolta com vingança pela cena que acabara de ver, o corpo do Ninja da Nuvem começaria a reagir, criando uma infusão de chakra Raiton maior que o normal para cobrir seu portador. Esta reação inconsciente não provocaria efeitos práticos sobre o uso do manto em si, mas certamente era o início do processo de adaptação ao empregar a técnica máxima dos Raikages.
Certamente as capacidades de Mabushi continuavam aumentando conforme ele se esforçava para corresponder às necessidades da vila...
Tudo isso aconteceu muito rápido. A chegada até o quarto dos horrores, o relâmpago, a saída do clone... Mabushi e Shira só puderam olhar para o signo exposto de forma repugnante durante instantes, e sem ter tempo para processar e trocarem palavras, simplesmente seguiram para a direção do relâmpago esmeralado.
Então, os dois ninjas e o clone começaram a seguir em direção ao epicentro do relâmpago verde. O clone na frente, sendo sentido pela kekkai, não deu indícios de quaisquer anomalias, além das trincheiras que eventualmente todos encontrariam no meio de seus caminhos.
Mabushi, com seu manto ativado, pela emoção do momento acabava por infundir uma quantidade maior do que o normal de chakra em seu manto. Shira perceberia a aura substancialmente maior e perceberia a seriedade da situação. Por isso, diante dos riscos que poderiam estar adiante, tinha também que liberar os seus poderes. Com os dentes cerrados, respiraria profundamente enquanto corria, fechando os olhos para se concentrar. Conforme houveram breves expulsões de vapor de sua boca, uma aura amarelada começou a tomar seu corpo.
- Daichi Kassei… - balbuciaria, conforme corriam em direção ao Veado.
Correriam por alguns instantes, saltando entre as casas quando o clone e a kekkai subitamente dariam sinais de vida. Adiante de si, Mabushi poderia ver um indivíduo parado adiante de alguma coisa. Ou mesmo, algumas coisas. Graças à súbita parada do clone e à súbita entrada em uma postura elevada em direção àquelas coisas amorfas, Mabushi poderia facilmente concluir que o indivíduo parado, em guarda com uma katana na mão só poderia ser o Veado. Porém, ao analisar melhor as coisas que ambos enfrentavam, pouco antes de chegar, sentiria algumas propriedades inusitadas. Sem dúvidas, eram sólidos, mas suas estruturas pareciam ser bastante maleáveis.
Por um tempo, as três coisas não pareceram dar quaisquer sinais de que tomariam alguma forma. Foi quando Mabushi e Shira estavam prestes a chegar que subitamente os três seres tomaram formas quadrúpedes. E tal ato apenas faria a tensão nos corpos do clone e do Veado aumentarem. Ao que chegassem próximos o suficiente para ver, Shira e Mabushi veriam se tratar de 3 tigres anormalmente grandes. Em uma tensão pré-combate, cada qual com suas guardas altas, as bestas rosnavam ameaçadoramente para Veado e o Clone de Mabushi que já estavam ali há certo tempo fazendo pressão no campo de batalha para que não simplesmente avançassem. Shira não demoraria a fazer o mesmo e, consequentemente, chamar a atenção das bestas.
Dadas as situações, e principalmente, a dismorfia breve apresentada pelas figuras, um leve questionamento instaurou-se em Mabushi.
- Será que estes bichos são invulneráveis a Taijutsu? Se forem, isto será um problema - diria o garoto interpretando a rápida mudança de forma que os então tigres apresentaram através das sensações conferidas pela barreira.
O clone de Raiton partiria imediatamente com a Katana em riste utilizando o Zanzō Bunshin para distrair os bichos, enquanto procurava criar uma situação favorável para desferir um golpe com sua lâmina criando um flash cortante de chakra, através do Issēn.
Mabushi por outro lado adotaria uma postura diferente. Estava completamente tomado pela vontade de sair no soco com os bichos, mas teria de manter a calma para evitar maiores problemas. Desta maneira, o garoto trataria de fazer um teste:
Utilizando o chakra do Akumolator, o jovem Kira criaria através do Raiton: Raijuu Hashiri no Jutsu uma pequena figura parecida com Inari - uma pequena raposa branca - que dispararia imediatamente para chocar-se contra um dos tigres a fim de comprovar quais formas de combate seriam mais eficazes.
Caso os tigres avançassem tanto o clone quanto Mabushi original desviaram à base da velocidade pura, utilizando o Zanzō Bunshin caso seja necessário.
Diante da aparição de diversos clones do clone, os Tigres imediatamente responderam com um breve recuo. Colocando-se um de “costas” para o outro, imediatamente assumiram uma formação em que cada um olhava para um lado diferente, cobrindo a maior área ocupada por clones de rastro possível. Suas expressões e rosnados deixava claro que estavam prestes a atacar e atentos aos movimentos inimigos. Por faltas de aberturas em suas guardas, o clone acabou não conseguindo criar a situação favorável para desferir o golpe desejado. Pelo menos, não por ora.
A essa altura, Shira também haveria avançado em uma velocidade expressiva aos olhos de todos ali. Um dos Tigres, ocupado com os clones de rastro, acabou por não perceber a súbita aproximação. Então, após o seu repentino surgimento, desferiu um poderoso chute em trajedo de arco ascendente. Acertando o queixo da besta, esta foi arremessada para cima e uns bons metros para trás, para onde o lutador não hesitou em avançar. Atordoada pelo golpe, levou mais um soco direto em seu estômago e foi jogada mais uma vez para trás. Chocou-se contra uma das estruturas abrindo um buraco e momentaneamente saindo da vista dos combatentes. Porém, não demorou a se recuperar, surgindo do buraco em um salto em direção a Shira, que se preparava para bloquear as patadas da besta com um bloqueio em X com seus braços.
Com a súbita quebra da formação, Veado decidiu agir, atirando um relâmpago verde no Tigre que estava mais à esquerda (assim como ele mesmo). O Tigre, porém, parecia atento e desviaria para à esquerda, preparando uma investida em direção ao veado, que com sua espada em riste estava preparado para brandir o aço contra as garras e presas.
O Tigre da direita, por sua vez, não ficaria desocupado. A súbita quebra da formação originou uma grande quantidade de problemas para ele de uma vez. Pode ver a raposa elétrica avançar em sua direção e por um instante pareceu pronto para saltar por cima dela. Entretanto, o clone de Mabushi ainda se mostrava presente ali. No momento em que focou-se na tarefa de saltar sobre a raposa para alcançar mabushi, cortes de chakra vieram em sua direção, seguidos de uma explosão de raiton. Em pleno ar, foi jogado uns bons metros para a direita. Lado este para o qual a raposa de chakra subitamente tornou a virar.
Contudo, a necessidade de desvio por parte da criatura de raiton acabou garantindo alguma vantagem para que o tigre da direita se recompusesse e tentasse algo mais. Soltando um poderoso rugido, ondas sonoras em cone se propagaram até à raposa que estava a certa distância, desencadeando sua explosão antes que pudesse entrar no alcance do tigre. Esse ato, porém, tinha garantido a Mabushi uma certa janela de ação. Enquanto o tigre estava ocupado em destruir a técnica, veria uma brecha para agir, ainda sendo posteriormente apoiado por uma certa nuvem de poeira que se levantaria em detrimento da explosão. Podia sentir o tigre com sua kekkai, no entanto o inverso talvez não valesse.
Obs: Considero 3 turnos para a maioria das suas técnicas, exceto o manto raiton que já parece ter 4 turnos como algo determinado. Como até então era off-battle e pelo regimento recupera-se em torno de 50% do chakra por turno, não considerei o gasto do manto raiton e da tengai hojin. Mas para ser justo, começei a contar ambos os jutsu a partir do início do combate. Ou seja, estou corrigindo o débito da tengai (que já deveria ter adicionado) e considerando que ambas já foram usadas no turno passado e no que você irá postar agora. Ou seja, Tengai Hojin tem mais duas postagens (contanto com a que você fará após essa mestragem), e o manto mais três até terem que ser reutilizados.
