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Kanojo wa ..
(Ela é...)
História tematizada num romance, e vivenciada no Japão (ambiente escolar, casual), tendo como protagonista Keitarô Osaki, um garoto de 15 anos, com uma vida comum. Tendo uma personalidade afetada por acontecimentos familiares do passado, ele sempre se considerava uma pessoa vazia e solitária. A narrativa se inicia a partir de acontecimentos do passado, onde aos seus 12 anos, um fato mudaria tudo isso. Num certo dia, uma garota chamada Natsuki Kaoru, aparece diante dele num momento difícil, sendo sua simples presença, decisiva na vida do garoto. A partir desse encontro acidental, Keitarô passará dali em diante, por momentos e sentimentos, que jamais poderia imaginar, consigo mesmo.


Última edição por Hitsugaya1101 em Qua 06 Out 2010, 20:48, editado 1 vez(es)

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– Uma certeza – Capítulo 01 –

Por que será... Que uma vez que ela surge... Ela consegue ser aquela... Que involuntariamente, ocupa pensamentos, sentimentos e experiências confusas, que eu consideraria como algo comum... Se tudo isso, não fosse envolvido a ela. Por hora, eu não sei ao certo como tudo que estou passando aconteceu. Só sei, que posso com toda certeza afirmar... Que ela é única.

Sou Keitarô Osaki, 15 anos. É difícil imaginar que alguém com a minha idade, não tenha namorado alguém sequer uma vez. Não sei se isso é bom ou ruim, mas é a minha realidade. Como eu posso dizer... Eu dificilmente sabia como reagir numa simples conversa com outras pessoas, durante um bom tempo. É estranho, mas isso acontecia por eu nunca ter tido “amigos fixos”. Uma forma estranha pra explicar isso. Pois todo ano eu me mudava. Sério, desde criança, vai minha mãe insatisfeita com a cidade, ou com a casa, ou com o lugar onde morávamos, e meu pai, bom ele sempre tinha sido um homem bem sucedido, e era acostumado a satisfazer os desejos da minha mãe, por mais que não gostasse. Então, quase todo ano íamos para um lugar diferente.

Isso realmente me incomodava, mas nunca fui de reclamar das coisas. Desde os 5 anos de idade. Numa vez, conheci uma menina loira, olhos azuis, pele branca como neve, rosto angelical. Noutra, uma de cabelos cacheados, olhos penetrantes, radiante. Houve também uma de cabelos castanhos, alegre, sorriso contagiante... Mas não conseguia, ao menos tempo de conhecer alguma dessas meninas, que simplesmente são vagas lembranças do que presenciei no passado. Acostumado a se mudar tanto, eu acabava me afastando de conhecer outras pessoas, porque cedo ou tarde... Eu não as veria mais.

Quando fiz 12 anos, tudo isso mudou. Meu pai fugira com a mulher do próprio chefe, com todo o dinheiro que tínhamos. E nunca mais apareceu. Minha mãe, demorou pra encarar essa realidade, estava chocada. Até entender, que o motivo disso, era ela mesma. Sua ganância, e forma esnobe de agir, como se o mundo girasse em torno dela, tinham a feito esquecer o meu pai, e faziam-na ver somente, seu “marido rico”.

Posso dizer que na época, abandonados e sem dinheiro, eu e minha mãe estávamos perdidos. Mas tivemos sorte. Ela conseguiu um bom emprego como recepcionista, que mantém até hoje, e mesmo que ela passasse (e ainda passa) o dia todo no trabalho, e sabendo que a riqueza havia ido junto de meu pai, posso dizer que ela aprendeu a valorizar a vida, reconhecendo seus erros, e sendo feliz.

Mas no começo, não foi tão fácil eu aceitar tudo aquilo. Tinha 12 anos, meu pai havia me abandonado, eu nunca tinha tido uma vida estável, minha mãe trabalhava o dia todo, e eu não tinha sequer algum amigo. Com quem eu poderia contar?

Houve um desses dias, que no entardecer, eu voltava da escola sozinho, quando passava perto de um rio... Desci a escadaria, e fiquei olhando a correnteza perto da margem, e sentado na grama. Eu achei estranho. Estava com os braços cruzados sobre os joelhos, e me via... Chorando. Mas...

- Opa!

Alguém que passava por ali, tinha tropeçado em meus pés, e caído sobre a grama. Uma garota.

- Ai, Ai. Devia ter prestado mais atenção. Eu machuquei você? – Perguntava a garota enquanto se levantava –

Com isso, eu levantei rapidamente, mas... Continuei calado.

- Ok, você parece estar bem. Tem nome?

- Ahn? – Eu continuava sem reação –

- Perguntei seu nome.

- K-Keitarô Osa-sa-ki...

- Hum... Sou Natsuki Kaoru. Então tchau!

A garota virou-se, e continuou seu caminho. Mas ela parou.

- Ei! – Ela chamava – Seja lá qual for o motivo de você estar chorando... Saiba que você, e só você, tem forças para se recuperar. E levantar novamente! – Ela sorriu para mim, virou-se outra vez, e foi embora correndo –

Eu estava... Ainda sem reação. Mas não estava mais chorando, e sim, com o rosto um pouco corado. Isso enquanto, como os olhos sem piscar, eu olhava-a se afastando. Era linda. Aparentava ter minha idade, olhos brilhantes, expressivos, e graciosos, cabelos lisos e negros como se acompanhassem o ritmo dela, e um rosto convidativo, que transpassava um lindo e intenso calor dentro de mim. Pensei... “Tenho 12 anos, e nunca mais vou precisar me mudar. Verei ela outra vez?”

Eu estava realmente... Feliz.

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*Próximo Capítulo: Surpresa .
*OBS: essa tag de comentários zuado, eu que fiz, e por eu não ser um Designer
saiu essa merda, então por favor, não reparem . Obrigado .-.


Última edição por Hitsugaya1101 em Qua 06 Out 2010, 20:49, editado 2 vez(es)

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– Surpresa – Capítulo 02 –

Natsuki Kaoru. Desde aquele dia, em que a conheci... Acho que eu mudei. Um calor aconchegante, que apertava meu coração, aos 12 anos, me trouxe uma súbita motivação. Mas... Desde aquele dia... Eu nunca mais a vi. Agora, aos 15 anos, posso dizer que eu tenho uma vida tranqüila, e mesmo tendo momentos em que me confundo por timidez, posso dizer que aprendi a me relacionar com os outros. Tenho bons amigos... Sou um colegial do 1° ano. Keitarô Osaki.

- Keitarô! Conseguiu passar aquela fase?

- Ah, será que nem enquanto estamos indo pra escola, você pode parar de falar de vídeo-games, Kisuke?

- Mas qual o problema nisso? Que tal eu te mostrar um novo jogo violento, com “garotas muito interessantes”, apenas para maiores de 18 anos, hein?

- Esquece.

Bom, Kisuke Akira. Posso dizer que ele foi meu primeiro amigo, afinal, somos vizinhos desde os 12 anos, e estudamos juntos desde lá também. Um fanático paranóico por qualquer coisa que envolva vídeo-games.

- Não tem nem mais tempo pro amigo, só porque entrou pro time de beisebol, né?

- Uma coisa, não tem nada haver com a outra. E mesmo assim, a temporada de jogos tá pra começar, e você sabe que eu tento entrar pro time desde a 7ª série.

Ahn, recentemente eu entrei pro time de beisebol da escola. Finalmente, depois do 3° ano fazendo testes, eu passei.

- Caramba Keitarô, a gente vai se atrasar pra aula!

- Seu idiota, a culpa é sua por demorar tanto pra sair de casa, e ainda me fazer esperar!

- Mas eu demorei pra sair de casa, porque tava jog-

- Jogando?! – Eu interrompi – Cara, eu juro que ainda boto fogo nos seus jogos.

Nem preciso dizer que chegamos atrasados na sala. Os portões da entrada já estavam quase fechando, mas por pouco, conseguimos entrar. Diferente da nossa sala, que já estava de porta fechada.

- E agora, ferrou. Será q – Kisuke foi interrompido, por alguém que abria a porta –

- Atrasados! – Era a professora – Vamos, entrem logo. Se atrasam justamente no dia da chegada de uma aluna nova. Que exemplo, hein?

Cansados pela corrida, fomos logo para os nossos lugares. Por isso, logo que me sentei, debrucei a cabeça sobre os braços na mesa. Foi quando ouvi passos, que passavam pela fileira onde eu estava. Provavelmente da aluna nova, que estava sendo mal recebida por nossa causa, indo para seu lugar. Não sei porquê... Mas naquela hora... Eu senti um calafrio que percorria todo o meu corpo.

Indo para o intervalo, eu estava esperando o Kisuke trazer nossos lanches da cantina, e claro, eu estava com um dos “vídeo-games de bolso” dele, para que ele não se distraísse enquanto ia na cantina. Eu esperava... Até que...

- Com licença. – Alguém chamava atrás de mim – Onde fica a cantina?

- Ah, é por ali. – Eu apontava, sem nem me virar para ela –

- Obrigada. – Ela se voltava de frente para mim - Obrigada mesmo... Keitarô... – Arregalei os olhos – Osaki-san.

Ela era Linda. Eu a olhava fixamente enquanto ela se afastava... Como se tudo isso que digo agora, estivesse se repetindo dentro de mim, assim como naquela vez. Seu cabelo negro... Agora, tendo uma franja diferente... Um corpo muito mais encantador... Mas aqueles olhos, que me fizeram perceber... “Verei ela outra vez?”

A resposta, que 3 anos depois aparecia... Era ela, Natsuki Kaoru, com um sorriso...

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*Próximo Capítulo: Reencontro .

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– Reencontro – Capítulo 03 –

- (...) Obrigada mesmo... Keitarô... Osaki-san.

Em choque. Eu estava em choque, somente por aquilo que estava acontecendo, numa confusão absoluta de tudo que eu sentia. Mas... Quando ela se virou. Quando percebi... Estava segurando a mão dela, parado. Então, ela virou-se para mim outra vez.

- O que foi, Osaki-san?

- Você... Natsuki Kaoru.

- Sim, essa sou eu. – Ela sorriu – É bom saber que você também se lembra de mim.

Pra começo de conversa... Ela se lembrou de mim antes.

- Bom, acho que é melhor eu me apressar, antes que acabe o intervalo.

- Ah! Me desculpe, por favor, me desculpe. – Eu soltava a mão dela envergonhado –

- Que isso – Uma expressão amigável – Não se preocupe com – Ela foi interrompida, antes de terminar o que falava –

- Pronto! Pronto! Cheguei com o lanche Keitarô! – Ele, Kisuke, como sempre um escandaloso – Agora, por favor, devolva meu vídeo-game! Espera... Quem é el – Eu rapidamente dei o vídeo-game na mão dele –

- Kisuke! Aqui está, pode ir embora.

- Mas...

- Eu disse que você PODE IR EMBORA. – Eu olhei para ele como se minha vida dependesse disso –

- Tá certo, tá certo. Vou indo...

- Esse Kisuke... Sempre me causando problemas. – Ainda de frente para ela, eu fechava os olhos, forçando uma risada –

- Humm... Mas agora a cantina já deve ter fechado. E eu ainda estou com fome. – Ela olhava para o alto, preocupada –

– Olhei para o lanche na minha mão –

- Pode ficar com esse aqui, nem estou mais com fome! – Estendi minhas mãos com o lanche para ela –

– Meu estômago “roncou” exatamente naquele instante –

- Haha! – Ela pôs a mão sobre a boca tentando segurar o riso – Por que não dividimos, então?

Nos sentamos num banco, pouco afastado de onde estávamos. Eu estava ali, ao lado dela, e mesmo eu não sabendo descrever aquela cena de nenhuma forma, eu a observava enquanto uma leve brisa percorria por entre os seus cabelos, onde ela levantava uma das mãos para segurá-los. E aquele seu olhar gracioso... Direcionado ao céu... Se manifestava.

- O que foi? – Ela se virava para mim, perguntando –

- N-Nada! Nada... Mesmo. – Eu abaixava a cabeça em seguida –

Um breve silêncio (...)

- Talvez seja bom poder estudar com você esse ano. Ainda bem que somos da mesma sala, ou eu não conheceria ninguém aqui. – Ela disse –

- É... Como? – Então eu lembrei. A aluna nova – V-Você é a aluna transferida?

- Sou, achei que tivesse percebido. – Eu estava dormindo na aula – Quando vocês chegaram, a professora tinha acabado de me apresentar pra sala.

- E por minha causa, você foi mal recebida... Me desculpe.

- Você se preocupa muito com as coisas. Desculpar pelo quê? Por dividir seu lanche comigo, mesmo estando “morrendo de fome”? – Como sempre ela terminava de falar, sorrindo –

- Como... Você se lembrou, de mim?

- Humm, vamos ver. Eu não esqueceria o rosto de um garoto que gaguejava tanto como você naquele dia... Mesmo que você tenha mudado um pouco, foi fácil te reconhecer. E também... Nunca tinha visto olhos tão tristes, e vazios... Como os seus. Mas agora, pelo visto, eles não estão tão tristes como antes, né? – Ela sorria novamente –

Quando ela falou sobre “gaguejar” eu realmente fiquei sem graça. Disse que eu tinha mudado, mas ela também estava diferente... E muito mais linda. Depois de uns 5 minutos, voltamos para sala. Mas... Sobre o que ela disse depois... Ela nem imagina, o quanto foi importante naquela época, onde eu chorava, como se uma dor inexplicável brotasse dentro de mim, sem que mesmo eu pudesse entender aquilo. A partir daquele dia em que a conheci, eu comecei a viver... Eu pude sentir uma intensa felicidade que eliminava qualquer tristeza, por mais estranho que fosse. E agora, 3 anos depois, eu finalmente teria a oportunidade de conhecer uma garota, e da minha sala além de tudo. Parecia um sonho... Chamado Natsuki Kaoru.

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*Próximo Capítulo: Aproximação .

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– Aproximação – Capítulo 04 –

Naquele dia foi difícil dormir, ou melhor... Naquela noite. Para alguém que geralmente é desatento com tudo, eu me mostrava com toda minha atenção, e com todos os meus pensamentos... Direcionados a ela.

“- (...) Mas agora, pelo visto, eles não estão tão tristes como antes, né?”

Mesmo com os olhos fechados, enquanto buscava algum jeito de finalmente conseguir dormir, eu via aquela cena se repetir na minha mente, onde aquilo tudo que conversara com ela, pelo mínimo que fosse, passava claramente nos meus pensamentos, como se aquilo estivesse acontecendo novamente, como se eu pudesse... Sentir todo o meu corpo se aquecer, com aquele sorriso inesquecível. Ela não saía da minha cabeça.

- Ho! O que foi que aconteceu com você Keitarô?! – Kisuke me encarava logo de manhã –

- Nada...

- Seus olhos estão tão enrugados quanto os de um idoso de 70 anos que não dorme por um tempão!

- Pare de me encher, Kisuke.

- Entendi... Você teve algum tipo de “distração imprópria” que te ocupou a noite toda, hein? Seria algum filme “diferente”? – Ele dava ênfase na última palavra –

- Seu tarado, cala a boca!

Seja lá qual fosse o tipo de distração, não seria praticamente nada comparada ao motivo que não tinha me deixado dormir na noite anterior. E sim, além da minha cara esquisita, eu estava com olheiras horríveis. Não sei se “sonhar acordado” se encaixa nessa situação de antes, mas... Antes, eu me via acordado, sem ao menos conseguir dormir, por aquele inacreditável sonho que eu começava a viver... Onde do início ao fim... Somente ela aparecia.

Pelo menos eu não iria chegar atrasado hoje. E eu sequer prestava atenção nas besteiras que o Kisuke me dizia a caminho da escola. Mesmo que não fossem besteiras, não sei ao certo. Mas dessa vez, era porque eu chegava a parecer... Um zumbi. Na verdade isso era pela minha cara esquisita. Isso enquanto eu lutava pra não cair no sono antes de finalmente, chegar até a sala.

- Bom dia Keitarô! Tud – (!!)

- (...) – Eu ainda estava meio sonolento –

- Você parece até um defunto assim. – Reconheci o tom de voz ameaçador –

- Até você vai tirar uma com a minha cara agora, Miya?

- Ninguém manda você vir pra escola com essa cara. Por mais engraçado que seja. – Ela ironizava, segurando uma risada –

Yoshida Miya era a nossa representante de classe, por mais atrapalhada que fosse. Não exatamente nesse sentido, mas ela acabava sendo atrapalhada com os outros, vamos dizer que por ser “direta demais”. Uma menina de cabelos castanhos, tendo um “rabo de cavalo” nele, e com um sorriso meio irônico, por mais encantador que pudesse ser. Sendo ela, uma baixinha atrevida que parecia uma aluna do fundamental. Por mais que ela demonstrasse, rosto e expressão de uma “irmã mais nova”, quando queria... Poderia se mostra uma menina assustadora. Me tornei amigo dela, depois de conhecê-la, por nada mais, e nada menos... Do que bater no Kisuke quando estávamos na 8ª série.

- Ok, Ok. Vão logo para os seus lugares antes da professora chegar. Sua representante “vos ordena”. – Ela dizia confiante –

- Espera Miya. Eu acabei de comprar esse jogo, e preciso terminar (...) – Kisuke era interrompido –

- Kisuke... – Ela lentamente mudava seu tom de voz – (...) Por acaso, você pretende... Me contrariar?! – Um rápido e arrebatador olhar sombrio –

Dois segundos depois, o Kisuke já estava em seu lugar, com a cabeça abaixada sobre a carteira. Eu disse que ela era assustadora. Enquanto e me sentava, ainda “meio zumbi”, ao mal fechar meus olhos, eu via que teria de abri-los novamente. Alguém estava me chamando, eu achei.

- Caramba, que olhos vermelhos Osaki-san. Posso te ajudar em alguma coisa? – Era uma voz familiar. Demorei até pra perceber de quem era, de tão sonolento que eu estava –

Pelo pouco que eu abri meus olhos, arregalei-os instantaneamente. Ela estava em pé ao lado da minha carteira, e quando me virei a vi olhando para a minha “cara de zumbi”, com seus braços cruzados. Claro, era a Natsuki.

- Ah! K-Kaoru-san! Não se preocupe, não precisa se preocupar com nada. – Eu ainda não compreendia aquele súbito nervosismo –

- Ok. Bem... Acho que eu quero poder olhar essa sua expressão sinistra mais de perto. Acho que a partir de hoje vou me sentar ao seu lado... Osaki-san.

Ela também tinha notado a minha cara esquisita, e mesmo que não estivesse olhando nada de bom me vendo assim... Ela ainda sorria. Em seguida ela se virou para a carteira do aluno ao meu lado, conversando rapidamente com ele.

- (...) então você poderia trocar de lugar comigo? Eu sento ali. – Natsuki apontava a direção de seu lugar para o garoto –

- Não vejo problema, eu gosto de sentar no fundo. – Ele assentia –

- Obrigada.

Ele pegava suas coisas, sendo o mesmo para ela. Os passos dela dirigiram-na graciosamente, para a carteira que se encontrava ao meu lado. Acima das olheiras, meus olhos extremamente vermelhos estavam paralisados... Olhando-a se sentar.

- Será bom poder conversar com você por mais tempo todos os dias, Osaki-san. – Ela me dizia, fazendo seu sorriso aparecer novamente –

- C-Claro... Também acho. – Eu assentia, sem conseguir evitar um leve sorriso –

A professora finalmente chegou. Nos cumprimentou e começou sua aula. Os olhos graciosos da Natsuki não saiam da minha mente. E eu poderia olhar para o lado, e vê-los... Calmos... Prestando atenção na aula. Mesmo eu estando com aquela cara horrível, nem sentia sono mais. Porque repentinamente, meu coração batia muito forte, me mantendo suficientemente acordado, enquanto podia me virar, e vê-la... Sentada ao meu lado.

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*Próximo Capítulo: Decisão .

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– Decisão – Capítulo 05 –

Depois daquele dia como “um zumbi do Resident Evil” (devo estar pensando assim, por influência do viciado em games, de nome Kisuke), ir para a escola havia se tornado ainda mais empolgante para mim. Não consigo dizer como, eu apenas me sentia empolgado, e pronto. Posso garantir que eu ficava até mesmo ansioso em chegar na escola. Mas tudo isso, era só para poder vê-la... Passando pela porta da sala... Radiante. E ainda sabendo que logo depois, seus passos a levariam tranquilamente pela fileira ao lado da minha. E ela sentaria ali, perto de mim.

- Bom dia, Osaki-san.

- B-Bom dia K-Kaoru-san!

Cenas como essa aconteceram quase todas às vezes, durante esses dias. Pra não dizer que foram realmente, todas as vezes. Ficar corado, ou em vezes até com um calor repentino por todo o meu corpo, gaguejando até mesmo quando eu a cumprimentava, num simples “Bom dia”. Enquanto eu sentia meu coração entalado na garganta. Eu começava a acreditar que era realmente possível algum órgão interno, ficar entalado em minha garganta desde então. Sendo verdade ou não, era assim que eu conseguia descrever.

Garotos são meio lerdos para falarem de... “sentimentos”. Pelo menos garotos como eu. Eu acho. Ficar nervoso, com o coração apertado, enquanto minha consciência se concentra... Em pensar nela. No quanto ela é linda, graciosa, e ao mesmo, me deixando intrigado em como uma garota como ela, poderia se importar comigo... Tem algum tipo de resposta para tudo isso? Para mim, não. Mas finalmente, chegou o dia em que eu não pude mais ignorar o que estava sentindo. O dia em que eu admiti aquilo, para mim mesmo. Demorou... Mas o dia em que eu soube definir o que sentia por ela, de uma vez por todas... Chegou.

- Ai! – Eu sentia uma batida na minha cabeça –

- Da próxima vez vai levar mais do que um tapa na cabeça se ficar dormindo na aula, só porque a professora teve que sair!

- Mas eu nem estava dormindo, Miya.

- Não interessa – Ela conseguia dizer, ainda com uma expressão amigável –

- Eu só estava de “cabeça abaixada”, e – Ela interrompia com uma mudança de reação –

- Keitarô... Eu disse... Que não interessa. – Um milésimo de segundo fora suficiente para ela mostrar uma expressão sombria –

- O-Ok Miya.

- Então, até mais!

Ela acenava para mim enquanto voltava para seu lugar, sorrindo alegremente, como se tivesse se esquecido do lado sombrio que ela acabara de me mostrar... E que tinha sido suficiente para me deixar com medo. Como eu havia dito antes, nossa Representante de Classe pode ser assustadora.

- Nossa. Como você está branco. Andou vendo alguma assombração Osaki-san?

- Que nada, isso é – Eu mesmo interrompi minha fala, ao ver quem estava falando –

Simplesmente nem me dei conta (como sempre), e respondi por puro reflexo. E nem percebi a voz de quem falava comigo... Isso antes de me virar para trás para ver quem era... E me ver com meu rosto quase colado no rosto da figura pouco agachada para ver a minha cara de palidez mórbida, por culpa da Miya. Meu rosto estava realmente, muito próximo do rosto dela. Claro, era a Natsuki-san.

- O que foi... Osaki-san? – Ela sequer estranhou o quanto eu estava próximo dela, continuando calma –

Preciso dizer que fiquei sem reação e com uma tremedeira esquisita na sobrancelha esquerda, ainda de boca aberta? Acho que não. Porque de branco, eu passei para vermelho flamejante, e ainda sentindo o suor percorrer pelo meu pescoço. E claro, caí da cadeira logo depois.

- Keitarô! Você está bem?

- C-Claro estou... Bem. – Antes de terminar a fala, eu me dei conta que estava surpreso –

Nem mesmo eu consegui evitar essa simples percepção. Ela tinha me chamado... Pelo primeiro nome.

- Ainda bem. – Ela dava um leve suspiro – Bom. Eu queria mesmo era chamar você pra ir até a cantina comigo. Vamos?

Seu sorriso. Era sempre tão intenso, tão contagiante... E eu sempre me via olhando para ela, ao menor sinal de que ela estivesse sorrindo. Nem preciso dizer que aceitei na mesma hora, enquanto o sinal do intervalo tocava para irmos.

- É... T-Tudo bem.

- Ok! Vamos logo então! – Ela se entusiasmava –

Depois disso... Era como se eu estivesse vendo aquilo em “câmera lenta”. Eu a observava se virar, começar a correr, enquanto... Ela me puxava por uma das mãos, e me levava junto. E juntos, fomos até a cantina e compramos nossos lanches. O refeitório do Campus estava bem movimentado.

- Caramba. Queria ir para um lugar mais vazio... – Ela dizia pensativa – Já sei! – Quando de repente, começou a correr –

- Kaoru-san!

- Está esperando o quê? Vamos logo Keitarô!

Ela se virava novamente, dando risadas. Sempre tão animada. Eu corri também para alcançá-la, até chegar ao pátio externo da escola, perto de um jardim.

- Aqui Keitarô!

Ela acenava para mim, estando sentada debaixo da sombra de uma árvore mais afastada. Fui até lá, e me sentei ao lado dela.

- Aqui é bem melhor, né Keitarô?

- É mesmo... – Hesitei – Natsuki.

Voltando o seu olhar mais diretamente para mim, ela sorriu. Pensei que seria atrevimento chamá-la pelo primeiro nome também... Mas ela gostou. Duas coisas me levaram a um ultimato sobre a Natsuki. A forma como ela agia espontaneamente, sem hesitar, disposta a viver as coisas ao seu redor, sem medo. E aquele olhar lindo, e intrigante, que parecia não ter medo de encarar sentimentos, junto daquele... Sorriso. Vendo isso... Na Natsuki... Posso finalmente dizer... Que estou me apaixonando cada vez mais por ela.

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*Próximo Capítulo: Treino de Beisebol .

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– Treino de Beisebol – Capítulo 06 –

“(...) estou me apaixonando cada vez mais por ela.”

Naquele dia, onde uma suave brisa acalmava o calor do dia, eu admiti isso para mim mesmo... Eu já havia me decidido. Sobre a Natsuki... Aconteceu rápido. Posso dizer que até rápido demais. Mas posso garantir o quanto esse sentimento se manifesta verdadeiramente. Ao mesmo tempo intenso, e aconchegante. Amor? Não sei. Estou disposto a descobrir isso com ela.

- Vamos voltar Keitarô? O sinal do intervalo vai tocar logo, logo. – Ela ainda estava ali. Serena –

- Ah... Sim, vamos.

Enquanto estávamos sob a sombra daquela imensa e refrescante árvore, trocamos apenas poucas palavras, e comíamos nossos lanches normalmente... Pouco me importa, se eu puder, afinal... Estar perto dela.

Caminhávamos de volta para sala, ao soar do sinal. Passando quase encostados a uma parede, nos viramos para a esquerda, indo em direção à entrada principal que dava ao pátio externo onde estávamos. Ainda seguindo “tal parede”, passamos por uma dessas “esquinas” do prédio, até que...

- Haha, não é mesmo Kei - Ai! – Ela caiu –

- Natsuki! Você está bem? – Naquele instante, meio que me lembrei da primeira vez que a vi. Quando ela tropeçou em mim, há 3 anos –

Enquanto eu ajudava-a se levantar, vi porque (e em quê), ela havia tropeçado. Kisuke. Literalmente, nele. Na verdade, quase. Ele estava sentado, com as pernas estendidas sobre o gramado, encostado na parede. E no caminho. E claro, como não poderia ser diferente, estava ali jogando vídeo-game. Por sorte, a Natsuki não caiu em cima desse meu amigo tarado.

- Opa! Kaoru-san, me desculpe, eu estava distraído, he. Desculpe mesmo! E... Keitarô, o que você faz aqui?

- Adivinha? – Olhei para ele nervoso – Estou ajudando uma garota linda a se levantar, por ter tropeçado num porco com você! – Minha voz estava mais alterada do que eu pensei –

- Porco? Caramba Keitarô, sou seu amigo lembra? – Ele disse com cara de pena –

- Que seja. Preste atenção pra não derrub – Natsuki me interrompeu –

- Garota linda, hein? Essa seria eu, por acaso? – Ela perguntou olhando para mim, enquanto demonstrava um sorriso intrigante –

- É-É, q-que e-eu... – Posso dizer que fiquei vermelho de um jeito instantâneo –

- Haha. Vamos Keitarô. – Ela foi se levantado ao se apoiar em mim – Ou então, Ai!

Na hora que ela gritou, subitamente, eu percebi. Ela tinha machucado o joelho com a queda. Vamos dizer que não era um machucado qualquer. Parecia estar doendo muito.

- Natsuki! Você precisa ir para a enfermaria agora! – Eu estava realmente preocupado –

- Não precisa. – Ela tentou disfarçar ao sentir dor – Nem está doendo tanto.

Mas não parecia. O machucado já estava sangrando, e se ficasse exposto por mais tempo, iria sangrar ainda mais. Ela não poderia ficar andando normalmente, com a perna sangrando daquele jeito. Eu precisava fazer alguma coisa. Sentia que precisava. Até ter uma ideia... Que fez meu coração começar a bater mais forte.

“Ou eu, ou o Kisuke teremos que fazer isso. Mas sinceramente... Prefiro que seja eu.” – Pensei comigo mesmo –

- Sério Keitarô, – Ela foi se apoiando à parede – Não se preoc - (!) – Eu a interrompi, fazendo... O que achava que precisava fazer –

- Pronto. Agora posso te levar até a enfermaria.

Eu... Peguei-a pelos braços. Literalmente... Ela estava em meus braços. Devia ter começado a suar muito naquela hora, sem dúvida nenhuma. E daquele jeito, com ela em meus braços, simplesmente corria até a enfermaria. Eu senti algo naquela hora, vindo de alguém. E mesmo que eu não tenha visto... Kisuke sorria ao ver o que eu fazia.

- Keitarô Osaki. He, quem diria... Boa sorte, amigo. – Kisuke dizia para si mesmo, ao me ver saindo –

Chegando rapidamente lá, eu a coloquei sobre um dos leitos da enfermaria. Esperei uns 5 minutos, mas nada de a enfermeira ou a doutora chegarem. Deviam estar voltando do almoço também. Então, eu mesmo comecei a preparar um curativo para o machucado da Natsuki.

- Legal! (...) Eu me enrolaria toda se tivesse que fazer um curativo desses. Onde aprendeu a fazer isso Keitarô? – Ela estava tão calma, que nem parecia ter se machucado –

– Natsuki falava, mas eu meio que me distraí e fiquei um pouco corado... Em perceber o quanto a perna dela era macia, enquanto eu preparava o curativo –

- K - E - I - T - A - R - Ô! – Ela chamou minha atenção soletrando meu nome, e chegando cada vez mais perto de mim. Mesmo –

- A-Ah, N-Natsuki! – E assim fiquei mais corado do que já estava –

- Haha! – Ela continuava rindo – (...) Obrigada, Keitarô...

- (...) Não foi... Nada. – Meio que abaixei o rosto, envergonhado por aquele olhar tão profundo que ela direcionava para mim –

- Soube que você entrou pro time de beisebol esse ano.

- Ah, sim. O Kisuke te disse?

- Não. Foi a Yoshida-san.

- A Miya? – Na hora me lembrei daquele lado sombrio dela – Falando nisso, eu tenho mesmo que ir para o treino, daqui a pouco. Conseguimos permissão com o nosso treinador, para treinarmos enquanto a sala está na educação física.

- Posso ir com você? Eu gostaria de assistir.

- É... Acho que seria bom você descansar aqui mais um pouco, ou a ferida pode abrir outra vez. – Desviei o olhar, meio desorientado –

- Ficar aqui vai ser muito entediante, e além disso, eu não posso ir pra aula de educação física assim. E afinal, se esse é o problema... Me carregue nos braços outra vez! – Ela sorriu – Será ótimo te ver jogar...

- Está... Bem...

Como eu iria negar? Ela queria realmente me ver jogar... Dava pra perceber isso, mesmo eu não sabendo o motivo. E não que eu seja tarado, nem nada (aliás, não sou). Mas senti-la em meus braços, outra vez... Seria realmente uma sensação indescritível. Fui para o vestiário antes, para colocar meu uniforme do time, e voltei para a enfermaria... Para levá-la comigo. No campo, nem preciso dizer a reação do pessoal do time ao me verem com a Natsuki nos braços, chegando. Eu não escutei o que eles falavam, mas posso imaginar. Melhor pular essa parte, estava com vergonha mesmo. Enquanto meu coração pulsava descontrolado, claro. Ela me observava ao canto do campo, sentada na grama, que servia de “arquibancada”... Enquanto eu estava em pose de rebatedor. E totalmente distraído ao me pegar olhando pra ela... Para o sorriso dela, e...

- Ai! – Levei uma bolada extremamente forte na cara –

- Keitarô! – Ela nem pensou no próprio machucado, e veio correndo quando meu viu caído –

- Só machuquei a bochecha, sem problema, mas... E o seu machucado?

- Não se preocupe com isso agora. Bem, eu... Não sei fazer um curativo. Então só posso te dar isso...

Ela estava ali, ajoelhada ao meu lado quando eu me levantava devagar por causa da pancada. Mas então... Ela terminou de falar isso. E o pessoal do time ficou olhando. Ela me deu um... Beijo no rosto. Sei, é só um beijo no rosto. Mas naquela hora, não foi “só um beijo no rosto” para mim. Isso, por causa daquela sensação minha, que não sei se foi hormonal, cardíaca, mental, ou sei lá mais o quê, e podem me chamar de fracote, mas... A emoção foi tão grande... Que eu caí no chão outra vez.

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*Próximo Capítulo: Na minha casa .

*OBS: essa tag de comentários zuado, eu que fiz, e por eu não ser um Designer
saiu essa merda, então por favor, não reparem . Obrigado .-.

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– Na minha casa – Capítulo 07 –

Estávamos quase no final do 1° semestre escolar. E fazia pouco mais de um mês, que ela estava na minha escola. Natsuki Kaoru. Eu realmente, só conseguia olhar para ela, lembrar dela enquanto eu ia para a escola, ou em olhar para o lado durante a aula, para poder observar aquele lindo olhar que me intrigava, me confundia, mas que me fazia perceber o quanto eu gostava daquela garota que somente me deixava mais e mais feliz, a cada dia... Qual era o motivo de eu receber a atenção dela? Eu não tinha nada demais como pessoa, mas ela estava sempre ali, perto de mim. No máximo, eu tirava notas boas na escola, e estava me saindo bem no Beisebol... E minhas outras características, bem... Eu era um garoto comum, afinal.

- Mas como?! Reprovado?! – Sim, esse tom perplexo veio da minha voz –

- Bom. E em três matérias. Pelo menos são só provas Keitarô, você pode fazer o Teste de Recuperação.

- Mas, Kisuke. Provas de recuperação são mais difíceis ainda, e com notas baixas, eu posso ser expulso do time de beisebol. – Sendo que eu sequer tinha tido uma partida oficial no time até agora –

- Caramba, até eu consegui passar nessas provas. Isso nunca aconteceu com você antes, você não é “tão idiota assim”. Tem alguma coisa distraindo esse meu amigo “tão responsável” ultimamente? – Ele me encarava –

- Ei, como assim “tão idiota”, eu – Me peguei interrompido pelos meus próprios pensamentos –

Nessa hora, eu percebi. Desde que a Natsuki havia aparecido, eu não conseguia parar de olhar para ela. Claro, que isso ocupa um bocado da minha atenção. Em algumas vezes eu até me esquecia de prestar atenção no que a professora estava falando. Sim, eu devo ter a maior cara de retardado, quando estou olhando pra Natsuki. Ainda mais agora, que eu soube reconhecer o que sinto por ela. Isso tudo me fez até levar uma bolada na cara, no meio do treino... E me fez ganhar um beijo dela...

- Ei, Keitarô!

- Ahn? – Recuperei a consciência –

- Nossa você simplesmente parou, do nada.

- Ah é? (...) Como eu, é... Continuando. Preciso estudar bastante, não tem outro jeito! (...) Mesmo que eu não esteja nem um pouco afim. – Desmotivado –

- Humm... Vou conseguir uma “ótima” motivação pra você, Ok? Vai ficar me devendo essa.

- Como?

- Confie em mim. Posso ir à sua casa hoje depois da escola?

- Bem, pode. Minha mãe vai chegar tarde mesmo. Só não invente de querer jogar nada! Eu vou precisar estudar, humpf.

- Claro, não se preocupe. Nem vou precisar de vídeo-game nenhum. Só quero ver sua cara de felicidade amigo. – Um sorriso estranho, tomava posse da expressão do Kisuke –

- Ahn? – Eu não entendia nada –

- Sem mais dicas, é surpresa! – E o sorriso agora, tomava um ar misterioso – Ah, e o intervalo já tá acabando... Logo mais a gente volta pra sala, e não é bom a Kaoru-san te ver com a cara babada, né?

Coloquei a mão perto do canto de minha boca... Realmente tinha um pouco de saliva escorrida. Tudo porque tinha acabado de me lembrar daquele beijo no rosto que a Natsuki me dera antes. Limpei logo, E me perguntei...

“Espera. Porque o Kisuke falou justamente da Natsuki?”

Quando pensei em perguntar, ela já tinha saído em direção ao corredor. Voltando a sala, eu continuava a pensar nisso. Nunca contei nada sobre a Natsuki para ele. Bem, se ele souber não tem problema nenhum, por ele ser meu amigo. Mas ele disse que nem ia precisar de vídeo-game... Para o Kisuke ter dito isso, só com um milagre. Ou não?

Chegando em casa depois da escola, eu estava me preparando pra começar meus estudos, afinal os testes de recuperação seriam na segunda, e já era sexta. Kisuke ainda não tinha chegado. Mas ele não ia demorar, afinal é meu vizinho. Quando comecei a lembrar de uma conversa que tive com a Miya mais cedo, na escola.

- Caramba, em três provas? Não sabia que tinha um amigo burro assim. – Miya cruzava seus braços contra o corpo –

- Também não é pra tanto Miya. E mesmo assim, vou estudar bastante pra me sair bem nessas provas de recuperação! – Eu erguia um dos braços ao alto com o punho fechado, tentando parecer
determinado –

- Ah é? Ainda bem, porque não quero reprovados na classe que Yoshida Miya representa, entendeu?! – Além da expressão, sua voz num tom pausado também era sombria –

- O-Ok. – Paralisado –

- Então espero que estude mesmo Keitarô! – A cara de “irmã mais nova” aparecia novamente, e instantaneamente –

- Ele com certeza vai passar... Não é Keitarô? – Ela, Natsuki, aparecia ao meu lado, sorrindo


- Opa, Opa, Opa! Espera. Eu preciso estudar. Não posso pensar na Natsuki agora... Mas eu estava pensando na minha conversa com a Miya, e... Natsuki... – Com uma falta de atenção total, eu me lembrava dela enquanto falava sozinho –

- Ding, Dong! – A campainha tocava –

- Deve ser o Kisuke. – Eu dizia antes de abrir a porta, com a mão na maçaneta –

- Oi, Keitarô! – Um sorriso –

Para quem esperava um amigo, eu vi uma pessoa totalmente diferente. A garota por quem eu me apaixonei. Natsuki estava com o cabelo encaracolado, um vestido de alças azul claro, e sobre ele, um pequeno casaco de mangas curtas branco, um pouco aberto. Eu sempre a vi como uma garota extremamente linda, mas... Vê-la vestindo roupas casuais, de forma diferente, como eu não estava acostumado, mas ainda assim, linda como nunca na porta de minha casa... Me causou uma sensação única.

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*Próximo Capítulo: Trancados .

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– Trancados – Capítulo 08 –

- N-Natsuki, é... – Eu tentava desviar o olhar dela, para não acabar olhando demais, e parecer um tonto –

- Bem, o Kisuke me chamou pra vir aqui hoje. Ele disse que você queria muito que eu viesse te ajudar nos seus estudos.

- E aí Keitarô! – Ele aparecia de repente acenando –

“- Só quero ver sua cara de felicidade amigo.” – Lembrei na hora do que o Kisuke tinha me falado na escola antes –

- Eu posso entrar, Keitarô? – Ela falava numa expressão tão meiga, e por quase tímida –

- M-Mas claro! Entre por favor, e me desculpe Natsuki. – Eu cheguei a falar alto de tanta empolgação misturada ao nervosismo –

E então, ela passou calmamente pela porta, como se seu sorriso fizesse sua silhueta brilhar ao ritmo de seus passos. Ela segurava uma bolsa de frente a ela, através das alças em ambas as mãos.

- Ok! Já vou entrando também amigo.

- Kisuke! – Eu o puxei pelo braço, me controlando para não falar alto – O que significa isso?

- Isso o quê? – Ele se mostrava como desentendido –

- P-Precisa mesmo eu dizer?

- Ah... A Natsuki. – Ele mudava sua expressão, para aquele súbito sorriso irônico que eu vira de manhã – Tem melhor motivação para você... Do que ela?

- Eh. – Engoli em seco, sem conseguir responder –

- Lembra de uma história que você já me contou antes, sobre uma garota que você conheceu há três anos? Por acaso... Ela é a Natsuki, certo?

- É-É q-que...

- Não precisa me dizer nada. Seu rosto da cor de um tomate que pegou sol, e sua fala gaguejante, acabam explicando tudo.

- (...) Calma. Como um pervertido, e fanático por vídeo-games que nem você consegue falar desse tipo de coisa de um jeito tão natural?

- Você pensa... Que é a única pessoa que consegue gostar de alguém? – Ele disse ajeitando seus óculos com a ponta do dedo indicador, soando muito confiante –

- Eh? – Fiquei meio chocado –

- Fica tranquilo, não é da Natsuki que eu gosto.

- Pessoal, vocês vem ou não? – Natsuki nos chamava da sala de estar –

- Kisuke, er... Obrigado. – Eu sorri instintivamente – Mas pra você é Kaoru-san, ta bem?!

- Haha, sim, sim. Então vamos, porque a Kaoru-san está esperando a gente... Ou melhor... Esperando você, né?

- Glup. – Eu engolia em seco, sem evitar ficar corado –

- Outra coisa Keitarô. Me agradeça quando tiver motivo pra isso. – Ele fazia uma pose de “Nice Guy” improvisada –

Pra falar a verdade, eu fiquei tão abismado, por nunca ter pensado que o Kisuke pudesse ser esse tipo de cara, com uma personalidade escondida, e confiante assim. Nunca pensei mesmo. Ele achou, pelo visto, que eu fiquei chocado em pensar que ele gostava da Natsuki... Não era isso. Estava mesmo, muito impressionado em como uma garota poderia totalmente mudar a atitude de um garoto que goste dela. Como por exemplo, uma garota despertou um lado do Kisuke que eu não conhecia. E como a Natsuki, estava despertando algo em mim, que cada vez mais eu aprendia a conhecer. Esse sentimento, esses sentimentos... São mesmo intrigantes.

- Vamos estudar aqui na sala mesmo? – Natsuki perguntava –

- Não sei. Eu posso trazer uma mesa e meus livros pra cá, então.

- Tenho uma ideia melhor. – Eu e Natsuki olhamos para o Kisuke – Por que não vamos para o seu quarto Keitarô, afinal suas coisas estão todas lá, não é?

- Kisuke! M-Mas – Ele me interrompia –

- O que você acha Kaoru-san? – Estava na cara que ele me ignorou –

- É uma ótima ideia Akira-san. Assim fica mais fácil pra todo mundo, he.

- Eh... – Eu fiquei assim –

Nós fomos para o meu quarto. Não teve outro jeito. Bem, ele estava numa completa bagunça. Começamos a colocar alguns livros e cadernos numa pequena mesa de centro. Até o Kisuke interromper o calmo silêncio, dizendo...

- Vou pegar um copo d’água na cozinha, já volto. – Ele praticamente correu para fora do quarto, que por sinal, fez um barulho estranho em seguida –

- Nossa. Mesmo essa hora, quase no fim da tarde, ainda está tão calor. – Natsuki dizia, enquanto eu inconscientemente me via torcendo para que ela tirasse seu pequeno casaco. Tentei me focar em outra coisa –

- Esse Kisuke ainda fechou a porta, mesmo nesse calor. – Me levantei do chão – Não se preocupe, eu vou abrir a por...ta – Eu estava girando a maçaneta da porta, mas ela não abria. E a chave, também não estava na fechadura –

- O que foi Keitarô? – Ela não havia percebido –

- Está trancada. Vou chamar o Kisuk – Fui interrompido por uma voz alta, antes disso –

- Keitarô!!! Minha mãe acabou de me ligar, e eu preciso passar na minha casa agora! Talvez eu demore pra voltar, então, até mais!! – Eu ouvi a voz dele gritando tudo isso, rapidamente, do andar de baixo. E em seguida o barulho de batida, da porta de entrada da casa –

- Keitarô, nós estamos trancados? – Natsuki demonstrava uma feição um pouco confusa –

- Eh? – Ainda meio sem reação, eu escutei o toque de “nova mensagem” do meu celular. E nele, tinha mesmo uma mensagem... Do Kisuke –


Bem, é sou eu. E você vai ficar aí trancado com a Natsuki
por um tempo Keitarô. Eu fechei a porta de propósito mesmo, peguei a chave da
porta, e tranquei vocês dois aí, então não se preocupe. Por precaução, eu também
coloquei outro chip no seu celular, sem créditos claro, pra que você não possa ligar
pra ninguém. E eu perguntei pra Natsuki se ela tinha trazido o celular dela, mas ela
esqueceu em casa. Minha mãe não me chamou na verdade, então depois eu volto
pra destrancar vocês. Como você disse, sua mãe vai chegar tarde mesmo. Fique
tranquilo, sei que você não vai fazer nada de pervertido com ela. Tente se concentrar
nos estudos... Mesmo eu achando que não vai adiantar, hehe. Boa sorte!

De seu amigo, Kisuke

Nem tive tempo, de sequer pensar em ter raiva do Kisuke. Porque depois de ler a mensagem, paralisado... Só conseguia pensar numa coisa. “Eu estava sozinho com a Natsuki”. Eu estava tão paralisado, que me esqueci de quanto estava calor, porque eu parecia mesmo, congelado. Vai ser difícil mesmo se concentrar nos estudos, nisso tenho que concordar com o Kisuke.

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*Próximo Capítulo: Olhando mais de perto .

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SamuelCosta
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