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Desventuras de "um Mosca"

Uma comédia, baseada num clima investigativo caracterizado pela imprensa/mídia, envolve a vida do protagonista Ronaldo da Mata Krädish, ou melhor dizendo Ronaldo "Mosca". Ele, que ganhara esse apelido através de um aconteciento bruscamente impossível do passado, e que se marcaria através desse "codinome" para sempre, é um homem simples, crítico, e reservado, que trabalha na redação da "Metrópole Paulista", um jornal conceituado na cidade de São Paulo. Desde duas menininhas de 10 anos, até esquemas absurdos, envolvidos ao seu principal concorrente jornalístico "O Curriculum Diário", e até mesmo à política, a vida de Ronaldo promete, literalmente, "desventuras" cercadas por uma comicidade singular.



Mas antes, queria dizer que essa Fan Fic, me passou pela mente através de simples ideias idiotas:

- uma mosca que passava na minha frente enquanto eu assistia Tv ;
- um sujeito que citava o nome "Ronaldo" na Tv, no exato momento que a mosca passou ;
- um livro que envolve jornalismo, que eu estava lendo na época .

*Resultado: saiu essa bagaça toda que vocês podem conferir nessa Fan Fic, baseada em algumas ideias totalmente idiotas, da minha parte :D Espero que gostem .-.


Última edição por Hitsugaya1101 em Seg 11 Out - 19:22, editado 1 vez(es)

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– Prazer, Ronaldo “Mosca” – Capítulo 01 –

Bem, como eu posso dizer... Não sei. Acho que basta dizer meu nome por hora. Sou Ronaldo da Mata Krädish. Meu nome deve ter alguma origem européia, na verdade o último sobrenome, que não me preocupei em saber de onde o herdei. Alemão, Russo, Belgo, enfim quando eu era criança até mesmo chegava a morder a língua tentando falar esse sobrenome esquisito de forma certa. Por isso não culpo ninguém por não saber pronunciá-lo. Enfim, de que interessa? Na verdade todo mundo me chama de Ronaldo “Mosca”.

Posso ser considerado um cara alto, mas sou gordo, uso óculos quadrados e antiquados (por serem mais baratos), e até mesmo já aparento ter um pouco de calvície (só um pouco), mesmo tendo apenas 36 anos de idade. Como se isso fosse pouco. Ah, claro. Preciso dizer o motivo de, Ronaldo “Mosca”.

Foi há 10 anos. Quando eu estava na faculdade, acabei engolindo uma mosca enquanto me preparava para abocanhar um sanduíche. Nem fiquei alarmado na hora, por mais esquisito que fosse, mas depois disso, precisei ir ao hospital. Após alguns exames, o doutor havia dito o seguinte:

- A mosca está alojada em seu estômago... E está viva.

- Como assim? – Eu disse surpreso –

- Bem, posso dizer que nesse momento, ela está voando dentro do seu estômago. Mas ela sairá daí... Como eu posso dizer... Assim como as “partes indesejadas” dos alimentos saem com a digestão. E mesmo assim, temo que ela ainda saia viva.

Sim, o doutor disse isso para mim se controlando para não dar risada. Na verdade para não dar muita risada. Ele parecia ser um novato na área, mas o papel dele mesmo aparecerá depois. E assim, quando eu finalmente tive de ir ao banheiro, no dia seguinte ao da consulta, a mosca saiu como o doutor havia previsto... Voando.

Dois dias depois disso ter acontecido, notícias apareciam em revistas, jornais, e internet, que na época não era tão usada como hoje, mas que agora, traz tanta informação, que a seguinte notícia sobre a mosca que eu havia engolido, ainda continua disponível até hoje.

“Homem engole mosca, e descobre que ela sairia de dentro dele,
quando ele fizesse suas necessidades”

Se alguém procurar algo parecido com isso no Google, verá coisas sobre mim. Na época, o doutor (que até hoje não consigo lembrar o nome), foi o responsável pelo vazamento dessa notícia. Ele furtou laudos, e declarações oficiais dos exames que eu fiz, e até mesmo cópias de “Raios-X”. Depois saiu fazendo uma espécie de “leilão” para diversas fontes de mídia, ilegalmente, para a venda da informação.

Pelo jeito ele conseguiu faturar bastante com isso, pois parece não ter se importado em perder sua licença para atuar na medicina, e sumiu do país. Ganhando dinheiro “as minhas custas”, claro.

É claro que isso não me atinge até hoje, afinal eu sou só um cidadão comum, que passou por isso há 10 anos. Mas a partir dali, o apelido surgiu. Atualmente, sou redator e jornalista (irônico, não?) de um jornal bem conceituado em São Paulo. Dizem que sou uma pessoa inteligente, mas eu mesmo não fico dizendo isso. Prazer, Ronaldo “Mosca”.

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*Próximo Capítulo: Atualmente, eu (...)

*OBS: essa tag de comentários zuado, eu que fiz, e por eu não ser um Designer
saiu essa merda, então por favor, não reparem . Obrigado .-.

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– Atualmente, eu (...) – Capítulo 02 –

Você, agora deve estar se perguntando, “porque eu não processei o médico?” A resposta é: ele, literalmente, fugiu antes que eu pudesse pensar em fazer isso. Mesmo sendo algo que não acontecesse todo dia, na época, a notícia demorou alguns dias para fazer seu devido “sucesso”. Tanto que, mesmo logo depois eu procurando o médico, já havia sido tempo suficiente para sua demissão, e então, ele desapareceu. Por hoje eu ser um jornalista, soube de informações de que ele poderia estar no Canadá (é sério), mas diferente dele, eu não tenho tanto dinheiro assim, para sequer pensar em ir lá. Acho que já chega de falar do passado.

Hoje, trabalho 10 horas por dia, na redação do jornal Metrópole Paulista, que atualmente, enfrenta problemas com a famosa e velha questão do “IBOPE”. Um ano atrás, um novo jornal foi fundado, e mesmo aqui sendo São Paulo, de uma forma incrível, e devido a sua grande procura, ele rapidamente tornou-se nosso principal concorrente.

Um bom jornal mostra notícias atuais, uma boa dose de variedades informativas, com colunas que trazem o melhor conteúdo social eu cultural ao leitor. Isso, sendo ainda o básico do que um jornal faz. Não é assim que o nosso concorrente trabalha. Buscando notícias repugnantes, assuntos da vida particular de pessoas famosas de forma exagerada, comentando sobre costumes e boatos sem fundamentos “do momento”, e sei lá mais do que esse jornal fala, é assim que vemos o trabalho dele. Se alguém famoso chega à simples desgraça de sofrer de uma “grave diarréia”, e o jornal conseguir informações sobre isso, já vira motivo suficiente para virar matéria, como se fosse uma “revista de fofocas”.

Não preciso nem falar que coisas como essas trouxeram diversos processos, mas estranhamente, ele sempre vence. Por quê? Isso acontece por aquela velha desculpa de “ah, agora querem nos censurar?!”. Sem contar que o misterioso dono do jornal, que nunca apareceu na mídia, mas que se mostra como um bilionário, ou até mais rico do que isso, parece não demonstrar um “pingo” de moral, sempre colocando declarações arrogantes em seu nome pelo jornal, e ocultando sua identidade, enquanto conquista uma devida “fama” por mostrar-se rico.

Bem, esquecendo um pouco isso tudo, como eu dizia, trabalho 10 horas por dia, a partir das 8 da manhã. Então...

- Bom dia Carlão.

- Fala minha “mosca” predileta, o que de bom pro seu Carlão aqui hoje?

Carlão é meu amigo desde antes da faculdade, e mesmo sendo meio maluco, e fazendo piadas fora de hora o tempo todo, ele incrivelmente, tem talento na área jornalística. E não sei se posso dizer que é “por azar” ou “por sorte”, mas a mesa dele é do lado da minha desde que começamos a trabalhar nesse jornal.

- Logo de manhã você já vem com esse papo Carlão? Tem horas que é difícil acreditar que você é meu amigo, sinceramente.

- Quer saber... Por quê?

- Humm.

- Porque... – Ele disse sussurrando – Você me ama! – De uma forma totalmente estranha ele falava esfregando os dedos indicadores nos mamilos –

- Vocês dois, trabalhem.

- Sim, sim Betty. – Eu dizia a ela, ignorando a cena imbecil que acabara de ver –

Betty. Uma mulher alta, jovem e morena. Extremamente competente em tudo o que fazia, fazendo sempre jus ao seu cargo de Supervisora Geral do jornal. Sem contar que sua beleza exótica, demonstrava outra forma de achar uma mulher, linda.

- Ei Ronaldo.

- Que foi Carlão...

- Imagina a Betty na sua frente, esfregando os dedos no “par de privilegiados” dela, em vez de mim.

- (...) – Eu olhei para ele como se aquilo não tivesse graça –

- Tá bem Ronaldo, vamos trabalhar.

Diferente de tudo de incomum que estava por vir, aquele foi um dia normal de trabalho. Sim, normal até mesmo com essas “brincadeiras” do Carlão, isso já pode até ser considerada uma tradição por parte dele. Chegando em casa...

- Boa noite...

- (...) Papai!

Sim, eu provavelmente esqueci de contar. Há um tempo, eu adotei duas meninas, e elas... São gêmeas.


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*Próximo Capítulo: Filhas, de "outro mundo" .

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– Filhas, de “outro mundo” – Capítulo 03 –

Elas têm 10 anos. Mesmo que às vezes realmente não pareça, não por causa da aparência, ou por algo do tipo, mas isso eu explico depois. Haruna e Haruka... Nomes parecidos, não é mesmo? Ainda agradeço imensamente por meu sobrenome esquisito de origem desconhecida, não ter sido colocado nas duas durante a adoção. Enfim, voltando aos nomes delas. Não são nomes muito comuns por aqui. Isso, porque elas são japonesas. É uma história muito curiosa a forma como as duas vieram parar aqui, no Brasil. Como eu disse, elas são japonesas, nascidas na cidade de Osaka. Os pais delas morreram num acidente de trânsito, quando as duas ainda eram apenas recém nascidas. Então, a única alternativa, foi de que elas fossem criadas pelos únicos parentes que restaram. A irmã mais velha da mãe, que era casada com um brasileiro, sendo que os dois moravam nu subúrbio de Tóquio.

Acontece que essa mesma “irmã mais velha”, era uma completa perua bêbada, que somente sabia encher a cara, brigando todo santo dia com o marido vagabundo e desempregado, que agia como um “garoto de família rica”, mesmo não tendo idade para isso. E ele por sua vez, não sabia nem como tinha parado ao Japão. Então, com péssimas influências nesse ambiente nada familiar, as gêmeas foram criadas. Aprendendo a falar japonês... E português.

Mesmo assim, isso sequer parece ter afetado elas. São boas meninas, educadas, carinhosas... Mas com características que são difíceis de imaginar em crianças dessa idade. Se alguém perguntá-las sobre algo dos tios, elas provavelmente dirão:

“Pelo menos pra nos ensinar outra língua...
... Aqueles idiotas serviram.”


Sim, como eu disse apesar de tudo, elas tem 10 anos. Continuando... Mesmo criadas nesse “ninho de cobras”, Haruna e Haruka sempre foram incrivelmente espertas em tudo o que resolviam fazer. Isso motivou as duas a um ultimato quando elas tinham apenas 9 anos. Fazendo-as dizer aos tios:

- Já estamos cansadas de sermos criadas... – Disse primeiro, Haruna –

- Por tios tão fracassados como vocês, que mais parecem ter a nossa idade. – Completou Haruka –

- E por isso, amanhã de manhã a gente vai se mudar daqui! – As duas disseram juntas –

Os tios, que naquele dia se entupiam de sakê, somente riram das duas e continuaram a beber durante a noite inteira, como se estivessem comemorando algo. No dia seguinte, as gêmeas estavam num avião que desembarcaria em São Paulo! Elas haviam roubado os vistos de embarque dos tios, e clonado os seus perfeitamente. Então, reservaram as passagens por telefone usando o cartão de crédito de um deles, e chegando ao aeroporto, disseram que os tios as mandariam junto de outra pessoa, com uma autorização falsa que elas mesmas prepararam. Então, fingindo estarem acompanhadas de outro passageiro, elas vieram parar aqui. É difícil acreditar que duas menininhas puderam fazer tudo isso. Mas elas fizeram. Antes de irem embora, as duas haviam denunciado os tios para a polícia.

E por quê? Porque os dois eram responsáveis por um assalto numa joalheria, e tinham conseguido escapar. Esse era o motivo da comemoração da noite anterior, com toda aquela bebedeira, e as duas sabiam. E os denunciaram. Mas ainda tem um detalhe... Antes dos policiais chegarem, os tios ladrões acordavam tranquilamente, e...

- Ai, Ai, Ai! Minha cabeça! – Disse a tia escandalosa –

- Deve ser ressaca, né? Hehehe. – Disse o tio bocejando –

- (...) GRRRR! – Um barulho desconhecido –

- M-Mas... O QUÊÊÊ?!! – A tia escandalosa, gritava desesperada –

Depois do estranho rosnado, os tios que agora estavam de pé, abraçados e tremendo mais do que nunca, viam as próprias sobrinhas numa foto deixada na beira da cama, com um recado:

“Adeus... Esse é o nosso presente de despedida para vocês! De: Haruna e Haruka”

O “presente” eram dois Pitbulls enormes, e extremamente ferozes. Que explicavam o rosnado. Eles foram colocados pelas gêmeas no quarto dos tios, para que eles não fugissem antes da polícia chegar. Assim, os cães ficaram de guarda.

“Viemos para o Brasil porque sabemos falar português também, não é óbvio?”

Sim, foi isso que elas deram como explicação. Mas, sorrindo... São duas crianças afinal. Agora, a questão é como essas japonesinhas viraram minhas filhas?

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*Próximo Capítulo: Filhas, de "outro mundo" (Parte 2) .

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– Filhas, de “outro mundo” (Parte 2) – Capítulo 04 –

Os famosos tios de Haruna e Haruka, ainda estão em julgamento. Irão pegar no mínimo, oito anos de cadeia. Pelo menos o sistema penitenciário japonês parece ser mais eficiente. E claro, eu consegui uma ordem judicial aprovada pelo governo japonês para que eu pudesse começar o processo de adoção. E para que enfim, elas pudessem ser oficialmente minhas filhas.

Mas ainda aconteceu muita coisa antes disso. Antes que elas conseguissem... Ser minhas filhas. Exatamente, elas conseguiram. Há poucos meses atrás, eu acabava de fazer algumas entrevistas para uma coluna cultural no jornal, no bairro da Liberdade aqui em São Paulo. Quando me deparei com uma barraca diferente de iguarias japonesas numa esquina. Onde elas estavam.

- Gostaria de comer alguma coisa, senhor?

- Além de barato, está delicioso. – Uma aparecia seguidamente da outra, simpaticamente –

- Não, obrigado. Não estou com fome. – Naquele momento um “rugido” vindo do meu estômago, dizia o contrário –

- Eu acho que existe uma parte de você dizendo outra coisa. – Haruna se segurava para controlar o riso –

- Tudo bem. Quando a mãe de vocês chegar, eu venho aqui para comer.

- Bom, nós não temos mãe. – Contrariou Haruna –

- Seu... Pai?

- Também não temos pai. – Agora quem contrariava era Haruka –

- Então quem cuida de toda essa barraca?

- Nós duas. – Elas responderam –

- Só podem estar brincando. – Eu logo mudaria de ideia –

Numa velocidade meio que “fora do comum”, as duas prepararam e serviram para mim, o que os japoneses chamam de Onigiri (Bolinhos de Arroz) junto de uma porção muito apetitosa e decorada de Sushis.

- Aqui está. – Me entregaram sorrindo –

Aquilo realmente parecia delicioso. E estava delicioso. Enquanto eu comia, via o quanto aquelas menininhas eram espertas, falantes, e diferentes. E claro, estava sem acreditar naquela história impossível que elas me contavam. Mas na verdade, quem sou eu para falar de “histórias impossíveis”, não é mesmo?

- (...) e então viemos parar... – Haruna olhava para Haruka –

- (...) Aqui no Brasil. – Haruka terminava outra vez a frase da irmã –

Eu já tinha terminado meu almoço. Mas ainda estava curioso sobre elas.

- Nossa... Agora me digam. Como vocês se tornaram donas dessa barraca, e ainda por cima, onde moram? – Dava pra notar minha curiosidade facilmente –

- Nós ficamos amigas de um cachorrinho de um senhor que mora aqui ao lado. Ele é dono de uma floricultura. – Haruna –

- E ele nos deu abrigo logo que aparecemos aqui. Tudo bem que conseguir algum lugar para morar aqui na Liberdade, também foi ideia nossa. Mas é tudo graças ao senhor Wong. Que também montou essa barraca pra gente – Haruka –

– As duas se entreolharam, e acenaram com a cabeça uma para a outra ao mesmo tempo –

- Seu Ronaldo, o senhor é casado? – Haruna perguntou –

- Não. – Respondi normalmente –
- O senhor mora sozinho? – Haruka perguntou logo depois –

- Moro.

Após algumas perguntas, onde eu começava a estranhar, por responder apenas “sim” ou “não”, elas subitamente me perguntaram ao mesmo tempo:

- Então por que não “vira” nosso pai?

Eu fiquei surpreso. Foi meio, “do nada”. Mas realmente me deparei, com uma estranha sensação de “proteção”, cada vez que eu olhava para aquelas meninas. Isso não é nem um pouco comum em um cara solteiro, gordo, que já teve todo tipo de responsabilidades, mas sequer, algum filho... Ou filha. Por isso não pude ignorar. Quando me deparei, eu já tinha aceitado aquela proposta nada comum.

Ela me levaram ao gentil senhor Wong, dono da floricultura. As meninas já foram explicando tudo, empolgadas, e eu ainda sem jeito, expliquei tudo logo depois. Ele concordou. Concordou até rápido demais, como se me conhecesse de algum lugar.

- Se Haruna e Haruka realmente quiserem o senhor como pai delas, não vejo nenhum problema. Tenho certeza que o famoso Ronaldo “Mosca-san” cuidará bem delas. – Ele mostrou um típico sorriso simpático –

Depois de algumas semanas, os papéis foram assinados, e a guarda das meninas foi aprovada pelos governos do Brasil, e do Japão. Lembram do “cachorrinho” do senhor Wong que elas haviam falado? Nada mais era, do que um Rottweiler enorme. Que fica extremamente manso como um filhote, perto das garotas. Só vendo mesmo, pra acreditar. Depois de pensar um pouco, sobre como o senhor Wong parecia me conhecer, eu percebi.

“- (...) o famoso Ronaldo Mosca-san...”

Nem mesmo um pacato senhor japonês, dono de uma floricultura, deixou de saber sobre o incidente “da mosca”, que aconteceu 10 anos antes. O comum, mas conhecido por ter vivido esse azar, Ronaldo Mosca, agora é pai de duas japonesinhas espertalhonas... Chega a ser engraçado pensar assim de mim mesmo.

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*Próximo Capítulo: O Curriculum Diário .

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– O Curriculum Diário – Capítulo 05 –

- Otou-san... – Uma voz familiar –

- Hum...

- Otou-san... – Essa é a voz da Haruka, então a outra era da Haruna –

- A mãe de quem? – Eu respondi desatento –

- Acorda papai! – Haruna enfim, me acordou –

- Por quê? – Me acordou, mas eu ainda parecia ter “perdido os sentidos”, pelo visto –

- Porque o senhor tem um emprego, e se não quiser perdê-lo... – Dessa vez a Haruka foi com a fala inicial –

- (...) é bom correr, ou vai chegar atrasado! – E com a fala final, Haruna tinha completado –

- Atrasado?! – Finalmente me dei conta – É, são... Sete e meia!

- A gente avisou Otou-san. – Elas diziam ao mesmo tempo, por terem realmente avisado –

Vesti a primeira camiseta amarrotada que vi, e uma calça jeans desbotada que há tempos devia estar no cabideiro do banheiro, e também coloquei os primeiros sapatos que vi. Sem nem ao menos prestar atenção no que vestia, por pressa. Afinal eu entro às 8 da manhã na Redação do Jornal.

- Até mais! – Haruna –

- Se cuida Otou-san! – E Haruka –

- Se cuidem também no caminho pra escola meninas! – Eu saia correndo pela porta do apartamento –

Mesmo com apenas 10 aos, as gêmeas são muito independentes. Não que eu seja desnaturado, nem nada, mas sim elas, que se acostumam com as coisas muito rápido. Esse negócio de “Otou-san”, que quer dizer “pai” em japonês... Acho que uma hora dessas, eu me acostumo com isso.

Por sorte, a escola fica a um quarteirão de distância do meu apartamento, e por mais que estivessem atrasadas por ficarem em casa para me acordar (provavelmente faltaram apenas me bater durante as inúmeras tentativas, mas não fizeram isso), elas iriam junto da minha vizinha “de porta”, Selma, que tem uma filha que estuda na mesma escola delas. Mesmo, provavelmente, ela já tendo levado sua filha até lá, era gentil ao ponto de ir outra vez para levar minhas filhas. Que estavam atrasadas por minha culpa.

Falando em atrasado. Eu, sem dúvidas chegaria atrasado ao trabalho. Pelo menos tenho um bom motivo para isso. Aquele jornalzinho medíocre, que chamamos de concorrente. Sim, não tem como eu não me irritar mais quando falo dele. Intitulado de “O Curriculum Diário”.

Ele parece estar envolvido até o pescoço em esquemas de “suborno político” e “manipulação de candidaturas”, e eu tinha ficado até mais tarde na redação investigando sobre isso ontem. Nem sou muito de me importar com isso, mas levo meu trabalho a sério, pelo menos. Diferente “deles”.

Não sei como, mas acho que se for para fazer jus ao nome, eles realmente conseguem. Fico imaginando, se nosso concorrente fosse como um telejornal. Os apresentadores citariam as “grandes notícias”, de mesmo tipo das que eles publicam atualmente, como assuntos do programa. Acho que o “curriculum” (modo nada clichê de pensar, certo?) que eles apresentariam (pelo menos na minha imaginação), seria mais ou menos assim:

- Boa noite.

- Boa noite. – Ou dia, quem sabe. Na hora, minha imaginação disse noite –

- Vamos com as principais notícias de hoje.

- Escândalo. Pais processam escola por ter exposto seus filhos, á uma cena imprópria no Zoológico. As crianças podem ter presenciado um ritual de acasalamento entre tartarugas, de acordo com relatos.

- Novidade. Tailandês que há 20 anos, nascera com 7 dedos num dos pés, terá que amputá-lo. O pé será empalhado, e enviado em “tournets” especiais em museus do mundo todo. Em nosso site, confiram a lista dos principais museus.

- Curiosidades. Artista integrante de uma das famosas bandas da atualidade, vomita após sair de um restaurante. O vômito está disponível em vendas por porções diferentes na internet, após ser coletado por fãs enlouquecidos, que vigiavam os passos do músico, antes do acontecido.

- Incrível. Menina de 13 anos, subitamente mata um dos canários de estimação de seu pai, e o pinta de azul. Ela diz dormir ao lado do pequeno cadáver todos os dias, além de se declarar uma fã e usuária incondicional do Twitter.

- Milagre. O corpo de um homem, vítima de sequestro, que estava desaparecido há três meses, foi encontrado no início desta manhã. A namorada, que acompanhava as buscas desde os primeiros indícios do desaparecimento, se diz feliz. Pois mesmo com ele morto, ela conseguiu recuperar o celular dela que estava junto do cadáver, e intacto.

- Essas foram nossas principais notícias.


Acho que agora ficou mais fácil de entender com o tipo de concorrente que o jornal onde trabalho está lidando. O mais chocante de tudo, é que muita gente realmente compra. Sério mesmo. Não estamos querendo tirar proveito de nada. Somente estamos buscando uma forma de mostrar, que além de imundo, nosso “inimigo” está envolvido em falcatruas. E para mim, é algo como defender uma “conduta jornalística”. Ou quem sabe, isso é coisa da minha cabeça, mas é o que eu acho.

- Ei, que sapatos são esses? – Me tirando dos meus pensamentos, alguém me perguntava no metrô –

- Por que está perg – Eu interrompia minha fala, depois de olhar para eles, e entender – Bem... Eu peguei eles emprestados. – Disse meio sem graça –

Lembra que eu falei que havia pegado os primeiros sapatos que vi? Ou quem sabe, eu não tinha visto eles, afinal de contas. Realmente não havia percebido que estava com antigos sapatos japoneses que mais pareciam tamancos ou chinelos de madeira. Tinham sido um presente do gentil senhor japonês que cuidava das minhas filhas, o Sr. Wong. Agora não tinha volta. Eu teria que ir para o trabalho com eles.

- Desculpa o atraso Betty! – Entrei correndo na redação do jornal –

- Oito e vinte. Como estamos falando de você, que geralmente não se atrasa, acho que posso deixar essa passar. Dessa vez.

- Muito obrigado Betty. – Eu dizia ainda ofegante –

- Mas você devia estar com pressa mesmo. Camisa amarrotada, jeans desbotados, e... Que sapatos são esses? – Ela enfatizou a voz, justamente, na palavra “sapatos” –

- Er, bem... – Tentei desviar o olhar –

- Esquece. Já pode ir pra sua mesa. – Como sempre, ela era séria e dinâmica –

- Ufa! Até que enfim, cheguei. – Eu dizia em frente a minha mesa, colocando minha pasta sobre ela –

- Olha só que... Espetáculo! Lançando moda é? Sapatos diretamente da serralheria! Cuidado pra não cair do salto, hein “Mona Mosca”! – Carlão nem tentava controlar o nível de piadas e os risos logo de manhã –

– Direcionei um olhar congelante e mortal para ele, sem dizer nada –

Como sempre, fingi que não era comigo. Afinal, não é de hoje que o Carlão vem com piadinhas. Mas de uma coisa eu sei. Por mais cansativo que seja, eu realmente gosto do meu trabalho. Mal sabia eu do que estava por vir.

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*Próximo Capítulo: Investigação .

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– Investigação – Capítulo 06 –

- Cara, numa boa. Por que você se importa tanto com esse concorrente Ronaldo?

- Eu preciso dizer outra vez Carlão?

- Nem vem com aquela conversa de “responsabilidade social”. Parece mais um trauma por causa do lance da mosca, não acha? – Ele mostrava um olhar irônico –

- Até parece. Eu não quero que nosso jornal venda menos que essa porcaria de concorrente. – Tanto minha cara, quanto meu tom de voz expressavam teimosia –

- Tudo bem se eu continuar achando que isso é questão de trauma? – Ele continuava ironizando –

- Humpf, faça como quiser.

Certo, não posso negar que esse jornal me faz lembrar do “caso da mosca”. Impossível não associar à isso. Por mais pacífico que eu seja, e por mais vontade que eu tenha tido (ou ainda tenha) de socar aquele médico infeliz que eu nunca mais vi na vida, o fator de “O Curriculum Diário”, é diferente. Pode ser um tipo de justiça idiota da minha parte, mas eu acho que é algo que deve ser feito, sendo por mim, ou não.

- A questão é, você vai me ajudar ou não Carlão?

- Somos amigos desde a faculdade, e trabalhamos juntos há tempos também... Mas sabe, isso é muito problemático, e – Eu o interrompi antes de sua explicação –

- A chefe anda tão preocupada com isso ultimamente... Sabe como ela ficaria totalmente satisfeita com mais gente trabalhando nisso? – Eu enfatizava, quase que num tom apelativo, de tanta ironia –

Carlão hesitou.

- Então. De acordo com as principais fontes de mídia encontradas em três sub-regiões divididas a partir do centro da cidade, podemos buscar as informações que precisamos (...) – Ele começou o discurso, sem sequer parar de falar –

Foi só colocar o nome da Betty (nossa chefe) na história, que ele mudou de idéia rapidinho. Claro, fiz isso de propósito. Ainda bem que ele é solteiro... E por esse mesmo motivo, louco pra conseguir chamar ela pra sair. Mas por que eu insisti tanto que o Carlão me ajudasse no caso? Simples. Por mais estúpido que ele pareça, se mostra um gênio quando o assunto envolve qualquer tipo de reportagem investigativa, fontes de informação, e mídia interativa. Uma vez, ele foi até mesmo convocado para trabalhar numa equipe de produção de um programa tematizado em investigações diferenciadas na televisão... Mas ele recusou. Isso, porque desde que começamos a trabalhar aqui, ele diz que não sai até conseguir alguma coisa com a Betty. Sério, apenas por isso.

- Ei, Ronaldo.

- Fala.

- Será que se tivermos sucesso nesse caso, a Betty pode me dar mole, e até mesmo deixar eu tocar nos “gêmeos maravilha” dela, se eu pedir? Cara, eles são tão grandes, redondos, e... – Ele começava a viajar –

- Tocar aonde? – Eu nem prestei atenção na hora –

- Naquele par de montanhas, que ela cobre com aquele sutiã cor de – Eu o interrompi, antes que o ataque dele ficasse pior –

- Carlão...

- Que foi? – Ele ainda estava com os olhos brilhando. Que imaginação fértil –

- Cala a boca.

Naquele dia, nos reunimos com a Betty para discutir o caso, e reunirmos uma equipe. Ela designou mais dois redatores para trabalharem comigo e com o Carlão, contando ela, como responsável pela investigação. Como estamos em época de eleição, é normal o envolvimento da mídia. Desde que, por acaso, não subornemos os candidatos, não é mesmo?

Primeiro, eles exigem que o nome do jornal apareça como “boa referência”, por parte dos candidatos em seus comícios pela cidade. Detalhe, eles são obrigados a isso. Do contrário, escândalos da vida particular ou de qualquer assunto omitido, desses mesmos candidatos, podem ser expostos publicamente, caso eles não concordem com essa exigência. Ou seja, eles impõem um “ou você puxa saco da gente, ou a gente ferra vocês”. Claro que, deve ter mais coisa envolvida nisso.

Não é questão de defender a política, que se envolve em falcatruas por conta própria, e até merece isso. Mas sim, o contrário. Dependendo dessas falcatruas, que podem até atingir níveis muito mais preocupantes do que de um escândalo comum, não é nosso dever como jornal, denunciar isso? Pelo visto, nossos “amigos” não acham isso, sendo que aproveitam a oportunidade para se promoverem por meio dos candidatos, bancando o “bom samaritano” do povo.

Enfim, mesmo com tanta informação, sempre aparece o velho problema. Não temos provas. Se somente expusermos tudo isso, todos vão simplesmente falar “bem feito pra esses políticos safados”. O povo pouco se importa com o papel real da mídia. Então, a única chance que temos, é a de conseguir provas concretas, de que esse “trato”, vem sendo firmado também, com uma “propina generosa” que nossos políticos queridos devem pagar ao C.D.¹ Com o desvio de dinheiro público.

- Se dividam para buscar informação em comícios das quatro principais regiões da cidade, de acordo com as referências dos políticos listados. – A dedicação da Betty, como sempre, surpreendia –

- Betty. Eu posso falar com você rapidinho antes disso? – Carlão parecia ansioso pra ter outro tipo de conversa –

- Se você parar de esfregar a língua nos lábios enquanto olha pra mim, pode. Mas já que fez isso, não. – Ela se virava dali, o ignorando ao ir para sua sala –

- Um dia desses, ainda levo ela pra casa.

- É. Pra dar de cara com sua mãe alcoólatra tomando um uísque em cima da pia, né?

- Caramba Ronaldo! A mamãe já não escapa do sanatório há três meses, tá bem?

A mãe do Carlão virou alcoólatra depois da morte do marido, quando ainda estávamos na faculdade. Ela ficou tão louca, que começou a parar no meio da rua pra conversar com placas de trânsito. E acreditem, pra bater nelas. Desde então precisou ir para um sanatório. Fora o alcoolismo e a falta de sanidade, a Dona Maria é uma boa pessoa.

Agora... O jeito é investigar tudo o que pudermos. Acho justo acabar com um jornal fornecedor de tantas notícias inúteis e absurdas, e que só faltam revelar alguém capaz de soltar catarro pelos olhos. Já chega disso, né?



¹C.D. – Abreviação para “encurtar” o nome do jornal “Curriculum Diário”.

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*Próximo Capítulo: Comício na Zona Norte .

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– Comício na Zona Norte – Capítulo 07 –

Ainda faltava pouco mais de um mês pra o dia de votações. A maioria dos comícios encontrados na cidade ainda era de deputados estaduais, ou federais. Depois de alguns dias de termos recebidos as instruções da Betty, conseguimos enfim, informações que nos levaram a formar uma relação, ainda mais precisa, dos deputados estaduais que “citavam” o C.D. em suas campanhas. Era um pouco superficial para nos garantir algo significativo, mas é melhor que nada. Assim, poderíamos procurar conhecer as “várias facetas” dos candidatos, para sabermos em quem poderíamos nos focar para descobrir algo. Nesse dia, eu teria de ir ao comício de um tal de “Zé de Chico”, na zona norte da cidade, às 20h15. Mas antes, resolvi passar em casa, para ver as meninas.

- Cheguei meninas. – Eu suspirava em seguida, aliviado ao chegar em casa –

- Okaerinasai, otou-san! – As duas falavam comigo, simultaneamente, e em frente à porta –

- Ahn... De nada? – Eu dizia confuso –

– As duas riram, vindo me abraçar –

- É tão engraçado assim saber que eu não entendo o que vocês falam? – Eu as abraçava sorrindo –

- Na verdade é engraçado ver a cara de tonto do Otou-san quando fazemos isso. – Haruna dizia direta, e natural –

– Olhei meio surpreso para elas, que com um meio sorriso, mostravam uma expressão irônica –

- É brincadeira pai! – Haruka voltava a sorrir, e as duas me abraçaram novamente –

- Isso quer dizer “Seja bem vindo”, OK? – Haruna explicou –

- Haha, falar japonês é complicado.

Desde que as duas tornaram-se minhas filhas, não tenho do que reclamar. Pelo menos para mim, ser pai está sendo mais fácil do que pensei. Não por minha causa, mas por mérito delas. Em seguida, jantamos juntos por um tempo. Sempre que chego em casa, já encontro algo preparado. Para crianças de 10 anos, elas podem ser consideradas super dotadas quando o assunto é cozinhar. Eu até passei a me alimentar melhor por causa delas. Comer “marmitex” quase todos os dias, era realmente chato. Era. Parecia até que elas, é quem cuidam de mim, afinal.

- Meninas, desculpem. Mas eu tenho que sair a trabalho, e posso demorar um pouco. Qualquer coisa liguem para o meu celular, ou para nossa vizinha Selma.

- Não se preocupe pai... – Haruna mostrou um olhar decidido – (...) Se alguém tentar roubar aqui... – Ela correu até uma das paredes, dando dois passos por ela, e se impulsionou para virar-se num salto mortal. E ainda caindo de pé, esticando um dos braços em posição de luta – (...) Eu irei fazê-lo sentir o peso do meu punho!

- Haruna, o que eu disse para você sobre lutar? – Eu cruzava os braços, fixando o olhar para ela –

- Que eu não podia sair espancando ninguém, se não fosse uma emergência, e se o sujeito estiver armado. – Ela abaixava o rosto, desapontada –

- Isso aí. O mesmo vale pra você Haruka.

- E se eu batesse sem quebrar os ossos dele? – Haruka olhava pra mim esperançosa, num tom meigo –

- Haruka...

- Tudo bem pai. – Ela assentiu –

- Até mais meninas.

- Tchau pai! – As duas voltavam a sorri acenando pela porta, enquanto eu saía –

É. Além de tudo, as duas podem ser consideradas prodígios em artes marciais. Mesmo que elas tenham vindo do Japão, nunca treinaram em nenhuma academia.

“Nós sempre assistimos filmes do Bruce Lee e do Jackie Chan desde os dois anos. Como não tinha nada para fazer, acabamos pegando o jeito.”

No começo eu não acreditei, mas além de me mostrarem que sabiam lutar, quando se mudaram para minha casa... Trouxeram com elas uma coleção de DVDs com mais de 250 exemplares de filmes do gênero. Essas meninas nunca param de me surpreender.

Chegando até a zona norte, no local do comício, as pessoas já estavam se aglomerando próximo ao iluminado palanque, no centro de uma praça. Naquela mesma direção, estava uma gigantesca foto do candidato de codinome patético. Que por sinal, até mesmo numa foto se mostrava ainda mais patético. O retrato o mostrava com um termo considerado pequeno, tanto que sua “ressaltada pansa”, não deixava de ter seu destaque. O sorriso, não tinha alguns dentes. E para complementar, usava um clássico chapéu de cangaceiro... Só que era amarelo. Além de seus óculos escuros... Vermelhos.

Um candidato a deputado. Aquele cara. Acho que a cota de palhaços deve estar cheia nos circos. Ao contrário dessa cota na política, pelo visto. Poderia ficar pior? Sim. A partir do momento em que ele chegou ao palanque, dançando como um chimpanzé agitado ao ver comida. Pior que... Muita gente o aplaudia. Mesmo eu sendo um jornalista, não conseguia acreditar no que via. Bom, aquele comício que mais parecia um “vote no ser humano que mais parece um animal”, infelizmente, estava apenas começando... Poderia piorar ainda mais? Claro. Só que não tinha como eu saber... Pois ficaria pior particularmente pra mim.

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*Próximo Capítulo: Nos bastidores da Falcatrua .

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– Nos bastidores da falcatrua – Capítulo 08 –

Bem... Mesmo eu sendo meio gordo, e prematuramente calvo e, além disso, não tendo nada de convidativo na minha aparência... Não me senti nem um pouco feio perto do dito cujo “senhor político” que eu ficara responsável de investigar. Sério mesmo.

Era muito difícil entender o que aquele cara tinha, para atrair o voto das pessoas. Ainda mais num centro de informação urbano, como a cidade de São Paulo! Pelo visto, eu superestimei o povo paulistano. O que eu sabia, afinal, era:

  1. Ele era um daqueles típicos “puxadores de votos”, de um partido pequeno. Mas devia ser alguém famoso.

  2. A Betty ainda não havia confirmado a identidade dele, por termos começado a investigação à pouco, e por ele não ser o primeiro chimpanzé a escolher o codinome “Zé de Chico”.

  3. Ele era mais feio do que eu. É. Parecia uma mistura de “hippie + cangaceiro fora de época + colorido versão genérica”.
Ou eu não estou levando meu trabalho a sério, ou ele é extremamente ridículo para ser levado a sério. Acredito mais na segunda opção. Enfim, era um comício. Mais parecia um stand up, que mesmo tendo graça, fazia as pessoas rirem de seu discurso. E se divertirem. Outra vez, acho que superestimei o povo paulistano. Ou sendo esperançoso, parte dele.

- ♫ – O alerta de nova mensagem tocou no meu celular. –

De: Betty – às 20h40min.

Ronaldo, oi. Descobri a fama desse Zé de Chico.
Ele fez parte da equipe técnica da Seleção Brasileira na Copa
De 94. Foi afastado do cargo por ser pego com a mulher de um
Dos jogadores, no dia da conquista do tetra. Depois disso, teve
Seu escândalo promovido, e se tornou comediante de stand ups.
Ridículo né? Boa sorte.


Põe ridículo nisso. Sim, ele não era tão famoso assim. Mas poderia eleger outros deputados, caso todas aquelas pessoas resolvessem elegê-lo também. E isso significaria um ponto positivo para o C.D. e para a inutilidade pública sem escrúpulos. Eles poderiam ser apenas uma revista de fofocas, mas não, insistem em seguir como um jornal. Bem chega de discutir minha PCDJ (Paranóia Defensiva da Credibilidade Jornalística). Se você trabalhasse num jornal entenderia.

Agora eu estava entendendo o porquê de minha comparação do “comício” com um stand up. O cara realmente fazia shows desse tipo. Resolvi analisar a personalidade dele... Poderia ser manipulada mesmo. E isso do jeito velho e clássico do jornalismo. Com perguntas diretas, que não desviassem do foco. Assim, eu poderia encurralar ele facilmente, mostrando tudo que eu sabia, de forma subjetiva. Pronto. Já era um começo, que me trouxe concentração e me fez esquecer por um momento o show do chimpanzé-humano em seu palanque.

Finalmente, às 21h45, a palhaçada acabou. Quer dizer, o comício. Ele desceu do palanque, e se dirigiu para seu luxuoso trailer, um pouco mais afastado. Betty havia tomado as devidas precauções agendando uma entrevista particular para mim, após o comício, e eu estava indo para lá. Onde dois gorilas, ou seguranças, guardavam a entrada do trailer, e... Parou. Um trailer de luxo, e dois brutamontes com cara de soldados do Vietnã? Para um candidato novato, que ainda estava pagando a propina do C.D. ele estava com dinheiro sobrando, não é?

Interessante... Então. Os gorilas checaram minha identidade, minhas credenciais, e autorizaram minha entrada. (Candidato = Chimpanzé; Seguranças= gorilas; acho que além do circo, o zoológico deve estar sofrendo uma superlotação, ou não haveria tantos primatas na mesma equipe) Me vi frente ao próprio Zé de Chico, no canto do trailer, sentado num grande sofá, semelhante aqueles encontrados em áreas VIP’s de boates. Frente ao sofá, seus pés estavam sobre uma mesa, enquanto ele fumava um charuto com cheiro estranho... Parecia de melancia.

- Você é do Metrópole Paulista? – Ele perguntava em tom calmo, sequer olhando para mim –

- Sim. Prazer, sou Ronaldo da Mata, da redação do Metrópole Paulista. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas Sr. José.

- Ronaldo? – Ele hesitou – “Mosca”, né? – Deu uma meia risada com deboche –

- Talvez. Mas se for pra falar do passado, podemos começar por sua carreira na Seleção. – Quando ele levantou seu olhar, o devolvi de forma ironicamente amigável –

- Tsc. Ou seja, você veio saber sobre minha campanha, certo? – Sua voz concentrada e imponente, nem parecia vir do sujeito idiota que vira a pouco. Parecia outra pessoa –

- Bem, acho que sim.

- Acha? De qualquer forma, “O curriculum diário” já possui matérias sobre minha candidatura, então não posso te ajudar muito. – Parecia insatisfeito –

- Deve ser por isso que ele tem tanta credibilidade em seus discursos.

- Como? – Ele ergueu uma das sobrancelhas –

- O Curriculum Diário. O senhor parece ter uma boa relação com esse jornal, certo?

- Por quê?! – Sua voz começou a se alterar –

- Porque vejo que o senhor parece ter receio de que outro jornal exponha “ângulos” um pouco “diferentes” de sua “campanha”. – Procurei enfatizar as palavras –

- Sr. Ronaldo, acho que é hora de sair.

- Mas que “droga”, não é? – Ainda na empolgação enfatizei outra palavra –

- Tadeu! Rodolfo! – Ele gritou os nomes arregalando os olhos, alterado –

Em seguida eu estava ajoelhado no chão, enquanto os dois gorilas prendiam meus braços junto às costas.

- Seu filho da mãe. Você, um mero jornalista... Se sua morte parecer um acidente, ninguém vai suspeitar de nada. Me questionar sobre minhas drogas na minha cara?! Parece até que não tem medo de morrer!

- Hã? – Juntei as peças e percebi meu deslize. O cara era envolvido com tráfico – Certo. Pelo jeito não era um charuto o que você estava fumando. Caramba, aquilo fede sabia?

Levei uma pancada na cabeça, que doeu, mas não me deixou inconsciente. Acabei descobrindo por acidente, que o cara podia ser um chefe do tráfico. Complicado... Mas antes dos gorilas segurarem meus braços contra as costas, não perceberam o celular escondido em minhas mãos. Enviei uma mensagem pronta, quando apertei um dos botões:

“Chamem a polícia, e falem onde eu estou.”

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*Próximo Capítulo: Plano de Execução .

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