Dragão Voador escreveu:
Não entendi o porquê da marcação, Dragão.
Por curiosidade, lembro-me de quando estava na autoescola. Um então amigo meu estava tendo aulas práticas e geralmente nos encontrávamos no pátio. Eis que ele me vem com sua língua presa:
"Sio, eSSe meu inStrutor é viado. Ele ficou barrando a catraca de propóSito pra quando eu tentar paSSar ele pegar no meu pau."
Obviamente como um bom estudante de primeiro período de direito orientei-o em avisar para a autoescola e, caso não acontecesse nada, buscasse outras medidas. Assédio não é brincadeira. Ele me olha com uma cara de discordância e me responde:
"Não Sio, aSSédio Só quem Sofre é mulher, tu não tem noÇão do que elaS paSSam. Eu reclamar diSSo seria errado perto do que elaS aguentam caladaS".
Me surpreendi com a resposta. Tínhamos nos formado da escola apenas uns 8 meses antes e ele não era nem de longe esse garoto. Sequer cogitei que tivesse sido a universidade a culpada pelo brainletismo do menino, já que ele não era nem da federal e nem de humanas/sociais.
Seguimos nossa vida. Não somos mais amigos apesar de sempre interagirmos bem quando estamos juntos (pra quem lembra, ele é o mesmo que estava me acompanhando na história contada num tópico intitulado "Sal"), só que essa reação dele foi o início de uma decadência que culminou em uma transformação para um Felipe Neto 2.0 sem mídia, feio e gordo. As publicações dele sobre qualquer coisa no Twitter dão asco, geralmente fala o óbvio ou coisas pra gerar engajamento. Podre.
Moral da história: sempre que vir alguém que foi assediado, homem ou mulher, preste apoio e combata. Provavelmente ele começou a gostar de ter seu pau roçado pelo instrutor da autoescola e hoje se tornou isso, um homem que defende "lugar de fala" e faz correntes do tipo "fav que eu escrevo o que acho de você".