Você está calmo e sorridente, entrando na sua costumeira página de leitura de previsão astrológica e de repente se depara com algo estranho. Um tal de "Serpetário" está no meio dos signos. E então, para o seu horror, você confere as datas e descobre que não é mais de Libra. What the fuck?!
Pois então, uma entrevista de um astrônomo a um pequeno jornal do interior dos EUA em meados de Janeiro foi reproduzida na internet de forma rápida e prolífica, até que alguns dos principais veículos de comunicação do mundo estampassem a bomba – o horóscopo mudou, existe um novo signo e tudo que você achava sobre sua personalidade pode ser mentira.
A história, na verdade, é uma velha rixa entre astrônomos e astrólogos. O astrônomo norte-americano Parke Kunkle afirmou em entrevista ao jornal Minneapolis Star Tribune que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. Isso significaria que os períodos de cada signo não seriam mais os mesmos; ou seja, alguém que viveu sempre como Câncer poderia passar a ser Gêmeos. Além disso, ele propôs a criação de um 13º signo, o Serpentário.
“O complicado é quando os pesquisadores resolvem se apoiar nessa descoberta astronômica para dar palpite sobre uma área que eles desconhecem: a astrologia”, afirma a astróloga e colunista do iG Monica Horta. “É sempre a mesma coisa. A gente desmente centenas de vezes e eles (os astrônomos) vêm com provocação”, faz coro o presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo, Antonio Facciollo Neto.
O vice-presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo, Amauri Magagna, concorda. “Este ‘novo zodíaco’ que o astrônomo propõe não tem nada de novo”, diz. “Ele é chamado pelos astrólogos de ‘zodíaco sideral’ e se baseia nas constelações e na precessão dos equinócios. O zodíaco que usamos é o ‘zodíaco trópico’, e se baseia, astronomicamente falando, nos pontos em que a trajetória do Sol cruza a linha do equador ou, falando de outra forma, se baseia nas estações do ano, onde o início da Primavera no hemisfério norte (Outono no hemisfério sul) corresponde ao início de Áries”.
E as mudanças?
Isso não quer dizer que o céu seja imutável. Quer dizer que o zodíaco como o conhecemos segue outras regras. “No sentido do zodíaco trópico essas mudanças não influenciam. Enquanto houver as quatro estações do ano, vai ser igual. É como um transferidor em que você tem demarcadas 12 áreas de 30 graus, que são os signos”, afirma Antonio Facciollo Neto, presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo. “A noção que a astrologia tem de zodíaco não tem nada a ver com a que a astronomia tem. O zodíaco da astrologia tem a ver com o ciclo vital. Começamos sempre a contagem no começo da primavera do hemisfério norte”.
Mas se existem dois zodíacos, podemos escolher qual seguir? Não é bem assim. Antonio Facciollo Neto, presidente do Sindicato, afirma que usar um zodíaco baseado em estrelas não serve para horóscopos e mapas individuais, por exemplo, mas é útil quando se pensa em transformações maiores e mais longas, como mudanças históricas.
“O zodíaco sideral tem influência sobre a história da humanidade como um todo. Só que transformar em um zodíaco para orientar pessoas é um desastre, porque as constelações tem tamanhos diversos”, explica Antonio. “Ele é muito importante na pesquisa histórica, para assuntos coletivos, história da humanidade, grandes migrações”.
Para Antonio, é mesmo uma questão de velhas rixas. “A diferença é que a astronomia é quantitativa. Mas a astrologia é qualitativa, pesquisa a qualidade de cada influência. Essa briga é muito antiga”.
Pois então, uma entrevista de um astrônomo a um pequeno jornal do interior dos EUA em meados de Janeiro foi reproduzida na internet de forma rápida e prolífica, até que alguns dos principais veículos de comunicação do mundo estampassem a bomba – o horóscopo mudou, existe um novo signo e tudo que você achava sobre sua personalidade pode ser mentira.
A história, na verdade, é uma velha rixa entre astrônomos e astrólogos. O astrônomo norte-americano Parke Kunkle afirmou em entrevista ao jornal Minneapolis Star Tribune que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. Isso significaria que os períodos de cada signo não seriam mais os mesmos; ou seja, alguém que viveu sempre como Câncer poderia passar a ser Gêmeos. Além disso, ele propôs a criação de um 13º signo, o Serpentário.
“O complicado é quando os pesquisadores resolvem se apoiar nessa descoberta astronômica para dar palpite sobre uma área que eles desconhecem: a astrologia”, afirma a astróloga e colunista do iG Monica Horta. “É sempre a mesma coisa. A gente desmente centenas de vezes e eles (os astrônomos) vêm com provocação”, faz coro o presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo, Antonio Facciollo Neto.
O vice-presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo, Amauri Magagna, concorda. “Este ‘novo zodíaco’ que o astrônomo propõe não tem nada de novo”, diz. “Ele é chamado pelos astrólogos de ‘zodíaco sideral’ e se baseia nas constelações e na precessão dos equinócios. O zodíaco que usamos é o ‘zodíaco trópico’, e se baseia, astronomicamente falando, nos pontos em que a trajetória do Sol cruza a linha do equador ou, falando de outra forma, se baseia nas estações do ano, onde o início da Primavera no hemisfério norte (Outono no hemisfério sul) corresponde ao início de Áries”.
E as mudanças?
Isso não quer dizer que o céu seja imutável. Quer dizer que o zodíaco como o conhecemos segue outras regras. “No sentido do zodíaco trópico essas mudanças não influenciam. Enquanto houver as quatro estações do ano, vai ser igual. É como um transferidor em que você tem demarcadas 12 áreas de 30 graus, que são os signos”, afirma Antonio Facciollo Neto, presidente do Sindicato dos Astrólogos do Estado de São Paulo. “A noção que a astrologia tem de zodíaco não tem nada a ver com a que a astronomia tem. O zodíaco da astrologia tem a ver com o ciclo vital. Começamos sempre a contagem no começo da primavera do hemisfério norte”.
Mas se existem dois zodíacos, podemos escolher qual seguir? Não é bem assim. Antonio Facciollo Neto, presidente do Sindicato, afirma que usar um zodíaco baseado em estrelas não serve para horóscopos e mapas individuais, por exemplo, mas é útil quando se pensa em transformações maiores e mais longas, como mudanças históricas.
“O zodíaco sideral tem influência sobre a história da humanidade como um todo. Só que transformar em um zodíaco para orientar pessoas é um desastre, porque as constelações tem tamanhos diversos”, explica Antonio. “Ele é muito importante na pesquisa histórica, para assuntos coletivos, história da humanidade, grandes migrações”.
Para Antonio, é mesmo uma questão de velhas rixas. “A diferença é que a astronomia é quantitativa. Mas a astrologia é qualitativa, pesquisa a qualidade de cada influência. Essa briga é muito antiga”.
Matéria extraída de Delas [iG]
Saiba mais em http://delas.ig.com.br/comportamento/astrologos+desmentem+novo+horoscopo+e+tratam+caso+como+provocacao/n1237951638232.html
Segundo a pesquisa de Parke, os novos signos ficariam assim:
Capricórnio 20/01 – 16/02
Aquário 16/02 – 11/03
Peixes 11/03 – 18/04
Áries 18/04 – 13/05
Touro 13/05 – 21/06
Gêmeos 21/06 – 20/07
Câncer 20/07 – 10/08
Leão 10/08 – 16/09
Virgem 16/09 – 30/10
Libra 30/10 – 23/11
Escorpião 23/11 – 29/11
Ophiuchus [Serpentário] 29/11 – 17/12
Sagitário 17/12 – 20/01
Se isso é verdade ou não, ainda parece incerto. Mas no campo da astrologia, que é o cerne das previsões do horóscopo, tudo continua igual. Portanto, pode parar de reclamar e twittar isso, e vá trabalhar! :huur: