@Yellow_Lantern
Arrogância/subestimar o outro é uma coisa simples de se mostrar. O Kishimoto costuma mostrar de forma clara quando os personagens fazem isso, e o Sasori apareceu fazendo isso de modo explícito quando o fez, por que na retratação final o autor preferiu não deixar isso evidente? O fato de o autor preferir deixar "no ar" o motivo da hesitação dele, ao meu ver, aponta para algo mais complexo.
Se fosse meramente arrogância por que as marionetes que lhe deram o golpe final foram "papai e mamãe"? Por que o Kishimoto trouxe essas duas marionetes que já haviam sido anuladas pelo Setetsu no começo da batalha para dar o golpe final nele ao invés de Chiyo ter apenas colocado fios de chakra em alguma marionete que fazia parte das 100 utilizadas pelo do próprio Sasori já derrotada no campo de batalha ou apenas em alguma arma que estava largada no chão e o perfurado? Por que a cena final de sua morte é um paralelo do momento em que ele tentou fazer "os pais" lhe abraçarem na infância com o modo que ele foi perfurado pelos "pais" no ataque final? Kishimoto fez questão de contrapor os momentos e espelhar a cena da perfuração na cena do abraço. Se a cena estivesse ali apenas por memórias da Chiyo, essa cena só aparecia ao decorrer da luta quando a vovó tava lembrando do passado, não precisaria criar esse contraponto de novo no momento da morte dele.
No arco do Zabuza, Kishimoto mostrou que mesmo um homem que tratava vidas humanas como ferramentas e que não tinha mais humanidade pode dar vazão aos sentimentos. Isso de uma pessoa ser incapaz de suprimir totalmente seus sentimentos e se tornar uma ferramenta é algo abordado no primeiro arco sério da saga. Então não é surpresa que algo dentro do Sasori ainda reagisse a "seus pais vindo lhe abraçar". E nada disso anula ele não ter ficado mexido quando a Chiyo utilizou "papai e mamãe" contra o terceiro Kazekage, visto que não houve uma cena em que suas primeiras marionetes foram lhe abraçar nesse momento. Ele não precisa ter se convertido e mudado para ter tido esse momento de humanidade momentânea.
Obs: Tampouco faz sentido comparar o momento de hesitação do Sasori com essas cenas de Deidara e Kabuto: estes achavam que haviam matado ou imobilizado seus oponentes, então ficaram com a guarda baixa, não foi o caso do Sasori. Sasori estava indo dar o golpe final em sua avó e percebeu que ela armou um contra-ataque, ele poderia ter reagido e evitado o ataque ou acabado com ela antes, mas ele hesitou "por algum motivo". Alguma coisa naquele momento final o fez ter um momento de hesitação e, nesse contexto, não cabe baixar a guarda por achar que o oponente estava morto/incapaz de ficar de pé.
No arco do Zabuza, Kishimoto mostrou que mesmo um homem que tratava vidas humanas como ferramentas e que não tinha mais humanidade pode dar vazão aos sentimentos. Isso de uma pessoa ser incapaz de suprimir totalmente seus sentimentos e se tornar uma ferramenta é algo abordado no primeiro arco sério da saga. Então não é surpresa que algo dentro do Sasori ainda reagisse a "seus pais vindo lhe abraçar". E nada disso anula ele não ter ficado mexido quando a Chiyo utilizou "papai e mamãe" contra o terceiro Kazekage, visto que não houve uma cena em que suas primeiras marionetes foram lhe abraçar nesse momento. Ele não precisa ter se convertido e mudado para ter tido esse momento de humanidade momentânea.
Obs: Tampouco faz sentido comparar o momento de hesitação do Sasori com essas cenas de Deidara e Kabuto: estes achavam que haviam matado ou imobilizado seus oponentes, então ficaram com a guarda baixa, não foi o caso do Sasori. Sasori estava indo dar o golpe final em sua avó e percebeu que ela armou um contra-ataque, ele poderia ter reagido e evitado o ataque ou acabado com ela antes, mas ele hesitou "por algum motivo". Alguma coisa naquele momento final o fez ter um momento de hesitação e, nesse contexto, não cabe baixar a guarda por achar que o oponente estava morto/incapaz de ficar de pé.