Rin escreveu: Eu não acompanho as franquias de heróis, mas pelas minhas memórias de infância... não tinha nada a ver com sexualidade. Pegar sexualidade e enfiar em coisas fora de contexto agora é conceituado como representatividade.
Na verdade, tem muita coisa a ver porque heróis servem como representações, símbolos e mesmo ideais. Os X-Men, por exemplo, representam grupos marginalizados e perseguidos por serem diferentes do que a sociedade entende como normal:
E quando falamos de grupos marginalizados estamos falando de pessoas não-brancas, transgênero, imigrantes e também de pessoas que não são heterossexuais. Por outro lado, heróis também podem apenas reproduzir aspectos da sociedade sem necessariamente gerar um debate ou propor uma visão progressista e nesse ponto entra o que você citou, você acredita que heróis não tem absolutamente nada a ver com sexualidade devido a sua infância, mas o tema sexualidade sempre esteve presente nos desenhos que você consumia e você só não percebeu isso porque se tratava de uma visão heterossexual sobre o tema e portanto natural sob o ponto de vista da sociedade.
Eu estou falando de casamentos, de namoros entre outras coisas que sempre foram mostradas como normais dentro desse tipo de obra, isso também é sexualidade e tem vários exemplos de relacionamentos desse tipo no mundo dos heróis como: Superman e Lois, Reed Richards e Sue Storm, Batman e Mulher-Gato, Wonder Woman e Steve Trevor, Peter Parker e Mary Jane, aliás nesse caso temos um triângulo amoroso porque o Peter se envolve também com a Gwen Stacy e esse tipo de coisa não é tão incomum porque lembro muito bem de que no desenho de Liga da Justiça, a Mulher-Gavião tinha um relacionamento amoroso com o John e depois ele se envolvia com a Vixen criando um triângulo amoroso e no fim ainda virava um quadrado amoroso que envolve até infidelidade, aliás esse desenho tinha várias piadas de envolvendo sexualidade:
Como eu disse anteriormente, a diferença é que a maioria dos desenhos e das HQs abordavam sexualidade de forma superficial e sempre representavam a sexualidade sob um ponto de vista exclusivamente heterossexual enquanto que hoje a sexualidade é vista com mais cuidado nas obras o que nos leva ao segundo ponto:
Rin escreveu:
É... sim, um truque óbvio para gerar atenção e qualquer gibão consegue compreender.
Na verdade, essa é uma armadilha bem cruel de grande empresas capitalistas. Essas grandes empresas inserem minorias em suas obras com o pretexto de que isso seria representativo, mas na verdade é uma estratégia de marketing bastante cruel e gananciosa porque essas empresas sabem essa inclusão irá despertar ódio de pessoas preconceituosas o que consequentemente irá gerar represálias de minorias e também de pessoas progressistas assim fazendo com que suas obras atinjam o maior número de pessoas possíveis. Pegando o exemplo do Superboy, a DC sabia que isso agradaria a comunidade LGBTQI+ ao mesmo tempo que desagradaria pessoas homofóbicas o que no fim das contas geraria bastante engajamento nas redes sociais sobre o assunto fazendo com que o interesse do público em relação ao personagem crescesse.
Enfim, deve ter ficado confuso porque escrevi o que estava pensando e estou com sono e aproveito para dizer que não li as postagens anteriores porque sei muito bem como os usuários desse fórum pensam (ou acham que pensam) sobre esse tipo de assunto e por isso normalmente não entro em discussões políticas aqui, pelo menos não mais.