Saga Namekusei: Carrega uma nota 10. Aqui é o pico de Dragon Ball - a lenda se tornando viva, o impacto do Super Saiya-jin, o exército de Freeza, a construção do vilão, as suas características marcantes (que vieram a ruir posteriormente), consagrando-o o melhor antagonista da obra; as relações de Vegeta, o antigo vilão, com os guerreiros Z, a forma na qual ele se rebela contra a autoridade do filho de Rei Cold, o seu anseio por poder em busca do Super Saiya-jin; os combates bem executados, o treinamento de Goku até Namekusei, o povo Namekusei-jin, o treinamento dos guerreiros Z, mortos, com o Senhor Kaioh - retorno de Piccolo.
Saga Saiya-jin: Recebe uma nota 9,5. Penso que o arco de Freeza carrega consigo uma complexidade maior, por isso o primeiro lugar, mas nem por isso enxergo uma diferença grande entre as duas. Apesar de carregar uma simplicidade maior em sua narrativa, os eventos situados dentro do arco dos saiya-jin é algo muito bem trabalhado e contato. A história, além de imersiva, é redonda. O surgimento de Raditz trazendo consigo a origem de Son Goku, a introdução de Vegeta, alguém que se tornaria o deuteragonista essencial da obra de Toriyama, porém surgindo como um vilão impiedoso, sem escrúpulos; Nappa cumpre bem seu papel junto da aparição dos Saibamen, o treinamento de Son Gohan após a impactante morte de Goku, a reunião dos guerreiros Z em prol da defesa do planeta, os combates que carregam uma grande carga visual, a introdução do outro mundo, do Senhor Kaioh e do Kaioken - e, não obstante, um background sólido das motivações saiya-jin.
Saga Andróides/Cell: Classifico esta com um 8,5. Seguindo os eventos de Namekusei, temos o ressurgimento de Freeza reconstruído com partes metálicas. Em seguida, a introdução de um icônico e misterioso personagem conheceido como Trunks, vindo de um futuro completamente destruído por andróides dotados de um poder extremo. Ele é revelado como o filho de Vegeta e Bulma, e veio em busca, além da destruição dos androides, de salvar Son Goku de sua terrível doença em seu coração. Aqui temos uma interessante relação entre Vegeta e Trunks, assim como o surgimento dos androides. Figuras conhecidas da obra clássica ressurgem com papéis cruciais, visto que de tal temos a criação do principal inimigo do arco. O crescimento e desenvolvimento de Son Gohan, assim como de seu poder latente; o treinamento e relação de Goku e Gohan, assim como o sacrifício deste primeiro. Cell, um androide com a genética de diversos guerreiros de outrora, a sua ambição mirando a sua forma perfeita; a conclusão do arco com Gohan carregando o peso da vida do planeta e de seu povo em seus ombros com o auxílio de Son Goku, já habitando um outro plano; a conclusão de Mirai Trunks; nascimento do Super Saiya-jin 2 e outras variações do Super Saiya-jin original.
Saga Majin Buu: Essa leva uma nota 7. Dentre os arcos da obra original do período Z, essa é a mais fraquinha, mas mesmo assim possui pontos positivos. A aparição de Goten e Trunks, dois monstros em poder, a construção e evolução de Vegeta como personagem, a volta de Goku, o time-skip; Majin Buu, um excêntrico antagonista lendário que surge para enfrentar Goku e seus amigos, a apresentação do Super Saiya-jin fase 3, o conceito de fusão (Metamoru e Potara), a exploração do potencial latente de Son Gohan.
Saga Moro: Nota 6,75. No que concerne Dragon Ball: Super, é a minha saga preferida. Assim como as demais sagas desse título, carregam alguns problemas. Porém, tem seu valor. Exploração maior da lore de Dragon Ball, do universo principal. A apresentação de Moro e sua técnica que consiste em magia, o treinamento de Merus e Goku, o treino de Vegeta e os yadrat-jin; o resplendor do Instinto Superior, a coreografia dos combates, a persistência do antagonista em combate, sendo alguém extremamente duro na queda; a breve exploração dos secundários que, apesar de não ser grandiosa, foi um ponto legalzinho.
Saga do Mais Forte do Universo: Até então, nota 6,5. Conceitos interessantes, resgate à personagens de outra era, mas até então não desenvolvida da forma tão sólida. Interações muito bacanas nos quadros de combate, arte bem polida ao meu ver, criação do Ultra Ego, treinamento de Vegeta e Beerus mirando o Hakai, aperfeiçoamento do Instinto Superior de Goku por Whis, aparição de Granolah e, o melhor de tudo, o surgimento dos Hiita.
Saga Torneio do Poder (anime): Nota 5,5. Na minha opinião, a melhor saga do anime em DBS. No entanto, longe de ser boa. Carrega conceitos interessantes como uma battle royale envolvendo a sobrevivência dos universos, o multiverso em si, personagens de diversos lugares, mas peca em demasia na execução. Boa parte de episódios maçantes, com uma arte extremamente questionável pra ruim. Bons picos com Takahashi e Shida, introdução do Instinto Superior e seu combate contra Jiren, algumas boas coreografias (um bom exemplo é o surf do Kamehameha feito pelo Omen UI contra a Kefla). O conceito do mortal acima dos Destruidores é interessante, mas vai pelo ralo quando carregado por alguém com um background pífio e um carisma de uma parede. 17 é uma boa aparição e cumpre seu papel bem.
Saga BoG (anime): Nota 5,5. Revisão dos acontecimentos do filme Battle of Gods. É um arco curto, mas cumpre bem seu papel. Introdução das divindades Beerus e Whis, dois dos melhores personagens de Super, o estabelecimento do nível divino de poder com o surgimento do Deus Super Saiya-jin e a expansão da lore de Dragon Ball. Alguns episódios com artes péssimas, mas outros com boas animações e artes.
Saga Goku Black/Zamasu (anime): Nota 4,5/5. Daqui pra baixo é uma lástima. Saga com um potencial bacana, mas sucedida com ideias e execuções péssimas. O mangá e o anime compartilham o mesmo com Trunks: não sabem trabalhar o personagem de forma balanceada. No mangá, Trunks é um completo coadjuvante dentro de sua própria saga; no anime, ele é elevado a um patamar acima de Goku e Vegeta, algo completamente impensável. Goku Black surge como um antagonista de presença, erradicando os humanos de diversos universos; no entanto, quando é revelado a sua identidade e motivações, torna-se alguém genérico - talvez não tanto dentro de Dragon Ball, mas no shounen não é incomum. As suas ambições geraram-me uma curiosidade: a supremacia divina na obra não se sustenta quando um humano, um mortal, consegue alcançar esse patamar - ele não precisa nascer um deus, mas pode tornar-se. Logo, a sua idealização me soa ainda mais falha hoje em dia. SS Rosé não me atrai, a forma do Trunks idem; Vegetto toma toda a atenção do arco quando surge, mas sua participação não é tão aproveitável. A conclusão com uma grande pitada de deus ex machina e suas consequências são tristes, pra dizer o mínimo.
Saga U6 x U7 (anime): Nota 4. Pra ser honesto, as únicas coisas chamativas nesse curto arco são a introdução de Hitto, um bom personagem, a descoberta de Champa e outros universo. A luta entre Goku e Hitto cumpre sua proposta. Arco pra mimir.
Saga RoF (anime): Essa, com gosto, merece uma nota 0. Horrível em tudo. A premissa de trazer o Freeza de volta já demonstra a bomba que seria isso aqui. Traço e animação risível. Plot triste. Aqui se foi o melhor vilão da obra. Se alguém gosta desse arco, precisa de terapia.