Lagosta boxeadora e os olhos telescópicos. São capazes de ver a polarização da luz, que permite distinguir objetos que causam perturbação da luz, mesmo estando ocultos atrás de outros objetos. Também são capazes de enxergar o espectro visível além do ultravioleta e do infravermelho. Pois é, elas possuem visão de calor. Basicamente, o bicho tem um espectrômetro avançado no lugar dos olhos, já que o aparato neural pra processar todos esses dados é também muito mais robusto que o nosso.
Elysia chlorotica e a fotossíntese. Uma lesma do mar que sequestra os cloroplastos (organelas que realizam a fotossíntese) de algas que ela digere e distribui ao longo de seu corpo. Ocorre uma verdadeira metamorfose durante esse processo, algo análogo à origem da primeira célula eucariótica, que pode ter sido um erro, mas aqui, a lesma evoluiu e se especializou em assimilar organelas de suas presas nas suas próprias células, adquirindo todos os benefícios (e malefícios, tipo ficar verde como o Hulk) associados. Conceitualmente, esse bicho é literalmente o que come.
Voar. Acho um par de asas algo bem estiloso e bonito, e a capacidade de voar de alguns animais (fodam-se os insetos) é louvável. Tem vários formatos e gostos, desde as membranas sinistras de um morcego até as penas brancas, silenciosas e angelicais das corujas das neves.
O dimorfismo sexual do humphead parrotfish. Essa espécie em específico de peixe papagaio é a maior e, apesar de ser a mais feia, é também a que apresenta a maior mudança visual quando altera seu sexo. Não é só uma alteração de comportamento ou de função social, o bicho literalmente vira macho ou fêmea quando convém, e essa mudança acompanha uma gigantesca alteração no físico, fazendo uma fêmea mais que dobrar de tamanho durante sua transição para macho, por exemplo, e vice versa. Outras espécies apresentam uma variedade insana de cores, ornamentando os machos com cores vibrantes e brilhantes, antes monocromáticas e escuras de quando eram fêmeas.