Não existe nenhum gênero musical, em qualquer era que você quiser (excetuando a própria referida), que seja mais qualitativo do que é a música clássica. Você pode trazer o seu Guns N' Roses, o seu MC Pozé, o seu Michael Jackson, o seu Justin Bieber, o que você quiser, mas o fato sempre será um:
todos suplantados pela grandiosidade da música clássica.Chore no regaço de Wolfgang Mozart.
A música clássica subjuga
tanto todas as outras formas musicais na semântica de arte, que o próprio gênero pode ser entendido pela nomenclatura:
art music.Sim, a música da arte. E, novamente, se a arte
de alta cultura pudesse ser compreendida por olhos, cérebros ou ouvidos tão facilmente e comumente, não seria alta arte, seria cultura/arte popular, vocês tem que ao menos entender o que são esses termos se quiserem ter uma compreensão mínima da música clássica.
E sim, existe uma segregação de cultura
popular e
alta na gringa, basta pesquisar no Google os termos
High Culture e
Popular Culture, são termos gringos.
Podemos chamar a
Popular Culture de
Mass Culture (cultura da massa) ou
Pop Culture também, essa intermediária sendo bem explicativa, a cultura da massa significa a cultura da maioria.
Essa divisão entre
alta cultura e
cultura popular pressupõe a superioridade da música da arte (art music) acima das demais? Sim, subentende, e sua ligação com a alta classe social só endossa mais ainda esse ponto.
Mas, reitero: o regaço de Mozart ainda está disponível.
Segue aqui um texto de Tim Wall, em seu livro
Studying Popular Music Culture:
"O repertório de 'arte' enfatiza a ideia de que certos individuais dotados podem produzir música que transcendam sua localização histórica e cultural. A arte é vista como requerindo conhecimento considerável e gosto desenvolvido para apreciar e entendê-la. Essa definição é também a razão pela qual muitos que associam-se a essa posição com frequência se referem contra os valores percebidos da música popular."É um excerto muito elucidativo sobre a divisão artística e popular, inclusive engolfando o conceito que eu falei: você precisa de um gosto desenvolvido, isto é, senso artístico, para apreciar a música clássica.
E para piorar ainda a situação, deixando de lado a análise artística e sociocultural, analisando as próprias dinâmicas da música você tem um reflexo de quem é realmente superior.
Se você for para qualquer escolinha de música, eles vão te ensinar.
• Três Conceitos Fundamentais da Música- Melodia.
- Harmonia.
- Ritmo.
Se você pegar uma iteração de Moonlight Sonata e tentar ver qualquer desses conceitos, irá identificá-los de imediato, mesmo com um ouvido de amador, de tão presente e onipotentes que são na peça musical.
A sequência de notas que lhe causam um efeito, você chamará de melodia.
As notas concomitantes que unirão seu som para formar um novo, você chamará de harmonia.
O hemistíquio de tempo entre as notas e o padrão sonoro que você identificar, você chamará de ritmo.
É bem simples, agora pegue o seu MC Pozé e tente identificar. Se sequer houver a presença dos fundamentais, serão tão pífias que você nem será capaz de perceber, parecerá somente um babuíno gritante com umas retumbadas de fundo.
E isso não é nem só com essas porras nacionais de funk, a mesma coisa acontece com o hip-hop nos Estados Unidos:
https://www.classicfm.com/music-news/ben-shapiro-thinks-rap-isnt-music/#:~:text=There's%20not%20a%20lot%20of,a%20form%20of%20rhythmic%20speaking.
A melodia e harmonia é pouca, o rap se alicerça em ritmo, somente ritmo, se identifica bastante com o Trap e o Funk, que faz parte da cultura popular do Brasil atualmente, por isso o comentário de Ben Shapiro.
Não se pode comparar isso com música clássica, é uma pilhéria. Até se você pegasse
monstros musicais como os Beatles, cujas músicas são absurdas nesses mesmos três elementos, você não poderá firmá-los como superiores às peças de Beethoven, Bach, Chopin ou Mozart.
A música clássica é a música mais preeminente nos fundamentos da música, e ponto final. Aqui jás também o regaço de Beethoven para que inclines tua cabeça:
Vou te dar uma deixa: esse debate não é novo para mim. Eu já discuti isso com gringos, vi argumentos alheios e estudei para adquirir os meus próprios, você vai precisar de mais do que mongolices se quiser parecer racional.
Você não gosta de copiar a famigerada frase do Sertão? Pois bem:
vai precisar de muito arroz e feijão para rebater o que despejo sobre esse tópico.Última edição por Rin em Seg 7 Mar - 22:26, editado 2 vez(es)